Willow

Willow Julia Hoban




Resenhas - Willow


67 encontrados | exibindo 61 a 67
1 | 2 | 3 | 4 | 5


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Coisas de Mineira 30/01/2018

"Willow vê-la antes que qualquer um dos outros. Um esqueleto ambulante, a vítima de alguma doença debilitante terrível, como algo saído dos livros de história, um sobrevivente do campo de morte. É preciso Willow um momento para perceber que a menina não é nenhuma dessas coisas. Ela é só uma menina, uma menina como Willow, que escolheu para infligir dor terrível em si mesma. Apenas arma desta menina não é uma navalha, é fome. "



Drama é um dos gêneros literários mais marcante para mim, principalmente quando ele aborda problemas complicados na adolescência, e o autor tem a sensibilidade de mostrar o quanto uma doença pode ser devastadora, e que precisamos ter forças para enfrentá-la da melhor maneira possível.

Willon é um livro cheio de dor e culpa, é um texto forte abordando o drama de uma jovem que há sete meses perdeu os pais em um acidente de carro e não consegue se perdoar, pois ela era a motorista que perdeu o controle do carro. Mesmo não tendo culpa sua vida passou de feliz na casa de seus pais, e com vários amigos, para um dia de cada vez, regado a muita tristeza e solidão na casa de seu irmão mais velho, que mal conversa com ela, perdida na dor e no mundo sombrio que ela criou em sua própria cabeça .



Para ajudar com as despesas Willow começa a trabalhar na biblioteca e lá ela conhece Guy um menino de dezesseis anos, brilhante, que vê nela um possível algo mais e o que ela tão fortemente esta tentando esconder e através desse segredo que Guy usa para se aproximar de Willow que tem pavor de fazer novos amigos e tirar ela dessa solidão é luta constante contra um problema que tem toda a possibilidade de mata-la.

Como eu disse no início da resenha, Drama é um gênero muito marcante, principalmente quando é bem abordado e desenvolvido, em Willow aconteceu exatamente isso, a autora tinha uma boa ideia nas mãos e bons personagens com que trabalhar, tudo se encaixava.



Então eu não sei por que eu terminei o livro achando que faltava algo, para que a história fosse mais realista e tivesse mais emoção.

Fiquei quase três dias analisando o que faltou e até não quis ler mais nada, para não atrapalhar na minha resenha sobre o livro, e consegui(acho) ser o mais fiel possível aos sentimentos que tive no decorrer da leitura, e foram muitos, da piedade ao carinho, e a aceitação de que cada pessoa lida com sua dor da maneira que pode. Ah raiva da personagem por não ser mais forte, não procurar ajuda, e por ultimo aceitação de novo que nem todo mundo consegui ter voz para pedi socorro e que nem sempre conseguimos ver o desespero e dor de um parente querido, mesmo vivendo tão perto dele.

Porem achei que a ideia da autora em colocar uma pessoa tão jovem como o salvador de outro alguém, acabou fazendo com que esse personagem ficasse forçado e até um pouco chato no decorrer da leitura, principalmente porque a autora mostrou sua imaturidade por conta da tenra idade em diversas cenas, porém isso não tirou o encanto, nem fez com que o livro se tornasse uma leitura sofrida ou chata, só tirou um pouco do brilho que ele teria caso o personagem acima citado fosse tivesse um pouco mais de maturidade.

Por: Leh Pimenta
Site: http://www.coisasdemineira.com/2015/10/livro-willow-julia-hoban.html
comentários(0)comente



Rose 21/05/2018

Willow era uma adolescente como outra qualquer de sua idade, pelo menos até ser a responsável pelo acidente automobilístico que matou os próprios pais. O acidente já tem sete meses, mais de lá para cá tudo mudou. Agora Willow vive com o irmão David (um professor universitário), sua esposa Cathy e a filha do casal. Trabalha em uma biblioteca para ajudar com as despesas e está em uma nova escola.
Seus dias são imersos em dor e culpa, que a levam não só a se afastar de todos, como do próprio irmão. Ela tenta manter uma rotina saudável, mas de saudável não tem nada. Ela se esconde atrás de uma fachada, que é cheia de rachaduras. Cada vez que uma destas rachaduras se abre, ela acaba se cortando.
Para Willow, a automutilação foi um modo que ela achou de não sentir mais nada além de dor. Ela não acha que pode sentir alguma outra coisa. Ela nem se dá o direito de chorar pela perda dos pais. Sua culpa é tanta que para ela, todos a veem como uma assassina. Para ela, até o irmão a detesta.
O livro é narrado pela Willow, então estes sentimentos são claramente vistos ao longo dos capítulos, assim como o leitor acaba se questionando até que ponto estas visões são verdadeiras ou ilusões criadas pela culpa que ela carrega.
O mundo que Willow criou para si, acaba sofrendo um abalo quando ela conhece Guy. Sem querer, Guy acaba descobrindo o segredo de Willow, e apesar da vontade de contar toda a verdade para o irmão dela, acaba guardando para si o segredo da moça. Mesmo assim, ele deixa claro que não concorda com o fato, e que não iria facilitar a vida dela, aceitando sua automutilação sem nada fazer.
E mesmo sem querer, Willow acaba se aproximando de Guy e se abrindo para ele. Guy também conta seus medos e anseios para Willow, e os dois acabam desenvolvendo uma amizade que com o tempo evolui para algo mais.
O problema é que Willow sabe que não está pronta para um relacionamento. Ela precisa antes de tudo resolver questões que nem ela mesmo consegue entender. Para ter algo com Guy ela precisa aceitar a própria culpa e conviver de forma racional com a perda. Uma missão que parece cada vez mais difícil, mas que desta vez ela começa entender que não está sozinha.
Este talvez seja um ponto crucial e que me chamou muito atenção neste livro. Willow está claramente doente emocionalmente, ela mesma sabe que não está em seu estado normal, que o que faz a si mesmo é errado, mas não toma iniciativa para mudar o fato.
Willow é daquelas pessoas que apesar de saberem de seus problemas, não pedem ajuda, e acabam se afundando cada vez mais dentro de si mesmo, até o ponto de não conseguirem mais voltar.
Apesar do assunto sério e do enredo poder ser real, eu não consegui me conectar com a história. Achei que mesmo sendo um drama desde o início, faltou um pouco de emoção. Mesmo as cenas em que Willow se corta, eu não sentia emoção. Eu via a dor dela, o sentimento de culpa, mas não conseguia me emocionar com isso. E este fato acabou atrapalhando minha leitura, que ficou um pouco arrastada. De qualquer forma, é um livro que acho muito importante a leitura, até pelo alerta que o enredo trás.
Cada um sofre de um jeito, e não há jeito certo de se sofrer, mas claramente, negar-se este sentimento é um passo para se afundar em si mesmo. E foi isso que acabou acontecendo com Willow.
Eu realmente esperava mais em termos de emoção deste livro, mas não tem como não ficar tocado diante dos problemas levantados pelo enredo.

site: http://fabricadosconvites.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Laura 09/07/2021

Ótima escrita e com uma história que prende
Apesar de ser uma otima história, não recomendo pra todos pois tem muitos gatilhos emocionais mas isso não tira a riqueza da história e do romance da protagonista.
comentários(0)comente



Su 23/07/2018

Li esse livro já faz algum tempo. Escolhi lê-lo devido a indicação de algumas pessoas. Willow trata sobre um tema muito delicado, a automutilação.
Willow não consegue deixar de olhar a garota ruiva durante a aula. Porém, ela não a observa pelos motivos óbvios, e sim, pelo corte em um dos seus braços que vai do cotovelo até o pulso. O mais óbvio seria pensar que foi um acidente, um machucado completamente normal. Ainda assim, a dúvida se infiltra em sua mente. Será?
A menina percebe que está sendo observada por Willow e é inevitável os sussurros que se seguem. Tudo o que Willow consegue pensar é que estão comentado sobre o fato de ela ter sido responsável pela morte de seus pais. Assim que pode sair da sala de aula, ela se dirige para o banheiro visando fazer a única coisa que lhe traz alivio, se cortar.
Após o acidente que ocasionou a morte de seus pais, Willow está sob a responsabilidade de seu irmão mais velho, David. Como professor universitário, ele consegue arrumar um emprego para Willow na biblioteca da Universidade onde trabalha. Durante um dos seus turnos, sua supervisora pede que ela acompanhe um rapaz até o depósito para que ele possa pegar sua identidade esquecida lá. Guy reconhece seu sobrenome, pois já teve aulas com o seu irmão. Ele está fazendo matérias eletivas na faculdade, contudo ainda não é um universitário. Por mais que Willow não quisesse, de forma alguma, ser simpática com ele, ou com qualquer um, não pode deixar de se ver envolta em uma conversa sobre um dos livros favoritos do seu pai, Tristes Trópicos.
Esse livro me fez refletir sobre muitas coisas. A principal delas é que não sabemos, realmente, o que leva as pessoas a fazerem certas coisas, principalmente após um trauma. Além disso, me fez ver que é nos piores momentos, quando queremos fugir de tudo e de todos, que precisamos permitir que as pessoas nos ajudem. É muito fácil criar ideias errôneas sobre a forma como os outros nos veem. Acima de tudo, não podemos julgar o que não conhecemos, precisamos, sim, oferecer sincero apoio emocional.

“E então, justamente quando pensava que não tinha controle sobre o que aconteceria, eu percebi duas coisas: primeiro que a dor emocional estava desaparecendo, não ia me consumir, e segundo que eu estava pegando a chave de fenda, e estava literalmente me atacando, e que a dor física que eu estava produzindo era melhor do que qualquer um dos sedativos que me deram no hospital. Simplesmente estava conseguindo que tudo mais desaparecesse. Essa dor, essa dor física corria em minhas veias como se fosse heroína e eu fiquei paralisada, imune a outras coisas.
(…)
Eu me ensinei, eu me treinei para não sentir nada além da dor física. Tenho um controle absoluto sobre isto. Você entende? Você entende o que isto significa?”
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 27/03/2019

Sete meses atrás, em uma noite chuvosa de março, os pais de Willow acabaram bebendo muito durante o jantar e pediram a ela que guiasse o carro até em casa. Por uma fatalidade, Willow perdeu o controle do veículo e seus pais morreram no acidente. Consumida pela culpa, Willow deixa para trás sua casa, amigos e escola e, enquanto tenta retomar a relação de afeto e companheirismo com o irmão mais velho, secretamente bloqueia a dor da perda cortando a si mesma. Mas quando Willow encontra Guy, um rapaz tão sensível e complexo quanto ela, mudanças intensas começam a acontecer, virando seu mundo de cabeça para baixo. Contado de modo cativante e doce, Willow é um romance inesquecível sobre a luta de uma jovem para lidar com a tragédia familiar e com o medo de se deixar viver uma linda história de amor e cumplicidade.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788544100813
comentários(0)comente



Aninha | @pactoliterario 18/05/2019

Willow é um livro com um tema não muito abordado em livros, mas que acontece com muitas pessoas hoje em dia, que é a automutilação.

Willow tem 16 anos e perdeu seus pais recentemente em um acidente, mas o problema é que ela se culpa por isso. Enquanto eles estavam bêbados, pediram a sua filha de 16 anos com apenas uma carteira provisória para dirigir para eles, mas o problema é que Willow acabou por perdeu o controle do veículo, e ela foi a única que saiu viva.

Agora ela mora com seu irmão mais velho, David, que a culpa por ter matado os seus pais, não em palavras, mas ela consegue sentir isso. E também mora com a mulher dele, Cathy, uma pessoa super amável e que a trata da melhor maneira possível. David e Cathy tem uma filha, Isabelle, os dois nunca deixam Willow sozinha com Isabelle, pois tem medo de que ela possa fazer alguma coisa com a pequena garota, mas isso é o que Willow pensa, ela ainda não sabe o que ambos pensam.

Willow vê a mutilação como uma forma de "transportar" aquela dor que ela sente para alguma parte do corpo, e faz isso a todo momento que lembra de seus pais. Só que surge uma pessoa que descobre tudo, e esse é Guy, um ótimo garoto e que ameaça à contar ao irmão de Willow se ela não parar, mas ele não tem coragem de fazer e Willow não para. É a partir daí que ele tenta ajudar Willow e os dois viram ótimos amigos.

Não posso dizer que o livro é pesado e contém cenas fortes, o livro contém cenas de Willow se automutilando, mas não é aquilo que você fica assustada e horrorizada ao mesmo momento, mas você fica com uma certa apreensão em relação a isso. Eu senti na pele tudo que estava acontecendo com ela, até por que, perdi meu pai em agosto do ano passado e sei o quanto dói, imagina você perder seu pai e sua mãe em um acidente em que cujo condutor é você, seria muito triste e a maioria das pessoas iriam se culpar. Eu gostei bastante da amizade de Guy e Willow, mas achei um tanto clichê a história deles dois.
Contudo, Willow é um livro ótimo, com um tema muito atual e que eu gostei bastante de ler. Super recomendo o livro!

Resenha postada originalmente no blog Pacto Literário.

https://www.pactoliterario.blogspot.com.br
https://www.instagram.com/pactoliterario
comentários(0)comente



67 encontrados | exibindo 61 a 67
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR