Ceile.Dutra 17/12/2014Desde que assumiu a identidade da irmã Sutton, Emma está tentando descobrir quem a matou. Quanto mais próxima parece estar do assassino, mais em risco está sua própria vida.
Antes de começar esta resenha, fui ler a do primeiro livro (O Jogo da Mentira) e, como eu desconfiava, bastaria trocar algumas palavras e a resenha de Eu nunca... estaria pronta. Sabe por quê?
Este livro, assim como provavelmente o próximo e o próximo e o próximo ~infinito~, mantém a mesma estrutura do anterior: confusão, suspense, quase certeza, romancinho, perigo, espere o próximo livro, porque voltamos para o ponto zero.
Sara Shepard traz uma lista de possíveis assassinos de Sutton, foca em um, traz todas as evidências e depois desconstrói isso como se não passasse de um mal entendido. E isso não é um spoiler, hello, se a trama tem como conflito principal descobrir quem é o homicida e estamos falando de uma série, é ÓBVIO que isso só vai acontecer no último livro (ou perto da metade, como em PLL, e a autora vai achar alguma coisa pra render mais). Então, já estou conformada com o ritmo dos próximos livros: você vai acreditar que sabe de tudo, mesmo estando óbvio demais, mas lá perto do final do livro, a autora vai desmentir e você vai ficar "mas, oh, quem será o tal?". Isso não é ruim, viu, gente? É um fato, então não vou criar expectativas demais. A série poderia ser condensada em menos volumes? Muito provavelmente, mas os livros são ok, então dá pra passar o tempo lendo. Acontece que: a série Os Imortais tem uma estrutura semelhante (parece que vai resolver, nada resolvido, próximo livro), então amo/sou um pouco traumatizada com esse tipo de série, entende?
Mas, vamos lá: o livro não é chato. Como não precisamos mais de apresentações (como no primeiro), acompanhamos um pouco mais da rotina da Emma que já está bem familiarizada com a vida da irmã rica - mesmo que em alguns momentos ela fique meio "oh, acho que a Sutton falaria assim" mesmo sem nunca ter conhecido, de fato, a irmã. Mas ok, Sutton é o tipo de garota desprezível clichê, então até eu saberia como agir. Eu sempre me pegava pensando no tipo de ~amizade~ que as meninas do grupo tinham, tipo, aquilo é o que elas chamam de amizade? Não dá pra confiar em ninguém, elas são egoístas, não têm um momento de ~encosta sua cabecinha no meu ombro e chora~, mas a autora mostrou que existe um pouco de humanidade no coraçãozinho dessas crianças e fiquei um pouquinho mais esperançosa que elas não estavam usando a palavra (amizade) em vão. Amém.
Não quero ficar repetindo o tempo todo "assim como no primeiro livro", então saibam que todos os parágrafos começariam assim, ok? Então: (...) o livro é narrado em terceira pessoa e em primeira - Sutton faz algumas aparições com observações sobre o momento, uma vaga lembrança etc, mas nunca expressamente sinalizado. Você está lendo algo em terceira pessoa e quando passa para o próximo parágrafo, lá está Sutton divagando. Não, não é confuso, porque é bem fácil (e rápido) perceber que é ela. Somente os flashbacks são em itálico, mas têm um capítulo só pra eles #exclusividade. É engraçado ver como ela mesma fica com certa vergonha de ter sido como foi (?), assim tão menosprezível. Os assuntos afetivos também são levemente abordados e é fofo ver como a família tem seu lugar na trama, rendendo momentos comoventes. Mas tudo suave, não esperem um drama apurado. O romance, na contra-mão das demais coisas, dá um passinho pra frente (ufa, algo evoluiu), mesmo que eu leia "programada" para não confiar em ninguém, nem mesmo no parceiraço/fofo/gracioso Ethan.
Sobre as brincadeiras desse grupo de ````````amigas´´´´´´´´: elas são malucas! Totalmente piradas! Tem que ser muito cruel pra fazer O Jogo da Mentira do jeito que elas fazem (sério, até eu caí achando que era verdade). Espero, de coração, que as pessoas sigam a orientação da autora no final do livro para jamais reproduzirem as peripécias dessas garotas. E eu espero, ansiosamente, o terceiro livro, porque o final foi digno de desespero. Não com as expectativas de que algo vai ser resolvido, mas eu preciso conhecer essa pessoa que apareceu. PRECISO.
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