A Torre Acima do Véu

A Torre Acima do Véu Roberta Spindler




Resenhas - A Torre Acima do Véu


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juliana 01/11/2014

Arrisque-se sob a névoa
Em A Torre, temos uma sociedade restringida a viver em mega-edifícios e arranha-céus (imagem prédios de 300/500 andares, sim amigos...), pois, acerca de 53 anos atrás (considerando a cronologia apresentada no livro), uma névoa misteriosa -e aparentemente letal- cobriu todo o planeta, forçando os sobreviventes a se refugiarem acima da névoa. Ao que se sabe, a névoa não apenas é letal, mas também ocasiona mutações, transformando as pessoas nos chamados sombras (criaturas macabras com força descomunal, feios que só o capeta, com veias azuladas, primos de segundo grau dos orcs, sobrinhos do predador).
Em condições de regresso tecnológico, escassez de alimentos, remédios e afins (pois não houve tempo para salvar tudo da névoa), essa sociedade, chamada Nova Superfície, vive sob liderança da chamada Torre, uma organização liderada por Emir.

O mundo não é mais dividido em países, mas sim em grandes blocos econômicos e maga-cidades. A trama irá se passar no território da mega-cidade Rio-Aires (pelo próprio nome já dá para ter noção da dimensão de território), tendo como principal personagem a jovem Receba (Beca). Uma saltadora que, junto com o irmão e o pai, efetua busca e entrega de mercadorias em troca de equipamentos (armas e outras tecnologias), cubos de luz (unidades de energia que podem sustentar, em termos de eletricidade, por um bom tempo) e outros recursos.

*interrompendo a programação*
Mas o que você quis dizer com "saltadora"?
A mutação causada por exposição à névoa nem sempre resulta nos sombras. Depois do aparecimento do véu misterioso, várias crianças nasceram com habilidades especiais (chamados ALTERADOS), podendo, por exemplo, teleportar-se ou até ter visões do futuro. Nesse caso, Beca é o que chama-se de saltadora, ela tem habilidades incríveis para se locomover dessa forma e isso ajuda bastante nas missões como entregadora.
*voltando a nossa programação normal*

Em uma das missões, a família de Beca se mete em confusão com a Torre e são intimados a executar um reconhecimento num Setor afastado e perigoso, local onde um grupo de mergulhadores (profissionais treinados pela Torre para descer sob a névoa e coletar informações relevantes) teria desaparecido, provavelmente cercado pelos sombras. A missão não apenas revela fatos assustadores para os envolvidos, mas também resulta em uma tragédia que, mais tarde, resultará na ida de Beca e uma equipe, eu diria, heterogênea, para além do véu. E aí, amigos, acompanharemos Beca na descoberta dos segredos mais [se você já seu o livro, insira aqui um adjetivo que represente a sua impressão, porque eu ainda não encontrei uma palavra que me represente, só posso dizer que fiquei LOUCA] por trás da névoa.
Terminei esse livro com um sentimento que... nossa!



O livro, apesar de não ser muito grande, contém muitas informações, sejam relacionadas à trama em si, ou ao universo criado pela autora, então recomendo fortemente que leiam A Torre com bastante atenção. A escrita da Roberta é fluida e ela descreve muito bem cenas de ação (e ação é o que NÃO FALTA no livro), é inevitável se envolver pela trama e sentir AQUELA adrenalina, fora a curiosidade em desvendar os segredos por trás da névoa.

Chamou muito minha atenção a parte política do cenário criado pela Roberta, com toda essa coisa de divisão do mundo em super Blocos, a organização em mega-cidades. Por sinal, o livro todo é recheado de expressões em espanhol (como el viejo, chica, 'carajo' LOL), parece algo simples, mas que expressa claramente a mistura das culturas dos países latinos com o passar dos anos.

A Torre representa a sociedade opressora e mimimi que tem em todas as distopias, MAAAAS... meus sentimentos em relação a essa organização e ao Emir foi bastante do que sinto em relação aos antagonistas das outras distopias que já li. Em nenhum momento consegui odiar A Torre ou Emir; apesar das decisões dele irem de encontro aos interesses de Beca (nossa heroína), quando penso no Emir ou na Torre, eu apenas penso no PESO do que é precisar ser responsável e ter que cuidar de milhares de pessoas. Não me refiro a altruísmo, mas no conflito em ter que tomar decisões difíceis, que machucam, pensando em um bem maior. Penso que a Roberta soube incutir muito bem esse conflito, essa carga da liderança de uma sociedade na figura do Emir.

Vale ressaltar que, no decorrer do livro, temos as Transmissões que a Torre executa (pela voz de Emir) para toda a Nova Superfície, sempre lembrando a história do surgimento dessa nova sociedade, os feitos ~~magníficos~~ da Torre em prol de todos, a repressão àqueles que não seguem as ordens da liderança e notícias importantes (como o Plantão da Globo). Mas uma coisa é sempre, SEMPRE DITA: Respeitem a Torre acima de tudo.

Sobre os demais personagens, eu gostei de todos, creio que todos tiveram sua devida participação na trama, não identifiquei ninguém solto ou desnecessário. As personalidades casaram bem para dar um toque de leveza e humor. A combinação da Beca-pavio-curto-ranzinza e do Rato-Galanteador-aparentemente-barato-mas-que-esconde-segredos-inimagináveis me renderam boas risadas e, LÓGICO, alguns suspiros. O toque de romance do livro foi bem equilibrado e verossímil, não destoando da tensão dos acontecimentos.

Em uma entrevista durante o programa Sem Censura, a Roberta comentou que é possível que ela escreva outras histórias ambientadas nesse universo da Torre (ROBERTA, AMIGA, EU QUERO UMA CONTINUAÇÃO, ISSO SIM /BRINKS) e eu realmente espero que ela faça isso!
No geral, o arco do livro é fechado, mas não nego que há uma deixa para continuação (ROBERTA MALVADA).

Muita coisa tem saído sobre o livro, mapas, as próprias transmissões e algumas ilustrações dos personagens, vocês podem conferir tudo diretamente no blog da Roberta \o/

Recomendo fortemente a leitura do livro! A Torre Acima do Véu é mais um exemplo de que temos uma excelente safra de autores nacionais e nós, leitores, façamos a nossa parte: leiam, surtem, apoiem, divulguem! Arrisquei-me sob a névoa e não me arrependi!!



site: http://nemtecontoblogg.blogspot.com.br/2014/09/a-torre-acima-do-veu-robertar-spindler.html
megumi 12/11/2014minha estante
Quero ler *-*


Nelle 14/11/2014minha estante
Fiquei com vontade de ler Juliana!




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@apilhadathay 08/10/2021minha estante
Amei tua resenha!




Ellen.Cruz 30/05/2023

Distopia nacional com reviravoltas e clichês
Esse livro foi mais do que eu esperava, pois até a metade não estava tão empolgada com o desenrolar da história. Mas conforme os porquês foram sendo explicados e cada personagem ganhou sua devida importância, o livro ficou mais interessante. Reviravoltas boas, alguns clichês clássicos de um livro adolescente e um final diferente do que eu esperava, porém com uma grande abertura para uma segunda parte. Mas acredito que não vai acontecer, pois já faz um tempo que foi lançado.
Eduardo 21/06/2023minha estante
esse livro vai ser reeditado pela Ed. Harper Collins, que é beeemmm maior que a Giz Editorial. Se a venda for boa pode ser que saia alguma sequencia.




Rafa 05/03/2021

me diverti muito com a historia, a escrita é fluída e o universo é bem construído, mas senti que algumas coisas eram muito convenientes para dar certo durante a historia
@apilhadathay 08/10/2021minha estante
Oi, Rafa! Vamos debater a obra no meu clube dia 30/10, a partir das 19h ;-) está convidada!




Álexx' 25/08/2020

Distopia nacional de qualidade!
Essa história me cativou por me levar a um lugar incomum, o véu e os mistério da névoa que cercavam a população sobrevivente na Nova Superfície, governada por uma liderança que vivia de uma forma privilegiada, e pessoas que moravam em lugares marginalizados, chamados de setores, buscando formas arriscadas para garantir sua sobrevivência.

Fiquei muito contente com a construção dos personagens, ainda que poucos, mas trouxeram uma carga à narrativa, que percebi como necessária uma vez que toda a realidade deles estava mergulhada nessa situação.

A Beca se mostra como a protagonista, mas não necessariamente aquela que rouba a cena e toma todo o cenário para si, mas divide de forma proporcional com os personagens da sua família, o Lion e Edu, pai e irmão adotivo, o Emir, o líder da Nova Superfície e o Rato, negociador, além dos personagens que aparecem ao longo da história que deixam sua marca.

De todas as expectativas que tinha desse livro desde que vi resenhas com booktubers falando sobre ele, não foram distantes do que me deparei lendo essa obra. A Roberta de forma inteligente e bem imaginativa criou um universo distópico de uma forma que não se aprofundou tanto, acredito pela proposta de ser um único livro, porém não deixou a desejar.

Recomendo a todos que querem se deleitar numa aventura cheia de mistério, desconfianças, amor verdadeiro, sobrevivência, personagens dramáticos e desfechos que não imaginamos.
@apilhadathay 08/10/2021minha estante
Adorei tua resenha :-)




Bruna 23/03/2020

Necessito de uma sequência
Em um mundo pós apocalíptica onde um névoa venenosa tomou conta da superfície terrestre, os sobreviventes foram obrigados a sobreviver nos megaedificios para que ficassem acima da névoa já que o contato com a névoa leva a morte ou os transforma nos chamados sombras.
A Torre acima do véu é uma distopia nascional, com uma proposta inovadora cheia de ação e aventura.
@apilhadathay 08/10/2021minha estante
Excelente ?? Amo! Inclusive, vamos debater a obra no meu clube dia 30/10, a partir das 19h ;-) Está convidada!




Rhebeca 12/01/2017

A premissa é impressionante. Uma distopia nacional onde a autora conseguiu criar um universo sólido. A protagonista é incrível. Porém senti alguns problemas na narrativa que poderiam ter sido arrumados na revisão. Já sobre a edição: está linda. A ilustracao e as cores da capa me deixaram apaixonada logo de cara, além do mapa da disposição das torres e ilustrações no decorrer do livro.
Janaina 06/11/2017minha estante
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Fernanda 26/09/2014

RESENHA DUPLA POSTADA NO BLOG GAROTA PAI D'ÉGUA!

Legenda - B(Bianne) e F(Fernanda)

B: A Torre Acima do Véu é o primeiro livro nacional do gênero distópico que leio. Ele já se inicia com um prólogo agoniante. Milhares de pessoas tentando entrar em uma megaedifício e salvar suas vidas. A Névoa já tomou conta do mundo, e a notícia de que as pessoas estão começando a morrer aumenta o desespero dos que ainda vivem.

F: Diferente da Biah, já li outros livros nacionais do gênero distópico (oi, Bell!), mas a trilogia Anômalos difere completamente da proposta de Roberta Spindler com A Torre Acima do Véu. Roberta nos apresenta uma sociedade relativamente pequena que é coordenada pela Torre. Todas as pessoas vivem nas partes mais altas dos megaedifícios, que é chamada de Nova Superfície, e algumas pessoas foram afetadas de forma ~benigna~ pela névoa. Nossa personagem principal é uma alterada, inclusive. Todas as informações relevantes serão dadas gradativamente no inicio do livro e a maior fonte do contexto histórico serão oferecidos através de transmissões, que inferem que a Torre é bem dominadora e que não aceita ser desafiada.

B: Achei muito interessante a autora contar um pouco mais sobre tudo que aconteceu no mundo depois do surgimento na névoa e sobre a situação atual da sociedade através das transmissões radiofônicas que a Torre faz para seus protegidos. Ao mesmo tempo em que no livro a Torre está mantendo o povo atualizado, nós leitores temos a chance de nos familiarizar mais com a situação do mundo, o que não deixa o livro pesado de informações consecutivas.
Os personagens também não são apresentados sem um propósito. Todos os personagens tem sua importância, seja para uma situação futura, ou para que alguma atitude ou palavra sua nos faça questionar a Torre ou questionar a nós mesmos por não questionar a Torre. Esta, na figura de Emir, tem um papel de antagonista, mas não consegui odiá-lo totalmente. Coloquei-me no lugar dele no papel de chefe, de ter que gerenciar o resto de tecnologia, suprimentos e medicamentos que foi possível resgatar depois do caos que o a névoa trouxe, e compreendi que nem sempre dá para aceitar e apoiar tudo. Mas, claro, em alguns momentos eu quis matá-lo.

F: Concordo com tudo que Bianne relatou a respeito de Emir. O seu papel de líder é imprescindível para a sobrevivência de toda a Nova Superfície e se ele fosse amiguinho de todo mundo as coisas não iriam funcionar. Gosto de distopias por causa dessa dualidade que, normalmente, elas oferecem e A Torre Acima do Véu não destoou nesse aspecto.
Agora sobre os personagens: a protagonista, Beca, é daquelas mocinhas badass que não leva desaforo para casa. Adoro o tipo! Leon, Edu, Rato e Emir são essenciais para o andamento dos conflitos (que serão muitos!), sobretudo Rato. Quando ele chegou todo tratante com seus cariños para Beca até me ajeitei no sofá para ficar mais confortável e panz. Porém, vou contar um segredo para vocês agora: nunca confiem na Roberta quando ela for autora da história que estás lendo. Ela é má.

B: Verdade! A autora quase me matou do coração algumas vezes. Quando eu pensava que as coisas estavam indo por um caminho, de repente eu me via dando um pulo de surpresa (isso aconteceu no ônibus uma vez, eu acho que até corei haha) e xingando mentalmente a autora pela reviravolta. Cara, aconteceu muita coisa que eu realmente não esperava, e isso só me fazia querer ler mais e mais rápido, e sem interrupções, para saber o que ia acontecer, quem ia sobreviver, quem se salvaria, quem não.

F: Sim. Muita agonia. Muita dor. Ainda mais quando sabes que distopias não costumam ter finais felizes. A história em si é de tirar o fôlego! Porque como se não bastasse todo o conflito político e social na trama, existem uns seres que costumam sequestrar o povo dos megaedifícios e levá-los para a névoa. Mas com que propósito? Hm. Eles são chamados de sombras e vão botar o terror na história.
Também há um diferencial interessante na narrativa que são: os termos em espanhol.
Vem comigo: a sociedade é futurista e lá na frente os limites dos países não existem mais. Agora eles são blocos econômicos e os limites se misturam. Por exemplo, a história se passa em Rio-Aires, portanto o idioma é misto. (Aprendi a xingar muito em espanhol, nhá!) É importante prestar bastante atenção aos detalhes, pois A Torre Acima do Véu é repleto de informações interessantes e muito relevantes, porém a autora não se prolonga muito. (Acho que ela estava ocupada demais pensando em como tirar mais sangue dos personagens.) Como um livro pequeno pode ser tão denso?!

B: E o final? O final é tipo assim: manhê, quero mais!! A Roberta conseguiu fechar a trama de Beca em um final bem amarrado, mas o que descobrimos um pouco antes do final deixa brechas para a escrita de outro livro. E que descoberta! Fiquei de queixo caído por alguns instantes! Tipo, que engenhoso! Quem já leu pôde sentir a ânsia que um novo livro no mesmo universo traz. Roberta, por favor, por favorzinho? Um livro, um conto que seja?

F: Cheguei a conclusão que a força vital de Roberta é alimentada pela ansiedade de seus leitores. Só isso explica um final como o de A Torre Acima do Véu (e de Contos de Meigan!) Mas, apesar dos pesares, o livro fecha um ciclo. Com uma narrativa fácil e rápida, A Torre Acima do Véu é uma história interessante sobre um mundo diferente que é visto do alto. Não é minha intenção dar brecha para spoiler, mas devo avisá-los que os problemas que vão surgir são, literalmente, de tirar o fôlego.

Portanto, arrisque-se sob a névoa e venha descobrir os segredos do véu!


site: http://www.garotapaidegua.com.br/2014/09/ResenhaDupla-ATorreAcimaDoVeu.html#.VCWoT2ddWHM
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Anny128 07/10/2014

Apesar de todas as histórias criadas dentro deste universo, sempre há espaço para a criação de um mundo distópico. E é nessa categoria que A torre acima do véu está inserida.

Somos apresentados à humanidade devastada, após o surgimento de uma misteriosa névoa que cobriu a atmosfera. Esse fenômeno inexplicável transforma os humanos em criaturas selvagens, incrivelmente fortes e perigosas. Para poder sobreviver, as pessoas restantes têm que se alojar no topo dos prédios mais altos. Um poder central instaura-se: a Torre, que detém grande parte do restante da avançada tecnologia outrora acessível a todos. Aqueles que não se submetem a ela vivem (ou tentam sobreviver) em periferias, sem assistência.
O livro gira em torno de Beca, uma adolescente de dezesseis anos. Após o contato com a névoa, ao contrário da maioria, ela adquiriu poderes que a fazem se locomover com mais agilidade, sendo então chamada de saltadora. No decorrer da história, somos apresentados a outras espécies de super heróis: temos oráculos, teleportadores, entre outros.

A garota, seu pai Lion e seu irmão Edu vivem da busca de encomendas do mundo sub-névoa, a quem pode pagar o preço. Tudo ia razoavelmente bem até Edu penetrar no desconhecido; assim, forma-se uma força-tarefa na tentativa de buscá-lo com vida, e é esse o conflito maior do livro.

A história é muito bem escrita. Roberta Spindler possui grande domínio da linguagem e do enredo que cria. O prólogo é instigante; o desenvolvimento da obra é bom, as ideias fazem sentido e não há pontas soltas.

Porém tudo é politicamente correto demais. O transcorrer ocorre em linha contínua, sem saltos, não dando chance ao leitor para grandes surpresas ou emoções. Temos uma boa ideia, porém desenvolvida dentro do facilmente esperado.

Ao término da leitura, fiquei com a sensação de vazio, querendo que a história tivesse me concedido mais do que conseguiu fazer. O desfecho sugere uma continuidade; gostaria de poder ver em um possível segundo livro um desenvolvimento mais profundo e mais envolvente do que vi no volume atual.

site: http://www.leioeu.com.br/2014/09/a-torre-acima-do-veu.html
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Lids 16/11/2014

A Torre Acima do Véu (Roberta Spindler)
Roberta Spindler também é coautora da série de fantasia Contos de Meigan, uma que eu gostei muito, muito, e fiquei orgulhosa de ser conterrânea das autoras. Assim, com essa expectativa de já ter lido algo dela, comecei a ler seu novo romance, A Torre Acima do Véu.

O livro começa com uma transmissão feita de Torre, em que o Presidente Emir explica toda a história de como surgiram os megaedificios, que todos deveriam ser gratos ao pai dele por ter vindo com essa ideia para ajudar a todos a sobreviver. Esse discurso de que a Torre é a salvação da humanidade e que o pai dele era o melhor homem do mundo e que foi a melhor coisa que aconteceu a eles é uma tentativa da autora de fazer uma crítica de como os meios de comunicação como essa, podem servir como forma de propaganda do governo para manter o povo leal e domado, apesar de que nem todos vivem com o mesmo conforme e tem condições de ao menos se alimentar 3 vezes ao dia e roupas limpas e essas coisas. Eu particularmente, achei que foi pouco explorado, essa reflexão crítica está muito na minha cabeça, não existem cenas em que por exemplo no bar um cidadão comum começa a brigar com outro por causa dessa desigualdade social, também houveram poucos personagens mencionando ou reproduzindo esse fala de gratidão incondicional ao Emir. Acho que poderia haver mais e como um bom romance que muitas vezes é descrito como distopia, eu esperava ver mais insatisfação do povo, das pessoas comuns, mesmo que levemente, senti falta disso.

Outra coisa, foi que a primeira transmissão contando um pouco a história da névoa pra mim foi desnecessária, eu preferiria saber a história da névoa por meio do diálogo dos personagens, não por um meio tão mecânico assim, perdemos um diálogo que poderia até já conter algum ponto de vista diferente do que aconteceu e discussões sobre isso, acho que enriqueceria mais esse debate. Na verdade, eu esperava outra coisa dessas transmissões, esperava e preferiria que fosse mais parecido com a história em quadrinho True Lives of the Fabulous Killjoys (Gerard Way, Shaun Simon, Becky Cloonan), em que a comunicação é utilizada mais como uma atualização para os sobreviventes sobre o que está acontecendo, quem está no hospital ou precisando de ajuda, ou que lugares devem ser evitados por terem percebido a presença de sombras, mais como um diário de sobrevivência e ainda podia incluir essa propaganda do governo no meio, sempre dizendo que eles estão abrigando os necessitados e cuidando das pessoas, mais por isso que achei essa primeira transmissão um recurso de narrativa desnecessário. Mas as outras transmissões seguem mais essa perspectiva que eu tava esperando então :D

Antes de começar a falar dos personagens, tenho mais uma observação a fazer sobre o roteiro da história: tem algumas situações que acontecem que não sinto que exista uma verdadeira ameaça, perigo ou que eu apenas consigo ver uma saída mais fácil para o conflito Por exemplo, tem uma cena em que a Beca consegue recuperar o cubo de luz e o pai dela fica nesse impasse entre dar o cubo pro Emir ou em ficar com ele, mas na verdade, eu não acho que eles tenham muita escolha nesse assunto. Quer dizer, ele realmente irritaria a pessoa mais poderosa da cidade para ficar com uma coisa que ele nem sabe direito o que fazer com ela? Mesmo que essa coisa valha muito no mercado deles, não seria muito melhor ter o Emir como aliado do que roupas novas? Talvez eu esteja sendo leviana aqui, mas se eles são tão pró Torre ou pelo menos neutros, eles não precisam sequer pensar duas vezes antes de devolver algo tão valioso quanto o cubo pro Emir, sinceramente. Outra situação, é spoiler então, se você já leu o livro e está curioso, pode ler no meu blog qual é a situação rs

E, cara, tem mais um coisinha sobre o roteiro, que pode até ser só eu sendo chata. Mas a Beca vai negociar com o Emir pra conseguir remédios para um grupo de pessoas que vivem fora da Zona da Torre. É um grupo que se recusa a ser liderado por eles por não acreditar em sua maneira de governar, visto que o líder deles, o Falcão, teve um desacordo com o pai de Emir antes, e assim, vivem dos negócios que fazem com gente como Beca e sua família. Quando a menina vê a lista de objetos que esse grupo precisa ela fica surpresa de ver tantos remédios e tal, mas tudo bem, né, ela vai até o Emir e ele diz que "só poderá dar a metade pra esse pessoal, só porque ele é bonzinho" (tipo isso, to parafraseando legal rs). Quando ela e o pai vão dar a notícia pra eles, descobrem que os remédios eram pra curar uma mãe e uma criança recém nascida que estão doentes e que a quantidade de remédios que a Beca conseguiu só dá para uma pessoa, ou seja, eles têm que escolher entre a mãe e a criança. Quer dizer que no início a Beca tava falando "nossa, quanto remédio, o que eles querem? Abrir uma farmácia?" E agora, o remédio não dá nem pra 2 pessoas... Pode dizer, sou só eu sendo chata etc, mas achei incoerente.

OK, agora a parte boa, os personagens! Olha, eu amei todos os personagens, estão todos bem motivados, eles sabem quem são e o que estão fazendo lá. A Beca monta um time incrível pra participar de uma missão com ela, que é inacreditável, é impossível não se envolver e não simpatizar com aquelas pessoas. A Bug, que é um jovem que tem a habilidade especial de teletransporte (sim, as pessoas que foram afetadas pela névoa e não morreram podem ter algumas habilidades especiais, como serem corredoras, saldadores ou teletransporte), é muito carismática e imprevisível, a lealdade que ela estabelece com a nossa heroína é genuína, e tem uma cena que a gente percebe que elas sentem uma admiração uma pela outra, elas poderiam ser tipo muito amigas que tudo der certo.

O Rato é um personagem que no início você pensa "é só mais um babaca", mas não, não é assim. Ele nos surpreende de uma forma inacreditável, parece que quanto mais você o conhece, mais você entende porque ele faz o que faz e quem ele é de verdade, quais os verdadeiros interesses dele e o que realmente importa pra ele. Eu o amei como um personagem e parece que ele no começo e ele no final são tipo duas pessoas diferentes, e eu amo muito isso.

E assim, não vou mentir para vocês: pessoas morrem. Parece que tem essa nova febre no mundo literário em que se você não mata personagens, o livro não é bom. Eu discordo. Por isso, quando quero mortes, quero elas bem justificadas, do tipo "ei, não tinha outra saída!" e tal. E realmente, a morte de algumas pessoas foi bem justa e honesta e eu pensei "ah, não, vou sentir falta desse personagem!" e "ah, mas esse aqui era tão legal, tinha tanto futuro". Apesar de eu achar que alguns personagens morreram em vão, sim, a autora não deu brechas para outras saídas, parece que ela os criou para morrer mesmo rs, então fica aqui um Rest In Peace pra eles, esses lindos :(

Resumindo, eu gostei muito do livro. E de novo, que universo! Não sei quanto tempo ela levou pra escrever todo o livro e pensar em todos esses detalhes, mas tá de parabéns! Eu espero mais revolta e mais "distopia" nos próximos livros da série, quero debates mais interessantes e mais revolta. Pelo visto a Beca já tá começando a escolher um lado nessa história e quero ver de que forma ela vai se posicionar :)

Só tenho aquelas questões com o roteiro, porque acho que precisa mais consistência e mais perigo real, como as cenas com os sombras que eu achei fantásticas e, sim, perigosas e obviamente letais! Acho que a Roberta manda muito bem quando o perigo são monstros e ainda não descobriu muito bem como ela vai fazer as decisões de um líder politico parecer uma real ameça aos personagens. Só uma observação: no finalzinho do livro ela quase chega ao ponto que eu to esperando! Fiquei ansiosa, quero ver mais disso no próximo!

site: https://screamyourlies.wordpress.com/2014/11/16/a-torre-acima-do-veu-roberta-spindler/
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PorEssasPáginas 03/12/2014

A Cuca Recomenda: A Torre Acima do Véu - Por Essas Páginas
Hoje a Cuca vem acompanhada de uma Cuquete nessa resenha. A Torre Acima do Véu, da Giz Editorial, foi lançado durante a Bienal do Livro de São Paulo desse ano e é claro que nós fomos lá no estande conferir, adquirir e tietar a queridíssima Roberta Spindler. A Cuca aqui já conhecia o trabalho dela desde Contos de Meigan e já tinha lido também o conto que originou o livro: A Torre Árabe. Portanto, sabendo do talento da Roberta, indiquei o livro para todas as meninas aqui no blog, mas só uma delas conseguiu ler em meio à super pilha, então essa resenha vem acompanhada da opinião da Drik@. Ah, e as minhas opiniões estarão em verde. ‘Bora pra uma resenha dupla?

Estava super empolgada quando comecei minha leitura de A Torre Acima do Véu, durante a Maratona Brasuca. O livro é uma distopia que fala sobre o que aconteceu com a humanidade após uma névoa misteriosa invadir o mundo e dizimar grande parte da população, transformando uma outra parte em seres sinistros chamados de sombras, que costumam raptar as pessoas, criando um clima tenso e de pavor no restante da civilização. Os sobreviventes abrigaram-se no topo de megaedifícios, acima do véu. Além disso, alguns humanos adquiram habilidades especiais devido à exposição à névoa, e Beca, a protagonista, é um desses humanos especiais; ela é uma saltadora, ou seja, tem uma facilidade acima da média para realizar grandes saltos, o que é bem útil no seu trabalho: resgate de recursos nos andares inferiores, saltando de prédios em prédios.

Gostei muito de toda essa ideia do véu e dos megaedifícios, um tipo de distopia bastante original, que ainda não tinha se visto por aí nesse mar de livros do gênero. (Quando vi a capa fiquei encanada de que fosse algo do tipo “Divergente”. Pra quem leu ou assistiu o filme vai entender o que estou dizendo. Mas não, foi bem diferente mesmo!) Já tinha gostado muito da ideia quando li o conto que originou o livro, e os primeiros capítulos são quase uma transcrição fiel desse texto. Para mim, que já tinha lido o conto antes, isso foi um pouco frustrante e diminuiu o ritmo da leitura, simplesmente pelo fato de que eu já tinha lido tudo aquilo antes, mas sei muito bem que é uma parte importante da história e que deve ser contada para os leitores que não tiveram esse contato prévio com o texto. (Realmente, como não li o conto eu precisava de todas as informações.)

A narração em terceira pessoa é intercalada com transmissões da Torre, que demonstram como o lugar tem uma influência nem sempre benigna na megacidade de Rio-Aires, por seu poder e por controlar a maioria dos suprimentos. O livro segue num clima tenso, de suspense e ação, enquanto Beca e sua família ficam na mira da Torre por causa de uma negociação que deu errado. Há ainda a desconfiança a respeito de Rato, um informante que guarda muitos outros segredos; esse foi um personagem cheio de potencial, o que mais me interessou, mas em algum ponto ele acabou se perdendo um pouco no livro. Já com Beca, a protagonista, não consegui criar nenhuma ligação, talvez pelo fato de que ela seja bastante arrogante, pretensiosa e seja descrita em grande parte do tempo como uma personagem praticamente sem falhas, quase perfeita, e que faz tudo do jeito certo. Isso me desagradou e atrapalhou bastante a minha leitura; apesar da ação e da trama transcorrer de maneira instigante, os personagens não me cativaram, o que fez com que eu não criasse conexões reais com eles durante o livro e não me importasse tanto quando deveria com seus destinos.

Não tive estes problemas de identificação não. Até porque não achei que Beca fosse perfeitinha demais, pelo menos não por trás da fachada dela. Fiquei com a impressão que a ideia era mesmo passar a fachada de durona e arrogante como defesa, mas que no fundo ela é apenas uma garota que teve que, literalmente, lutar por sua vida desde muito pequena e isso fez com que erguesse barreiras. Mas o personagem Rato poderia mesmo ser mais explorado. Senti falta de mais informações e mais foco nele.

Há algumas incoerências durante o texto e coisas mal explicadas que me pareceram pressa na hora de escrever o livro e, principalmente, uma falha da edição da Giz. Foram fatos, às vezes simples, que poderiam ter sido apanhados em uma edição um pouco mais crítica, mas que perturbam durante a leitura mais atenta. Por outro lado, não encontrei erros de revisão e a ambientação foi ótima, o leitor realmente se insere naquele cenário, uma humanidade destruída por uma catástrofe, a reunião de culturas brasileiras e argentinas, devido à ligação clara entre Rio de Janeiro e Buenos Aires na megacidade Rio-Aires. Também gostei bastante da capa, que deu o tom certo ao livro e tem tudo a ver com a história.

Bom, não posso falar com tanta propriedade quanto minha amiga escritora sobre pressa na hora de escrever ou falha de edição, mas também senti que algumas coisas foram mal explicadas ou mal amarradas. Isso me causou uma certa frustração. Sou curiosa demais e fico questionando as coisas! Mas a ambientação realmente me levou pra dentro deste mundo distópico da autora. Posso dizer que quando leio “viajo”, e neste caso até pude imaginar cheiros e texturas. As descrições são boas assim!

O livro termina com um certo gosto amargo e com várias assuntos pendentes, pedindo e, mais ainda, indicando que um segundo volume deve chegar por aí, ou até mais. Fiquei um pouco decepcionada, pois esperava um romance único, já que não houve nenhuma indicação, nem no livro, nem no marketing, nem ao menos no Skoob, de que essa seja uma série. Isso sempre me deixa frustrada porque gosto de saber quando estou iniciando uma. Digo o mesmo! Quero saber quando avaliar o final de um livro ou esperar pelo próximo. Quanto ao final meio amargo, eu gosto. A única coisa é que neste caso você fica mesmo na dúvida se vem uma continuação. Mesmo assim, se você curte distopias e uma trama recheada de ação, vale a pena arriscar-se sob o véu e tirar suas próprias conclusões.

Mesmo com os detalhes mal amarrados e a dúvida em relação ao final (se será ou não uma série), foi um livro que me prendeu bastante e que curti muito a leitura. Achei as partes de ação bastante dinâmicas me fazendo querer continuar e continuar até acabar! Acho mesmo que vale a pena conhecer o que há acima… e abaixo do véu também!

site: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-a-torre-acima-do-veu
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Leitor Sagaz 20/02/2015

Uma distopia alucinante!
Resenha postada no blog Leitor Sagaz

Recebi este livro em parceria com a editora Giz Editorial, devo dizer que para os fãs de distopias a Roberta Spindler entregou um presentão, cheio de ação e mistérios um mundo onde a luta diária é pela sobrevivência.

Tudo começa em um futuro distante onde a humanidade possui uma capacidade tecnológica mais avançada, as pessoas vivem em mega edifícios e tudo seguia bem seu curso até que, do nada surge uma névoa espessa e venenosa. Essa névoa acaba com boa parte da humanidade e os sobreviventes tiveram que se refugiar no alto deste megas edifícios, por sobre a névoa assassina.
Neste mundo "novo" A Torre coordena as ações, guarda a tecnologia e tenta assegurar a vida de todos os cidadãos. Como de costume, mesmo na atual situação, a humanidade se divide em grupos e setores, os mais ricos ou menos pobres por assim dizer ficam de um lado, as gangues de outro e a vida segue seu curso.

Beca, seu irmão Edu e seu pai Lion trabalham como entregadores, as pessoas solicitam algo e eles tentam coletar nas partes mais baixas dos prédios, isso é uma missão sempre muito arriscada, entendam o porquê:

Os animais sobreviventes se tornaram mutantes, matilhas de cães povoam os andares inferiores. Pássaros mutantes também alertam sobre a presença de humanos, mas o pior são "Os Sombras" espécies de seres que um dia já foram humanos, hoje eles são monstros com enorme força. você com certeza não vai querer encontrar um deles na sua frente.

Os humanos na parte superior também acabaram passando por mutações genéticas, alguns são muito fortes, outros são saltadores e tem o dom do equilíbrio (Beca) e outros até mesmo podem se teleportar.

Agora que vocês já entenderam o conceito da coisa, vamos ao que realmente dá o gatilho para a história, primeiro em uma missão para conseguir um cubo de energia, Beca e sua família são passados para trás por um teleportador, o filho da mãe consegue roubar o item deles e isso os deixa em maus lençóis com A Torre. Mas Lion tem um grande prestígio com o líder, Emir, pois Lion já havia sido um mergulhador (aqueles que descem a surpeficie para buscar provisões) e assim consegue contornar a situação.

O problema é na missão seguinte onde Beca e seu irmão Edu encontram alguns sombras arrastando mergulhadores capturados, eles resolvem intervir e nessa luta Edu acaba caindo no véu. É então que começamos a tarefa de descer para a superfície e resgatar Edu.

A ação proposta é muito instigante, o ritmo do livro nos faz lê-lo quase que de uma vez só! Nesse ponto a Roberta acertou em cheio. Algo interessante é que a língua falada pelos habitantes é uma mistura de português com espanhol e o mais legal disso são os palavrões, achei uma sacada bem inteligente.

Temos mais alguns personagens relevantes para a história e no decorrer da leitura vocês vão acabar se afeiçoando a eles, temos o Rato um hacker e informante com senso de humor bem peculiar, temos também a Bug uma teleportadora bem louca e que não tem medo de nada!

Todo o contexto é muito empolgante, não encontrei erros de português, a edição ficou muito boa também. O tamanho da fonte me agradou, o papel amarelado é o de minha preferência.

O final do livro nos deixa com aquele gosto de quero mais, e então fui logo perguntar para a Roberta se ela pretendia fazer um vol.2 e ela me disse que pretende sim, então já estou ansioso pelo próximo livro.

A avaliação foi de 4 estrelas só por uma questão de gosto pessoal, o livro é muito bom mas faltou algo para se tornar excelente. Mas com toda a certeza é um livro que eu recomendo, podem comprar e lê-lo sem medo de ser feliz!

Abraço,
Diego de França

site: http://www.leitorsagaz.com.br/2015/02/resenha-torre-acima-do-veu-roberta.html
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Danielle 18/04/2015

Muito bom
Vejo muitos blogueiros fazerem elogios a este livro, e pela sinopse me interessei bastante, algo mais próximo que já li foi O nevoeiro do Stephen King, mas eles só têm em comum mesmo a névoa.

O livro é narrado em terceira pessoa, focando a protagonista Beca, onde em um futuro pós-apocalíptico o mundo foi devastado por uma névoa venenosa, que transformou os seres humanos que ficaram nela em seres assustadores e cães mais assustadores ainda.

As pessoas que conseguiram fugir para os arranhas-céus que ficavam acima da névoa se salvaram e passaram a se adaptar a nova condição. Sendo que a névoa não foi embora e 53 anos se passaram, e é nesse momento que o livro é narrado. As pessoas sofreram mutações conforme o tempo, alguns nasceram com habilidade de se teletransportar, outros de saltar com muita habilidade em grandes distâncias (entre prédios), outros possuem o poder de prever o futuro, etc.

A protagonista Beta é uma saltadora, que vive na megacidade Rio-Aires, que é controlada por uma Torre que tem um líder e dita as regras. Beta, seu pai e seu irmão trabalham procurando objetos nos andares superiores e também próximos à névoa, para troca ou aceitando encomendas de outros grupos e da Torre, e nessas excursões eles passam por muitos perigos, tendo que enfrentar algumas vezes os sombras e seus cachorros assustadores. Em uma dessas excursões irá acontecer algo que vai desencadear todo enredo da trama e vou ter que parar por aqui e começar a falar das minhas impressões.

Logo que o leitor começa a ler é apresentado ao momento que a névoa chega, e esse prólogo foi sensacional, bem assustador, mas logo depois o leitor vai para o futuro, onde se passaram 53 anos, e será apresentado para um mundo novo e nesse ponto ficou muita informação para eu absorver, o que deixou a leitura em um ritmo mais lento.

A trama no todo foi muito boa, mas uma coisa que me incomodou em toda a leitura foi essa passagem de tempo muito longa, que acabou me fazendo questionar se muitas coisas que estavam acontecendo seriam possíveis, no quesito sobrevivência e tecnologia, se tivesse uma passagem bem curta de tempo talvez eu não questionasse esses pontos, por esse motivo eu não dei 5 estrelas para o livro.

Descobri que o livro será uma trilogia e a autora está trabalhando na sua sequência, o que me deixou muito animada, pois o final apesar de ter sido fechado, deixou a entender que ainda tinha muita história para contar e que nós leitores precisamos saber.

Recomendo a leitura para quem gosta de livros de livros com pegada futurística.

site: www.ciadoleitor.blogspot.com.br
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Carla 23/04/2015

Adorei!
Super original! Difícil não se interessar pela história de Beca e não mergulhar nos mistérios junto com ela. Adorei o anti-herói da trama, o Rato. Quem disse que mocinho precisa ser sempre perfeito? Um livro bem escrito, uma história boa e uma trama envolvente... Precisa de mais? Parabéns Roberta!
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