O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Ediane.Siqueira 24/04/2022

Tino consegue nos segurar do início ao fim do livro amarrados na mesma expectativa de Giovanni Drogo, vi o personagem como vejo alguns amigos ou como vejo muitas vezes, a melhor resenha está na contracapa o livro não é sobre a guerra é sobre a vida de todos nós.
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Rittes 20/04/2022

Triste condição
Um clássico que envelheceu pouco, apesar de sua aparente lentidão. Aparente, porque intencional. No escoar do tempo, a relatividade de sua passagem e da nossa condição de seres finitos fica bem clara ao longo de todo o livro. Na triste história de Giovanni Drogo está cada um de nós que abandona sonhos, anseios e espera eternamente por algo que talvez não venha. Já a morte, certeza absoluta, sempre vem. O que fazemos entre nascer e morrer é que pode fazer toda a diferença. Só não dou 5 estrelas porque a edição da Nova Fronteira é bem meia boca.
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Joao.Gabriel 19/04/2022

Simplesmente perfeito
Há livros que tomam as palavras de nossa boca. Frequentemente, digo isto por aqui, e mais frequente ainda é acontecer comigo.
E Deserto dos Tártaros é um desses casos.

Curioso é eu tentar encontrar, por menor que seja, um defeito na escrita, mas brilhantemente fracassar na busca. Com efeito, não encontro uma passagem, uma linha, um ponto sequer que Buzzati não tenha escrito com uma genialidade e beleza tão grande.

Em termos claros, é uma narrativa bela, genial, com profundas descrições e comparações mais ainda. Não é uma escrita pesada, densa. Pode-se ler sem problemas. Mas o gosto da obra está no digerir, está no ler e reler cada trecho como se fosse impensável. O que contrasta com o enredo.
Nos mostra cenas pensadas e minuciosamente escritas. O autor nos presenteia com uma explosão de reflexões durante a leitura da obra. Não raramente me via tendo pensamentos interessantes acerca do tédio, do hábito, da imobilidade na vida, a espera de algo novo, a esperança, a depressão, a injustiça, a vida como ela é.

Uma curiosidade: o tempo que Giovanni Drogo passa no Forte Bastiani (em anos) é a mesma quantidade de capítulos do livro.

É uma obra prima.
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Márcia Moura 09/04/2022

Perfeito
O protagonista vive sua expectativa e a vivemos com ele. O livro fala nas entrelinhas sobre como estagnamos enquanto esperamos pelo momento perfeito. O final é daqueles de deixar um buraco no peito. Ressaca literaria garantida!
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Guy 30/03/2022

A VIDA DESERTA SEM MOLHO TÁRTARO
Um livro que aborda a alienação de uma pseudo-guerra, o cumprimento dos formalismos das regras militares sem olhar para si e para o mundo, perdendo um dos maiores bens do ser humano, o tempo. Também mostra o lado psicológico onde se persiste na ilusão de que o importante ainda está para vir e assim se acomoda na rotina.
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Gezinha 21/03/2022

Que livro!
Na última página, chorei de bater o queixo!
É profundo, verdadeiro, triste e poético.
A história passa num forte. Mas é um meio de descrever a passagem do tempo, nossos sonhos e anseios, as oportunidades que deixamos para depois, afinal temos tempo...
E quando vemos, já não somos jovens, as oportunidades passaram e o sonho, não foi alcançado...
É simples, curto, mas tão arrebatador!
Descrever não alcança toda a poesia dessas poucas 171 páginas... Com tantas passagens profundas e bem escritas.
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Gab 11/03/2022

À Espera do Acontecimento Redentor
O Deserto dos Tártaros não é simplesmente um livro sobre a "vida militar", é muito mais que isso. Ele entrega a pergunta: será que sua aposta foi a certa?

Sempre estamos buscando um momento que nos justifique perante o mundo que nos cerca, algo que vai justificar a nossa existência, um acontecimento que vai mostrar o nosso máximo, a glória. Nós apostamos tudo em algo, esperamos o grande acontecimento chegar... E esperamos... Esperamos... E esperamos... Mas... Ele não vem.

Os anos passaram como raios, achamos que tínhamos muito tempo, "ora, sou muito jovem ainda", mas o relógio voa diante de nossas cabeças, ele é brutal, ele não tem misericórdia. No fim, percebemos que apostamos na coisa errada, a nossa grande "golden age" não vai chegar.

Agora já é tarde demais para voltarmos atrás. Mas quem sabe, num último momento, o grande sinal chega? Mas num momento em que não estamos mais tão preparados, num momento onde somos postos de lado, e percebemos que talvez exista uma luta mais brava e nobre, mais difícil também, que nos espera no futuro, uma luta contra uma sombra que nos cerca cada vez que atravessamos a rua.

Será que estou no caminho certo? Não sei, mas espero ter tempo de remediar minhas escolhas passadas caso essas escolhas não levem à apoteose de meu destino.
faulknerpynchon 12/03/2022minha estante
A luta contra o absurdo e a falta de sentido, luta extremamente nobre. Lembrou-me um pouco o Albert Camus e o Kafka. É interessante como o século 20 e sua Literatura sempre trata dessa grande questão do nosso significado no mundo.




DemAtrios0 03/03/2022

Quem acredita sempre alcança?
Uma delicinha de leitura! Escrita acessível, refinada e poética. Tenha em mente que, embora seja curto em número de páginas, é denso em profundidade e extenso em suas reflexões. Dito isto, lê-lo é bastante agradável e super fácil. Os capítulos são em bom número, porém, quase todos curtinhos, o que por consequência, facilita a pausa e ajuda a retomar o ritmo rapidamente. Um daqueles livros que nos fazem pensar sobre nossas escolhas ao longo da existência. Uma crítica mordaz ao comodismo e ao conforto que estanca o fluxo da diversidade das experiências, e que por muitas vezes, como forma de nos proteger, preenche nosso frágil íntimo com uma esperança ilusória, letárgica e patológica. Enfim.. uma estória sobre todos nós, pobres mortais, ricos em possibilidades e pobres em nossa capacidade de compreedê-las. Leia e talvez seja capaz de ter um lampejo de lucidez.
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Patrick 02/03/2022

Sobre a vida, sobre o tempo
"O Deserto dos Tártaros"

Se você acredita que o seu tempo é precioso e que não há um minuto na vida a ser desperdiçado, esta leitura, sem dúvida, lhe conquistará.

O Romance narra o drama do jovem oficial Giovanni Drogo, que na flor da idade, acredita ter um futuro longo e promissor pela frente, portanto: tempo de sobra para que seus sonhos se realizem.
Destacado para um posto, em longínquo forte fronteiriço, passa a assistir a passagem dos dias, meses e anos. Esperando pelo momento exato que, enfim, a sorte lhe sorrirá.
Sem conseguir atingir as glórias e honras sonhadas, e já desprovido da juventude e de saúde, o desfecho caminha para o encontro de Giovanni com aquela com quem um dia, inevitavelmente, todos nós nos deparamos.
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Dilalilac 25/02/2022

Uma análise sobre o tempo
Assim que vi o título desse livro, soube que precisava lê-lo e que o favoritaria. E isso faz o enorme risco das expectativas serem frustradas, mas não foram. De forma alguma.
Por mais que nenhum de nós estejamos em um forte de guerra isolado no meio do nada, acredito que essa história conversa com quase todo mundo.
A infância te recebe com histórias onde todos os seus sonhos se tornarão realidade e o amor da sua vida estará te esperando, e aí a gente cresce e é tudo tão complicado...
Frustrações, medos, desejos, rotinas, sonhos, escolhas, laços, e sobretudo o tempo. É um livro com uma carga gigantesca e não tem como não ficar reflexivo quanto a tudo.
A escrita é tranquila, muitas vezes lúdica, uma ambientação bem visual. É uma história que beira o realismo mágico, tem todo aquele ar místico por trás de tudo e que te deixa dividido, assim como os personagens se sentem.
Não admira o fato de ser um clássico.
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Nado 10/02/2022

Livro considerado coma a obra prima desse autor italiano, consagrando-o na literatura mundial e sendo considerada uma das melhores obras do século XX.
A trama central de ?O Deserto dos Tártaros? narra a história de Giovanni Drogo, militar recém-formado que tem como missão passar uma temporada no forte Bastiani, o que ele considera ser o início de uma gloriosa carreira na academia.
O leitor acompanhará a saga deste jovem sonhador até a sua chegada em um local desconhecido por ele e que muitas pessoas no caminho jamais ouviram falar. Após uma jornada de muita perseverança, Drogo finalmente chega ao seu destino e fica encantando com a grandiosidade desse forte.
Giovanni acreditava ficar pouco tempo nessa missão e que ela não passaria de poucos meses. O que não imaginava é que, uma rotina que cai na mesmice todos os dias, poderia lhe enganar e que ele não se daria conta de que os anos estão passando bem na sua frente e mais rápido do que parece.
Outro ponto importante dessa história é que o forte foi construído para deter o temido exército de Tártaros que já destruiu a região no passado. Porém, esses oficiais se tornam até algo místico nesse forte envolto a névoas, mistérios e uma monotonia que Drogo nunca pensou viver. A espera por esse inimigo que nunca chega se torna uma renúncia da própria vida. E é aí que está a lição deste livro, que o leitor descobrirá nos capítulos finais.
Muitas passagens dessa obra podem ser levadas para a nossa história. Ficar a espera de algo grandioso, que nunca chega e que nos deixa plantados no mesmo lugar, sem se dar conta de o tempo passar. Ou ainda, por se sentir em uma ?zona de conforto?, na qual algo certo está acontecendo, mas que nunca melhora, nos obrigam a renunciar a algo pelo simples medo de arriscar ou de acreditar em nós mesmos. A maior lição que essa obra dá, e que pode até parecer piegas, é: não há nada mais implacável que o tempo. Ele pode ser usado ao nosso favor, mas se não souber usá-lo, se tornará nosso maior inimigo.
Andre234 10/02/2022minha estante
linda resenha! vou colocar na minha lista já


Talles 10/02/2022minha estante
Comecei a ler recentemente. Leitura deliciosa.




lina_oguerra 08/02/2022

O livro mais assustador que já li!
Se aceitar o castigo imerecido, como dizia Bandeira, altiva o sofredor, acolher a mediocridade -- como faz Giovanni, o protagonista da história-- desidrata a alma e infertiliza as ambições. Enquanto Madame Bovary deixa-se corroer pela volúpia, aqui não vemos um personagem consumido por doces prazeres, mas por acres devaneios. Giovanni padece pela introspecção, que o compele a se preparar para um enredo que continuamente se distancia da realidade. Ele fantasia, portanto, o protagonismo da poesia épica, enquanto a prosa diária lhe escapa num ritmo imóvel. Sua ignorância desdenhosa o impede de atribuir ao comum e ao conhecido um sentido elevado, misterioso e nobre.

Acredita ser merecedor de uma insígnia que compense a monotonia cotidiana, sendo que uma postura humilde diante do reincidente também distingue e constela os homens --a regularidade das orações, por exemplo, reflete o ordenamento dos desejos e nos aproxima do automatismo divino. Para o observador puro e sensível, um verniz do eterno e do sublime pode ser vislumbrado em repetições quase mecânicas.

O Nada é, assim, suficientemente forte para desolar a juventude. Talvez este seja o aspecto mais perturbador do romance: não há uma angústia lancinante que o induza a redenção explícita; a inércia, somada à incorreta crença de que as decisões tomadas são revogáveis, encarrega-se de despertar apenas um vago sentimento incômodo. Parece que o caminho para desperdiçar a vida sem se fazer o que deveria ou desejava é assustadoramente suave.
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Felipe 08/02/2022

No livro escrito por Dino Buzzati, acompanhamos a trajetória do jovem Giovanni Drogo, que é designado para prestar serviços militares no forte Bastiani, em uma cidade e país não mencionados.

O objetivo é proteger a fronteira de uma invasão dos tártaros, que dizem entre os soldados, já tentaram invadir o local pela mesma fronteira, anos antes.

A expectativa geral no forte, é de um enfrentamento com o inimigo, e esse acontecimento é aguardado há muitos anos por todos que lá estão.

O ambiente no forte é sombrio, e de decadência, conforme os anos vão passando e nada acontece. Há uma espera pela batalha extraordinária que consome cada um dos soldados, que anseiam pela glória.

Drogo também está nessa longa espera pelo inimigo, assim como muitos de nós esperamos algo de extraordinário acontecer em nossas vidas, sem nem mesmo nos darmos conta da passagem do tempo.

Livro para refletir sobre como conduzimos nossas vidas e como essa eterna espera pode nos consumir durante nossa trajetória.
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