Resenhas - Dora

Luh 27/09/2014

À primeira vista, Dora me pareceu simples: um drama, com mistério e sobrenatural. Mas ao longo da leitura fui percebendo o quão verdadeira e profunda era a história, ainda que simples.

Dora me parece ser uma experiência de ponto de vista. Se a lermos como 'nós mesmos' (ou como o detetive), fora dos acontecimentos, Dora é o drama de uma mãe lutando por sua filha. Não deixa de ser uma boa história. Mas a magia acontece quando nos colocamos no lugar dos personagens.

Tentar ler do ponto de vista da mãe da Dora e da própria Dora me deu sensações super fortes. Foi solitário, amedrontador e até um pouco claustrofóbico. Incrível poder sentir tudo isso numa história tão curta e, como disse antes, tão simples.

Por fim, Dora não acabou quando fechei. As sensações ficaram comigo, mas também entender a Dora e sua mãe me fez pensar sobre como esses sentimentos podem ser comuns. Várias pessoas, por razões diversas, vivem com esse medo e essa solidão; várias pessoas passam, todos os dias, pelas mesmas coisas que a Dora. A parte misteriosa da história pode ser fictícia, mas a parte humana é muito real. E saber disso dói pra caramba.

KD 29/10/2014

A trama é muito bem elaborada. Uma mistura de mistério/suspense/sobrenatural que, desde o principio já prende a atenção. Foi para mim, uma nova sensação ao ler uma revista em quadrinhos, praticamente da para imaginar a tensão no ar e, apesar de curta, quando acaba você acaba pegando sentimento pelo protagonista da história.

Para aqueles que adquiriram o livro, boa leitura!
Aos que não conseguiram, perderam!

Cilmara Lopes 18/10/2016

Minha história com os quadrinhos da Bianca Pinheiro
Eu estava obcecada pelas obras dos Cafaggi, incluindo "Turma da Mônica - Laços" e "Turma da Mônica - Lições" e aí um dia meu namorado falou que Bianca Pinheiro iria fazer o terceiro "Turma da Mônica" da msp.
Intrigada, pois não conhecia a quadrinista, fui procurar obras da mesma, e me deparei com "Bear", e fiquei fascinada, uma das melhores hq' s que já li, engenhosa, fantasiosa e nostálgica.
Saiu "Mônica - Força", e foi um trabalho tão impecável, que foi impossível não senti a emoção que a história passa.
Ontem passando na livraria Martins Fontes, não resisti e comprei "Dora" que estava na wishlist há séculos..rs
Bianca assistiu o clipe "Titanium" do David Guetta e teve a idéia para esta hq.
Uma história sobre "crianças especiais", que acabam se tornando sinistras para a maioria das pessoas.
Dora é acusada de 15 mortes.
Você pode apreciar e se entregar ao enredo por três vertentes: da mãe que defende e quer entender a filha, da filha que sofre ou do detetive que acusa.
Assim que terminei de ler mandei uma mensagem pro meu namorado:
- Você tem que ler Dora.

Naí­za 15/12/2016

Delirium Nerd - Se deixe envolver pelo suspense de Bianca Pinheiro
[...] “Minha senhora, sua filha matou 15 pessoas. Perdão. Ela é acusada de matar 15 pessoas”. O detetive de polícia recolhe o depoimento de uma mãe, desesperadamente agarrada à inocência de sua filha, Dora. O enredo segue a história da menina, cada capítulo uma morte em que esteve envolvida. Sob o olhar protetor da mãe em contraponto com a acusação de assassinato conduzida pelo detetive, o clima tenso vai sendo construído de forma quase imperceptível.

O uso do contraste e a impressão preto e branca ajudam a narrativa e a recepção de quem lê. Referência a “Bear” só existe na breve aparição de Dimas numa camisa de Dora, mas as cores passaram longe desse quadrinho. O que foi bem inteligente, obrigada. De alguma forma, lembra xilogravura. O enredo tem um quê de “Carrie, a Estranha”, embora não seja uma referência. [...]

site: https://deliriumnerd.com/2016/08/29/quadrinho-suspense-bianca-pinheiro/

Gláucia 10/01/2017

Dora - Bianca Pinheiro
Dora, a estranha.

Simone.GAndrade 11/03/2017

A garota que não chora
Uma novela gráfica de terror que conta uma história de Dora através da perspectiva de sua mãe, uma garota incompreendida e solitária que por onde passa deixa um rastro de medo.

Marieliton M. B. 01/05/2017

Sobre uma pessoa especial
Desde o seu nascimento, a mãe de Dora já sabia que sua filha era especial. Não especial do tipo que carrega alguma doença ou má formação, mas um tipo diferente de pessoa especial. Na medida em que Dora crescia, coisas, no mínimo esquisitas, ocorriam ao seu redor. Coube a sua mãe proteger ela daqueles que não conseguiam enxergar o quanto que sua filha era especial. E as consequências disso não afetaram apenas as vidas de mãe e da filha, como também a vida dos seus perseguidores.

Conheci o trabalho da Bianca Pinheiro lendo a Graphic MSP Mônica – Força, e lá ela já me deixou bastante impressionado. Logo, quando peguei essa primeira graphic novel dela, ainda com gênero de terror, fiquei com muita curiosidade pra saber como era esse quadrinho dela. E de antemão já digo que gostei bastante do gibi!

É óbvio que ao ler Dora a gente já faça a correlação do Carrie - A Estranha, do Stephen King, mas em seu quadrinho, a Bianca usa do ponto de vista da mãe pra contar a estória de uma menina com um aspecto e jeito de ser diferente das demais pessoas. E isso deixa a leitura bem mais densa e com um ar de suspense maior, já que pra mãe, com o seu instinto protetor, não enxerga o quanto que sua filha é especial, e isso faz com que até o leitor fique em dúvida em alguns momentos.

A arte, sem muitos detalhes, mas mais focada nas expressões dos personagens, casou bem com a trama. As reações, não só da Dora, como dos demais personagens, passam uma mensagem bem mais interessante e chamativa da cena sem precisar apelar pra texto algum. Aliás, por falar em texto, esse pra mim foi o ponto baixo desse quadrinho. O tipo de fonte e a distribuição do texto nos balões de diálogos me incomodaram durante a leitura. Tanto que em alguns momentos duas ou mais palavras estavam tão juntas que parecia uma só.

Depois de ler um gibi bem emotivo e agora um de terror, Bianca Pinheiro se mostra uma excelente contadora de estórias. Já estou ansioso para ler os outros trabalhos dela (Bear e Meu Pai é Um Homem da Montanha) e os próximos também.

MiojoGeek 11/05/2017

Resenha Miojo
#dora é a primeira #graphicnovel da carioca #biancapinheiro . A autora, já conhecida por suas obras: #bear e Graphic MSP Mônica Força, optou em sua primeira graphic flertar com o gênero terror. Segundo Bianca, nunca foi muito fã desse gênero, mas sempre se perguntou como seria o testemunho de uma mãe , que tem um filho(a) que comete atrocidades, e ainda por cima de forma sobrenatural e inexplicável. E é partindo dessa premissa que a trama se desenvolve. Em forma de depoimento, a mãe de Dora, relata desde o nascimento de sua filha, as peculiaridades que cercaram seu crescimento, e situações que ocorreram a sua volta. Não vou dar mais detalhes para não estragar sua experiência, mas é uma espécie de Precisamos Falar Sobre Kevin, mas no lugar do Kevin, Carrie, a estranha. Achei que pra uma estréia nesse formato, foi uma excelente estréia. A edição da #mino pra variar é muito cuidadosa e sempre com escolhas de materiais muito acertadas. Adorei o papel e a gramatura interna, assim como curti a capa e contra capa. A Mino tem por padrão ser acima da média e merece um destaque. Minha nota para essa Hq é 9.5/10. Preciso ler os outros materiais dela pra ontem.

site: https://www.instagram.com/p/BQPTarUA0xF/?taken-by=miojogeek

Babi 17/05/2018

Misterioso e reflexivo
Dora foi um dos primeiros quadrinhos criados pela Bianca Pinheiro – que ficou conhecida pelas tirinhas de Bear, no Facebook, e que mais tarde ganharam versões físicas. Ao contrário do que vemos nos quadrinhos de Bear, com um traço fofo e cores que dão vontade de lamber, em Dora vemos um traço irregular e em preto e branco que reflete bem a tenção e o clima da história.

Dora nasceu no mesmo ano que Bear, porém de forma independente. Por isso foi um dos quadrinhos escolhidos para o Desafio Literário UMML de Abril. Hoje, o quadrinho é publicado pela Editora Mino. Sua história tem como ponto de partida um interrogatório entre um policial e a mãe da personagem que dá nome ao quadrinho. O policial acredita que Dora seja a responsável por 14 assassinatos que aconteceram de forma misteriosa ao longo dos anos, sendo a jovem o único ponto em comum.

Quadrinho Dora, da Bianca Pinheiro, criadora de Bear.

É por meio de flashbacks, narrados pela mãe, que vamos conhecendo a vida e o comportamento excêntrico da personagem e, em todo tempo, percebemos uma mãe desesperada em proteger sua única filha. A história tem um clima de suspense e mistério, com um toque de macabro, que me lembrou um pouco de Carrie, A Estranha, de Stephen King – um dos maiores autores do gênero de terror (e eu diria suspense, mas essa polêmica deixo para explicar em outro post).

Em Dora, Bianca Pinheiro faz a gente refletir sobre os muitos pontos de vistas e as muitas verdades que uma única história e fatos podem conter. Temos a tendência de intuir automaticamente explicações e verdades a partir de alguns pontos que tomamos conhecimento, mas por mais que pareçam óbvios nem sempre são as únicas explicações. Afinal, sabemos que as histórias são contadas a partir do lado vencedor, certo? Já adianto que se você não é fã de finais abertos, então talvez Dora não seja uma boa indicação. Mas se você gosta, vê prazer em especular possíveis fins e refletir sobre tudo o que foi narrado, então vem que é um prato cheio.

site: http://ummetroemeiodelivros.com

Larissa 06/07/2018

Uma vítima ou um monstro?
Dora é uma hq bem interessante tanto os traços grossos e irregulares dos desenhos quanto o bom uso das sombras e expressões faciais dos personagens ajudaram a criar o clima peculiar da obra. A história começa com uma mãe num interrogatório tentando inocentar sua filha pelo assassinato de 15 pessoas.[spoiler] Ao longo do gibi eu fiquei cada vez mais intrigada em relação a veracidade dos relatos pois nós vemos no ponto de vista da mãe. Será que ela é louca? Dora é realmente má? Aquelas mortes foram intencionais? Dora se matou ou está foragida? Dora é alien?( XD) Pelo que entendi naquela cena da piscina Dora tenta salvar a menina e fica triste com a morte das pessoas e depois vemos que ela se feria e talvez até quisesse se matar devido as mortes que ela causava involuntariamente e por ser incompreendida por todos. A meu ver Dora é apenas uma menina amaldiçoada, confusa, introvertida, assustada e solitária, nas palavras da sua mãe: uma vítima.[spoiler]

Ellem - @colecionandoprimaveras 14/02/2019

Eu li esse livro ano passado e foi uma grata surpresa. Ele é bem diferente dos outros quadrinhos que eu já li, tem uma pegada bem terror/sombrio.

Conta a história de uma garota, Dora, que é diferente desde que nasceu. E conforme ela vai crescendo, coisas estranhas vão acontecendo. E então, a garota desaparece e sua mãe precisa explicar as 15 mortes atribuídas a ela.

Toda a história é contada através de lembranças e flashbacks da mãe. Isso, de certa forma, humaniza a garota que todos consideram um monstro.

O quadrinho tem uma reflexão bem legal sobre a tolerância da sociedade a pessoas diferentes e a linha tênue que existe entre vítima e monstro


site: https://www.instagram.com/p/BtE0VCqhekP/

Jessica599 17/02/2019

Muito bom!
A história começa num interrogatório. O policial questiona a mãe de Dora a respeito de 15 assassinatos que aconteceram ao longo dos anos e que estão ligados, de alguma forma, à garota Dora. Em negação, a mulher vai contando sua versão dos fatos e vamos acompanhando a história através de flashbacks. Seria Dora a culpada de todas essas mortes?

Com uma pegada que lembra “Menina Má” de William March e elementos sobrenaturais que conversam com “Carrie, a Estranha”, de Stephen King, Dora é um quadrinho que prende a atenção pelo mistério e pela empatia que somos instigados a ter pela garota, como quando você ouve o discurso do vilão e percebe que, no fundo, ele faz sentido.

Dora é um quadrinho que eu sempre quis ler e não me arrependo. Os traços são expressivos, os personagens e os diálogos convencem, a capa é belíssima e, quando acabou, eu fiquei querendo mais!

site: www.instagram.com/cjessferreira

Laura Regina - @IndicaLaura 14/04/2019

Uma graphicnovel de Terror Brasileira
HQ nacional mostrando a força de uma mãe em acreditar na inocência da filha após estranhos acontecimentos ao redor da menina...

A autora mistura vários elementos de terror, horror e realismo fantástico para nos introduzir ao mundo da mãe de Dora, suas dúvidas, medos e certezas com relação à filha e seus vizinhos e familiares.

O traço é em preto e branco, dando também a sensação de constante sufocamento e receio de que algo vai ocorrer. A história é simples, mas trazida em várias camadas, revelando aos poucos o que está ocorrendo dentro da cabeça da mãe e no mundo exterior (mas sem muita delimitação fixa). Adorei.

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura

Tamiris.Souza 11/06/2019

O mistério de Dora
Aos olhos de sua mãe (como quase todas as mães), Dora não passa de uma criança inocente e diferente das outras, mas há algo de misterioso e estranho sobre Dora, o jeito como a autora nos prende a querer entender como e o por que de Dora ser como ela é fascina e faz com que seja uma história maravilhosa de se ler.

Café com literatura 19/06/2019

O TERROR E O FANTÁSTICO EM DORA
A hq conta a história de Dora, uma garotinha que ao nascer não chorou e a mãe da menina achou que ela tivesse algum problema, porém, os médicos não detectaram nenhum problema com a menina.

Algum tempo depois, a mãe de Dora passa a ter dificuldades para encontrar uma babá para cuidar de sua filha, pois as babás que entravam para cuidar de Dora, iam embora assustadas, porque coisas estranhas aconteciam na casa quando elas ficavam sozinhas com a criança.

Com o passar do tempo, Dora cresce e nada muda, na escola apesar de ela tirar as melhores notas, ela continuava sendo uma garota incomum, esquisita e totalmente anti-social. As coisas foram ficando piores, quando pessoas começaram a morrer e Dora passou a ser acusada pelas mortes.

Achei a história super interessante, pois temos aqui a literatura fantástica, uma vez que paira algo de sobrenatural nas mortes das pessoas, e nos deixa na dúvida se Dora matou ou não matou quinze pessoas.

Quando li a Hq, lembrei de Carry a estranha, como também lembrei da personagem Rhoda, a garota assassina do livro ?Menina má?, com a diferença de que em menina má, Rhoda matava suas vítimas com objetos, já em Dora há um elemento sobrenatural, praticamente sem explicação da ordem natural que causa as mortes.

A hq é em preto e branco, o que nos dá a impressão do clima de mistério e horror, e ao mesmo tempo, um clima pesado.
No nome Dora, ao retirarmos a letra a do final do nome, o nome se transforma em dor, já que Dora só causa dor para sua mãe, visto que a mãe da menina acaba tornando-se culpada pelos assassinatos.

A história também nos faz pensar até que ponto uma mãe defende um filho ou se sacrifica por ele, como também nos faz pensar até que ponto Dora é inocente.