Lucy 15/11/2023
Não tenho muito a dizer além do fato de ter notado que esta autora tem um padrão. Seus heróis são sempre a mesma coisa, e as heroínas idem. Ainda considero A Noiva superior, em diversos sentidos. Porém, tenho absoluta certeza de que, caso lesse mais de suas obras, as histórias iriam se misturar em minha mente. Quanto à obra Esplendor da Honra, posso dizer que ele é um livro, ele se passa no século XI e ele tem uma história. De resto, não me recordo de muita coisa útil (e mal acabei de terminá-lo).
O casal é bem qualquer coisa. O cara, assim como todos os outros protas, já diz que a mulher é "dele" antes mesmo de trocarem um diálogo completo. A mulher é uma Mary Sue chatinha, chatinha. Ela encanta a todos, de humanos a animais. É estabanada, vive dando cabeçada no queixo do marido, chora por tudo, é incapaz de se defender e vive se pondo em risco. Mas todos a amam. Ela é tão perfeita que cura vítimas de estupro em questão de minutos, com uma surra e um bom banho. Até agora não sei o que a autora queria, transformando uma vítima em uma completa mimada histérica, com um trauma que se resolve apenas falando com a irmã (!) do estuprador o que lhe aconteceu. Pareceu que o tal trauma na verdade era pura birra e medo de contar a verdade (por sei lá qual razão).
Todos os personagens são unidimensionais e a trama se arrasta com uma historinha bem sem graça e monótona de se acompanhar. A leitura inteira pareceu um eterno déjà-vu. Estava animada com o início (apesar de não ver sentido algum na moça libertar um prisioneiro inimigo de seu irmão), mas foi só muito bobo. E o que foi aquele final? É admirável o desejo de Garwood de colocar personagens históricos reais, porém, não houve qualquer propósito narrativo em trazer Henrique I e seu irmão Guilherme II. Portanto, se não serve para nada, não adicione. E aos 98% temos um momento que, supostamente, deveria ser tenso, com mortes e revelações... Estávamos nas páginas finais, Julie realmente acreditava que escrever uma cena de desfecho altamente corrida nos últimos segundos era uma boa ideia?