matlima 28/06/2020
Mais do mesmo...
Segundo livro do Cury que leio e minha decepção só aumentou: é uma montanha de falsa modéstia acumulada com trivialidades. Para piorar, há uma repetição de argumentos já expostos em obras passadas.
A impressão que me dá é a de que o Cury leu bastante para escrever um único livro e desse fracionou uma série de outros livros que apenas dilatam o que já foi dito. Assim como se deu no outro livro que li (o código da inteligência), a maioria das frases de efeito me parecem mera repetição maquiada de frases famosas antigas, porém sem a citação do original.
Deve ser ótimo ter um nome de peso: escreve-se 10x a mesma coisa para vender 10x o mesmo produto.
A par disso, seguirem as ?dicas? que ele da: doar-se ao filho/aluno, olhar no olho e ter empatia, fazê-lo questionar os conhecimentos e ensiná-los a gerir as emoções. Contar histórias. Humanizar-se e diminuir os estímulos desestabilizadores. Elogiar antes de criticar e criticar apenas uma vez (é a qualidade e não a quantidade da crítica que importa). Valorizar o professor, aprimorar o sistema educacional e por aí vai. Brincar, ter paciência... Enfim, apenas ensinamentos que sua vó ou o senso comum provavelmente já lhe transmitiu.
O que era fraco se transforma em terrível quando se nota que o autor imagina um mundo ideal, no qual os professores possuem tempo e condições para se dedicar de modo individualizado a cada aluno. Certamente ele não faz ideia do que ocorre nas escolas, ao menos do Brasil.