Escravas de Coragem

Escravas de Coragem Kathleen Grissom




Resenhas - Escravas de Coragem


50 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Erica 14/02/2016

Favoritado!
Livro que indico para todos e se você está querendo sair de sua zona de conforto, este livro é uma ótima escolha.

RESENHA:

Em 1791 numa viagem de navio rumo aos Estados Unidos, Lavínia perde os pais e Capitão Pyke, não tem outra escolha a não ser levá-la a sua fazenda Carvalhos Altos para ser sua escrava.
Na fazenda, Lavínia é deixada aos cuidados de Belle na casa da cozinha, onde vive com uma família de escravos responsável por cuidar da casa grande, e lá, a menina passa parte da infância aprendendo suas futuras tarefas do casarão.
A partir daí, criam-se laços de afeição tão fortes que Lavínia passará a ser parte da família. Entretanto, por ser branca, ela adquire certos privilégios que, aos poucos, distanciam-na de sua família até um ponto em que precisará escolher entre seu destino e seus laços.


NARRAÇÃO E ESTRUTURA:

A história é narrada por dois pontos de vista: o de Lavínia e o de Belle, ou seja, o ponto de vista de uma criança inocente e branca e o ponto de vista de uma escrava.
Os capítulos são do tipo “só mais um”, daqueles que lemos 100 páginas num piscar de olhos! Possuem uma linguagem simples e gostosa. São bem curtos. E o melhor, cada personagem têm uma escrita e uma forma de narrar própria, o tempo todo parece que realmente duas pessoas contam a história á sua maneira. Nos diálogos, os escravos possuem um sotaque apaixonante.


PERSONAGENS:

São muito bem estruturados e extremamente humanizados. Inesquecíveis! São fortes e carismáticos, cada um tendo sua personalidade e seu papel crucial para a história. O tempo todo, suas escolhas causam consequências que ora serão solucionadas ora não, e só a força e o carinho da família fará com que superem.

Estes personagens souberam sofrer e, acima de tudo, souberam cuidar uns dos outros e de quem necessitasse de ajuda independente da cor e, além de tudo isso, ainda souberam proporcionar bons momentos de felicidade e amor, apesar de todo o sofrimento passado. Que personagens!
Este livro me apresentou dois personagens que entraram para a minha lista de favoritos. Simplesmente me apaixonei!



Foi a primeira história que li sobre a época da escravidão. A autora mostrou muito bem a realidade dos negros desta época. Escravos eram mercadorias, objetos, não eram considerados pessoas, não tinham descanso, não podiam fazer suas próprias escolhas, eram desprovidos do direito, de serem felizes, não tinham direito a nada.

O livro mostra que família está muito além de sangue e o que vale é o amor e o carinho incondicional que transformam pessoas antes desconhecidas em família. Me fez pensar: quem realmente posso chamar de família? É um romance maravilhoso, emocionante e trágico, porém, em nenhum momento é uma história pesada.
O final do livro é perfeito e condizente com a história, a autora deixa algumas coisas no ar e, por isso, eu me peguei em vários momentos me perguntando sobre o bem estar de determinados personagens.

Enfim, em apenas 336 páginas, Grissom apresentou personagens incríveis, uma história emocionante com um desfecho inesquecível! Recomendo muitíssimo!


INSPIRADO EM FATOS REAIS

A fazenda retratada na história fica em Virgínia, nos EUA, intitulada no passado como Morro dos Negros.
Um homem conhecido do pai da autora, rastreou seus antepassados até sua origem e descobriu que eram Irlandeses. Entre os séculos XVIII e XIX, estes antepassados, uma família, vieram de navio aos EUA, porém, durante a viagem, os pais faleceram deixando órfãos três crianças: dois meninos e a menina caçula. O homem conseguiu descobrir o que acontecera com os meninos mas os registros sobre a menina não foram encontrados. E foi a partir destes fatos que Grissom criou esta incrível história!
Além disso, a autora se dedicou muito a pesquisas sobre a época, os escravos e inclusive entrevistou muitos afro-americanos cujos ancestrais eram escravos.

Tudo isso, para tornar a história o mais fiel possível a época.

site: http://parado-na-estante.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



jacqueline 12/07/2015

Romance que vale a pena comprar
Ótimo livro. Trama maravilhosa.
Fazia tempo que não lia um livro assim....
comentários(0)comente



ViagensdePapel 19/05/2015

Escravas de Coragem, de Kathleen Grissom
Escravas de Coragem conta a história de duas mulheres, o romance é ambientado entre 1791 e 1810 em Southside, na Virgínia. Lavínia e sua família saem da Irlanda rumo aos Estados Unidos, somente ela e o irmão (Conrad) sobrevivem a viagem, logo depois eles são separados.

Lavínia é comprada numa feira de escravos pelo capitão James Pyke. Na casa-grande, a menina de aproximadamente sete anos é colocada para trabalhar na casa da cozinha, sob os cuidados de Belle, escrava mestiça e filha ilegítima do capitão. Lavínia aprende a cozinhar, servir os alimentos e limpar, ao contrário dos escravos da fazenda, a menina de pele clara e cabelos ruivos é mantida como serva e presa a um contrato até que atinja a idade adulta.

Belle é reconhecida pelo pai, mas não por sua esposa (D. Martha) e seus filhos (Sally e Marshall), eles acreditam que ela seja a amante do capitão. Belle foi criada e educada na casa-grande por sua avó branca, assim que James casou, ela foi enviada para cozinha, onde mantém privilégios, sendo cuidada por Mama Mae.

A partir de Lavínia e Belle conhecemos a história da família Pyke, dos funcionários da fazenda, dos escravos da cozinha e daqueles que levam uma vida mais difícil nas plantações de tabaco. Muitas das famílias mencionadas formaram-se através do fim de outras, mulheres que veem seus filhos morrerem, crianças nascidas de estupros, órfãos (...), o livro todo cita acontecimentos desse tipo, a maior parte dessas famílias é constituída pelo amor e pelo sofrimento, em sua maioria sem laços sanguíneos.

Escravas de Coragem vai contando, ao longo de quase duas décadas, o que acontece com Lavínia e Belle, a história delas mostra a realidade do ser, seu melhor e seu pior. De início acompanhamos a infância de Lavínia, os meios-irmãos de Belle e o relacionamento que se desenvolve. Depois nos é apresenta a parte mais dolorosa da narrativa, nesse momento experimentei diversos sentimentos desde tristeza à raiva, seja pela ingenuidade das protagonistas ou pela maldade de outros personagens.

“Esta casa da cozinha é o meu lar e, haja o que houver, não saio daqui por causa de ninguém. Não me interessa o que os outros dizem. Não quero nenhum papel de alforria. Isso é só um jeito de o capitão me tirar daqui"

Kathleen Grissom criou uma bela trama, tão trágica e surpreendente, o final não é digno dos contos de fada, o livro tem momentos fortes, por vezes perturbadores, os personagens são convincentes. O livro tem todo um contexto social e histórico, o resultado é um drama muito bem escrito e envolvente.

Leia mais:

site: http://www.viagensdepapel.com/2014/11/escravas-de-coragem-de-kathleen-grissom.html
comentários(0)comente



Raquel Lima 13/05/2015

Drama
Duas escravas brancas vivendo entre os negros em uma fazenda de tabaco. Uma delas é filha do dono da fazenda , a outra não sabe quem é ... As duas contam a história de sofrimento , violência , estupro...
Confesso que não gostei . Gente boa demais , sofrimento demais ... Mistura de E o Vento Levou e Escrava Isaura ...
Michelle.Leonhardt 28/02/2020minha estante
Sabe que é justamente a mistura de "O vento levou" com "Escrava Isaura" que me chama atenção em livros? Gosto da temática. Mas concordo: é sim MUITO sofrimento. MESMO!




letycialets 30/03/2015

Merece um prêmio.
O que falar desse livro fabuloso? Normalmente, não costumo dar spoilers nas minhas resenhas, mas nesse caso, abrirei uma exceção. Assim que iniciei a leitura de Escravas de Coragem, me senti envolvida pela atmosfera da história: uma típica família de uma linhagem de senhores de terra que utilizava o trabalho escravo para a manutenção de suas riquezas. Até aí, nada demais, visto que temos tantos livros, filmes e inclusive novelas que retratam bem o assunto. O que me instigou a avançar na leitura foi – e isso só pude descobrir no final do livro – o fato de que o local em que a história acontece realmente existiu. Sim, é verídico! O processo de construção do enredo envolveu uma série de pesquisas por parte da Kathleen Green, o que deve ter dado uma trabalheira para que o resultado final fosse esse Best seller tão repleto de descrições detalhistas do cenário. Outro ponto que me chamou a atenção foi a familiaridade que percebi ter a história de Lavinia com a da Escrava Isaura, popularmente conhecida entre nós através do livro escrito por Bernardo Guimarães em 1875. Lavinia é uma menina branca, que é vendida para trabalhar como escrava em uma fazenda pertencente a um capitão chamado James Pyke. Mais ou menos a mesma coisa que vimos acontecer com a personagem de Bernardo Guimarães. Arrisco até dizer que o livro me envolveu de uma forma que eu jamais havia ficado no decorrer de uma leitura. É uma história de bravura, amor, união e muito, muito pesar. Está mais do que recomendado!
comentários(0)comente



Michelle.Leonhardt 27/01/2015

Um romance forte e cativante!
O momento histórico no qual a história se desenrola é o período de escravidão nos Estados Unidos (1791-1810). O livro conta a história de uma família e seus escravos e se passa quase que totalmente em uma plantação de Tabaco no estado da Virgínia, propriedade do Capitão James Pyke.

A história é dividida em 55 capítulos + prólogo e epílogo. Cada um dos capítulos narra os acontecimentos pela visão de Lavínia ou Belle (as duas protagonistas da história). Essa dupla narração de acontecimentos (e, consequentemente, de pontos de vista) é importante pois as personagens possuem diferentes entendimentos sobre alguns acontecimentos (visto que Belle é uma jovem adulta no começo do livro) enquanto Lavínia é ainda uma criança. Além disso, no decorrer da história, Belle e Lavínia passam algum tempo em lugares diferentes e a dupla narrativa permite que possamos acompanhar os acontecimentos desenrolando em ambos os locais.

O enredo começa com a narrativa de Lavínia, uma menina irlandesa e branca que perdeu os pais em uma viagem de navio e foi levada pelo Capitão Pyke até a casa da cozinha de sua fazenda. Lá ela é acolhida pela escrava negra Belle (que na verdade é filha ilegítima do capitão) e toda a família de escravos da cozinha (e que atendem diretamente na casa grande). Existe também um outro ramo de escravos na fazenda (os que trabalham na plantação). O livro mostra claramente que as famílias escravas são formadas não por laços de sangue mas sim de convivência e amor (o que não é difícil de imaginar visto que os escravos eram comercializados individualmente e, muitas vezes, separados de suas famílias de sangue).

No seio dessa "família escrava" Lavínia é acolhida. Os primeiros capítulos do livro mostram o impacto da chegada da Lavínia (uma menina de aparência frágil e bastante doente) no meio de uma família que luta pra se manter unida e ajuda uns aos outros acima de tudo. Também situa o leitor na dura realidade da escravidão quando desenvolve o drama entre Belle e o capitão (filha e pai) mas que é vista pela esposa do capitão e seus filhos (principalmente o mais velho) como sua amante.

Lavínia se recupera e a história se direciona para a relação de Marshall (o filho mais velho) e Dona Martha (a esposa) com os escravos e seu ressentimento para com Belle. E, a partir desse ponto, começa uma série de acontecimentos que nos mostra o horror da escravidão ao mesmo tempo que a lealdade dos escravos para com seus mestres (ex. quando um tutor é chamado para ensinar Marshall e os escravos percebem que algo não está correto, eles fazem de tudo para trazer a verdade aos olhos dos patrões - até que tomam atitudes drásticas para acabar com o sofrimento do garoto).

A história vai se desenvolvendo e mostrando não só os laços de lealdade mas também nos mostra a fragilidade do ser humano pois em alguns momentos os acontecimentos do passado (e os ressentimentos ou alegrias) mudam ou influenciam as escolhas de vida das personagens da mesma forma como acontece na vida de qualquer ser humano.

Depois de um tempo e alguns acontecimentos Lavínia, por ser branca, passa a morar com a irmã de Dona Martha em outra cidade (assim como seu filho Marshall). Lá ela não é tratada como escrava e sim como filha e, por consequência, acaba voltando para Tall Oaks como senhoria e não mais na casa da cozinha como antes de partir. Isso gera para ela uma necessidade de ajuste. O livro narra o conflito dela tentando viver a nova vida que lhe é imposta ao mesmo tempo que deseja abraçar a família que a acolheu. Na verdade, pra ir mais fundo, o livro mostra todos lidando com essa inversão de papéis, que, por sua vez, gera uma nova sequência de acontecimentos na fazenda. Um deles, por exemplo, é a ruína do casamento de Lavínia.

Junto com tudo isso há o declínio de poder da fazenda e a necessidade de venda de escravos para que o patrão tenha dinheiro e a luta da família escrava para permanecer unida acima de tudo. Unida não só entre eles (escravos) mas também Lavínia que, embora tenha se tornado dona dos escravos, ainda mantém seu coração junto com aqueles que foram sua única família por tantos anos.

Opinião: O livro narra aproximadamente 20 anos da saga de uma família e seus escravos e é bem fiel a tudo que conhecemos sobre o assunto. Os personagens são muito bem construídos e contextualizados e, em nenhum momento, suas escolhas podem ser questionadas. Até mesmo Lavínia que, em um momento do livro, toma uma decisão que parece absurda na visão do leitor, está sendo guiada pela sua vivência e sua carga emocional de vida. E a autora acertou em deixar isso extremamente claro.
Além disso a história encanta pelo modo como é contada. A diferença na visão experiente de Belle e dos escravos e a visão ingênua e infantil de Lavínia (isso no começo da história).

Pra quem eu recomendo o livro? Para os amantes de romances históricos é uma ótima pedida. Se você curtiu "The Help", por exemplo, vai adorar. Se gostou de 12 anos de escravidão também. Mesmo pesado (o tema da escravidão é pesado assim como guerra e holocausto) é um livro que nos ensina muito e que surpreende.

Pra quem eu não recomendo? Fuja se você não gosta de tristeza e de acontecimentos marcantes. Não há rodeios para se tratar o dia a dia da escravidão (mortes, espancamentos, mutilações, estupros). O livro pode te fazer desistir ainda que esses assuntos sejam apenas pano de fundo pra se entender as ações das personagens.

Avaliação final: 4/5
- Embora ótima pra quem gosta do gênero, não é uma leitura leve ou fácil (e, pelo menos na versão em inglês que eu li, foi feita uma opção por usar o modo de falar dos escravos, o que eu não sou particularmente fã. Na versão em português acho que isso se mantém. Se, por um lado, dá mais realidade à narrativa, por outro incomoda a leitura)
- O enredo, do meio pro fim, parece um pouco apressado, sem a mesma riqueza de detalhes do inicio. Bastante compreensível já que a visão da criança Lavínia é muito mais romantizada do que a da adulta. Essa mudança, todavia, transparece uma certa falta de detalhes que o leitor já estava acostumado.


site: http://letrinhaspraler.blogspot.com.br/2015/01/resenha-kitchen-house-ou-escravas-de.html
comentários(0)comente



Rebeca 10/01/2015

Belo!
Vai ser difícil esquecer esse livro… Porque é difícil abrir os olhos e lembrar que existiu uma época em que pessoas eram escravizadas, que sofriam os mais diversos maus-tratos e abusos. É perturbador, mas nos prende até o fim. Nunca senti tanto carinho por vários personagens e tanto ódio de outros tantos quanto ao ler essa história!
cid 19/01/2016minha estante
Concordo Rebeca. Ótimos personagens.




Vanessa Vieira 08/12/2014

Escravas de Coragem_Kathleen Grissom
O livro Escravas de Coragem, da canadense Kathleen Grissom, nos traz um história densa e tocante sobre escravidão, coragem e esperança. Tecida de forma bem detalhada, além de extremamente fiel a época em que o enredo foi ambientado, a obra é um verdadeiro apanhado sobre os tempos da escravatura, retratando todo os algozes e perjúrios que os negros sofreram nesse período e, acima de tudo, como sempre mantiveram acesa a chama de dias melhores.

Belle já enfrentava sérios problemas na fazenda Carvalhos Altos, preparando a comida da casa-grande e procurando se ocultar da visão de D. Martha e de seu filho, Marshall. Os dois não sabem que ela é a filha ilegítima do capitão James Pyke e acabam pensando o pior sobre a cordialidade do capitão com a escrava mestiça.

Durante a travessia da Irlanda para os Estados Unidos, a pequena Lavínia, de 7 anos, acaba perdendo os pais e sendo separada de seu único irmão. Ela é levada pelo capitão Pyke para a sua fazenda na Virgínia e acaba ficando sob os cuidados de Belle. Belle, por sua vez, sente um certo tormento pela responsabilidade que lhe foi imposta. A jovem garota tem problemas de saúde, não consegue reter comida no estômago, além de ser calada e não ter memórias sobre o seu passado. A aparência de Lavínia é um tanto quanto exótica também: a menina é branca e possui marcantes cabelos avermelhados. Belle sabe que no meio das pessoas em que foi criada, a cor da pele tem pouca importância e, aos poucos, acaba abrindo os braços para receber Lavínia.

Dá-se início a uma saga que retrata a trajetória de uma escrava branca e seu amor incondicional e abnegado por sua família negra, tal como o verdadeiro significado dos laços de amor e ternura que unem as pessoas.

Quando comecei a ler Escravas de Coragem, logo imaginei que a história seguisse os moldes de A Escrava Isaura - clássico da nossa literatura nacional - , por possuir vários elementos em comum com a aclamada obra de Bernardo Guimarães. Porém, para a minha surpresa, me deparei com um enredo muito mais denso e abrasivo do que eu esperava, que retrata os pormenores da época da escravidão e o que os negros passavam nas mãos de seus senhores. As cenas foram descritas de modo impecável, sem poupar nenhum detalhe, o que acaba até mesmo nos provocando profundas emoções, principalmente por saber que este período, infelizmente, fez parte da história da humanidade, com todas as crueldades que lhe foram impostas no enredo. Os personagens são fortes, corajosos e meramente humanos, com todas as suas falhas e acertos, o que concedeu um senso de realismo bacana a trama. Narrado em primeira pessoa por Belle e Lavínia, sob pontos de vista alternados, acompanhamos a saga das duas pela fazenda Carvalhos Altos, bem como as batalhas que elas vivem diariamente ao lado de seus amigos, ou melhor dizendo, a "família" que as acolheram.

Belle é uma personagem corajosa, valente e de uma força descomunal. Ela sofre ao longo do enredo das mais variadas barbáries, mas continua firme, forte e convicta em seus ideais. O seu romance com Ben teve alguns detalhes que me desagradaram, mas a julgar pela época da trama e pelo modo como os dois viviam, são até compreensíveis. Acompanhar o seu afeto por Lavínia ir crescendo dia após dia é belíssimo e gratificante.

Lavínia, por sua vez, foi uma menina que logo cedo conviveu com a dor da perda e da solidão. Acolhida pelo capitão Pyke em sua fazenda, ela se mostra uma garota muito introspectiva e recuada mas, aos poucos, com todo o carinho que recebe de Mama Mae, Papa George e de seus filhos, se sente acolhida e abraçada. Ao longo da história, algumas de suas atitudes me incomodaram, principalmente sua submissão exacerbada. É notável que as mulheres desta época não tinham voz e viviam sob a sombra de seus maridos, mas por ela ter tido a criação que teve, acredito que deveria ser um pouco mais enérgica em suas decisões. Do meio do livro em diante, depois de sofrer maus bocados nas mãos de Marshall, ela acaba se tornando mais forte e corajosa, o que proporcionou ainda mais adrenalina ao enredo.

Escravas de Coragem é um retrato quase que palpável da escravatura, expondo os fatos deste período de forma crua e clara, sem maquiar ou ocultar nenhum detalhe. Os negros sofriam agressões físicas pesadas - o que culminou com a morte de muitos deles - , além de mutilações, torturas, estupros e outros tipos de violência, que foram anexadas a trama de forma intensa e impactante. Acima de tudo, o livro de Kathleen Grissom nos mostra o verdadeiro significado da família e a força que os laços de ternura e afeto contém. A capa é muito bonita, além de condizente com o enredo e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2014/12/resenha-escravas-de-coragem-kathleen.html
comentários(0)comente



Claudia Cordeiro 06/10/2014

Achei que o final foi meio apressado, com poucas páginas a mais, resolvendo melhor certas situações, teria ficado beeem melhor...
Mas como o livro me prendeu a atenção, consegui mergulhar na história e esquecer da vida enquanto lia - é o que procuro em todos os livros... - a nota é 5 estrelas!
comentários(0)comente



GianiPlata 02/09/2014

Escravas de Coragem - Kathllen Grissom
Aaah como estou exausta!
Acabei de voltar de uma viagem incrível ao ano de 1800 e bolinhas!

Nessa viagem conheci uma família muito unida e que faz de tudo para proteger os seus!
Um povo humilde e sofrido, mas que jamais perdeu a fé em Deus. Eles eram escravos na fazenda Carvalhos Altos, propriedade do querido capitão James. Porém, ele estava sempre ausente, e por esta razão quem tomava conta de tudo era aquele capataz nojento, o Rankin, que abusava das mulheres e maltratava os homens somente por diversão, já que o filho do patrão ainda era um molecote e sua esposa era uma louca viciada em ópio que dormia o tempo todo!
Que vontade de colocar aquele cara sentado no formigueiro!!! Grrrrrr!!!

E de quem mais esse infeliz queria judiar era de Belle e sua família.

Pobrinha da Belle! Ela é filha do capitão com uma escrava e mesmo sendo protegida por seu pai, ainda assim tem a pele escura, e foi deixada aos cuidados dos criados de confiança após o casamento do capitão com a jovem e perturbada Dona Marta.
E como aquilo era um segredo, a esposa do capitão sempre achou que Belle fosse amante de seu marido. Assim maltratava a moça em todas as oportunidades possíveis.

Marshall, (o filho molecote, que vai crescer!) teve sua infância estragada. Sofreu abusos físicos e psicológicos e cresceu perturbado e agressivo. Trazendo infelicidade para a vida de todos a sua volta.

Um dia o capitão voltou para a fazenda Carvalhos Altos e junto de si trouxe uma menininha branquela e de cabelos vermelhos, que de muito assustada, não falava, nem comia. Seu nome é Lavínia e foi entregue aos cuidados de Belle e sua família.

Lavínia aprendeu a amar aquelas pessoas que cuidaram tão bem dela. E nem mesmo a distancia será capaz de destruir aquele amor.

Durante a leitura não sabia de quem eu sentia mais pena... Ô povo sofrido!
Mas pelo menos os escravos eram felizes a sua simples maneira. Já os donos da fazenda, mesmo com tanto dinheiro, eram amargos... Sua família era desunida e seca de sentimentos.

Um romance tocante que me deixou com lágrimas nos olhos, fez meu coração acelerar nos momentos de perigo e raiva e que me fez sorrir e querer abraçar alguns personagens!

Os cenários são muito bonitos, a casa grande principalmente! A comida então.... Era pegar o livro e sentir fome de tantas coisas maravilhosas que Belle e Mama Mae preparavam! Até anotei algumas coisas pra ver se consigo fazer algo parecido! hehehehe

O fato de a autora ter usado uma linguagem "da roça" para as falas dos escravos deixa a gente ainda mais próximo daquela época (1791 se não me engano).

A única coisa que me irritou foram os muitos erros cometidos pelos personagens. Parece que eles não aprendiam com seus atos anteriores e faziam tuuudo de novo... E então entra a lei de Murphy: "Se Algo pode dar errado, dará!". E neste caso dará muuuuuito errado! Dava vontade de jogar o livro longe nessas horas e gritar! Mas a curiosidade era maior e lá ia eu continuar a leitura. hehehehe

A narrativa é em primeira pessoa alternando as visões de Lavínia e Belle sobre uma mesma situação. A capa é bem simples, confesso que não me chamaria a atenção numa livraria. A fonte também é simples no papel amarelo.

Recomendo para os românticos e otimistas!


site: http://aestranhaestantedagi.blogspot.com.br/2014/08/escravas-de-coragem-kathllen-grissom.html
comentários(0)comente



Virgílio César 20/08/2014

História fantástica mostrando como amizade independe da cor da pessoa. Um drama interessante do início ao fim.
comentários(0)comente



Greice Negrini 04/08/2014

Coragem você vai ter que ter se perder esta leitura!
No ano de 1791 Lavínia fora comprada por um capitão chamado James. Naquele momento, com apenas 7 anos de idade e separada do seu irmão após a morte de seus pais, a garota passava a ser uma escrava branca em um país que tinha um percentual gigante de escravos negros.

O capitão era dono da famosa fazenda Carvalhos Altos, no estado da Virgínia. Era casado com Dona Martha, uma mulher com um coração frágil porém amável, e possuía dois filhos: Marshall de 11 anos e Sally de 4 anos. Havia também Belle de 18 anos, mas esta era uma filha que o capitão tivera fora do casamento e até então ninguém sabia do fato, exceto os escravos e o capitão.

Belle era uma boa moça, trabalhava na casa da cozinha e preparava toda a comida da casa-grande. Dona Martha tinha raiva da garota, pois considerava que o capitão dava mais atenção à Belle do que a ela e que a garota era sua amante. Não somente a sua esposa considerava isto, mas também seu filho mais velho. Belle sabia disto e o que mais queria era que seu pai providenciasse sua carta de alforria para poder ir embora o quanto antes, para que não acontecesse nenhuma tragédia.

Belle fazia parte da família de Mama Mae como era chamada a mãe que cuidava de quase tudo por ali. Cuidava dos grandes problemas junto com seu marido, o Papa George e amavam Belle como uma filha, juntamente com as gêmeas Fanny e Beattie, Dory e Benjamin. Após a chegada de Lavínia, que fora apelidada de Abínia, a mesma se formou parte da família de escravos, trabalhando junto de Belle na casa da cozinha.

O capitão era uma pessoa muito querida por todos. Porém tinha um capataz severo, que não pensava duas vezes antes de punir os escravos. Rankin era malvado ao extremo e muitas vezes o capitão era chamado para interferir em suas decisões. Até o momento em que o capitão precisou viajar. Ele, sua esposa e Dory, a filha de Mama Mae, foram passar um tempo na Filadélfia para fazer sua esposa esquecer uma tragédia ocorrida na família. Porém a gripe espanhola chegou e mais uma vez assolou a família Pike.

Neste meio tempo, Marshall já havia se juntado à maldade de Rankin e fez de Belle uma escrava para fins terríveis e com esta situação Belle acabou engravidando. Mas antes de poder ter sua alforria, o capitão faleceu. A carta de alforria já estava preparada, mas fora escondida pela esposa do capitão.

Com a morte de James, a fazenda ficou a mando de Marshall, que se tornara cruel e frívolo. Mas ainda precisava completar seus 21 anos antes de poder comandar por inteiro. Antes disso precisava ir estudar em Williansburg. E foi para lá que também fora mandada Lavínia, com a irmã de Dona Martha, que enlouquecera com a perda do marido. Sarha, Sr. Madden e Meg a receberam de braços abertos.

Após alguns anos, uma reviravolta coloca Lavinia junto de Marshall e ambos se tornam amigos e acabam se casando e voltando para a fazenda Carvalhos Altos. Até então Marshall era o legítimo cavalheiro: doce, querido e bem quisto perante sua esposa. Cuidava de sua mãe o tempo todo. Mas ao chegar na fazenda tudo mudou. Marshall voltou a ser a pessoa ruim, arrogante e cruel. A vida de Lavinia viraria um inferno.

Belle conseguiu a alforria, sendo comprada por Will Stephens, juntamente com Ben, Lucy e seus filhos. Precisava fugir da fazenda Carvalhos Altos ou morreria. Seu filho Jamie fora junto, até Marshall descobrir que era seu também e foi tirá-lo de sua mãe.

A partir deste momento, uma guerra se abateu sobre eles. A vida dos escravos se tornou um martírio de fome, sacrifícios, surras e lamentações. Marshall punia até mesmo Lavínia com surras inimagináveis. Até que ponto aquilo poderia chegar? Tudo precisava ter um fim, mesmo que a vida de Lavínia estivesse em jogo.

O que falo sobre o livro?

Não consigo recordar se já li algum livro sobre escravos. Ao menos não consigo lembrar se li algum livro com a magnitude de Escravas de Coragem. Pois se tivesse lido algo parecido, certamente jamais me esqueceria de algo assim.

Escravas de Coragem é como a fome: nos lembra o tempo todo que há algo dolorido, dramático, que machuca e corrói e mesmo que colocarmos algo no estômago, logo vai passar e vai voltar a incomodar. E esta é a sensação. É um livro que faz o leitor perceber que mesmo que possa transformar a dor em alívio, ela vai voltar a incomodar novamente em algum momento, pois a escravidão é algo que, naquele tempo, não havia nada que pudesse ser feito para amenizar a situação.

O ato perfeito da autora foi introduzir uma escrava branca na história, a ponto de que desta forma, o convívio e as diferenças entre os brancos e negros, mesmo que escravos, fossem demonstrados na narrativa. Mesmo sendo uma escrava, Lavínia, de alguma forma, acaba tendo mais privilégios e, como acontece na história, sobressaindo-se com um futuro melhor.

Mas a estrutura familiar montada é igualmente interessante. O amor entre os parentes, que fazem de tudo para ajudarem uns aos outros, mesmo que em meio ao sofrimento da situação, provoca uma sensação de proteção e consolo.

A narrativa está separada em momentos, alguns capítulos são descritos por Lavínia e alguns por Belle, sendo que alguns tem o mesmo relato de cena, mas por ponto de vista diferentes.

Não se pode pensar que somente os escravos sofriam naquela época. Os filhos também passavam maus bocados por terem seus pais longe de si. Na verdade eram mais cuidados pelos criados do que pelos pais e a educação sempre ficava por conta de um preceptor.

O livro é de um contexto maravilhoso, com uma história que garante entrosamento, entretenimento e me fez ficar vidrada a cada virada de página. Gosto muito de histórias que se passam em décadas passadas, mas mais do que isso, gosto dos detalhes escritos, da história revelada e da capacidade de uma autora transpôr o passado para uma folha de papel como se eu estivesse vivendo lá, naquela fazenda, e vendo cada personagem passar por mim com sua vestimenta, seu estilo e sua fala.

Um drama perfeito, digno de uma nota 10. Brilha com o encanto, mesmo que às vezes dolorido, de uma época em que todos desejavam nada menos do que a liberdade.

site: www.amigasemulheres.com
Lais Ribeiro 07/11/2014minha estante
Marque a opção de spoiler na sua resenha.




Psychobooks 21/07/2014

- Enredo

Imaginem-se na Vírginia, Estados Unidos, no final do século XVIII e início do século XIX. A escravidão e o papel da mulher na sociedade são o plano de fundo do livro de Kathleen Grissom.

"Escravas de Coragem" conta a história de Lavínia e Belle no decorrer de 19 anos, entre 1791 e 1810. Belle nos é apresentada com 18 anos, uma escrava filha do Capitão, dono da fazenda. Ela é responsável pela casa da cozinha, onde as refeições da casa-grande eram preparadas. Lavínia chega à fazenda do Capitão após ter sido comprada na feira de escravos. Ela é irlandesa e perdeus os pais na travessia do oceano. Chegou aos Estados Unidos com seu irmão Conrad, mas os dois foram separados.

Esse é o início da história e só por aí já temos inúmeros plots a serem desenvolvidos, mas Kathleen não se contentou e decidiu rechear seu livro de personagens tridimensionais, cheios de problemas e num lugar onde tudo, tudo mesmo, pode dar errado.

Esperem um enredo cheio de drama com incesto, abuso sexual, abuso de poder, morte, traição, abuso de drogas, assassinatos... E enfim.

- Narrativa e sua fluência

A narrativa é em primeira pessoa sob dois pontos de vista - Belle e Lavínia. A escolha da autora foi superbem-vinda, pois é possível perceber desde o começo sua intenção em escancarar o preconceito da época e as diferenças sofridas por conta da cor da pele.

Lavínia foi comprada no porto, mas por ser branca tem algumas regalias e a certeza de que um dia sairá da posição de escrava da fazenda. Belle, apesar de ser filha do Capitão, sabe que isso nunca acontecerá.
Durante todo o enredo é jogada a questão familiar e como as personagens se sentem mais acolhidas pelos escravos do que pelos senhores.

- Personagens e suas diferenças

A construção dos personagens é claramente clichê, mas vejam bem, isso não tira em nada a magia do enredo. O núcleo é separado em escravos e senhores, onde todos os escravos são acolhedores e superdecentes e onde a maioria dos senhores é sanguinária. Essa construção é normal para os padrões da época e apesar de ser clichê, causa transferência para o leitor.

Mama Mae é a mãezona dos escravos. Sempre com uma palavra de conforto para quem ama e sempre engenhosa para dobrar a vontade de seus patrões, ela é o porto seguro de todos e sem dúvidas a grande personagem do livro.

Todos os personagens são bem caracterizados, com tudo o que acontece com eles acrescentando para seu amadurecimento. Com Lavínia é possível visualizar bem esse embate de posições na sociedade e como ela briga constantemente com seus papeis. Marshal, o filho mais velho do capitão, também tem esse amadurecimento bem-pontuado. O momento de virada do personagem é claro e seus atos por consequência dele, também.

- Vale a pena, Alba?

Eu gostei bastante da história e me vi muito envolvida. A leitura é fluente, mas superdramática. Kathleen seguiu aquela máxima de que "se alguma coisa vai dar errado, dará MUITO ERRADO". Há uma série de desencontros durante todo o enredo, desencontros que poderiam ter sido evitados com um pouco de conversa. Isso me irritou um pouco, porque os personagens pareciam não aprender com suas experiências.

No geral a história é interessante, com personagens fortes apresentados e com pontos de vista ricos e diferenciados entre si.
Super-recomendo.

"As palavras dela me acalmaram, mas, nesse dia, despertei para uma nova realidade e tomei consciência de uma linha traçada em preto e branco, embora a profundidade dela ainda fizesse pouco sentido para mim."
Página 116


site: www.psychobooks.com.br
comentários(0)comente



Poly 08/07/2014

Wow! Que livro! Que história! Que narrativa! Sabe quando você fica tão absorta com uma história que sonha com ela? Pois esse livro mexeu comigo dessa forma. Chegou à um determinado ponto e eu não conseguia mais parar de ler e quando eu era obrigada a dar uma pausa na leitura (desculpa, infelizmente tenho vida longe dos livros) eu continuava com a história na cabeça e por duas vezes sonhei que era a Lavinia.
Lavinia era uma garota órfã de 7 anos. Ela foi separada de seu irmão e vendida para o capitão James Pyke em 1791, após a morte de seus pais.
Naquela época, os Estados Unidos da América era um país escravocrata e com uma sociedade extremamente preconceituosa.
Apesar de branca, Lavinia foi morar com os escravos e adotou os negros Mama Mae e Papa George, escravos domésticos, como pais. Apesar da vida dura e da difícil situação em que se encontram, Mama Mae e Papa George não desanimam diante da vida e tentam sempre ver as coisas pelo lado positivo.
A história é contada por duas versões, a de Lavinia e a de Belle, filha ilegítima do capitão James Pyke. A vida de Belle já não é fácil, ela também vive com os escravos e cuida dos serviços domésticos, mas como o capitão tenta manter um grau de intimidade com a moça, a esposa dele, D. Martha acredita que Belle na verdade é sua amante e por isso não gosta da moça.

- Abinia, uma coisa eu sei. Qual é a cor da pessoa, nem quem é o pai, nem quem é a mãe, nada disso quer dizer nada. Nós é uma família, cuidando um do outro. A família deixa a gente forte nas hora de aperto. A gente fica tudo junto, ajudando um ao outro. É esse o verdadeiro sentido de família. Quando ocê crescer, vai levar esse sentimento de família dentro do peito.
P. 147

Ao longo dos capítulos acompanhamos o amadurecimento dos personagens, principalmente o de Lavinia e quanto mais a menina cresce, mais evidente fica o preconceito e a segregação social existente na sociedade norte-americana da época.
A história é intensa, cheia de emoção e de cenas envolventes. Não é uma história feliz, mas o sentimento de amor está presente em todos os capítulos.
É impossível não se comover e se emocionar.
Um dos melhores livros que eu li esse ano!
Quem gosta de livros de época não pode deixar de ler.

site: http://polypop.net/livro-escravas-de-coragem/
comentários(0)comente



Fabiane Ribeiro 08/07/2014

Resenha - Escravas da Coragem
“Ocê vai ser a linda patroinha”.

Escravas da Coragem é um livro extremamente emocionante. Repleto de relações bem construídas e um retrato a respeito da escravidão muito diferente do que estamos acostumados a ver.
Em 1791, Lavinia é separada dos pais quando faz a travessia entre a Irlanda e os Estados Unidos. Então, ela é levada pelo capitão James Pyke à sua fazenda.
No local, seu destino é virar uma escrava branca. Porém, ela é ainda muito pequena e está doente, além de ter perdido a memória. Então, quem passa a cuidar da recém-chegada é Belle, uma mestiça, que trabalha na cozinha da casa grande, mas que vive cheia de problemas e preocupações, já que é filha bastarda do capitão James Pyke.
Como a cor da pele não é o que importa, e Belle sabe bem disso, ela e Lavinia desenvolvem um grande laço, extremamente bem trabalhado pela autora desde o início, nos emocionando em diversos momentos.
Apesar de se tornar próxima de todos os escravos, Lavinia acaba brincando também com os filhos do patrão, devido à sua cor de pele. E tudo isso, em meio a muitos acontecimentos, leva a escrava branca a ter de tomar uma decisão. De que lado ela estará?
O livro também começa com um prólogo bastante intrigante, que já nos prende nas primeiras páginas.
E nada, absolutamente nada, deixa a desejar nesta história. Coragem é apenas um dos muitos valores trazidos pela trama.
O livro é absolutamente denso, profundo, reflexivo e tocante. A vida das personagens é narrada de forma intensa e possui inúmeras reviravoltas. Sempre que pensamos que algo irá acontecer, a autora muda o rumo de sua trama. E ela nos faz questionar a nossa consciência diversas vezes e torcer pelos personagens, que são fortes e construídos com maestria.
Os capítulos se alternam entre as visões de Belle e Lavinia, portanto, temos uma boa visão da história e todos os seus aspectos.
Leia este livro, reflita sobre ele, se emocione com suas cenas. A leitura é mais que recomendada a todos!

Trecho: “A Belle estava tão tensa e distraída, na manhã seguinte ao abate dos porcos, que, se eu não a tivesse lembrado, ela se esqueceria de me dar alguma coisa para comer antes de me mandar para a casa-grande” (Pág.93).
comentários(0)comente



50 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR