@ARaphaDoEqualize 30/11/2014
[RESENHA] Geek Girl
Eu fui convidada pela Carol do Estante das Fadas a participar do Book Tour do livro Geek Girl. Confiram, então, a minha resenha.
Harriet é uma super geek de 15 anos. Sofre bullying na escola por ser inteligente demais e desajeitadamente sociável e, claro, não possuir a beleza que é estampada nas capas de revistas e das meninas que desfilam na sua própria escola. Nat é a sua melhor amiga e desesperadamente apaixonada por moda e sonha em ser uma modelo reconhecida e popular. A oportunidade de Nat vai acontecer na feira Téxtil de Birmighan, que é onde todos os olheiros vão à caça. O que Harriet não esperava é que fosse ser obrigada a ir e que sua vida mudasse completamente quando é escolhida por um olheiro para lá de excêntrico. Como vai explicar para a melhor amiga que ela nunca quis o lugar dela, que está indo viajar para a Rússia, explicar para sua mãedrasta que pessoas querem que ela desfile e controlar a euforia do pai maluco?
Talvez isso seja uma questão de pensar positivamente. De acreditar que todos nós podemos mudar, se nos esforçarmos o suficiente.
Fazia muito tempo que eu não lia nenhum livro infantojuvenil - e confesso, hoje em dia não é o meu gênero super favorito do mundo, depende muito da história -, e talvez, por isso, acabei achando a história um pouco surreal e chatinha. É tão clichê (e verdadeiro) terem pessoas que nos odeia sem motivo aparente na escola, todas as confusões que nos metemos sem perceber. Achei um pouco fora da realidade a história, mas se você for ler a orelha do livro você descobre que a autora reescreveu tudo o que viveu.
A narrativa do livro é bem divertida, já que Harriet possui um humor bem inteligente, o que é interessante de acompanhar, principalmente quando a autora aborda outros temas como o bullying, o novo formato de família que vem se formando e como nos importamos tanto com a opinião alheia, além, é claro, da amizade. Ela vai descobrindo que para viver bem e tomar qualquer outra atitude na vida é necessário que saiba se aceitar, e aceitando isso, tudo vai mudar ao seu redor, incluindo a própria família do modo de enxergar quem você se tornou. O pai é um publicitário que fala o que quer para o cliente, mesmo quando não deve. A mãedrasta é uma advogada que está acostumada a ter tudo sob controle. Eles formam um par um tanto estranho e que, inacreditavelmente, funciona. Achei fofo o modo como a família foi representada.
Em Geek Girl vamos acompanhar o crescimento da Harriet de maneira divertida. Todos os diálogos são dosados com alguma palavra divertida, uma frase completa que vai fazer você rir ou uma cena na qual você vai se identificar ou fazê-lo lembrar de algo da própria adolescência. Tem personagens bem marcantes, que se destacam quando tem que aparecer, mas ainda senti um quê de roteiro de filme, que faz com que a história não se encaixe como real na minha cabeça.
O universo tem me mostrado repetidamente que não tem nenhum respeito por marcadores, indicadores, listas ou tabelas. [...] Pela primeira vez na vida, vou apenas tentar ir de um momento para o outro e ver onde acabo. Como um ser humano normal.
Para um livro adolescente, essa capa não funciona. Eu, particularmente, não gosto de capas com fotos de banco de imagens. E me incomoda de um tanto que o título do livro esteja escrito em cima do olho da modelo, não parece certo ele está ali. Eu teria optado por algo mais jovem e chamativo, atraente e criativo para essa capa, deixando bem claro qual é o público-alvo e atraindo a atenção. Enquanto essa modelo parece trabalhar o dia todo em um escritório, a Harriet é divertida e uma geek. Ela não está representada ali.
site: http://www.equalizedaleitura.com.br/2014/11/resenha-geek-girl.html