Ética a Nicômaco

Ética a Nicômaco Aristóteles




Resenhas - Ética a Nicômaco


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Ricardo533 08/09/2023

Entendi quase nada
Mas o pouco que entendi é muito bom, ver tantas coisas sendo explicadas de forma lógica parecem que são simples e óbvias.
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Douglas 08/09/2023

Uma visão empírica da ética, a construção da eudaimonia
Caros leitores desde já adianto que farei uma síntese de todo o livro portanto não irá ser uma resenha sobre todos os capítulos, estes eu abordei separadamente (estão todos no perfil é só procurar).
Aristóteles vai fundamentar a ética ocidental no que eu considero que são três pilares: a pólis, as virtudes e a Eudaimonia (felicidade). para Aristóteles a pólis é o lugar onde o homem (espécie humana) pratica e exerce suas virtudes, pois o homem é um animal político que necessita viver em comunidade. o homem que vive as margens da pólis não possui virtudes, ele está em uma luta constante para sobreviver, para subsistir, negando sua natureza política. a política é a virtude intrínseca da pólis, é a arte organizar a cidade, de organizar os indivíduos e de fazer justiça. a política é a parte mais importante para o cidadão, pois ela delibera sobre todas as outras ciências e virtudes da pólis, o homem virtuoso deve participar da vida pública, pois só assim alcançara o bem geral (da cidade, da pólis) e o bem próprio. Aristóteles traz que a Eudaimonia (felicidade) é o bem pretendido por todos, é a finalidade por trás de todas as nossas ações, durante todo o livro ele irá mostrar as formas de se chegar até a felicidade, formas essas que irei explicitar agora. para simplificar a ideia de Aristóteles, pensamos o seguinte:
-- a felicidade (Eudaimonia) é a finalidade, o bem por si só, a felicidade que basta a si própria.
-- as virtudes são os meios que utilizaremos para alcançar este fim, pois só um homem virtuoso pode alcançar este estado.
-- pólis é onde iremos exercer essas virtudes, portanto para sermos felizes precisamos conviver em sociedade, exercendo a política e as virtudes no espaço público/privado.

notem que toda a construção de Ética a Nicômaco é baseado no empírico, na realidade. através de nossas virtudes, das ações, da justiça ( que é a expressão de todas as virtudes), da política, da moralidade, nós conseguimos chegar na Eudaimonia.

- um adendo aqui que considero primordial para essa construção e que não fica muito clara no livro. a vontade é a deliberação de um desejo, essa vontade se torna uma ação que pode ser virtuosa ou não. as virtudes são divididas em intelectuais e morais, práticas e filosóficas e através das ações (atividades) nós chegamos na Eudaimonia.
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Gildo 10/07/2023

A virtude do egoísmo
Os momentos que Aristóteles fala da amizade são incríveis, só é possível sermos amigos daqueles que compartilhamos virtudes. Fantástico descobrir de onde vieram diversos conceitos usados por filósofos contemporâneos, como a Ayn Rand.
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Fernanda.Lopes 11/08/2023

Aristóteles é Aristóteles, né?
Apesar de não ter um texto super fluido, como o de Platão (o que é justificado pelas condições históricas), a Ética a Nicômaco é um belíssimo tratado sobre virtudes, amizade e felicidade.

Foi ótimo reler.
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Wanderreis 27/03/2023

Excertos

O conhecimento científico é um juízo sobre coisas universais e necessárias, e tanto as conclusões da demonstração como o conhecimento científico decorrem de primeiros princípios (pois ciência subentende apreensão de uma base racional). Assim sendo, o primeiro princípio de que decorre o que é cientificamente conhecido não pode ser objeto de ciência, nem de arte, nem de sabedoria prática; pois o que pode ser cientificamente conhecido é passível de demonstração, enquanto a arte e a sabedoria prática versam sobre coisas variáveis. Nem são esses primeiros princípios objetos de sabedoria filosófica, pois é característico do filósofo buscar a demonstração de certas coisas. Se, por conseguinte, as disposições da mente pelas quais possuímos a verdade e jamais nos enganamos a respeito de coisas invariáveis – se tais disposições, digo, são o conhecimento científico, a sabedoria prática, a sabedoria filosófica e a razão intuitiva, e não pode tratar-se de nenhuma das três, (isto é, da sabedoria prática, do conhecimento científico ou da sabedoria filosófica), só resta uma alternativa: que seja a razão intuitiva que apreende os primeiros princípios.

(Livro VI – Capítulo 6)

...porque se um homem soubesse que as carnes leves são digestíveis e saudáveis, mas ignorasse que espécies de carnes são leves, esse homem não seria capaz de produzir a saúde; poderia, pelo contrário, produzi-la o que sabe ser saudável a carne de galinha.

(Livro VI – Capítulo 7)

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Como diz o provérbio: os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem “provado sal juntos”.

(Livro VIII – Capítulo 3)

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...os amantes parecem às vezes ridículos, quando pretendem ser amados em troca; quando ambos são igualmente dignos de amor a pretensão talvez se justifique, mas é ridícula quando não têm nenhuma qualidade própria para despertar o amor.

(Livro VIII – Capítulo 8)

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...tudo indica que os antigos sacrifícios e reuniões ocorriam após as colheitas como uma espécie de festa das primícias, pois era nessa época que os homens tinham mais lazeres.

(Livro VIII – Capítulo 9)

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Os benfeitores, segundo se pensa, amam aqueles a quem fizeram bem mais do que estes os amam, e discute-se este ponto como se fosse paradoxal.

(Livro IX – Capítulo 7)

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São criticados aqueles que amam a si mesmos mais do que a qualquer outra coisa e dá-se-lhes o nome de ególatras, que é considerado um epíteto pejorativo; e um homem mau parece fazer tudo no seu próprio interesse, e isso tanto mais quanto pior ele for. É acusado, por exemplo de não fazer nada espontaneamente, enquanto o homem bom age tendo em vista a honra, sacrificando os seus interesses pessoais, e isso tanto mais quanto melhor ele for.

(Livro IX – Capítulo 8)

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(...) se quem vê percebe que vê, e quem ouve percebe que ouve, e quem caminha percebe que caminha, e em todas a outras atividades há também alguma coisa que percebe que estamos agindo, de modo que, se percebemos, percebemos que percebemos, e, se pensamos, percebemos que pensamos; e se perceber que percebemos ou pensamos é perceber que existimos (pois que a existência foi definida como percepção ou pensamento); (...) – se tudo isso é verdadeiro, assim como o seu próprio ser é desejável para cada homem, igualmente (ou quase igualmente) o é o de seu amigo.

(Livro IX – Capítulo 9)

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Pelo fato de certas coisas agradarem a pessoas de constituição viciosa, não devemos supor que elas também sejam agradáveis a outros, assim como não raciocinamos dessa forma a respeito das coisas que são saudáveis, doces ou amargas para os doentes, nem atribuímos a brancura às que parecem brancas aos que sofrem dos olhos.

(Livro X – Capítulo 3)

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Anaxágoras também parece supor que o homem feliz não seja rico nem um déspota quando diz que não se admiraria se ele parecesse à maioria uma pessoa estranha, pois a maioria julga pelas exterioridades, uma vez que não percebe outra coisa.

(Livro X – Capítulo 8)
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Marcos 25/08/2009

Muito conteúdo, mas ...
Chato, chato, chaaato ! Como estamos falando de Grécia, foi uma luta greco-romana terminar esse livro.

É interessante ver como os gregos, há mais de 2 mil anos, eram sábios e cultos. Por vezes, tenho minhas dúvidas se vivemos numa trajetória linear de evolução, ao ver tanta bobagem impregnada em nossa cultura.

Porém, a forma de passar a mensagem me lembrou aquele professor mala, que despeja teoria sem dó nem piedade, de uma forma que você nem consegue refletir a respeito. Me senti por vezes lendo um livro de auto-ajuda. Do início ao fim, o autor pega conceitos, os investiga e joga sua conclusão. Não há nada para ser interpretado, nada fica no ar. E essa coisa de tentar definir tudo quanto é palavra me aborrece também.

Talvez eu desse 5 estrelas pelo conteúdo em si, Aristóteles é o filósofo cujas idéias mais fazem sentido para mim. Talvez eu goste de um livro sobre o assunto, mas escrito por outro autor.
Érica 18/03/2015minha estante
Eu definiria Ética a Nicômaco mais como denso do que chato, pois como você mesmo falou, os assuntos abordados são excelentes, apenas a forma (e aqui eu faço um paralelo com a "involução" do conhecimento que você também cita) é que não é tão facilmente digerida por nós. Uma dica que eu te daria é ler Aristóteles para todos, do Mortimer Adler. Ele esclarece muita coisa.


Lis 19/11/2016minha estante
Disse tudo q eu tava pensando e ainda nem terminei de ler...




Eduardo 22/01/2023

Simples e excepcional
Inquestionável o por quê ele ser uma das obras mais importantes do Aristóteles

Trazendo em 10 capítulos multiplos assuntos que estão claramente digeridos e não saturados, ele dá uma lição extraordinária em multiplos assuntos sobre a ética, o bem e o mau, as virtudes e política.

Recomendo fortemente a leitura para qualquer um para a formação de um bom cidadão. Irei fazer a releitura de certeza.
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Felipe 19/10/2022

In medio stat virtus
Por causa desse livro, e de quem teve a felicidade de me indicar (deu a dica: leia apesar da leitura difícil e arrastada), um novo universo se abriu pra um, a época, recém formado na universidade e bitolado com 5 anos de estudos de engenharia.

Um livro que abre caminhos pra buscar o aperfeiçoamento pessoal, busca pelo sentido da vida, conceitos básicos de virtudes humanas.

Foi tão marcante pra mim que está marcado na pele, sendo a única tatuagem que tenho.

ESPETACULAR!!!!
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Lysa 17/08/2022

Aristóteles é contemporâneo
Quando me propus a fazer essa leitura, tive receio de não completá-la, confesso. Pensei que poderia ser enfadonha, defasada, mas prossegui mesmo assim. Que bom pra mim! Aristóteles não tem nada de defasado, nem enfadonho. Exímio conhecedor da natureza humana, estava muito além de seu tempo e continua contribuindo, com o ?nosso?.
Conceitos como virtudes, vícios, justiça, amizade, prazeres e dores, estão descritos nesse livro de um jeito único, para dizer o mínimo. Confesso que sai da minha zona de conforto nessa leitura. E valeu muito a pena!
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Gabriel 07/06/2022

Análise de Ética a Nicômaco
Caso você seja um(a) entusiasta da Filosofia ou da antiguidade clássica, com destaque para a Grécia ateniense, provavelmente irá apreciar a leitura de "Ética a Nicômaco", de Aristóteles.
Com um estilo de escrita que parece valer-se de recursos linguísticos e expressivos quase poéticos, mas atentando à proposta, o filósofo conduz uma reflexão acerca das melhores ações para o homem.
No sentido de o obter a resposta para o fim último ou felicidade, Aristóteles parte de exemplos práticos e cotidianos da sociedade ateniense, como o trabalho ou a arte.
Recomenda-se, mais uma vez, para aqueles que gostaria de entender a filosofia aristotélica, bem como o pensamento grego.
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jujumomo 22/09/2021

conceituadíssimo
peguei bem as reflexões que ele aborda, embora algumas vezes eu tenha achado repetitivo. o entendimento sobre o que é a felicidade e como alcançar ela é muito interessante, os demais pontos que compõe a mesma. recomendo, embora a leitura possa ser um pouco maçante
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Alice 18/08/2021

Resenha
Nessa obra Aristóteles faz reflexões profundas e necessárias para que a convivência em Sociedade esteja embasada em valores que primam pelo Bem Comum. Ressaltando que , nessa obra Aristóteles escreva para os cidadãos gregos, que faziam parte da polis, viviam dentro das regras e valores dessa comunidade. Trazendo, essas lições para nossa Vida podemos , sem sombra de dúvidas, aplicar muitos desses Ensinamentos em nossas ações individuais que refletiram na Sociedade na qual estamos inseridos , meio que vivemos, e aprendendo a ampliar essas condutas onde estivermos .
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Jonas incrível 21/03/2020

Muita informação pra minha cabeça
Achei confuso demais. Vai muito além da minha capacidade de abstração. Algumas coisas eu compreendo, mas a maior parte me fez voar na batatinha. Sabe quando você tá lendo, mas na verdade tá pensando na morte da cabrita, pois é foi isso....?
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Silvia 14/09/2015

Ela estimula práticas nobres, pois dois andando juntos, tem mais capacidade para agir e pensar ou realizar tarefas;
O livro trata de examinar o caráter e o sentimento da amizade do homem;
A amizade é um amor mútuo;
Ser amigo não é apenas desejar o bem para o outro, mas tão somente a reciprocidade em si, em desejar o melhor.

Antes de explicar os tipos de amizade, o autor aborda o tema amor...
O pensador aponta que nem tudo parece ser amado, somente o que é bom, útil e agradável. Em contraposição o homem ama o que não é bom para ele, mas sim o que lhe parece bom, como se fosse “o que parece digno de ser amado”.
As pessoas amam por três razões.
Amor aos objetos inanimados.
Amor por disposição de caráter.
O amor recíproco.
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