Thamys 10/10/2017
Um ótimo livro!
Confesso logo no início desta análise, que não sou a maior fã da banda. Tenho um profundo respeito pela banda e pelo legado que criou. Sei o nome dos integrantes da formação clássica e de dois vocalistas que ficaram por mais tempo: Ronnie James Dio e Tony Martin. Por fim conheço as músicas mais famosas, como “Iron Man”, por exemplo. Então a maior parte das informações que o livro me passou foram inéditas.
Para quem não sabe Mick Wall, que é o autor da biografia, já escreveu outros livros sobre outros gigantes do rock como o Iron Maiden, Led Zeppelin e também sobre o AC/DC. Ele é o meu biógrafo favorito, então já foi um caminho mais fácil para ler sobre o Sabbath: a quantidade de informações que ele reúne são muito preciosas. São 360 páginas de puro deleite para quem deseja conhecer mais a fundo, o Sabbath. E a forma como ele escreve é incrível, pois consegue te transportar para a época em que se passou os fatos. Além disso, ele foi assessor, relações públicas da banda, então demonstra o profundo conhecimento que ele tem.
Britânicos do distrito de Aston em Birmighan, os integrantes da formação clássica, ou seja, Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward foram os “sobreviventes” de uma história onde o destino sempre quis colocar um ponto final contra as suas vontades. Principalmente as do Iommi. Eles eram os estranhos, os azarados. Se eles dependessem da mídia... Bem, a banda não sobreviveria com todo o ambiente hostil criado em torno deles.
Algo que me impressionou foi o grande rodízio de pessoas que passaram pela banda, ao todo foram 21 pessoas! Teve um momento em que apenas o Tony Iommi foi o membro original. Para ter noção até Ian Gillan e Glenn Hughes do Deep Purple passaram pelo Black Sabbath. Outro fato que chamou a minha atenção, foi como o Ozzy passa a ser o Ozzy que todos conhecemos (sim, o cara que comeu morcego), a partir do momento que ele está na carreira solo. Não que ele no Sabbath fosse um “ninguém”, mas a imagem mítica vem a partir dessa fase. Seria uma falha muito grande se o autor não desse destaque a isto. Por bem ou por mal, isso faz parte do que o Black Sabbath se tornaria após alguns acontecimentos.
Se eu posso eleger a parte favorita do livro, com toda certeza é a era Dio. Pode não ser a era favorita de 10 em 10 fãs da banda, mas ela tem uma importância vital. Sucessos como “Neon Knights”, “The Mob Rules” nasceram com o Sabbath, um fato que eu não sabia. – Na verdade, isso se deve de eu conhecer superficialmente a própria carreira do Dio. – Mas o vocalista foi o responsável para dar um norte a uma banda que estava muito perdida, após demitir Ozzy Osbourne e com dois discos que não foram muito bem aceitos pelos fãs.
O Dio para o Sabbath e vice-versa foi tão importante que anos depois, Iommi decidiu formar o Heaven and Hell. Sucesso de crítica e público, infelizmente o projeto durou apenas quatro anos (2006 -2010), devido ao falecimento de Dio.
O Black Sabbath teve as famosas polêmicas como o “ocultismo inserido nas letras”, o vício em drogas e muitos outros obstáculos. Contudo, a banda conseguiu deixar o seu nome na História. Após ler todo o caminho que eles percorreram, eu sinto admiração pela banda que conseguiu sobreviver por 49 anos.
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