Resenhas - O Tartufo • O Misantropo

ricardo marçal 08/04/2021

"O Tartufo" satiriza o religioso trapaceiro típico: golpista lascivo, à vontade tapeando conservadores ingênuos e hipócritas. É o ancestral do Julian Sorel de Stendhal e do Fomá Fomitch de Dostoiévski.

Em "O Misantropo" temos o paroxismo do perfeccionista disfuncional, incapaz de lidar com a humanidade até da própria mulher amada.

Estas duas peças estão entre as principais realizações de Molière, que as escreveu em forma de comédias em verso, com cinco atos cada, e às voltas com produção, viagens, ensaios e problemas com autoridades eclesiásticas. O texto é ligeiro e vivaz, com momentos de pura filosofia e frases memoráveis pulverizados na esculhambação.

Karinny 28/11/2020

Gosto de ler teatro, mas acredito que não há nada como ver essas peças sendo interpretadas. Preferi a trama de O Tartufo, engraçada e muito crítica.

Julio.Argibay 07/02/2019

O Tartufo
A obra é uma peça do escritor francês Moliere. A estória é a seguinte: um membro da sociedade parisiense, Sr Orgon, diga-se de passagem bem abastado (e provavelmente bem burrinho), encontra na rua e leva para sua casa um homem, aparentemente muito religioso, devoto fervoroso e fiel amigo (e um puxa saco daqueles). Porém, a família de Orgon, com o passar do tempo, ficou contra essa amizade. Mas, porém, todavia, entretanto, nada foi capaz de convencer o patriarca do contrário, ou seja, de que o novo agregado era um farsante. Nesse interim, o dito senhor, além disso, prometeu a mão de sua única filha a Tartufo e, também, transferiu seus bens para ele (difícil de acreditar). Este é o motivo principal para todos tentarem expulsar esse suposto impostor da casa, pois a herdeira, Mariane, era prometida a Valere. Para complicar um pouco mais, o Tartufo ainda se apaixona pela mulher do seu anfitrião. Essa situação está cada vez mais complicada. Então, após um certo incidente, os filhos, a esposa, dentre outros integrantes da família do senhor, tentam convencê-lo de quem é realmente Tartufo, demonstrando a sua perfídia. Porém, mesmo diante de todas as evidências, Orgon continua a acreditar no seu amigo, como se tivesse sido enfeitiçado ou então está sendo chantageado (eu apostaria na segunda opção). Sendo assim, parece que nada que a família tente fazer o convencerá a mudar de ideia (será?). Então, sua esposa, Elmire, bola um plano para desmascarar o seu hóspede e admirador, talvez seja a sua cartada final. A partir daí ainda há várias reviravoltas nessa estória. Só lendo pra saber...