O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Thalia.Vicente 23/04/2023

Bela obra
Me surpreendeu a intensidade da história desse livro, todo enredo te prende e te faz querer acompanhar até o fim.
Esse é um gênero de livro que não faz o estilo do que gosto de ler, mas me surpreendeu muito.
Uma forma diferente de repensar sobre a brevidade da vida e sobre como fazemos tanto e podemos no fim não levar os frutos da entrega.
Leitura super indicada!
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Edilene Freitas 23/04/2023

O livro narra a história de Giovani Drogo, oficial recém formado na academia militar, que é designado para cumprir seu período de serviço no forte Bastiani. Ao chegar ao forte Drogo percebe que o serviço militar prestado naquele local não é bem o que ele esperava encontrar, pois tudo parece monótono e inútil, tendo em vista que os inimigos do norte, os tártaros, não são vistos há vários anos e não há nenhuma sombra de ameaça rondando o local. Drogo expressa seu desejo de ser transferido, porém a cada tentativa ele acaba sendo convencido, ora por um superior, ora por ele mesmo, a ficar mais um pouco. Drogo e seus colegas de serviço vivem na expectativa de que algo vai acontecer, a guerra algum dia vai explodir, um dia tudo vai mudar e a espera valerá a pena. Será que não somos um pouco como Drogo, vivendo vidas monótonas a espera do grande momento que fará tudo ter sentido?
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Rayane114 28/04/2023

Tire um tempo para refletir sobre o tempo
Clássicos são clássicos porque são atemporais e promovem reflexões em qualquer época que você os lê. Apesar de a leitura ter sido, para mim, um pouco arrastada, o livro me proporcionou uma reflexão profunda sobre a forma que usamos nosso tempo e sobre como nos acomodamos, seja por medo da mudança ou por esperar que algo de extraordinário, enfim, aconteça. A impressão que fica, no fim, é a Dino Buzzati queria que o leitor pensasse sobre qual é, enfim, o seu próprio "Deserto dos Tártaros".
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Mylena.Esteves 30/04/2023

Já dizia Cazuza ??.."Porque o tempo, o tempo não para"
Ao fim do primeiro capítulo desse livro, se me falassem que ao terminar eu daria 5 estrelas, ia dizer que a pessoa estava doida. Acontece que é impossível não terminar esse livro com várias perguntas. E se eu tivesse feito diferente? Será que estou fazendo tudo que poderia na vida? Será que a rotina/acomodação tomou conta da minha vida? Será que estou ousando e vivendo tudo que poderia? Será que tenho tempo para fazer diferente? Enfim, uma leitura que é lenta sim, mas que faz pensar MUITO e acabei como se tivesse levado uma surra.
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Antonny.Fillype 30/04/2023

Tempo
Cuidado, esse livro pode te causar fortes reflexões sobre a passagem do tempo e o quão avassalador ele pode ser, devorando tudo de maneira predatória em um ritmo que nós humanos não somos capazes de acompanhar. Um forte militar onde gerações inteira passam a espera de uma guerra que nunca acontece, todos tão adaptados à rotina que ali viviam que não tinham nenhuma perspectiva além disso. Nessa obra é retratada a trajetória do jovem tenente Giovanni Drogo e suas aventuras ao ser enviado ao forte, para passar incialmente um curto período de tempo... Ótimo livro, indico pra você que está vivo e sabe ler, pois o assunto dele cabe a nós, humanos.
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Icaro 04/05/2023

Belo livro
Obra-prima do autor e um clássico da literatura contemporânea italiana. Acabei encontrando sem querer olha do no Prime do Kindle.

História muito bonita sob abnegação e entrega, isolamento e retidão de princípio, mesmo que para isso sua vida deixe de ter uma razão maior de existir. Belo livro!
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carolsnook 05/05/2023

Leitura difícil, mas valiosa
Recomendaria essa leitura para alguém que não tem problema com textos densos e quer refletir um pouco sobre o rumo que sua própria vida tem seguido. Esse livro mexeu MUITO comigo. A espera de Giovanni pela guerra diz muito sobre como usamos o tempo que nos é dado. Não vou dizer que foi um livro gostoso de ler. Pelo contrário, demorei mais do que esperava pra terminar, mas, com certeza, vale à pena o esforço.
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Almeida 12/05/2023

O "tempo" é desesperador
"Aos poucos a fé é enfraquecida. É difícil acreditar numa coisa quando se está sozinho e não se pode falar com ninguém. Justamente naquela época Drogo deu-se conta de que os homens, ainda que possam se querer bem, permanecem sempre distantes; que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém pode tomar para si uma mínima parte dela..."

Um livro sucinto, direto, forte, e ao mesmo tempo belo, carregado de uma poesia doce, sonhadora. Mas que no seu corpo, traz uma sensação "desesperadora" no que se refere TEMPO. Tempo aos que nasceram para esperar ou para aqueles que decidiram por "esperar".

Em O deserto dos Tártaros, a austeridade heroica do protagonista, destinado a só ganhar a vida, na hora da morte, depois de gastá-la no limiar fantástico do Deserto dos Tartaros. Lá, o tempo se esvaiu para ele na Fortaleza enorme, estirada de escarpa a escarpa, fechando o mundo numa paragem de pedra antecedida por montanhas e desfiladeiros, cercada de penhascos, sucedida pela estepe. Tudo vazio, tudo segregado, como palco solitário onde se agitam homens possuídos por um impossível sonho de glória. Esta mesma glória que o Tempo não quis findar a espera.
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mariana113 16/05/2023

Extremamente existencialista
É possível aplicar a esse livro a filosofia de Husserl, a busca de sentido para a vida que é inerente ao ser humano. Giovanni Drogo pode ser definido como alguém que colocou o sentido de sua existência em fatores externos (a espera da guerra contra os tártaros), e nunca o alcançou verdadeiramente. Quando finalmente pensa tê-lo atingido, bateram-se atrás dele os portões, e não mais se tinha tempo de voltar.
O tempo é um rio que passa lentamente, mas que nunca para. É preciso viver o agora.
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Tamara Barros 17/05/2023

O deserto dos tártaros
Livro fala sobre a vida de oficiais num forte e relata de uma forma belíssima a nossa relação com o tempo, com o passar da vida.
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Anthoni.Brunetto 20/05/2023

Não espere para começar a viver
Um jovem militar é designado para servir no forte Bastiani, uma fortaleza solitária no meio das montanhas, que em remotos tempos foi importante na defesa contra estrangeiros vindos do norte, os Tártaros.

Nesse lugar isolado, a função de todos é vigiar e estarem preparados para o dia em que os Tártaros voltarem, o que acaba sendo um fato notável que justifica a vida solitária dos militares.

O jovem Drogo, de cima das muralhas, examina o deserto imaginando e ansiando pelo dia da batalha, o grande dia em que justificará sua vida e sua espera. Seus olhos se cansam de vasculhar o horizonte e cada mínimo sinal ao longe acende a chama de esperança pela batalha.

Os Tártaros não vêm. O cotidiano transcorre medíocre e repetitivo, militares se aposentam, outros novos chegam, o tempo vai passando mas Drogo não consegue abandonar o forte e recomeçar sua vida na cidade.

Esse romance é muito atual, apesar de escrito em 1940. Quantos de nós vivemos nossas vidas esperando algo para então sermos felizes? Uma promoção? A compra de algum bem? Ficarmos ricos? Só que isso sempre virá adiante. Cada vez mais adiante. Até que um dia nos damos conta de que fizemos a aposta errada.

Os Tártaros não vieram.

Mas existe ainda alguma coisa no fim da linha que virá até nós? Talvez uma vida após a morte, talvez uma chance equivocada de uma morte digna? Será o que resta, depois de passarmos a vida esperando?
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bardo 20/05/2023

Engana-se quem subestima o relativamente curto romance O Deserto Dos Tártaros de Dino Buzzati, a despeito do número de páginas, a densidade e o peso da obra impressionam. O enredo aparentemente simples; as aventuras de um oficial aos poucos vai adquirindo contornos claustrofóbicos e angustiantes.
Pode-se dizer que quase assume contornos fantásticos ao mesmo tempo em que é dolorosamente factível e similar as experiências dos mais variados leitores. É o tipo de livro que bem pode criar uma crise existencial ou agravar a já existente.
Nosso protagonista lança-se a um ideal, a primeira vista seu objetivo nos parece tolo, fútil, insignificante, o autor todavia concede ao seu personagem tanta verdade, que aos poucos somos contaminados por sua angústia e espera desesperadas. A espera na narrativa adquire características quase que místicas, meio que uma profissão de fé. Tal sensação é confirmada quando um personagem esclarece ao protagonista os fatos que se sucederam à sua chegada ao Forte.
O autor escolhe o microcosmo de um forte e da vida militar, mas o que é tratado claramente pode ser extrapolado para outros contextos. Aliás a narrativa torna-se ainda mais atual em nosso mundo massificado, onde os rituais perdem significado, o próprio tempo torna-se fugidio e a existência tem seu sentido fragilizado.
Quando o leitor já está destroçado, em dado ponto pensa que o autor poderia parar por ali, não, a narrativa avança e o autor faz algo que torna tudo ainda mais doloroso e devastador. Curiosamente o final em si, não é totalmente melancólico, num certo sentido vai reforçar a discussão sobre propósito presente no livro. Em resumo é um livrinho para ser lido e provavelmente relido, tem muito para se pensar aqui.
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Laryssa Barros 21/05/2023

Impactante, como o tempo pode moldar nossas vidas.
Eu sabia que esse livro seria bom, mas também sabia que não seria uma leitura rápida, mesmo tendo menos de duzentas páginas. O autor nos conduz através das páginas pelo marasmo que representa o forte na vida desses soldados, que sempre sonharam com a glória das guerras, mas foram destinados à um posto completamente esquecido. "Sabe o que dizem sobre esperança, traz tristeza eterna." Como disse a Spencer de Pretty Little Liars, esse livro vai se desenvolver através da perspectiva desses soldados de que algo finalmente aconteça, e nessa espera, eles vão assistindo os anos passarem e a vida se esvair por entre suas mãos. É triste, é lindo, é poético, mas sobretudo é muito relacionavel.
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Tali 23/05/2023

O Deserto dos Tártaros
Terá tempo, Drogo, de vê-la, ou terá que partir antes? A porta do quarto palpita com um leve estalo. Quem sabe é um sopro de vento, um simples redemoinho de ar dessas inquietas noites de primavera. Quem sabe, ao contrário, tenha sido ela a entrar, com passo silencioso, e agora esteja se aproximando da poltrona de Drogo. Fazendo força, Giovanni endireita um pouco o peito, ajeita com a mão o colete do uniforme, olha ainda pela janela, um brevíssimo olhar para sua última porção de estrelas. Em seguida, no escuro, embora ninguém o veja, sorri.
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Neilson.Medeiros 25/05/2023

Perfeito demais! Narrativa poética e simples, no bom sentido. A gente vai se envolvendo com a história de Giovanni Drogo, nos alimentando com a expectativa do que vem do norte, até começar a entender que não é sobre isso.
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