Yas Colucci 13/02/2024Algumas observaçõesTenho muitas observações sobre esse livro. É gostosinho de ler, tem um mistério que te prende, a ideia de ser em cartas é legal, MAS da metade pro final se torna meio cansativo, meio repetitivo e até chatinho, fica mais legal já no finalzinho, com as revelações do que aconteceu. Dei 4 estrelas pq foi uma leitura bacana no geral e, apesar de enrolado, tive vontade de ler até o final. Só não espere nada profundo, a abordagem de assuntos sérios é um pouco rasa e mal elaborada. Até me emocionei em algumas partes, pois tem uma certa sensibilidade na escrita da autora/Laurel, mas muitas vezes o clichê me tirava do clima.
SPOILERS
Sobre o título, acho que a única carta de amor mesmo é a da May, o resto são só cartas sobre os últimos acontecimentos q de alguma forma lembram a pessoa pra quem ela escreve, então acho esse titulo péssimo, não sei se foi a tradução, mas me parece uma coisa meio mórbida.
Sobre Laurel, que agonia, totalmente obcecada pela irmã e pelo namorado, no início eu sentia pena, mas no final do livro eu senti um pouco de raiva raiva por tudo que ela se deixou submeter. Que bom que no final ela procurou ajuda, por que mesmo antes da May morrer, ela tinha muitos problemas emocionais e de personalidade.
Sobre o SKY, PÉSSIMO, não gostei deles juntos desde o início, achei q ele deveria ter tido um desenvolvimento melhor ao longo do livro. Esperava mais da história dele com a May também? Achei que muitas vezes faltava uma elaboração no envolvimento dele com a Laurel, parecia que ele não se importava as vezes. Sinceramente, acho que seria melhor se ela acabasse sozinha, buscasse ajuda e depois um relacionamento.
Sobre a mãe delas, PÉSSIMA, que horror abandonar a filha desse jeito. Perdeu uma filha e quase perdeu a outra por negligência.
Agora sobre a May, assim como Laurel, com sérios problemas psicológicos, triste a trajetória dela e mais triste tudo que a Laurel passou por causa dela, a forma que ela expôs a irmã, tudo que aconteceu. Só um irmão mais novo entende a preocupação que temos quando os mais velhos são inconsequentes, pouco se fala sobre isso, mas a medida que crescemos o papel de responsabilidade sobre o outro inverte.
Ironicamente, no fim a mais certa das ideias era a tia crente.
No geral, o livro é bom sim, mas algumas coisas são cansativas por serem repetitivas e outras muito superficiais, pois não tiveram desenvolvimento.