O pintassilgo

O pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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Tatta 10/01/2021

eu e minha mãe em museus
mais um calhamaço pra conta - e esse foi bem desafiador.

uma escrita bem primorosa e poética, senti o texto como uma carta de amor da autora às artes.

é um livro muito bom, mas em alguns momentos perde ritmo.

as atitudes dos personagens são, reiteradas vezes, inverossímeis. um comportamento excessivamente apático em momentos chave de dois personagens.

a solução do dilema da pintura foi também muito previsível e obviamente seria cogitada antes ao longo de todos esses anos em que o livro se passa.

a autora também é bem relutante a dar um desfecho ao enredo.

minha parte favorita é sem dúvida a infância em las vegas, bem como o personagem Boris.
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annabeattriz 24/03/2021

Não é um livro triste, mas é emocionante. Se existe uma conexão entre mente e coração, eu tenho certeza que O Pintassilgo seria a descrição disso. Que sensibilidade em nos apresentar o prazer e a tristeza num mesmo contexto. Eu to simplesmente apaixonada por esse livro. Com certeza se tornou um dos livros favoritos pra mim. Obrigada Donna Tartt por isso! Já não vejo a hora de ler outra obra sua, eu quero mais. Que história
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Venus 25/06/2023

A arte tem vida
Oq dizer de o Pintassilgo? É um livro que te destrói e molda de novo. Desde o início cada pensamento do Théo é real, é humano. Os personagens respiram dentro das páginas, você sente eles lá, falando, vivendo e vc está lá com eles. O sentimento de ler esse livro é único, é mágico, algo que só lendo vc sabe. O livro é arte, a pintura se torna tão humana quanto os personagens. A história flui como "Dark is the Night" do 1939, é o tipo de livro que vc lê enquanto bebe café preto (sem açúcar) num dia chuvoso ou frio enquanto escuta música russa, você é abraçado e açoitado pela narrativa, você sente medo, raiva, tristeza com os personagens e acima de tudo, se vê nos personagens
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Mari 15/11/2020

Eu adorei esse livro. Theo é um maconhado sentimental.
Olá, essa é a minha primeira resenha, acho que ninguém verá, mas farei mesmo assim.

Eu particularmente gostei muito do pintassilgo, tem um ótimo enredo, acredito que a escrita, desenvolvimento e características do personagem principal, vulgo Theo Decker, tenha me impressionado e em determinados momentos senti uma enorme empatia por ele.

Vi algumas pessoas criticando a evolução dos personagens, e que eles acabaram muito problemáticos, mas isso foi o que mais me deixou impressionada, porque eles ficaram muito reais. O Theo e o Boris em especial foram meus personagens favoritos, eu adorei a dinâmica de amizade deles, todo o desenvolvimento, e o fato de eles serem errôneos deixa tudo mais verossímil, ao menos, a meu ver.

Eu gosto do humor quase que negro que o personagem principal tem em determinados momentos, eu gosto da pegada dramática e pessimista que o livro tem, mas admito que em algumas situações fica um pouco maçante, como um trauma insuperável que já deveria ter ao menos diminuído. Mas em outros momentos essa narração funciona muito bem, acredito que na maioria das vezes funciona, e são nesses momentos que você consegue se deleitar com os sentimentos, problemas e principalmente com as cenas que são muito bem detalhadas (algo que ou vai te incomoda, ou irá fazer você amar o livro). Essa descrição demasiada ajuda com a conexão do narrador e leitor.

Enfim, eu amei o livro, tem um final incrível, plot twist, você ama e odeia alguns personagens, todos são reais demais, impressiona com o enredo que envolve o leitor, fala muito sobre superação e problemas reais que muitas pessoas passam. Também é relevante citar que ele critica e cita muitas situações preconceituosas que ocorrem no cotidiano.

Muito obrigada por ler minha resenha, tenha um bom dia, boa noite ou boa tarde.
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annnnnnnnnnnnna 11/07/2021

e, no meio do nosso morrer, enquanto saímos do orgânico e afundamos ignominiosamente de volta nele, é uma glória e um privilégio amar o que a morte não toca.
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Caroline Gurgel 29/03/2015

Longo e arrastado, mas bem interessante
Quando marco para ler um livro que ganhou um prêmio como o Pulitzer já vou preparada para uma leitura, no mínimo, "diferente". Tanto pode ser boa como ruim, mas geralmente foge do comum. Terminei O Pintassilgo sem saber muito para que lado enveredar, mas continuo com o primeiro pensamento: diferente. Em que sentido? No modo como uma história simples foi contada - e alongada - por mais de 700 páginas.

O Pintassilgo conta a história de Theo, um garoto nova-iorquino que sobreviveu ao atentado terrorista que matou sua mãe. Sem ter para onde ir, termina acolhido na família de Andy, um amigo rico, e passa a ser um estranho naquele ninho. Tempos depois, seu pai reaparece e o leva para viver com ele e sua namorada em Las Vegas. É lá que ele conhece Boris (por que existem tantos Boris nesse mundo, por quê?!), um garoto encrenca, e a partir de onde tudo começa a desandar. Quando volta a Nova Iorque, passa a trabalhar em um antiquário com Hobie, um senhor que lhe ensina técnicas de restauração. Será que esse trabalho pode reverter os danos que "las vegas" lhe causou?

Não sabia bem o que esperar desse livro e seu início logo me mostrou que seria preciso paciência, que a história em si nem era o mais importante. Como já sabia pela sinopse que a mãe do garoto morria, pensei que leria isso logo de cara, mas não é o que acontece. São páginas e mais páginas, fatos e mais fatos, detalhes e mais detalhes até que tudo aconteça. Dizer que a autora foi bem prolixa pode soar como algo negativo, mas direi mesmo assim. Prolixa. Muito! No entanto, mesmo alongada, a leitura não foi entediante. Arrastada, sim. Chata, não. E isso pode parecer contraditório, mas foi bem o que senti, e talvez seja um dos fatores que diferencia um bom escritor de um ruim.

Donna Tartt nos passa a sensação de que ela é facilmente distraída por qualquer assunto que lhe venha a mente. É como se ela estivesse nos contando algo importante, mas qualquer besouro que passe por perto merece suas quinzes páginas de história. E com isso temos um livro pra lá de extenso, com uma história que não sai muito do lugar, mas que dá brechas para reflexões profundas. Não quero usar a palavra tédio, pois não a acho adequada, já que a autora tem o talento de nos deixar presos, atentos, sem pestanejar, fascinados com o que nos conta, mas por muitas vezes tudo é muito maçante.

O livro é escrito em primeira pessoa e em longos capítulos, mas estes se subdividem em pequenas partes, o que acelera um pouco a leitura. A escrita é muito boa, flui com uma facilidade impressionante e, incrivelmente, não é repetitiva. Digo isso porque a vida do protagonista, essa sim, é repetitiva. Os anos passam, ele muda de amigos, de casa, de cidade, de emprego, de amores, mas é como se sua vida fosse a mesma um dia após o outro, como se ele ainda estivesse preso naquele museu onde aconteceu o atentado. Ou, talvez, como se ele não devesse ter sobrevivido, simplesmente, como se não houvesse escapatória para episódios assim.

O Pintassilgo nos mostra - lentamente - as consequências de perder seu referencial de vida tão cedo, nos mostra como um adolescente precisa de bons exemplos, de atenção, de cuidado e, principalmente, de orientação. É o livro dos "se". E se ele tivesse... e se não estivesse... e se ela não pudesse... e se... e se... e se... Será que somos quase sempre produtos do meio? Será que a boa índole prevalece? Existem pessoas mais influenciáveis que as outras?

É bem conflitante falar desse livro, pois se por um lado ele é fantástico, por outro, sua história é bastante depressiva e triste. A autora realmente me fez refletir sobre os Theos perdidos pelo mundo, sobre como se tornam facilmente invisíveis, como são vulneráveis e rapidamente engolidos por qualquer escape, por mais momentâneo e arriscado que seja. Há vida sem um propósito, sem um sonho, sem uma meta?

Um dos pontos altos do enredo é que ele está sempre mencionando arte, seus pintores e pinturas. Para quem gosta de arte, como eu, isso é, digamos, uma "tomada de fôlego" no meio de todo esse turbilhão.

É difícil dizer que recomendo, pois é estranho indicar uma história um tanto deprimente como essa. Aos que, mesmo sabendo de sua melancolia e prolixidade, ainda se interessaram pelas reflexões que ele traz, certamente terão uma leitura interessante.

❤ ❤ ❤ ♡ ♡
★ ★ ★ ★ ★

site: www.historiasdepapel.com.br
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Gabriel.Jantsch 12/02/2015

Detalhado. Envolvente. Dramaticamente incrível.
O que dizer sobre "O pintassilgo"? Bom, eu realmente não sei. Assim como o livro trás muita coisa, minha resenha também deveria, mas ainda assim vou procurar termos para descrever esta maravilha.
Em minha opinião, é o melhor romance que já li, o qual devorei e me envolveu (coisa que bons livros fazem), assim como sua autora, Donna Tartt, este livro é um prodígio do romance moderno. Não vamos discordar que é um livro enorme (721 páginas), mas cada página vale imensamente a leitura.
"O Pintassilgo", traz um enredo totalmente baseado na complexidade da vida dramática do jovem Theo, com seus altos e baixos, tragédias e coisas boas, situações tocantes, sinuosas e variáveis, descritas por uma gama de palavras.
O enredo todo é em primeira pessoa, o que em minha opinião, se não for bem escrito pode estragar a obra e se for escrito adequadamente deixará a obra com um "quê" mais incrível ainda, e foi isso que Donna Tartt conseguiu, nele a autora não economiza palavras, trazendo descrições detalhadas e completas sobre tudo, para alguns talvez seja cansativo, mas eu achei incrível o modo como conciliou a riqueza de palavras em um romance narrativo pessoal. Eu diria que não falta nada para este livro, ele realmente envolve, do começo ao fim, me peguei envolto na história onde a autora cuidadosamente trabalhou para não ficar monótona. De diálogos impecáveis e uma estruturação de personagens incríveis, o que mais surpreende é toda uma psicologia e personalidade fornecida com esmero para muitos personagens, principalmente para Theo, que traz uma vívida sensação de que tudo é real, tamanho os detalhes envolto em sua vida, sua mente e seus sofrimentos.
Percebe-se também em quão bem foram trabalhados os diálogos para ficarem em sintonia com as descrições, fornecendo impacto e reflexão ao leitor, trazendo um enredo muito elaborado e nada simplista.
Muitas das vezes me peguei perdido em meio as palavras do livro, que me levaram a outras reflexões, assim como o mesmo me forneceu uma consciência de que tudo (vida, futuro e mundo) é mais simples e complexo do que se imagina e que um mero acaso talvez não seja nada mais do que algo já certo para conectar e acabar em um final fixo.
Neander 12/02/2015minha estante
Boa resenha! Parabéns! :)


San 06/04/2015minha estante
Sim! Os diálogos! São maravilhosos, principalmente com o Hobbie.




Dani Favalli 29/05/2023

A vida é curta
O começo da leitura foi incrível, Donna Tartt escreve muito bem e a leitura foi fluindo facilmente.
Passando da metade foi cansativo e moroso, confesso que pensei em desistir, mas também queria saber que fim levaria a história.
O final foi incrível, os últimos trechos, os últimos desabafos e questionamentos sobre a vida me fizeram olhar pra trás, para a jornada que percorri na leitura com outros olhos.

Acredito que vou querer reler em algum momento no futuro, com esse olhar questionador de o que é certo? O que é acaso? O que é destino? Quem sou eu?
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wikibibs 05/08/2022

Vi muita gente dizendo que O Pintassilgo é o tipo de livro que ou você ama ou você odeia, pois bem, achei ele só médio. Talvez se fosse resumido em umas 300 páginas, o que facilmente poderia ter sido feito, já que tem capítulos enormes de descrições desnecessárias, como a casa dos Barbour, os dias se drogando com Boris e páginas e mais páginas de descrições de móveis quando ele, enfim, vai morar com Hobie.
O livro perdeu minha atenção antes mesmo de chegar na metade, tanto que pensei em abandona-lo, só não o fiz por teimosia e por curiosidade.
Mas da pra ver pelo seu final, que não precisava ser tão longo assim, o final foi corrido, enérgico demais, quase não dá pra acompanhar os acontecimentos.
Esperava mais, até porque amei História Secreta, da mesma autora, e com o Pintassilgo só senti melancolia e pena.
Uma sucessão de desgraças tão grande que deixa Desventuras em Série com inveja, os Baudelaire se sentiriam acolhidos pelo Theo e vice e versa ao compartilharem suas desgraças pessoais.
É uma leitura exatamente pesada, mas que não me tocou, não me fez sofrer e nem sentir tanta empatia assim pelo protagonista. Senti dor pela senhora Barbour, por Hobie e por Pippa, que inclusive teve que ser alvo de uma paixão idolatra por parte de Theo, mas dele próprio apenas meh.
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Mello 11/06/2023

O enredo conta com muitos artistas, história da arte, referências de quadros e tempos artísticos. O dois primeiros terços do livro me agradaram muito, embora a cadência da história seja bem calma. Ao final, por mais que não esperasse nenhum plot twist, foi um bom fechamento, reflexivo. É um livro de reflexões com história de abandono e relações.
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Lusia.Nicolino 25/09/2021

O que um pássaro aprisionado pode nos ensinar?
Da lista de fotos de livros que mora no meu celular há anos, qual não foi minha alegria ao encontrá-lo reeditado no site da editora! Não tenho medo de recomendar a você uma viagem por mais de setecentas páginas, porque o caminho é surpreendente, há movimento, uma história linear, mas que deixa descobrir um passado que muitas vezes nem vale a pena ser resgatado. O título se refere a uma pintura de 1654 – não muito maior do que uma folha de papel padrão – do artista holandês Carel Fabritius (1622-54).
Theo Decker tem apenas treze anos quando vive o terror de perder a mãe em um acidente. Ignorado pelo pai, de quem já estavam separados, e desesperado para não ir para um abrigo, menciona um amigo de infância para a assistente social e a família, muito rica, aceita abrigá-lo.
O que vai enredar a situação de nosso personagem é a descoberta da amizade, o mundo da arte, das obras históricas, das peças de antiguidade, da áurea entre o luxo e o submundo. Uma narrativa que nos arrasta de página em página através de entre perdas e sobrevivência, amor e desamor, verdades e mentiras. O que um pássaro aprisionado pode nos ensinar?

Quote: "E se todas as suas ações e escolhas, boas ou más, não fizerem a menor diferença pra Deus? E se o padrão estiver predeterminado? Não, não – espera. Essa é uma pergunta que vale a pena considerar a fundo. E se nossa maldade e nossos erros forem justo aquilo que define nosso destino e nos leva pro bem? E se, pra alguns de nós, não houver nenhuma outra maneira de chegar lá?"

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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sundays 16/05/2021

Você pode fazer todas as escolhas erradas e ainda assim tudo dar certo
A leitura deste livro me provocou sentimentos mistos.
Por um lado, toda a trama que se desenvolve em consequência daquela fatídica visita de Theo ao museu, o quadro do Pintassilgo e as reflexões relacionadas a arte me prenderam muito: eu queria saber o que ia acontecer com o quadro, eu fiquei encantada com essa perspectiva do mundo arte, das raridades, do poder de uma obra.
Por outro lado, essa trama que me prendia por vezes ficava muito diluída na vida cotidiana do personagem, me obrigando a acompanhar sua evolução até se tornar uma pessoa para quem eu já não conseguia mais torcer. O que aquela visita no museu transformou Theo não gera empatia, porque ele é fraco e não um herói. Agora, apesar de isso tornar muitas vezes a leitura difícil e ter me "tirado" dela me certos momentos, não consigo achar que isso seja um demérito dessa obra. Theo é um mau protagonista porque ele é muito humano, ele é uma pessoa marcada que faz escolhas estúpidas e isso faz ele odiável... e real.
O desfecho em relação ao quadro é decepcionante, mas "salvo" mais uma vez pelas ótimas reflexões do livro, entre elas a que dá título a essa resenha. Coisas ruins vem de coisas boas e coisas boas vem de coisas ruins - e é nessa linha tênue de improbabilidade e desagrado que o próprio livro parece transitar também.
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Razuki 20/12/2020

O centro da minha terra é você...
Um livro longo, mas com histórias bem escritas o suficiente p/ não percebermos o número de páginas, um tanto triste, um tanto lindo. Personagens completos e cheios de detalhes tão profundos que às vezes enxergamos alguém que conhecemos neles.

É desesperador ver o tamanho da dor do luto, foi possível tocar com as mãos. É um livro que flerta com tantas coisas negativas que somos sujeitos a passa por sermos humanos e que não estamos livres delas por termos mais ou menos esperança, fé ou qualquer coisa do tipo, passaremos todos pelos mesmos ciclos da natureza, só nos agarraremos a coisas distintas p/ viver depois.

Amei a profundidade dos diálogos, das paixões, das emoções. Não gostei de Boris, em quase nenhum momento.

"(...) Que a vida ? independente do que mais ela seja ? é curta. Que o destino é cruel, mas talvez não aleatório. Que a Natureza (isto é, a Morte) sempre vence, mas que isso não significa que temos que nos curvar e rastejar diante dela.
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