A Evolução de Calpúrnia Tate

A Evolução de Calpúrnia Tate Jacqueline Kelly




Resenhas - A Evolução de Calpúrnia Tate


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_lara_borges_ 09/06/2020

É um livro diferente e delicado, com a protagonista ainda na infância e mostra o interesse dela por ciência, quebrando os padrões da época e de sua idade. Entretanto, achei a leitura muito maçante -tanto que levei cerca de 4 meses para terminar e abandonei uma vez-, não é muito empolgante e nem prende o leitor.
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Dani de Casa 03/08/2018

A Evolução de Calpurnia Tate
Depois de 3 longos meses lendo... Rsrsrs já deu pra notar que não gostei muito...
Marina 16/12/2019minha estante
Nossa, estou há meses tentando terminar também. Apesar de ter gostado, achei a leitura meio maçante, não evolui


Dani de Casa 19/12/2019minha estante
Me senti assim tb lendo ele.... Rsrsrs




iokenna 10/08/2017

Super recomendo
O livro conta a história de Calpúrnia Virgínia Tate mais conhecida como Callie Vee a irmã do meio de seus outros seis irmãos.
Calpúrnia era uma menina comum do Texas, destinada as lições de bons modos, tricô e culinária que sua mãe e a empregada da casa, Viola, estão decididas a lhe ensinar. Calpúrnia não suporta a ideia de um dia ser igual as meninas de sua idade ou estar casada, mas ela acaba achando conforto onde ela menos esperava, em seu avô. Ex-soldado e agora com as horas vagas girando em volta da ciência acaba trazendo Calpúrnia para esse mundo, a qual se apaixona por isso e decide que quer ser ciêntista quando crescer. Mas será que seus pais irão aceitar isso? Ela conseguirá ser uma cientista em pleno século 19?

Opinião: Que livro bonito! Ele simplesmente retrata a rotina de Calpúrnia e você acaba se acostumando com isso. É um livro super tranquilo que eu acho que mais pessoas deveriam ler, porque além de tudo o livro mostra como era difícil no século 19 para as mulheres que não queriam ser professoras, mães ou telefonistas serem aceitas pela sociedade. Super recomendo. 5 estrelas com certeza.
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@danisz92 20/12/2023

Acho que se eu tentasse ler esse livro hoje em dia eu odiaria, mas, li no momento certo e por isso tive sorte por ter ficado maravilhada com as ricas descrições e não cansada. Fui conduzida pela estória de forma despretensiosa e não exigi tanto dela, isso fez total diferença. Comprei o livro pela capa. Não me arrependi.
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cat 24/05/2020

Calpúrnia Tate tem quase doze anos e esta prestes a vivenciar a virada do século. Como qualquer outra jovem da sua idade, ela é constantemente incentivada a aprimorar suas habilidades domésticas para futuramente formar sua própria família. O problema é que ela não leva o menor jeito para nenhuma dessas atividades, ela é um completo desastre seja na cozinha e na costura. Toda sua atenção esta voltada para o mundo lá fora e tudo o que ainda se tem para ser descoberto, sua curiosidade é ainda mais acentuada quando sua relação com o avô, um cientista naturalista, se estreita. É claro que essas atitudes de Callie, como ela é chamada pelos pais e irmãos, é fortemente reprovada pela sua mãe, que espera que sua única filha entre seus meninos seja seja uma dama.
Jacqueline Kelly conseguiu escrever o livro de forma primorosa, é palpável o apreço pela ciência de ambos Calpurnia e seu avô, em uma época em que esta tinha seu valor tão questionado. É comovente acompanhar a trajetória da protagonista que vai além dos dramas diários de uma jovem descobrindo o mundo. O livro é na verdade a história de uma jovem cientistas que vê seu maior sonho em risco, pelas regras ditadas pela sociedade da época, onde uma garota querer ir para a universidade era impensável.
Com a virada do século Calpurnia espera que o novo mundo tenha algum espaço para ela e suas resoluções. Pessoalmente como uma estudante ingressante em uma das diversas áreas da ciência esse livro foi muito especial e acredito que deixe muito a refletir para qualquer mulher e estudante.
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Tuila 05/09/2015

A Evolução de Calpúrnia Tate
No Texas de 1899, Calpúrnia Tate tinha 11 anos e vivia entre 7 irmãos. Callie, como era chamada por sua família, se interessava por biologia. Seu avô, um naturalista, ensinava muitas coisas para ela. Porém, conforme ia crescendo, Calpúrnia era cada vez mais repreendida pela mãe por gastar muito tempo estudando a natureza e pouco aprendendo coisas consideradas úteis para uma mulher daquela época, como costurar e cozinhar. A história nos faz refletir sobre as dificuldades de ser mulher no século XIX, algumas das quais presentes até hoje.
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Fernanda 28/04/2015

Resenha: A evolução de Calpúrnia Tate
CONFIRA A RESENHA NO BLOG:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/04/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate.html
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Kely Cássia 12/12/2014

Calpúrnia Virgínia Tate tem onze anos e é a única menina entre 7 irmãos. Ela vive com seus pais, irmãos e avô no calor de Fentress, no Texas. Seu avô é uma figura amedrontadora, e não liga muito para os netos, até que um dia Callie Vee, como é carinhosamente chamada pela família, cria coragem e lhe pergunta porque os gafanhotos amarelos são maiores que os verdes. Walter, seu avô, a incita a pensar e procurar a resposta sozinha. Depois que ela descobre, e contra pra ele, uma linda relação entre os dois começa, em busca de espécimes de animais e plantas, e quem sabe descobrir uma nova espécie.
Callie começa a gostar de ser naturalista com o avô, e começa a querer ser cientista quando crescer. Mas é 1899, e as mulheres tem que aprender a cuidar da casa, e só. Logo ela se vê obrigada a cozinhar, costurar, e chega a ser engraçado seu drama em não querer fazer isso. O que é totalmente compreensível, porque afinal, uma garota não pode ser o que quer pelo simples fato de ser uma garota ? Vovô Walter é meio desligado dos netos, e mal sabe o nome deles, e é fofo como ele começa a gostar de Calpúrnia.
No começo é meio maçante, e parado, e acabei achando que o livro seria ruim. Mas resolvi que leria mais um pouco, e sem ver comecei a gostar da estória, e quando fui perceber já estava na metade do livro. Pela sinopse parece que não tem muita coisa pra acontecer, mas os fatos vão sendo revelados durante o livro, e narrados em primeira pessoa pela Calpúrnia, o que pode fazer-nos achar que será um livro infantil, pelo fato dela ter 11 anos, mas não vi nenhum problema nisso, e muitas vezes ri dela.
Cada capítulo é iniciado com alguma frase do livro de Darwin, A Origem das Espécies, que é o que move todo e enredo.
É sem dúvida um livro muito gostoso de ler, que além de tudo, nos mostra um pouco da realidade do século XVIII. Só o que me incomodou um pouco foi o fato da autora ter abordado a virada de 1899 pra 1900 como a virada do século, já que o século XX começou em 1901. Mas não chegou a me atrapalhar a leitura, e recomendo o livro a todas as idades, muito bom.
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Marcos 23/04/2015

Resenha dupla feita por mim e pelo Luke Duarte para o Capa & Título
Olá, leitores!

Hoje temos mas uma resenha dupla no blog e a primeira dos dois resenhistas do C&T! \o/ Preparados para saber o que achamos da leitura de A Evolução de Calpúrnia Tate? Então confira os comentários do Marcos em azul e os do Luke em verde.

Estamos na cidade do Texas em 1889 e vamos conhecer a história de Calpúrnia Tate, mais conhecida como Callie. Ela é uma menina de doze-anos-e-meio, muito inteligente e que ama conhecer coisas novas. Sua vida andava monótona até investir em uma amizade com seu avô, o Capitão Tate, que os outros irmãos dela têm certo receio de se aproximarem. Essa amizade frutificará ainda mais quando os dois têm a suspeita de descobrir uma nova espécime e juntos vão ter a esperança para realizar um sonho do avô há muito tempo.

Callie é uma garota muito observadora. Ela adora a vida no campo e adora ficar horas observando os animais e plantas da fazenda de sua família, onde mora. Como é a única menina entre seis irmãos, ela está o tempo todo sendo educada para ser uma dama, com aulas de costura, postura e culinária, coisas que ela odeia. Até que um dia, observando os gafanhotos do jardim, ela começa a se questionar o motivo de alguns serem pequenos e verdes e outros amarelos e grandes. Quando descobre, corre para contar ao seu avô, um naturalista aposentado que vive com seus experimentos num quarto no fundos da fazenda.

É quando ambos começam juntos a explorar o local e a anotar suas descobertas científicas. Porém, um belo dia, eles descobrem uma espécie que não conseguem identificar em seus livros de taxonomia. Desconfiando ser uma espécie nova, nunca antes descrita pela ciência, eles submetem-na para análise da Sociedade Americana de Botânica e ficam na ansiedade de sua nova descoberta.

Calpúrnia é uma garota que me surpreendeu muito ao ler sua história. Ela é bem madura pra idade dela, mas a sua essência da infância continua ali intacta. Sua curiosidade faz questionar tudo ao seu redor e até mesmo sobre situações da sua vida. Ela começa a ter um sonho de ser cientista no futuro, mas naquela pra começar, mulher que ia para faculdade levava a fama de solteira, o que a mãe de Callie jamais aceitaria. Isso começa incomodar a menina, a amizade com o avô é um dos consolos para ela enfrentar o dia a dia de lições como cozinhar e costurar, coisas que ela detesta.

Callie Vee, como é chamada, é uma das minhas protagonistas favoritas que já li. Ela é corajosa, a frente do seu tempo, ama os irmãos e gosta de fazer aquilo que lhe agrada e não o que os outros lhe impõem. Seu carisma e sua sinceridade me cativaram já na primeira página do livro. A relação dela com o seu avô é o ponto alto da história, fazendo com que desperte em si sua vocação científica.

A história tem o teor sobre biologia em seu plano de fundo, mas só no começo que há o uso de nomenclaturas científicas. O propósito do livro, que é a descoberta dos dois de uma nova espécie se perde um pouco no decorrer da história, e retoma um pouco mais pra frente.

A teoria da evolução das espécies é uma das principais temáticas do livro. É muito interessante ver a maneira como o livro, que àquela época tinha sido recém lançado, era polêmico e abolido de todas as bibliotecas. Logo no começo, Callie tenta ler o que Darwin falou ao mundo, mas é extremamente proibida de até mesmo citar o seu nome. É quando ela recorre ao seu avô que tem um exemplar e lhe empresta. O início de cada capítulo contém um quote do livro.

Confesso que o livro não me prendeu, acredito que a bagagem de biologia ficou enfadonha no começo ~Marcos vai me matar por ser biólogo rs~ e depois os acontecimentos com a protagonista não me fisgaram. Ou seja, a leitura não foi nenhum pouco fluida.

Nesse ponto, terei que discordar do Luke, mas o entendo perfeitamente rs. Como biólogo e extremo admirador da obra de Charles Darwin, o livro foi um prato cheio para mim. A maneira como a história era cruzada com elementos do método científico, a descrição das espécies, as regras de nomenclatura biológica citadas no texto, foram um deleite. Sei que, para quem não tem familiaridade com a temática, a leitura pode ficar um pouco arrastada em alguns momentos, mas, para mim, foi algo incrível e nunca antes visto em uma história de ficção.


Esse livro é para os fãs do gênero juvenil. Uma história de uma menina que começa aprender sobre o mundo e como ele funciona – naquela época. Sua curiosidade aguçada faz com que tenha ânimo para entrar em mundo particular, com diversão garantida.

A Evolução de Calpúrnia Tate é um livro lindo, com uma mensagem incrível e que deve ser lido por todos. Vale destacar a excelente pesquisa históricocientífica da autora, que tratou as temáticas de não só a evolução das espécies, mas também as relativas ao mundo científico de forma impecável e exímia de erros. A narrativa é deliciosa e essa edição está incrível para a leitura. Recomendo a todos, sem exceção.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2015/04/resenha-dupla-evolucao-de-calpurnia.html
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Kymhy 05/04/2018

A Evolução de Calpúrnia Tate - Jacqueline Kelly
Em uma época em que meninas não podiam ocupar lugares de prestígio na ciência, Calpúrnia terá todo o apoio de alguns membros da família, enquanto pesquisa e analisa a natureza como o famoso Charles Darwin.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate-jaqueline-kelly/
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Clã 19/04/2015

Clã dos Livros - A Evolução de Calpurnia Tate
A evolução de Calpúrnia Tate, de Jacquelinse Lekky, tem uma narrativa leve e envolvente e nos conta a história de Calpúrnia Virgínia Tate, mas conhecida como Callie Vee.

A história se passa no intenso verão do Texas de 1899 na fazenda de algodão da família Tate.

Todos seguem normalmente seus dias, cada um com suas obrigações, até que a esperta e curiosa Callie, a única menina dos sete filhos, demonstra interesses contrários ao de uma jovem de boa família da época.

Aos onze anos de idade é de se esperar que as meninas desenvolvam habilidades para administrar a casa e o casamento. Mas Callie gosta mesmo da liberdade de se banhar no rio, de observar gafanhotos, sapos e as diversas plantas que encontra na fazenda.

Enquanto a melhor amiga Lula demonstra ser muito habilidosa para as atividades domésticas, Callie Vee interessa-se por livros científicos. Seu maior desejo é emprestar um livro de Charles Darwin da biblioteca distrital.


- Por favor a senhora tem um exemplar do livro do senhor Darwin?
... Ela cortou minhas asas com um olhar amargo e disse: - É lógico que não tenho. Não ia deixar uma coisa dessa na minha biblioteca! Eles têm um exemplar na biblioteca de Austin, mas eu teria de encomendá-lo pelo correio. São cinquenta centavos. Você tem cinquenta centavos?
- Não senhora -eu podia sentir que estava ficando vermelha. Nunca tinha tido cinquenta centavos na vida.
E - ela acrescentou, - eu precisaria de uma carta da sua mãe que autorizasse você a ler esse livro em particular. Você tem essa carta?
- Não senhora - respondi mortificada. Meu pescoço estava começando a coçar, um sinal que anunciava uma erupção de urticária.

A decepção foi grande, mas a curiosidade e a liberdade de estar em contato com os animais e com as plantas da fazenda acaba aproximando Callie do avô Water, o Capitão Tate, um senhor naturalista que passa os dias entre a biblioteca e o laboratório envolvido com seus experimentos.

Depois que Callie conta-lhe sobre sua frustrada visita à biblioteca distrital, um convite e um presente do avô a surpreende...

O vô alcançou a prateleira de livros. Vi o Inferno de Dante ao lado de A ciência do balonismos de ar quente. Havia Um estudo da reprodução dos mamíferos e Um tratado sobre como desenhar uma mulher nua. Ele tirou um livro coberto com um luxuoso marroquim verde e com detalhes elegantes em ouro. Lustrou-o com a manga da camisa, embora eu não visse poeira nele. Ceriomoniosamente, curvou-se e o ofereceu pra mim. Olhei pra ele. A origem das espécies. Aqui, na minha própria casa. Recebi-o com as duas mãos. Ele sorriu.
Assim começou minha relação com vovô.

Daí em diante a relação entre avô e neta é enriquecida a cada tarde. Callie registra todas as suas observações das explorações feitas com o Capitão Tate na caderneta que ganhou de Harry, o irmão preferido. Até a descoberta de uma nova espécie de planta...

Assim a autora Jacqueline Kelly nos remete aos dias de Callie. É no ano da virada do século, quando chega a primeira linha telefônica na cidade que Callie passa a questionar novas possibilidades para o seu futuro. Ser telefonista ou professora? Muito mais fácil e interessante do que aprender piano, cozinhar, costurar, bordar ou cuidar de bebês. Ou quem sabe ser uma cientista?

As relações vivenciadas com as pessoas mais próximas: o incentivador Capitão Tate, a exigente mãe, os incansáveis irmãos, a dedicada cozinheira Viola, a única amiga Lula... todas reforçam o que Callie traz dentro de si: a certeza de que sua vida só tem sentido ao dedicar-se ao mundo das ciências naturais.

Recomendo a leitura do livro.
Prepare-se para a desbravadora e independente Calpúrnia Virgínia Tate!

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2015/02/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate-de.html
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Tamirez | @resenhandosonhos 06/09/2018

A Evolução de Calpúrnia Tate
Esse é um daqueles livros que pra você gostar dele, vai depender muito do que você espera de uma leitura.

É uma história leve e simples, sem nenhuma reviravolta mirabolante ou nada do tipo. É o dia a dia de uma garota que está descobrindo a natureza ao seu redor e que não está interessada nas convenções femininas da sociedade que sua mãe a impõe.

Mas, a cima de qualquer dessas coisas, ou da própria sinopse, esse é um livro sobre as maravilhas da descoberta. Ele é tão profundo nesse quesito, no quanto nos mostra como uma criança com a mente limpa pode enxergar bem mais longe e bem mais claro, diferente de tantos adultos. Calpúrnia, apesar de achar o livro de Darwin complexo, após estudá-lo detalhadamente, o compreendeu e acreditou no que ele representava, mesmo que muito do que nele dizia contrariasse os princípios religiosos.

Mas ela viu além e entendeu de forma técnica, mesmo em sua infância, como as teorias de Darwin podiam ser sensatas. Portanto, A Evolução de Calpúrnia Tate é exatamente o que o título nos diz, é acompanhar a evolução dessa garota que começa a enxergar a natureza de uma forma diferente e desvendar seus mistérios.

Eu confesso que a leitura a princípio foi difícil, mas porque eu estava vindo de leituras de fantasia e quando essa história simples e pura se apresentou na minha frente, fiquei com dificuldade de ler, por mais estranho que isso pareça. Porém aos poucos fui me apaixonando por Calpúrnia e admirando sua sede por conhecimento.

site: http://resenhandosonhos.com/resenha-a-evolucao-de-calpurnia-tate-jacqueline-kelly/
Dinny 06/09/2018minha estante
Adorei a resenha! Vou colocar ele na minha lista :)




Helaina 08/04/2015

Esse é um livro doce que eu tive muito prazer em ler.
Calpúrnia é uma garota à frente de seu tempo que se vê presa em antigos costumes que mantém a mulher cuidando da casa e bem longe dos livros - a não ser que sejam livros de culinária ou costura.

Callie Vee, como gosta de ser chamada, sempre foi muito observadora e o forte calor do Texas na virada do século faz com que os insetos no quintal chamem ainda mais sua atenção. Depois de contar suas observações a seu irmão mais velho, Harry, ele a presenteia com um caderno para que ela faça anotações do que observa.

Mas nem tudo é tão simples para a pequena naturalista em uma época em que o livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies é considerado algo absurdo e o acesso a ele é algo quase impossível, principalmente para uma menina. Que deveria estar se preocupando em aprender a ser uma boa dona de casa ao invés de estudar ciências.

No meio desse cenário, é o avô de Calpúrnia, Walter Tate, homem que passa a maior parte do tempo em seu laboratório, um barracão nos fundos da casa, quem mostra um universo totalmente novo para ela.

Esse livro fala muito da natureza e do comportamento dos animais, mas não chegou a ser maçante. Na verdade minha curiosidade só era mais saciada com cada detalhe exposto.

Ou aspecto legal do livro é que ele se passa no final de 1899 e as novidades da época para a família de Callie são várias. Só para citar temos o ventilador e a Coca Cola! Foi interessante ver a reação das pessoas a essas coisas que já fazem parte da nossa vida e nunca tivemos que imaginar como seria viver sem elas.

Eu adorei acompanhar a evolução da Calpúrnia. Narrado em primeira pessoa pela própria menina, pude sentir a revolta dela quando era tratada diferente dos seus irmãos homens e sua empolgação com o relacionamento com o avô ficando cada vez mais próximos à medida que um mundo novo e empolgante se abria diante de seus olhos.

Vi em alguns blogs parceiros da editora Única que há intenção por parte da mesma publicar o segundo livro da série “The Curious World of Calpurnia Tate” ainda no primeiro semestre de 2015. Mas para quem não gosta de séries não precisa se preocupar. Apesar do gostinho de “quero mais” é perfeitamente possível ler esse livro sem o compromisso de ler o próximo.


site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2015/02/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate.html
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stsluciano 15/10/2014

Narrativa cativante
No livro somo apresentados ao ambiente familiar de Calpúrnia, única menina em um conjunto de sete irmãos, sendo exatamente a filha do meio, com três irmãos mais velhos, e três mais novos. Seu avô, Capitão Tate, é um veterano de guerra que conseguira prosperar com uma beneficiadora de algodão, dando à sua família uma boa condição de vida, e o que permitira com que se recolhesse mais cedo, deixando os negócios nas mãos do único filho e passando a se dedicar à sua verdadeira paixão: a ciência e a investigação da natureza.

No começo Callie vê o avô como alguém excêntrico, mal humorado e não muito interessado na família, tanto que ela duvida que ele sequer saiba seu nome, mas conforme vai crescendo nela o interesse pela natureza ao seu redor e seus mistérios, essa barreira vai sendo derrubada, e ela inesperadamente encontra no avô um grande incentivador do pensamento científico, um verdadeiro adepto das ideias escandalosas de Darwin bem ali sob seu teto.

Eu não gostava nada de biologia na escola, então fiquei um tanto apreensivo com o quanto de ciência e afins encontraria durante a leitura e o quanto isso me faria perder o foco. Bom, o livro é bem mais sobre relações familiares, sobre a descoberta do mundo por Calpúrnia que sobre descrever filos e reinos e etecetera, então vemos nomes científicos sendo ditos esparsamente durante o texto que em nada atrapalham à narrativa. O que chamam a atenção mesmo são os questionamentos que a garota faz do alto de seus onze anos, nenhum deles gratuitos, todos potencialmente escandalosos para a época.

Calpúrnia é uma revolucionária. Em pleno século XIX ela questiona as utilidade de se aprender a tocar piano, cerzir, cozinhar, tricotar, e, num grau mais profundo, de ser apresentada à sociedade quando tiver uma idade adequada para tanto. O que os que estão à sua volta não entendem que ela vê questões muito mais práticas e importantes a se conhecer no mundo lá fora do que se preparando para ser uma boa esposa. E o fato de ser filha única só faz com que sua mãe tenha ainda mais expectativas sobre ela.

Um outro ponto que me agradou muito foi a ambientação. A propriedade da família Tate ganha vida nas palavras de Calpúrnia, e essa vida fervilha numa intensidade cada vez maior conforme ela vai aprendendo a reconhecer novas espécies. Na companhia do avô, ela conhece mamíferos, aves, insetos, vegetais, e tudo isso sem que ela deixe de ser a criança solta que é. E temos o calor. Li alguma vez em algum ligar que a vida fervilha sob o calor, e no livro isso não é diferente.

A condução da narrativa por parte da autora é perfeita. Primeiro que Calpúrnia é uma personagem carismática demais, possível demais, e que a gente acaba por se afeiçoar demais. Segundo que o livro mescla momentos de descobertas científicas com outros de pura descontração que só as relações familiares podem trazer, ainda mais quando se fala de uma família numerosa como a dela. Há assim um equilíbrio muito bem vindo e saudável, que faz com que a leitura flua com extrema naturalidade.

Mas a autora também ousa. Em se tratando dos Estados Unidos no século XIX, ainda há um forte componente racista presente na sociedade e que, não sejamos ingênuos, persiste até hoje. Em sua visão pura de criança, Calpúrnia narra passagens de preconceitos tanto de raça quanto de gênero, que vão da mulher que enganara o marido por ser mais que um oitavo negra (oi?), ou do momento em que uma das criadas da casa a repreende por ela estar fazendo um trabalho manual indigno de: uma mulher, uma branca, uma Tate.

Um dos meus momentos preferidos do livro é a primeira vez que Calpúrnia olha em um microscópio e percebe toda a vida que existe nas águas do rio onde ela se banha para amainar o calor, o que a deixa um tanto assustada, por, raciocínio dela, enquanto ela temia cobras e outros animais maiores, o lugar estava povoado de criaturas que ela sequer era capaz de ver a olho nu.

Quando um livro nos encanta não há muito o que fazer se não declará-lo favorito. É certamente uma das melhores leituras do ano. A autora encontrou o tom certo, soube conduzir os fatos e entregou um livro e tanto. É o tipo de livro que deixa uma saudade latente e um sorriso nos lábios quando nos lembramos dele. Simplesmente leiam.
Jess 24/10/2014minha estante
Essa e a primeira vez que vejo uma resenha sobre essa autora, bem nunca li nada sobre ela a narrativa dela parece ser cativante. Gostei da trama que ha nessa historia. Parabens pela resenha.




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