Rafael 10/05/2019
Não acredite em governo grátis
“O mito do governo grátis” foi inspirado no economista Milton Friedman – que não existe almoço grátis, ou seja: no caso de Paulo Rabello não existe um governo grátis. É apenas um falácia aceita, muitas vezes pela população; não somente do Brasil mas em muitas partes do mundo – pois é mais fácil acreditar que o Estado gasta o dinheiro nas custas de ninguém e que os recursos do governo não têm fim.
Geralmente “os governos grátis” vêm com promessas que irão defender os mais pobres por meio de diversos “programas sociais” e que, geralmente, não terá custo para os mesmos. Com um governo bem intencionado, tudo é grátis. Mas se esquecem que esses modelos de governo estabelecem uma carga tributária cada vez mais progressiva e, assim, onerando cada vez mais os recursos da população, sobretudo dos mais pobres, pela alta taxação de produtos e serviços, além de não entregar os “serviços públicos” de modo efetivo.
O “governo grátis” é obeso, com déficits nas contas públicas, muitas vezes corrupto e, é claro cobra cada vez mais impostos. Assim, com o aumento do Estado - há o encolhimento da iniciativa privada – pois o governo quer subtrair, cada vez mais, recursos de quem produz e distribuir para quem não produz. Portanto, empresas, comércios, tendem a diminuir o seu quadro de funcionários, falirem. O “governo grátis” é campeão em dificultar a poupança, o investimento e a inovação nos mercados. Mas é claro, não vai haver custos para ninguém.
Esse “modelo gratuito” não é demérito apenas no Brasil, mas em quaisquer partes do mundo o apelo à emoção e à irracionalidade está levando vários países à bancarrota por meio de políticas econômicas falaciosas, como na Rússia, na Venezuela, na Grécia. A conta chegou para esses países, e agora a “gratuidade do governo” transformou-se em um grande pesadelo, de difíceis alternativas.
Mesmo países mais alinhados com uma economia mais liberal se deixaram levar pelo “mito do governo grátis”. Os Estados Unidos, gastando muito com sua defesa, mesmo após o fim da Guerra Fria; o Canadá com sua dívida pública crescente nos anos 80. São alguns exemplos da expansão do gasto público, com elevado custo para a população.
O problema central de “governos grátis” é a questão fiscal, as contas públicas de que precisam estar alinhadas para suprir as demandas sociais e também não retirar a competitividade da iniciativa privada. Os governos, portanto, precisam balizar essas duas esferas da sociedade, independentemente de sua vertente - pois é necessário promover políticas públicas que favoreçam à sociedade aliado à transparência de suas atividades.
Além disso, os governos devem estar atentos aos mercados globais, investir na educação a longo prazo para formar capital humano de qualidade. Só assim, será fomentado uma sociedade de cidadãos livres que dependa menos do Estado, que tenha mais responsabilidade individual e consciência de seu papel na sociedade. Dessa forma passe a depender menos de burocratas do governo que só querem usar o “governo grátis” como massa de manobra para os menos favorecidos e também favorecer os “amigos do governo”, por meio de lobbies com grandes empresas que prejudicam a população, ou seja: o pagador de impostos.