Everything but the books 22/07/2015
O melhor da trilogia!
Fazendo jus ao nome, Grace é sim nossa doidinha predileta. Já Jack…ficou doidão!
Vamos fazer um retrospecto: depois de 02 livros leves e divertidos, Alice Clayton resolveu unir o casal de forma mais séria. Foi muita curtição, rala e rola, paquera, paixão, confissões amorosas, mas Grace e Jack precisavam de seu “felizes para sempre”, então Alice os fez enfrentar as feiuras da vida.
Sei que vocês amam o Jack, mas nesse livro quem brilha é Grace. No primeiro livro da trilogia, nós conhecemos a Grace divertida, paqueradora e independente. No segundo, Grace, já apaixonada e envolvida até as raízes de seu cabelo ruivo com o lindo Jack, encara o desafio profissional da sua vida, muda-se para Nova York e mantém secretamente seu namoro com Jack.
E sinceramente, Grace merecia amadurecer, porque o caminho profissional que ela trilhou não combinava com essas inseguranças que tinha. Lembremos que ela surtou legal na festa do filme Tempo, embebedou-se, fugiu de Jack, questionou sua relação e terminou o namoro. Essas batalhas que só ela enxergava serviram apenas para ensiná-la que Jack não era canalha, ela era sua #1, e o passado de luta contra a balança deveria ficar bem no fundo da gaveta.
E se Grace não mudasse, o que iria acontecer? Com tanta pressão da mídia sobre ela, continuaria a questionar seu peso, seu talento e seu amor, e provavelmente se manteria reclusa, ou lutaria suas batalhas bravamente como Dom Quixote, armada de um skate e sua varinha de rímel.
Antes de achar que estou exagerando, termine de ler essa resenha. Em “A Ruiva Popstar”, Grace ganhará o papel de sua vida na televisão. Ela será o centro das atenções não por causa da especulação em torno do seu muito famoso Jack, mas porque revelou-se uma grande e admirada atriz, cujo talento foi descoberto no momento mais delicado de sua vida.
Com o término do livro #2, ficou a sensação de que nada abalaria o relacionamento de Grace e Jack, mas a vida em Hollywood é cruel, os paparazzi são como hienas psicóticas, as fotos de Grace cheinha são vazadas para a imprensa e, para coroar esse momento de inferno astral, um ator bad boy e dissimulado resolve “chupinhar” a fama de Jack e apresentá-lo ao lado negro da fama.
Antes que você tenha uma ideia errada, não há traição nesse livro. A Ruiva Popstar foi uma deliciosa leitura e revelou-se um livro emocional, que me fez relembrar constantemente daquela cena (que eu amo) do filme Um Lugar Chamado Notting Hill, em que Julia Roberts diz a Hugh Grant: “The fame thing isn’t really real, you Know? And don’t forget, I’m also just a girl, standing in front of a boy, asking him to love her”
Vocês continuarão a suspirar por Jack, mas também irão questionar constantemente seu comportamento. Sim, todas concordamos que para um rapaz de 24 anos Jack foi exemplar até aqui, mas o belo será obrigado a confrontar seus medos, e a bela ruiva mostrará seu lado mais sublime, responsável e sensível.
Juntos, Grace e Jack têm uma sintonia invejável:
Página 17: “– É agora que você vira a namorada reclamona? – ele deu uma piscadela, deixando a água correr por seu rosto, descendo pelo seu peito e barriga, fazendo com que o caminho da felicidade se destacasse ainda mais. Isso com certeza me fez feliz.
– Acho que sim. Espere um pouco, deixe-me pôr minha cara de reclamona – disse severa, franzindo o rosto de maneira exagerada. – Querido, você não acha que devia ficar em casa e limpar as calhas? – reclamei, pondo minhas mãos nos quadris e batendo o pé. Um gesto que teria sido mais vigoroso se eu não tivesse escorregado como escorreguei. Ele me segurou, rindo, enquanto eu lutava para ficar ereta. Ele me deu uma beliscadinha de leve no bumbum enquanto me punha de pé.”
Apesar de todos os rumores sobre o casal do momento, Holly, a agente comum de ambos e amiga fiel de Grace, sempre os desestimula a assumir o relacionamento. Jack sofre com isso; tocar sua amada é para ele algo tão simples e correto como respirar, então privá-lo desse simples gesto de carinho causa grandes desentendimentos entre ele e sua agente:
Páginas 98 e 99: “Nesse momento, nesse carro, nesse trecho de estrada, nós éramos um casal apaixonado. Nós não éramos uma mulher mais velha e um homem mais jovem, Jack não era o Homem Mais Sexy do Mundo, mas o meu homem mais sexy do mundo.”
…
“Agora eu podia ouvir a maré, não muito abaixo da gente. Van Morrison, ondas e meu Doidinho. Nós nos afundamos em nossos assentos, rostos voltados para a Via Láctea. Nós conversamos e rimos, de mãos dadas, e suspiramos pela noite. Nós estávamos realmente muito distantes de qualquer coisa hollywoodiana,…”
Com o fim da trilogia ficou difícil resenhar sem sentir melancolia e saudade. Fiquei pensando em homenagear o relacionamento de Grace e Jack, e decidi terminar assim:
“Step by step”, Grace e Jack conseguiram seu final feliz!
site: http://blogeverythingbutthebooks.com/2014/12/19/resenha-a-ruiva-pop-star-de-alice-clayton-univdoslivros/