A Evolução de Calpúrnia Tate

A Evolução de Calpúrnia Tate Jacqueline Kelly




Resenhas - A Evolução de Calpúrnia Tate


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Tomo Literário 01/10/2014

A Evolução de Calpúrnia Tate
A menina Calpurnia vive com seus pais, avô e irmãos no Texas. Ela é quem narra a história do livro A Evolução de Calpúrnia Tate da escritora Jacqueline Kelly, publicado pela Única Editora em 2014. Ao longo de suas 380 páginas conhecemos a personagem através de sua narrativa.

A menina não tinha um relacionamento muito próximo de seu avô, Walter Tate. Ela o descreve, inicialmente, como um personagem obscuro. Mas, a menina que é apaixonada pela teoria naturalista começa a fazer anotações, em uma caderneta de capa vermelha, sobre tudo que vê. Com o incentivo de seu avô, de quem ela se aproxima, justamente pela curiosidade que tem sobre naturalismo, ela vai descortinando o mundo ao seu redor. Walter incentiva a neta a ler A origem das espécies de Charles Darwin.

Calpúrnia faz uma descoberta interessante e junto com o seu avô divulga para a sociedade científica.

Ao longo da narrativa a menina vai contando sobre o seu cotidiano, a relação com seus irmãos e amigos, e sua pretensão futura em se tornar uma cientista. Não podemos deixar de citar que há o dilema da época em que a história se passa, 1899. Época em que as famílias não pensavam em ver mulheres como cientistas. A de Calpúrnia não é diferente.

Tenho de confessar que esperava mais da história de Calpúrnia, muito embora seja um livro bem escrito, sem dúvida. Contudo, acreditava que poderia ter mais pontos de conflito e/ou controvérsias. Em que pese o fato de a menina viver na virada do século XIX para o século XX, senti falta de uma história mais vibrante. Isto não significa, porém, que seja uma história ruim. Valeu a pena a leitura e recomendaria que outras pessoas lessem.

O livro é a estréia de Jacqueline em romances. A autora exerceu Medicina, Direito e passou a escrever ficção. Em 2001 teve seu primeiro conto publicado.

site: http://tomoliterario.blogspot.com.br
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stsluciano 15/10/2014

Narrativa cativante
No livro somo apresentados ao ambiente familiar de Calpúrnia, única menina em um conjunto de sete irmãos, sendo exatamente a filha do meio, com três irmãos mais velhos, e três mais novos. Seu avô, Capitão Tate, é um veterano de guerra que conseguira prosperar com uma beneficiadora de algodão, dando à sua família uma boa condição de vida, e o que permitira com que se recolhesse mais cedo, deixando os negócios nas mãos do único filho e passando a se dedicar à sua verdadeira paixão: a ciência e a investigação da natureza.

No começo Callie vê o avô como alguém excêntrico, mal humorado e não muito interessado na família, tanto que ela duvida que ele sequer saiba seu nome, mas conforme vai crescendo nela o interesse pela natureza ao seu redor e seus mistérios, essa barreira vai sendo derrubada, e ela inesperadamente encontra no avô um grande incentivador do pensamento científico, um verdadeiro adepto das ideias escandalosas de Darwin bem ali sob seu teto.

Eu não gostava nada de biologia na escola, então fiquei um tanto apreensivo com o quanto de ciência e afins encontraria durante a leitura e o quanto isso me faria perder o foco. Bom, o livro é bem mais sobre relações familiares, sobre a descoberta do mundo por Calpúrnia que sobre descrever filos e reinos e etecetera, então vemos nomes científicos sendo ditos esparsamente durante o texto que em nada atrapalham à narrativa. O que chamam a atenção mesmo são os questionamentos que a garota faz do alto de seus onze anos, nenhum deles gratuitos, todos potencialmente escandalosos para a época.

Calpúrnia é uma revolucionária. Em pleno século XIX ela questiona as utilidade de se aprender a tocar piano, cerzir, cozinhar, tricotar, e, num grau mais profundo, de ser apresentada à sociedade quando tiver uma idade adequada para tanto. O que os que estão à sua volta não entendem que ela vê questões muito mais práticas e importantes a se conhecer no mundo lá fora do que se preparando para ser uma boa esposa. E o fato de ser filha única só faz com que sua mãe tenha ainda mais expectativas sobre ela.

Um outro ponto que me agradou muito foi a ambientação. A propriedade da família Tate ganha vida nas palavras de Calpúrnia, e essa vida fervilha numa intensidade cada vez maior conforme ela vai aprendendo a reconhecer novas espécies. Na companhia do avô, ela conhece mamíferos, aves, insetos, vegetais, e tudo isso sem que ela deixe de ser a criança solta que é. E temos o calor. Li alguma vez em algum ligar que a vida fervilha sob o calor, e no livro isso não é diferente.

A condução da narrativa por parte da autora é perfeita. Primeiro que Calpúrnia é uma personagem carismática demais, possível demais, e que a gente acaba por se afeiçoar demais. Segundo que o livro mescla momentos de descobertas científicas com outros de pura descontração que só as relações familiares podem trazer, ainda mais quando se fala de uma família numerosa como a dela. Há assim um equilíbrio muito bem vindo e saudável, que faz com que a leitura flua com extrema naturalidade.

Mas a autora também ousa. Em se tratando dos Estados Unidos no século XIX, ainda há um forte componente racista presente na sociedade e que, não sejamos ingênuos, persiste até hoje. Em sua visão pura de criança, Calpúrnia narra passagens de preconceitos tanto de raça quanto de gênero, que vão da mulher que enganara o marido por ser mais que um oitavo negra (oi?), ou do momento em que uma das criadas da casa a repreende por ela estar fazendo um trabalho manual indigno de: uma mulher, uma branca, uma Tate.

Um dos meus momentos preferidos do livro é a primeira vez que Calpúrnia olha em um microscópio e percebe toda a vida que existe nas águas do rio onde ela se banha para amainar o calor, o que a deixa um tanto assustada, por, raciocínio dela, enquanto ela temia cobras e outros animais maiores, o lugar estava povoado de criaturas que ela sequer era capaz de ver a olho nu.

Quando um livro nos encanta não há muito o que fazer se não declará-lo favorito. É certamente uma das melhores leituras do ano. A autora encontrou o tom certo, soube conduzir os fatos e entregou um livro e tanto. É o tipo de livro que deixa uma saudade latente e um sorriso nos lábios quando nos lembramos dele. Simplesmente leiam.
Jess 24/10/2014minha estante
Essa e a primeira vez que vejo uma resenha sobre essa autora, bem nunca li nada sobre ela a narrativa dela parece ser cativante. Gostei da trama que ha nessa historia. Parabens pela resenha.




Andressa1007 06/12/2014

A Evolução de Cálpurnia Tate
Em agosto desse ano a Única Editora lançou o livro A Evolução de Cálpurnia Tate de Jacqueline Kelly. Logo que eu tomei conhecimento desse lançamento fiquei encantada pela capa e quis saber mais sobre a história pelos blogs literários. No entanto, raramente eu dou chance para livros de ficção infanto-juvenil e para que algum me chame a atenção têm que ter algo mais relacionado com a minha própria personalidade e/ou história.

Aí é que entra o por quê de eu ter gostado tanto das premissas da evolução de Calpúrnia: ela inicia uma relação mágica e instrutiva ao fazer amizade com o avô e, ao ganhar de presente do irmão mais velho uma caderneta, um novo mundo se abre para ela, onde tudo o que descobre na natureza pode ganhar seu espaço próprio dentro daquele pequeno pedaço de papel. Eu tive o privilégio de ter um dos melhores avôs maternos que alguém pode ter e sempre que uma história envolve um diário/caderneta/livro de segredos absolutos eu fico empolgada! Então que me identifiquei muito com essa menina de "onze e três quartos, praticamente doze" anos.

Essa tal evolução vai acontecer num espaço de tempo de seis meses, dentre os quais as principais datas comemorativas daquele ano também se passam: o aniversário dela e de alguns dos seus irmãos, o Natal e a virada do século XX. Se por um lado Cálpurnia se debruça diante de Darwin e sua seleção natural, por outro o mundo recebe os primeiros sinais do desenvolvimento com a tal da linha telefônica. Enquanto ela descobre ser uma naturalista em desenvolvimento junto das orientações de seu avô, também se dá conta que sua natureza feminina impõe uma série de regras que nada têm a ver com sua personalidade.

Cálpurnia, aos onze anos, não sabe muito o que quer ser ou fazer no futuro, mas sabe que não quer passar seus dias diante de bolos e tortas, bordados e costuras, casa/filhos/marido. Elas quer ser algo parecido com um cientista! Ela quer desbravar a natureza e imprimir seu nome em uma grande descoberta! Mas ela também não quer ser abandonada, quer continuar tendo os privilégios de ser a única irmã favorita do irmão mais velho e a única neta favorita de seu avô. Quer ganhar seu próprio dinheiro como a telefonista da cidade e não quer passar horas diante de um piano que não consegue tocar muito bem, apesar de todos os esforços de uma mãe dedicada que quer preparar a única filha para ser uma bela debutante.

Um dos pontos mais positivos da trajetória de Callie são as coisas que seu avô lhe mostrava nas entrelinhas, ele não estava apenas ensinando noções científicas, estava valorizando os sentimentos e as vontades de uma menina que não encontrava entendimento em outras relações familiares. Estava dando noções éticas que ela precisava receber em algum momento com alguém mais próximo, fazendo com que uma amizade verdadeira e construtiva pudesse nascer entre eles. Quantos de nós tivemos a chance de um relacionamento assim na infância? E quantos souberam valorizar?

Ao ler a história de Callie Vee o que se sente no final é uma enorme compaixão e ao mesmo tempo uma espécie de "graças a Deus!" por não estarmos mais em uma época em que meninas com diversas qualidades não eram devidamente incentivadas. Hoje podemos escolher o que seremos, o que faremos, e qual a profissão do nosso futuro; quase nunca pensamos que no passado diversas mulheres, quando ainda eram nada mais que crianças, já podiam notar que o futuro não seria algo tão brilhante. Muito do que não era permitido em tal sociedade já é perfeitamente natural e aceitável em nossa época e talvez por isso quase não nos damos conta de que no passado só era possível sonhar, como Callie, com as melhores possibilidades da vida.

A autora foi muito feliz em relacionar cada capítulo do livro com um trecho de A Origem das Espécies de Darwin e é preciso também aqui elogiar a beleza da edição, com páginas cheias de detalhes, uma ótima diagramação, uma capa que dá pistas do que Cálpurnia vai encontrar em sua trajetória e um marcador de páginas personalizado que pode ser destacado na contra-capa. Espero que tenham curtido e se interessado pelo livro, é o tipo de presente que eu daria a uma irmã mais nova e que eu gostaria de ter lido naquela idade. :)

site: http://vandabooksetreasures.blogspot.com.br/2014/12/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate-de.html
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Helaina 08/04/2015

Esse é um livro doce que eu tive muito prazer em ler.
Calpúrnia é uma garota à frente de seu tempo que se vê presa em antigos costumes que mantém a mulher cuidando da casa e bem longe dos livros - a não ser que sejam livros de culinária ou costura.

Callie Vee, como gosta de ser chamada, sempre foi muito observadora e o forte calor do Texas na virada do século faz com que os insetos no quintal chamem ainda mais sua atenção. Depois de contar suas observações a seu irmão mais velho, Harry, ele a presenteia com um caderno para que ela faça anotações do que observa.

Mas nem tudo é tão simples para a pequena naturalista em uma época em que o livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies é considerado algo absurdo e o acesso a ele é algo quase impossível, principalmente para uma menina. Que deveria estar se preocupando em aprender a ser uma boa dona de casa ao invés de estudar ciências.

No meio desse cenário, é o avô de Calpúrnia, Walter Tate, homem que passa a maior parte do tempo em seu laboratório, um barracão nos fundos da casa, quem mostra um universo totalmente novo para ela.

Esse livro fala muito da natureza e do comportamento dos animais, mas não chegou a ser maçante. Na verdade minha curiosidade só era mais saciada com cada detalhe exposto.

Ou aspecto legal do livro é que ele se passa no final de 1899 e as novidades da época para a família de Callie são várias. Só para citar temos o ventilador e a Coca Cola! Foi interessante ver a reação das pessoas a essas coisas que já fazem parte da nossa vida e nunca tivemos que imaginar como seria viver sem elas.

Eu adorei acompanhar a evolução da Calpúrnia. Narrado em primeira pessoa pela própria menina, pude sentir a revolta dela quando era tratada diferente dos seus irmãos homens e sua empolgação com o relacionamento com o avô ficando cada vez mais próximos à medida que um mundo novo e empolgante se abria diante de seus olhos.

Vi em alguns blogs parceiros da editora Única que há intenção por parte da mesma publicar o segundo livro da série “The Curious World of Calpurnia Tate” ainda no primeiro semestre de 2015. Mas para quem não gosta de séries não precisa se preocupar. Apesar do gostinho de “quero mais” é perfeitamente possível ler esse livro sem o compromisso de ler o próximo.


site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2015/02/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate.html
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Clã 19/04/2015

Clã dos Livros - A Evolução de Calpurnia Tate
A evolução de Calpúrnia Tate, de Jacquelinse Lekky, tem uma narrativa leve e envolvente e nos conta a história de Calpúrnia Virgínia Tate, mas conhecida como Callie Vee.

A história se passa no intenso verão do Texas de 1899 na fazenda de algodão da família Tate.

Todos seguem normalmente seus dias, cada um com suas obrigações, até que a esperta e curiosa Callie, a única menina dos sete filhos, demonstra interesses contrários ao de uma jovem de boa família da época.

Aos onze anos de idade é de se esperar que as meninas desenvolvam habilidades para administrar a casa e o casamento. Mas Callie gosta mesmo da liberdade de se banhar no rio, de observar gafanhotos, sapos e as diversas plantas que encontra na fazenda.

Enquanto a melhor amiga Lula demonstra ser muito habilidosa para as atividades domésticas, Callie Vee interessa-se por livros científicos. Seu maior desejo é emprestar um livro de Charles Darwin da biblioteca distrital.


- Por favor a senhora tem um exemplar do livro do senhor Darwin?
... Ela cortou minhas asas com um olhar amargo e disse: - É lógico que não tenho. Não ia deixar uma coisa dessa na minha biblioteca! Eles têm um exemplar na biblioteca de Austin, mas eu teria de encomendá-lo pelo correio. São cinquenta centavos. Você tem cinquenta centavos?
- Não senhora -eu podia sentir que estava ficando vermelha. Nunca tinha tido cinquenta centavos na vida.
E - ela acrescentou, - eu precisaria de uma carta da sua mãe que autorizasse você a ler esse livro em particular. Você tem essa carta?
- Não senhora - respondi mortificada. Meu pescoço estava começando a coçar, um sinal que anunciava uma erupção de urticária.

A decepção foi grande, mas a curiosidade e a liberdade de estar em contato com os animais e com as plantas da fazenda acaba aproximando Callie do avô Water, o Capitão Tate, um senhor naturalista que passa os dias entre a biblioteca e o laboratório envolvido com seus experimentos.

Depois que Callie conta-lhe sobre sua frustrada visita à biblioteca distrital, um convite e um presente do avô a surpreende...

O vô alcançou a prateleira de livros. Vi o Inferno de Dante ao lado de A ciência do balonismos de ar quente. Havia Um estudo da reprodução dos mamíferos e Um tratado sobre como desenhar uma mulher nua. Ele tirou um livro coberto com um luxuoso marroquim verde e com detalhes elegantes em ouro. Lustrou-o com a manga da camisa, embora eu não visse poeira nele. Ceriomoniosamente, curvou-se e o ofereceu pra mim. Olhei pra ele. A origem das espécies. Aqui, na minha própria casa. Recebi-o com as duas mãos. Ele sorriu.
Assim começou minha relação com vovô.

Daí em diante a relação entre avô e neta é enriquecida a cada tarde. Callie registra todas as suas observações das explorações feitas com o Capitão Tate na caderneta que ganhou de Harry, o irmão preferido. Até a descoberta de uma nova espécie de planta...

Assim a autora Jacqueline Kelly nos remete aos dias de Callie. É no ano da virada do século, quando chega a primeira linha telefônica na cidade que Callie passa a questionar novas possibilidades para o seu futuro. Ser telefonista ou professora? Muito mais fácil e interessante do que aprender piano, cozinhar, costurar, bordar ou cuidar de bebês. Ou quem sabe ser uma cientista?

As relações vivenciadas com as pessoas mais próximas: o incentivador Capitão Tate, a exigente mãe, os incansáveis irmãos, a dedicada cozinheira Viola, a única amiga Lula... todas reforçam o que Callie traz dentro de si: a certeza de que sua vida só tem sentido ao dedicar-se ao mundo das ciências naturais.

Recomendo a leitura do livro.
Prepare-se para a desbravadora e independente Calpúrnia Virgínia Tate!

site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2015/02/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate-de.html
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Marcos 23/04/2015

Resenha dupla feita por mim e pelo Luke Duarte para o Capa & Título
Olá, leitores!

Hoje temos mas uma resenha dupla no blog e a primeira dos dois resenhistas do C&T! \o/ Preparados para saber o que achamos da leitura de A Evolução de Calpúrnia Tate? Então confira os comentários do Marcos em azul e os do Luke em verde.

Estamos na cidade do Texas em 1889 e vamos conhecer a história de Calpúrnia Tate, mais conhecida como Callie. Ela é uma menina de doze-anos-e-meio, muito inteligente e que ama conhecer coisas novas. Sua vida andava monótona até investir em uma amizade com seu avô, o Capitão Tate, que os outros irmãos dela têm certo receio de se aproximarem. Essa amizade frutificará ainda mais quando os dois têm a suspeita de descobrir uma nova espécime e juntos vão ter a esperança para realizar um sonho do avô há muito tempo.

Callie é uma garota muito observadora. Ela adora a vida no campo e adora ficar horas observando os animais e plantas da fazenda de sua família, onde mora. Como é a única menina entre seis irmãos, ela está o tempo todo sendo educada para ser uma dama, com aulas de costura, postura e culinária, coisas que ela odeia. Até que um dia, observando os gafanhotos do jardim, ela começa a se questionar o motivo de alguns serem pequenos e verdes e outros amarelos e grandes. Quando descobre, corre para contar ao seu avô, um naturalista aposentado que vive com seus experimentos num quarto no fundos da fazenda.

É quando ambos começam juntos a explorar o local e a anotar suas descobertas científicas. Porém, um belo dia, eles descobrem uma espécie que não conseguem identificar em seus livros de taxonomia. Desconfiando ser uma espécie nova, nunca antes descrita pela ciência, eles submetem-na para análise da Sociedade Americana de Botânica e ficam na ansiedade de sua nova descoberta.

Calpúrnia é uma garota que me surpreendeu muito ao ler sua história. Ela é bem madura pra idade dela, mas a sua essência da infância continua ali intacta. Sua curiosidade faz questionar tudo ao seu redor e até mesmo sobre situações da sua vida. Ela começa a ter um sonho de ser cientista no futuro, mas naquela pra começar, mulher que ia para faculdade levava a fama de solteira, o que a mãe de Callie jamais aceitaria. Isso começa incomodar a menina, a amizade com o avô é um dos consolos para ela enfrentar o dia a dia de lições como cozinhar e costurar, coisas que ela detesta.

Callie Vee, como é chamada, é uma das minhas protagonistas favoritas que já li. Ela é corajosa, a frente do seu tempo, ama os irmãos e gosta de fazer aquilo que lhe agrada e não o que os outros lhe impõem. Seu carisma e sua sinceridade me cativaram já na primeira página do livro. A relação dela com o seu avô é o ponto alto da história, fazendo com que desperte em si sua vocação científica.

A história tem o teor sobre biologia em seu plano de fundo, mas só no começo que há o uso de nomenclaturas científicas. O propósito do livro, que é a descoberta dos dois de uma nova espécie se perde um pouco no decorrer da história, e retoma um pouco mais pra frente.

A teoria da evolução das espécies é uma das principais temáticas do livro. É muito interessante ver a maneira como o livro, que àquela época tinha sido recém lançado, era polêmico e abolido de todas as bibliotecas. Logo no começo, Callie tenta ler o que Darwin falou ao mundo, mas é extremamente proibida de até mesmo citar o seu nome. É quando ela recorre ao seu avô que tem um exemplar e lhe empresta. O início de cada capítulo contém um quote do livro.

Confesso que o livro não me prendeu, acredito que a bagagem de biologia ficou enfadonha no começo ~Marcos vai me matar por ser biólogo rs~ e depois os acontecimentos com a protagonista não me fisgaram. Ou seja, a leitura não foi nenhum pouco fluida.

Nesse ponto, terei que discordar do Luke, mas o entendo perfeitamente rs. Como biólogo e extremo admirador da obra de Charles Darwin, o livro foi um prato cheio para mim. A maneira como a história era cruzada com elementos do método científico, a descrição das espécies, as regras de nomenclatura biológica citadas no texto, foram um deleite. Sei que, para quem não tem familiaridade com a temática, a leitura pode ficar um pouco arrastada em alguns momentos, mas, para mim, foi algo incrível e nunca antes visto em uma história de ficção.


Esse livro é para os fãs do gênero juvenil. Uma história de uma menina que começa aprender sobre o mundo e como ele funciona – naquela época. Sua curiosidade aguçada faz com que tenha ânimo para entrar em mundo particular, com diversão garantida.

A Evolução de Calpúrnia Tate é um livro lindo, com uma mensagem incrível e que deve ser lido por todos. Vale destacar a excelente pesquisa históricocientífica da autora, que tratou as temáticas de não só a evolução das espécies, mas também as relativas ao mundo científico de forma impecável e exímia de erros. A narrativa é deliciosa e essa edição está incrível para a leitura. Recomendo a todos, sem exceção.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2015/04/resenha-dupla-evolucao-de-calpurnia.html
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neia 24/09/2019

Maravilindo!!!!
Livro muito gostoso de ler, encontrei ele em um sebo, fruto de uma troca, não é todo dia que encontramos algo como A evolução de Calpurnia Tate, simples, sem formulas mirabolantes de aventura, apenas um história contada de uma maneira gostosa de ler!
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Dane_Stoll 28/09/2015

Impossível não adicionar aos favoritos um livro com uma protagonista tão esperta, curiosa e com tanto desejo de conhecimento. Uma personagem apaixonante!
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Sara Muniz 07/10/2015

Resenha - A Evolução de Calpúrnia Tate
Calpúrnia é a única menina entre 7 irmãos. Sua família tem uma boa vida, uma vez que são donos de uma empresa de algodão. Na escola, Calpúrnia aprende somente a bordar, a ter postura e a se comportar, não aprende matérias de fato.

Callie Vee (como é chamada) começa a entrar em contato com o seu avô, um velho que vive em seu próprio mundo de naturalista (antigamente biólogos eram chamados de naturalistas). Os dois tornam-se amigos e ela começa a achar incrível estudar espécimes, recolher e estudar amostras e anotar tudo em sua caderneta.

No meio disso tudo ainda há alguns conflitos que ela sofre com os irmãos, com a escola e principalmente com a mãe, que quer que ela debute quando for mais velha, mas o que a Callie Vee realmente quer é ir para a faculdade e ser naturalista, o problema é que naquela época nenhuma mulher ia para a faculdade.

Infelizmente achei que esse livro não fedeu e não cheirou, algumas partes até eram legais, mas a maior parte do livro é só sobre a vida de Calpúrnia e como uma garota sofria injustiças no século IXX. É interessante conhecer isso, mas todos sabem como as mulheres sofriam de desigualdades no passado. Quando comecei a chegar perto do final do livro, fiquei na esperança de que alguém morresse e me fizesse chorar, mas ninguém morreu. Mas por não ter sido uma leitura chata, marquei como bom. Além, é claro, de eu considerar que não gostei por conta de uma abstinência literária de fantasia que estou sofrendo nas últimas semanas desde que terminei Elantris.
✖ Avaliação da escrita: A escrita da autora é boa, levando em consideração o fato de que o livro é narrado em primeira pessoa pela Calpúrnia, que tem apenas onze anos.

✖ Avaliação do enredo: O enredo não tem nada demais, apenas acompanhamos o crescimento mental de Calpúrnia e como ela se interessa por ser naturalista. Além de ser bem ciumenta com as pessoas que gosta.

✖ Avaliação da capa: A capa é linda demais! Não sei se é como a original, mas mesmo assim é linda, cheia de detalhes e relevos.
✖ Avaliação da protagonista: A Calpúrnia é uma garota fora do normal, principalmente porque ela não quer ser normal, isso é muito legal nela. Ela só quer que as pessoas a deixem em paz fazendo o que ela gosta. Ela quer ficar no seu próprio mundinho com seu avô e seus estudos, porque é isso que ela realmente gosta de fazer. Ela é um pouco ciumenta e desleixada quando não quer fazer algo, achei ela uma boa personagem, muito bem construída e que transpassa muito bem sua personalidade ainda em desenvolvimento.

✖ O que me levou a avaliá-lo como bom?
Muitos aspectos do livro não me agradaram, mas vários agradaram também. Não é um livro que eu vá recomendar, mas não me arrependo totalmente de ter lido. Dá para ver também que a autora se esforçou bastante para escrevê-lo e entendia bastante do assunto biologia para fazer os capítulos. Não foi um livro mal feito, por isso é bom. Mas se a autora tivesse relaxado um pouquinho no enredo, pronto, seria ruim. Mas ela conseguiu seguir bem com a estória e fazer ficar mais aceitável.


site: http://interesses-sutis.blogspot.com.br/
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G. Rubbo 26/01/2016

Sou fã de Callie Vee
Eu quase não encontro palavras para descrever esse livro. Talvez eu possa dizer que ele é doce. Ou talvez incrível. Poso ainda chamá-lo de charmoso.
Mas acho que Callie Vee preferiria que eu me limitasse a dizer que esse é um livro muito especial.
A história se passa no Texas, em 1889.
Calpúrnia Virgínia Tate é uma jovem de onze anos, muito esperta, curiosa e observadora. Passeando pelo quintal e pela beira do rio, Calpúrnia começa a descobrir detalhes para ela inéditos na natureza, e anota tudo em sua Caderneta.
Seu interesse por ciência ganha força com a amizade que a menina desenvolve com seu avô, que se considera um naturalista, e entrega nas mãos da neta A Origem das Espécies, do Sr. Darwin.
Callie Vee, como costuma ser chamada, poderia passar dias e dias ao lado do seu avô e suas fascinantes descobertas, mas as coisas não são tão simples.
Sendo filha do meio, a única menina entre seis garotos, não escapa dos olhares atentos da mãe, que fará de tudo pra ver sua única filha se tornar uma “dama”.
Isso bate contra os interesses de Calpúrnia, que prefere coletar espécimes do que aprender piano ou bordado, mas que escolha ela tinha? Afinal, salvo poucas exceções, mulheres não trabalhavam e nem se tornavam cientistas...

site: http://giovannarubbo.blogspot.com.br/2015/09/meucaldeirao-livro-evolucao-de.html
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Carolina.Inthurn 06/09/2014

Cativante!
"Ah, mas dificilmente eles eram pequenos para o caçador e a caça, jogando a moeda de vida ou morte. Eu era apenas uma observadora, uma folgada. Eles estavam naquilo pra valer."

Quando recebi o material de divulgação do livro, uma coisa em especial me chamou atenção: Os que gostam de A Menina Que Roubava Livros irão simpatizar com este livro. Mas pra ser sincera, eu não gostei nada da obra de Markus Suzak... Só que mesmo assim eu solicitei esse livro, a capa é maravilhosa, a sinopse intrigante e as minhas expectativas estavam ótimas. A Evolução de Calpúrnia Tate é leve, ao mesmo tempo que é tocante. Um livro que cumpre o que promete, que ultrapassa a simplicidade como a de uma criança e transborda sentimentos.

Calpúrnia, ou Callie Vee, é uma menina do século XIX. Vocês sabem o que significa? Que ela está destinada a aprender a cozinhar, lavar, passar, costurar, ter bons modos... Destinada a ser esposa. Não é surpresa, já que naquela época as coisas eram muito machistas. Mas Callie tem uma singularidade especial, ela não se encaixa nos padrões do século. É uma menina curiosa, esperta e amorosa, conquistou a mim de uma maneira tão especial que anseio poder torná-la real.

Sua família é normal, aos padrões da época. Callie faz a ponte entre os irmãos mais velhos - Harry, Sam Houston e Lamar - e três mais novos - Travis, Sul Ross e o bebê Jim Bowie (ou JB). A autora conduziu a obra tão bem que até aos irmãos, que são vários, eu pude me apegar e ter um carinho enorme. Na casa, também mora o avô, o Capitão Tate. Mas ele vive trancado na biblioteca/laboratório estudando ciência e Darwin. Até que um dia, Callie sente curiosidade de saber mais sobre o avô e o que ele estuda.

A partir daí começa uma amizade nova e diferente, entre neta e avô. Uma coisa pura, ligada pela teoria darwinista e a Seleção Natural. Juntos, os dois saem em busca de plantas, animais, insetos... Se aventuram pela natureza estudando ciência e lendo livros. Mas Callie é uma menina, seria adequado para ela tanto conhecimento? Neste livro, não há clímax. Não que eu pudesse ter notado, e não que realmente precisasse. Acho que a autora soube manter um ritmo excelente, tanto que eu terminei a leitura rapidamente.

Eu não sou fã de A Origem das Espécies ou de Darwin. Mas é impossível não nos apegarmos ao mundo de Calpúrnia Tate, uma garotinha que ansiava por conhecimento e através da ciência, sentiu que poderia mudar seu destino. Para vocês terem uma noção, no livro nos deparamos com o surgimento dos automóveis, da Coca-cola e do telefone... Eu provavelmente esperava um final diferente, algo surpreendente. Mas acredito que ele não têm esse objetivo, é um livro em aberto. Foi uma leitura surpreendentemente leve, a capa está lindíssima (preservada a original) e o trabalho gráfico muito bom, tirando alguns erros que eu acabei notando. Em suma, é um livro que vai conquistar tanto as crianças, quanto os adultos.

"Um dia eu teria todos os livros do mundo, prateleiras e mais prateleiras deles. Viveria em um torre de livros. Leria o dia todo e comeria pêssegos. E, se algum jovem cavaleiro de armadura ousasse gritar em seu cavalo branco, me pedindo que soltasse o cabelo, eu o bombardearia com caroços de pêssego até que fosse para casa."

Para a resenha com fotos: Acesse o site Estante das Fadas ♥

site: www.estantedasfadas.com.br
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Kymhy 05/04/2018

A Evolução de Calpúrnia Tate - Jacqueline Kelly
Em uma época em que meninas não podiam ocupar lugares de prestígio na ciência, Calpúrnia terá todo o apoio de alguns membros da família, enquanto pesquisa e analisa a natureza como o famoso Charles Darwin.

site: https://gatoletrado.com.br/site/resenha-evolucao-de-calpurnia-tate-jaqueline-kelly/
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Tamirez | @resenhandosonhos 06/09/2018

A Evolução de Calpúrnia Tate
Esse é um daqueles livros que pra você gostar dele, vai depender muito do que você espera de uma leitura.

É uma história leve e simples, sem nenhuma reviravolta mirabolante ou nada do tipo. É o dia a dia de uma garota que está descobrindo a natureza ao seu redor e que não está interessada nas convenções femininas da sociedade que sua mãe a impõe.

Mas, a cima de qualquer dessas coisas, ou da própria sinopse, esse é um livro sobre as maravilhas da descoberta. Ele é tão profundo nesse quesito, no quanto nos mostra como uma criança com a mente limpa pode enxergar bem mais longe e bem mais claro, diferente de tantos adultos. Calpúrnia, apesar de achar o livro de Darwin complexo, após estudá-lo detalhadamente, o compreendeu e acreditou no que ele representava, mesmo que muito do que nele dizia contrariasse os princípios religiosos.

Mas ela viu além e entendeu de forma técnica, mesmo em sua infância, como as teorias de Darwin podiam ser sensatas. Portanto, A Evolução de Calpúrnia Tate é exatamente o que o título nos diz, é acompanhar a evolução dessa garota que começa a enxergar a natureza de uma forma diferente e desvendar seus mistérios.

Eu confesso que a leitura a princípio foi difícil, mas porque eu estava vindo de leituras de fantasia e quando essa história simples e pura se apresentou na minha frente, fiquei com dificuldade de ler, por mais estranho que isso pareça. Porém aos poucos fui me apaixonando por Calpúrnia e admirando sua sede por conhecimento.

site: http://resenhandosonhos.com/resenha-a-evolucao-de-calpurnia-tate-jacqueline-kelly/
Dinny 06/09/2018minha estante
Adorei a resenha! Vou colocar ele na minha lista :)




julia 31/07/2019

Adorável.
Nesse livro temos o prazer de conhecer a história de Callie Vee, uma menina de onze anos que vive com sua família no interior do Texas. Entretanto, Callie não é como as outras meninas, seu amor (e curiosidade) pela ciência supera qualquer obstáculo à sua frente.

A relação que Calpúrnia desenvolve com o seu avô é de aquecer o coração. Juntos eles vão coletar muitas espécimes e desvendar os mistérios da natureza.

Uma história muito leve e gostosa para ler. Os personagens são bem construídos e a leitura é fluida, mas mesmo assim não chama a atenção de muitos leitores.
O desfecho é um pouco vazio, e infelizmente o segundo livro não foi publicado no Brasil.

Mesmo que eu não recomende muito (pois é uma história difícil de prender a atenção) continua sendo um livro incrível, adorável e curioso, e para melhorar, em uma edição maravilhosa.

Obrigada Callie Vee!!
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