Resenhas - A Máquina de Contar Histórias

Helen Santana 11/08/2014

Chorei litros!

Carolina.Inthurn 11/08/2014

Comovente e apaixonante!
"Escrever é muito mais do que uma profissão. É uma atitude de amor, de entrega ao que se quer contar."

Em um mundo de sucesso e riquezas materiais, quanto vale o amor? Em momento nenhum, durante a leitura desse livro, imaginei que o mesmo poderia causar tantas emoções. Maurício Gomyde de longe se tornou um dos meus autores favoritos, com uma narrativa simples e envolvente, conseguiu construir um livro que tem a proposta de atingir até os corações mais frios.

O escritor best-seller Vinícius Becker tem tudo o que sua carreira profissional precisa: Dinheiro, fama, leitores e lançamentos. Na noite do lançamento de A Máquina de Contar Histórias (seu novo livro), sua esposa e confidente Viviana falece vencida pela leucemia. Quando chega em casa de viagem, percebe que sua vida está um caos.

Sua filha mais velha, Valentina, o odeia por ser tão ausente e principalmente por não estar cuidando da sua esposa. Sua filha mais nova, Vida, não entende o que está acontecendo e acha que mamãe está dormindo dentro de uma caixa. Agora, mais do que nunca, Vinícius precisa reconquistar o amor das filhas e voltar a ser uma família feliz. A família V que esteve unida por tantos anos.

É uma história de reflexão. Nenhuma fama, nem sucesso, é capaz de reconquistar uma pessoa. É preciso amor, cuidado e dedicação. Nesse livro Maurício nos apresenta também ao mundo da literatura, quase nunca exposto. Durante a leitura nos deparamos com dicas de Vinícius para Valentina, pois a filha pretende seguir a mesma carreira que o pai. Não há palavras suficientes que possam, sei lá, introduzir você ao que está prestes a ler quando abrir esse livro. Eu indico de coração que leiam essa obra prima... Nada é mais importante do que ter quem você ama por perto.

"No fundo, as pessoas não compram autores, não compram livros. Compram a emoção que a história promete proporcionar. O que cada leitor quer é, durante a imersão no mundo criado pelo escritor, esquecer-se dos problemas, angústias e tragédias do dia a dia. Ou, ainda que por alguns instantes, experimentar uma vida diferente da sua realidade."

site: http://www.estantedasfadas.com.br/

Leandra 10/08/2014

Demorei a fazer a resenha desta obra-prima porque fiquei com medo de não conseguir organizar as ideias e, no calor do final da leitura, escrever alguma coisa muito sem noção. Acho que livros assim, que nos arrebatam e deixam aquela vontade "absurda de ficar amiga do autor" (citação do Salinger que o autor colocou de forma precisa no texto), são os que realmente guardaremos para sempre. Pelo menos comigo é assim, e em A Máquina de contar Histórias não foi diferente. Um livro recheado de ensinamentos gostosos, em uma viagem doce, cheia de surpresas. A forma como o autor amarra tudo e a certeza de que não tem nada escrito que não seja absolutamente necessário para a trama tornam o livro perfeito. Nota 10, se tivesse 10 estrelas. Vou ler os outros dele.

Cassandra Sette 08/08/2014

Vinícius Becker, o chefe da Família V, é um homem focado 100% no trabalho, na fama e no desejo de escrever o chamado Parágrafo Perfeito. Para isso, deixa de lado a coisa mais importante, o amor da família. Só que a descoberta desta falta é tardia, e só resta a ele, agora, tentar recuperar o amor das filhas.
O jeito que o autor utilizou para contar a viagem dos três (sáo duas filhas) é delicioso, cheio de magia e questões, principalmente entre o pai e a filha mais velha, que se chama Valentina.
O final é emocionante e me peguei chorando diversas vezes ao longo da história. Muuuuito bom!

Daiane Vieira 08/08/2014

Eu amo taaaaaaanto este livro que li duas vezes. Impressionante como é possível tanta coisa linda, tanta frase gostosa, em tão poucas páginas.
Recomendo para todas as pessoas que desejam um livro daqueles inesquecíveis.

Henri B. Neto 07/08/2014

Resenha: A Máquina de Contar Histórias
Existem livros que são como Chocolate: Quanto mais você se delicia com eles, mais você torce para eles não chegarem ao final. Outros, são como os Dementadores da série Harry Potter: As leituras são densas, pesadas, te deixam chateado, sem ânimo de continuar e, ainda por cima, influenciam de forma negativa no seu humor no dia a dia. Infelizmente, apesar das diversas críticas positivas e entusiastas que encontrei pela blogosfera desde o seu lançamento, para mim, ''A Máquina de Contar Histórias'' foi um exemplo clássico do segundo caso.
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Mesmo sendo relativamente curto - 192 páginas, aproximadamente - e com capítulos curtos e bastante dinâmicos, a leitura do livro foi um problema. Com uma narrativa arrastada, eu senti que - antes de tudo - o livro era mais um romance sobre como ser um escritor profissional do que uma saga de redenção familiar como a sinopse indicava. Em vários momentos, o detalhamento técnico que o autor expõe no decorrer da história me davam a sensação de estar lendo um livro didático, e não uma ficção. E isto me frustrou bastante, pois atravancou e engessou completamente o meu ritmo - me dando a sensação de que o livro tinha a pretensão de ser algo maior do que ele realmente é.
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E vocês me conhecem: Não existe nada que me tire mais dos eixos do que um livro pretensioso.
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Se não bastasse este fato, outro detalhe que me tirou bastante do sério foi o protagonista da história apresentada em ''Máquina''. Talvez esta tenha sido a minha maior queixa com relação ao livro, mas em nenhum momento eu consegui criar um vínculo com Vinícius, o personagem principal. Pois, desde o princípio, nós temos esta visão torta do homem - um pai de família fracassado e um um marido ausente, que abandona a esposa e as filhas em um momento em que elas mais precisam dele em detrimento do sucesso na carreira - e isto criou uma gigantesca barreira entre mim (como leitor) e ele. O que é horrível, pois simplesmente quebra toda a proposta do livro.
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Sei que o objetivo de tudo era mostrar como o personagem cresce no decorrer da trama, e como ele deixa de ser esta pessoa perdida - e 100% babaca - para se transformar em um patriarca melhor e mais consciente de seus deveres e obrigações. Mas a jornada de Vinícius não me convenceu nem um pouco. Mesmo quando o autor apresenta o personagem em sua forma ''arrependida'' pelos seus erros, eu conseguia visualizar o homem torpe e de ideias mesquinhas do início da narrativa. Para falar a verdade, as únicas personagens com quem eu consegui criar um certo vínculo foram Viviana - que morre logo no começo da história - e a filha rebelde Valentina. O que por si só já mostra uma contradição enorme, pois geralmente acho adolescentes revoltados a coisa mais insuportável do mundo, e tenho certeza de que o papel da menina era parecer uma ''garota ingrata'', não a voz da razão que ela representou para mim durante todo o livro.
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É visível que o livro tinha tudo para dar certo... Só que ele simplesmente não funcionou comigo. Em nenhum nível. A escrita cansativa e o protagonista antipático e pretensioso foram duas grandes pedras no meu sapato durante todo o tempo em que acompanhei o livro. E foi por muito tempo. A leitura foi tão arrastada e desinteressante, que levei quase cinco dias para ler algo que geralmente consigo ler em no máximo dois. Queria ter me emocionado como a maioria, e visto a grande história que todos estão comentando. Mas quem sabe o livro não dê certo para você, não é mesmo? Para mim, não funcionou mesmo. É uma pena que a minha primeira experiência com um texto do Maurício Gomyde tenha sito tão frustrante quanto ''A Máquina de Contar'' foi.
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Henri B. Neto
''Na Minha Estante''

site: http://naestante-henribneto.blogspot.com.br/2014/07/resenha-maquina-de-contar-historias.html#more

Felipe Miranda 07/08/2014

A Máquina de Contar Histórias - Maurício Gomyde por Oh My Dog estol com Bigods
A minha primeira experiência com a escrita do Gomyde anos atrás com o livro Ainda não te disse nada, já o colocara em um lugar especial na minha estante. Ele se firmou como aquele autor nacional que vale a pena estar sempre de olho, acompanhando as novidades e aguardando a próxima estória.

O protagonista da vez é o autor best-seller nacional Vinícius Becker, que conquistara não só milhares de fãs mundo afora, como a crítica também. Suas histórias de amor, sempre dispostas a fazer qualquer leitor chorar, diferem bastante de sua vida pessoal, onde a paixão foi posta de lado. Onde nada é perfeito e aparentemente sem direito a um final feliz. Quatro anos atrás sua esposa Viviana descobrira que a Leucemia fazia parte de si. A doença levou embora momentos doces do casal. Há quatro anos Vinícius dedica-se aos livros que o fizeram tão famoso, ele abdicou de estar presente com sua mulher para correr atrás de um sonho, deixando-a de lado nos momentos em que ela mais precisou. Ele depositou em Valentina, sua filha de dezesseis anos, um fardo pesado que nem ele conseguiu suportar. Já sua filha mais nova, Vida, não conta com um pai presente em seu crescimento.

A narrativa em terceira pessoa inicia-se com a morte de Viviana e uma série de sentimentos entrando em conflito. Nosso protagonista passa a perceber quão séria foi sua ausência, o quanto seu relacionamento familiar está ameaçado. Numa tentativa de se redimir e conquistar o coração das filhas ele abdica dos compromissos envolvendo seu novo livro e elabora um plano para correr atrás do tempo perdido. Contando com a ajuda de uma amiga virtual de sua filha, a viagem será repleta de lembranças, tensões e desabafos.

Além do enredo repleto de trechos tocantes capazes de emocionar qualquer leitor, A Máquina de Contar Histórias nos dá um panorama amplo sobre o processo técnico e criativo que envolve a produção de um livro. Posicionamentos pessoais, dos personagens, e reflexões sobre a estrutura que compõe uma boa estória são detalhes que enriqueceram bastante a leitura. Pelo menos para mim que tenho um enorme interesse na área. Afinal, o quanto de inspiração verdadeira há nas estórias narradas por nossos autores? Qual a porcentagem de criatividade depositada e descrita? É tudo uma questão de sistematização? Macetes? Técnicas infalíveis? Nada se cria? Tudo se copia?

“(...) No fundo, as pessoas não compram autores, não compram livros, Compram a emoção que a história promete proporcionar. O que cada leitor quer é, durante a imersão no mundo criado pelo escritor, esquecer-se dos problemas, angústias e tragédias do dia a dia. Ou, ainda que por alguns instantes, experimentar uma vida diferente da sua realidade.” Trecho da página 126

Vinícius não conhece de verdade sua filha Valentina e a garota nutre uma mágoa muito grande pelo pai. Um sentimento tão profundo que a impede de admitir algo comum entre os dois: a paixão pela escrita. Muito mais que uma trama relativamente curta, a escrita do Maurício é viciante. A conexão com os personagens acontece de imediato, ponto importante em qualquer leitura, não é mesmo? Certas conclusões são previsíveis e outras nem um pouco. Perdi a conta de quantos quotes foram marcados durante a leitura. O risco de lágrimas ou cisco nos olhos perdura até o último instante.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2014/07/resenha-maquina-de-contar-historias.html

Babi Kanitz 04/08/2014

Recebi este livro de presente de uma amiga, e as recomendações eram tão boas que eu torci o nariz. Nunca fui uma leitora muito dedicada aos livros nacionais. Na verdade, eu estava num batidão de ler apenas livros para a faculdade. Livros técnicos e de direito. Pois acho que o livro caiu na hora certa na minha mão e foi uma leitura tão agradável e tão gostosa que eu não conseguia parar de ler. Sabe aquelas histórias que te conquistam logo nas primeiras páginas? Que fazem você querer ao mesmo tempo demorar na página e também querer virar rapidinho só pra ver o que acontecerá em seguida? Foi o que eu senti quando lia o livro.
Achei as duas filhas muito interessantes. A mais velha, Valentina, a típica adolescente cheia de conflitos, mas que também é diferente das amigas. Os livros, filmes, as coisa que ela gosta são muito parecidas com o que eu gosto e já gostei. E a pequenininha Vida é uma coisa fofa, aquelas sobrinhas que a gente tem e que fica com vontade de apertar.
O jeito que o vinícius arranja para reconquistar o amor das duas é doce e perfeito.
Chorei em muitas partes. Livro lindo. E agora de volta aos estudos hehe.

Bianca Niele 03/08/2014

Só digo que este livro não fica a dever a nenhum livro internacional que já li. O Maurício Gomyde está num patamar muito alto!!!
Só digo uma coisa: não percam tempo em conhecer este autor e seus livros lindos. A Máquina de Contar Histórias é perfeito!

Janaína 02/08/2014

O livro é muito lindo, emocionante. Terminei com a sensação de abandono dos personagens. A forma encontrada por Vinícius Becker para reconquistar as filhas, a viagem e a quantidade de informações gostosas ao longo da história me seguraram em frente ao livro de forma impressionante.
FAvorito!!!

Portal Caneca 01/08/2014

A metalinguagem é algo que me fascina faz um bom tempo, talvez por isso esse livro já tenha ganhado alguns pontos desde o princípio. Na real, não se trata do tipo de livro que normalmente vou atrás numa livraria ou biblioteca, mas em todo caso acabei gostando da minha maneira, e me emocionando muito.

Mauricio Gomyde é paulistano de nascimento, mas vive atualmente em Brasília. Através de suas palavras, deu vida a Vinícius Becker: um escritor de sucesso nacional e internacional. Na trama, ele se casa com Viviane – uma arquiteta de sucesso – e juntos vieram a compor o que seria a “Família V” com o nascimento das filhas Valentina e Vida. Obcecado pelo sucesso e necessidade de fazer dinheiro, pouco a pouco Vinicius passou a trocar a família pelo trabalho. A partir do momento que começa a ganhar fãs, não hesita em aceitar convites para festas de lançamento e encontros com autores e críticos. Através de seus livros, ele constrói um verdadeira fortuna para ele e sua família.

Durante a gravidez de Vida, Viviane descobre ter leucemia e a partir desse ponto sua vida passa a ser uma verdeira luta para viver a base de remédios, tratamentos, quimioterapia e tudo o mais. O chefe da família, por sua vez, reage à noticia trabalhando ainda mais, e construindo em seus livros o mundo e a família perfeita que não podia ter na vida real. Por conta disso, a filha mais velha cria e alimenta certo ódio contra o pai.

O livro começa quando Viviane vem a falecer depois de um longo processo de resistência contra a doença. Vinícius estava de viagem a trabalho e só conseguiu chegar no fim do funeral da esposa. Neste ponto, o ódio de Valentina para com ele é agressivo e extremo. Não há mais figura paterna naquele homem. Em meio ao luto, Valentina se rebela, o que só piora as relações com o pai. Em meio a isto, ao entrar no quarto da filha – e notar que mal a conhece – Vinícius encontra vestígios da relação entre mãe e filha: um livro que escreveram juntas (e ele nunca soube) e um vídeo que precede o dia do falecimento da esposa. Na curta gravação, Viviane relata para a filha alguns sonhos que gostaria de realizar mesmo sabendo que teria pouco tempo de vida para tal.

Emocionado com as descobertas, Becker larga todo e qualquer tipo de compromisso profissional e passa então a buscar reconquistar o amor perdido das filhas. A missão pode ser mais complicada do que parece, uma vez que esteve longe durante todo o crescimento das filhas. Aos 17 anos, Valentina diz que seu sonho é completar os “malditos 18 e cair fora daqui”.

Numa perspicaz ideia, Vinícius traça um plano envolvendo uma viagem surpresa onde pretende, no fim, sentir-se minimamente aliviado com tudo o que perdeu não estando ao lado das filhas e, principalmente, da esposa, quando ela mais precisou.

A narrativa me tocou pela simplicidade porém, profundidade que carrega. Os sentimentos e sensações das palavras de Gomyde tornam o livro extremamente humano e tangível. As cenas da “Família V” são descritas de forma muito cinematográficas, me tirando certos arrepios durante a leitura e, claro, algumas lágrimas também.

Sem mais, o livro é bem fluído de ler e tocante pra quem é emotivo e derretido como eu. Para muitos, o roteiro poderia ser enxergado como um pouco forçado em sua construção. Por não ser um romance “mamão com açúcar” entre um casal e, sim, por tratar de diferentes formas de amor, o livro tende a não cair em obviedades. A abordagem moderna e repleta de referências bem presentes no nosso dia-a-dia contribui, também, para provar o potencial do título e do autor.

site: http://portalcaneca.com.br/

Marcos 30/07/2014

Vinícius Becker é um famoso escritor, best-seller mundial, que tem bastante fama no meio literário. Na noite de lançamento do seu décimo livro, "A Máquina de Contar Histórias", sua esposa Viviana vem a falecer em decorrência de um câncer, enquanto ele está a quilômetros de distância dali, sozinha em um quarto de hospital. Por estar longe, ele quase não chega a tempo do sepultamento. Logo após o ocorrido, Becker vê sua vida começar a desmoronar. Por ser altamente dedicado à sua carreira e obcecado com o sucesso, ele acabou perdendo a conexão com suas filhas Valentina, mais velha, e Vida. Agora ele está sem o seu grande amor, sem sua família, sem amigos e sem ter motivos para continuar.

Em virtude da ausência contínua de seu pai, Valentina começa a criar uma aversão a ele e sua revolta maior ocorre no momento em que sua mãe falece e ele não está ao seu lado. A partir de então ela só pensa em completar 18 anos, sair de casa e esquecer de vez Vinícius. Porém, ela esconde um lado que somente sua mãe teve acesso. Valentina gosta de escrever, assim como ele, e chegou a começar um livro com sua mãe, antes do falecimento. É com esse gancho que Becker, fuçando no notebook da filha, descobre um vídeo em que Valentina conta seus últimos desejos em vida. Esse vídeo mexerá bastante com seus sentimentos e fará com que ele enxergue as coisas de uma outra maneira.

A partir de então, Becker se lança na, talvez, maior jornada de sua vida: reconquistar seu bem mais precioso, o amor de sua família. Ao mesmo tempo ele tem que lidar com o sentimento de perda e de culpa por não ter estado presente no momento em que sua mulher mais precisou. Para começar, ele resolve sair em uma viagem com suas duas filhas, no intuito de conhecê-las melhor e, sobretudo, retomar o amor de Valentina. A partir daí, um grande carrossel de emoções é formado e os três vivenciarão momentos que mudarão muito suas vidas.

Esse é o primeiro livro do Maurício Gomyde que li, embora ele já tenha outros quatro já publicados. Sempre ouvi bons elogios à suas histórias, comparando-o a autores como Nicholas Sparks, do qual sou fã. Fiquei bastante surpreendido com a leitura; a comecei sem nenhuma pretensão e logo a narrativa do autor me fisgou e me fez ficar horas sem largar o livro, para saber o que aconteceria no final. Gomyde escreve muito bem, fazendo uma boa ordem das cenas, dosando corretamente os momentos de flashbacks necessários na história e desenrolando bem os acontecimentos.

A Máquina de Contar Histórias é um romance que trata de assuntos densos mas que são bem trabalhados. Esse é, sem dúvidas, um livro para chorar e para se conectar aos personagens. Quando terminei a leitura fiquei com vontade de quero mais, de que queria passar mais tempo ao lado deles. É um livro que fala, essencialmente, sobre sentimentos. Ao acompanhar a jornada do personagem principal, tem-se claramente suas motivações e os momentos pelos quais ele está passando. Acompanhar a evolução de Becker e sua reinvenção, revendo suas prioridades e sua visão de mundo é, sem dúvidas, o ponto alto dessa história.

Também gostei das passagens em que o autor explica determinados processos e situações do meio literário e do processo de escrita, desde a ideia original para um livro até o momento de publicação e de divulgação do mesmo. Vale muito a pena a leitura para quem tiver interesse em ingressar nesse meio.

Recomendo a todos que gostam de romances com pitadas de dramas e que queiram uma leitura com bastante sentimento inclusos.

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/07/resenha-maquina-de-contar-historias-de.html

Tami 30/07/2014

Resenha publicada no blog Gaveta Abandonada.

Já faz algum tempo que tenho curiosidade em conhecer os livros de Maurício Gomyde, sempre muito elogiado pelos seus leitores. Fiquei bem contente quando soube que ele teria seu primeiro livro lançado de forma não-independente e que teria acesso a ele facilmente. Então assim que tive a oportunidade, iniciei a leitura.

"- Lê para mim a última página do seu livro? Só falta ela. Guardei para ouvir de você...
Ela fechou os olhos, ele desligou a TV e então recitou, sussurradas, as palavras que já sabia de cor." (pág. 9, primeiras linhas)

Vinícius Becker é um autor de best-sellers. Porém, para seguir seus sonhos, acabou deixando de lado sua família. Sua esposa, já adoecida há algum tempo, falece na noite do lançamento de seu livro mais recente. O escritor volta para casa e precisa enfrentar o ódio de sua filha mais velha Valentina, que o acusa de ter abandonado a família na época mais difícil, e reconquistar o tempo perdido com Vida, sua filha de apenas quatro anos.

Sabe aquele tipo de livro que desde as primeiras páginas já nos prende com seus personagens, como se os conhecêssemos há muito tempo? Esta história é assim. Um livro leve e tranquilo de ler, daqueles que o tempo passa sem notarmos. O autor trabalha bastante o relacionamento do pai com suas filhas e isso é bem interessante pois é um assunto que dificilmente tem um destaque total em uma história - normalmente é apenas um conflito secundário. Vinícius e suas filhas são personagens humanos, que conseguimos ver claramente seus problemas mas também de certa forma os entendemos.

A história passa por algumas cidades famosas (que não vou citar para não estragar a surpresa) e elas são descritas na medida certa. É uma delícia acompanhá-los em locais e situações características, como se estivéssemos lá também. A forma como Maurício descreve as coisas e as pessoas é bem como gosto, apenas com o suficiente para imaginar sem se perder em parágrafos e parágrafos sobre coisas desnecessárias.

A capa do livro ficou muito bonita. De cara já chama atenção, e após ler a história é legal ver a relação dos desenhos com a mesma. A diagramação é simples, com pequenos detalhes nos inícios dos capítulos. Notei dois probleminhas de revisão: em um momento Vida, a filha de Vinícius, está com letra minúscula e na página 66 existe uma frase que está repetida em dois parágrafos - não creio que seria escolha do autor. São coisas que não chegam a atrapalhar mas que podem ser revistas para uma segunda edição.

"- Papai, você é famoso? - Vida perguntou.
- Não, fadinha. Não sou não. Mas, se vocês duas virarem minhas fãs, eu vou ser o homem mais famoso e feliz do mundo." (pág. 87)

Não é uma história difícil de se imaginar o final porém neste caso isso não estraga em nada a leitura. Apenas achei que a mudança de Valentina foi um pouco rápida demais para a situação que a menina havia passado. Se pudesse mudar uma coisinha para deixar a história perfeita seria isso. No mais, recomendo para quem gosta de histórias onde são trabalhados os relacionamentos, arrependimentos e itens da vida. Gostei bastante mesmo e me deixou ainda mais curiosa para conhecer os outros livros do autor.

site: http://gavetaabandonada.blogspot.com.br/2014/07/resenha-maquina-de-contar-historias.html

Arca Literária 30/07/2014

A Máquina de Contar Histórias
Por Danielle Peçanha

Este é o terceiro livro que leio do autor e sempre suas histórias tocam no fundo do meu coração. Já tive o prazer de conhecê-lo e conversar com ele por muitas vezes, sempre muito atencioso com seus fãs. O fato de conhecê-lo não me faz de alguma forma deixar de ser imparcial quanto a minha opinião sobre seus livros, quem me conhece sabe o quanto sempre admirei e elogiei seu trabalho, mesmo antes de conhecê-lo.
O livro é narrado em terceira pessoa, o que nem todo autor consegue passar tanto sentimento com tamanha profundidade quanto em narrativa em primeira pessoa e Gomyde consegue fazer isso com maestria, em minha opinião.
A trama conta a história de um autor brasileiro Vinícius Becker, famoso mundialmente, que tenta reconquistar o amor de sua filha mais velha Valentina. A esposa de Vinícius estava com Leucemia há alguns anos e acabou falecendo, e ele simplesmente mergulhou no trabalho para tentar se livrar de todo aquele sofrimento, sendo egoísta.
A ausência de Vinícius viajando o tempo todo com seus compromissos profissionais fez com que a raiva de sua filha mais velha Valentina por ele aumentasse ainda mais quando sua mãe faleceu e ele não estava presente.
Vinícius finalmente cai na real e vê o quanto foi egoísta e resolve recuperar o tempo perdido. Mas será que Valentina deixar o pai se reaproximar?
O livro me tocou de uma forma tão intensa por já ter uma experiência com a doença abordada, minha irmã morreu da mesma doença e padeceu enferma por alguns anos, sei o quanto é importante para a pessoa doente o amor da família e principalmente da pessoa amada, o que me fez compreender perfeitamente os sentimentos de Valentina com relação ao pai.
O livro me surpreendeu, emocionou e me cativou, mandando uma mensagem muita bonita.
Achei muito interessante também a trajetória do protagonista de acreditar no seu sonho e passar para o leitor um pouco de como é a vida de um escritor.
"Toda lição não serve de nada se você não aplica na sua própria vida."
Linda demais essa trajetória de um homem que tem a humildade de reconhecer que errou e aprender com seus erros.
Recomendo muito a leitura, mas leiam de coração aberto e deixem a simplicidade e a profundidade das belas palavras tocarem no fundo de seus corações.


site: www.facebook.com/minhasresenhasdp

Jéssica 29/07/2014

Emocionante!
A Máquina de Contar Histórias, de Maurício Gomyde, foi publicado pelo Grupo Editorial Novo Conceito, no selo Novas Páginas. Acho que a maioria dos leitores já conheciam o Gomyde, pois ele lançou quatro livros de forma independente e fez muito sucesso na blogosfera literária. Quando fiquei sabendo que ele estava indo para uma editora grande fiquei super feliz. Eu já li outros livros do autor e o conheço pessoalmente, pois ele mora na mesma cidade que eu e já o encontrei em diversos eventos.

O livro nos conta a história da família V, composta pelo casal Vinícius e Viviana e as filhas Valentina e Vida. Vinícius é um autor muito famoso, seus livros foram best-seller no Brasil e no mundo e tem milhares de fãs e é uma estrela literária que todos querem conhecer. A fama acabou tirando o que ele mais a amava: a família. Ele fica tão obcecado pela popularidade e o sucesso que acaba se afastando das pessoas que o amam. Ele é uma máquina de contar histórias, seus livros são apaixonadamente românticos, mas Vinícius não sente isso ao escrever, ele é frio e objetivo e faz os leitores chorarem com suas obras, mas dentro de si é um homem vazio. Vinícius se ausentou ainda mais quando sua esposa descobre que está com leucemia e prefere mergulhar nas palavras e na carreira do que ficar ao lado dela, mas depois de anos batalhando ela acaba falecendo sozinha em um quarto de hospital ao mesmo tempo em que Vinícius está no lançamento de seu novo livro. Quando ele chega em casa percebe que as pessoas próximas o condenam e que não possui mais o carinho de suas filhas.

''Não se ensina a amar. Não há aulas para isso. Não há fórmula mágica, como se eu escrevesse num quadro e você copiasse para depois estudar e responder uma prova que eu aplicasse.''

Vinícius fica extremamente abalado com a perda da esposa e com o desprezo da filha mais velha, Valentina. Ela tem 17 anos e não aceita que o pai tenha se afastado da família para cuidar da carreira, ela o despreza e não tem medo de falar o que pensa. Já a outra filha, Vida, tem apenas 4 anos e nem sabe o que realmente está acontecendo. Vinicius terá que lutar para recuperar sua família '''V'' novamente. É um longo caminho que ele percorrerá e digo que no começo não é nada fácil. Uma história emocionante e que vai fazer você questionar seus valores, Maurício Gomyde retrata da forma triste e melancólica a história de um pai que tem reconquistar o amor de suas filhas e lidar com a perda da esposa amada.


Maurício Gomyde acabou com todas as minhas emoções nesse livro. É um livro que fala muito sobre o que é ser um escritor e tem várias dicas importantes sobre esse assunto, mas também fala do amor da família, das pessoas que você mais ama no mundo e de que somos humanos é também erramos. Um livro tão magnífico e na reta final eu me emocionei e chorei com tudo que ele preparou. Sem dúvidas é cinco estrelas e favorito. Ano passado eu indiquei O Rosto que Precede o Sonho, do mesmo autor, como minha leitura nacional favorita, esse ano tenho certeza que A Máquina de Contar Histórias estará presente e até o momento é o primeiro da lista. Qual o motivo de Gomyde torturar tanto os leitores emocionalmente? Um livro tão belo e comovente que vai fazer você ficar encantado com a escrita do autor.

'''[...] E a vida, por mais que uma quantidade enorme de pessoas acredite nisso, não é feita de métodos, fórmulas, dicas ou listas de recomendações. Ela é feita de sentimentos pelas pessoas que estão ao lado, ou por aquelas que estão longe, mas que, só por pensarem na gente, já fazem toda a diferença.'''

O que eu percebi na história é que o autor mostra a profundidade do sentimento do ser humano e não tem como você não se emocionar com a história da família V. A perda de um ente querido é tão ruim, mas o que ma dói é a saudade e vemos como essa família tem que se reerguer depois de estar no fundo do poço. Maurício Gomyde é um autor brilhante e emociona o leitor de uma forma intensa e se você não leu nada dele está perdendo grandes histórias.


site: http://www.leitorasempre.com/2014/07/resenha-nacional-maquina-de-contar.html