Primeiras Impressões

Primeiras Impressões Laís Rodrigues




Resenhas - Primeiras Impressões


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Ana 26/11/2014

Amor à primeira leitura!! ♥
Um romance leve, cheio de ternura e nuances, que ganhou meu coração. Se eu já amava o Mr. Darcy, esse livro só fez avivar ainda mais a minha paixão. rsrsrsrsrsrsrs
Super recomendo a todos que querem ler um romance leve e encantador.
E pra mim, particularmente, ter a continuidade, o desfecho satisfatório da história, que na versão de Austen fica no ar, foi simplesmente espetacular. Uma grande sacada da nossa querida Lai. Simplesmente encantador! Foi amor à primeira leitura!
lila 14/01/2015minha estante
Ganhei o livro de uma amiga e quando li a primeira pagina não consegui parar. O romance e apaixonante e a proximidade com a nossa realidade (Brasil e atualidade) nos remete para dentro da historia. Pra quem quer dar asas a imaginação recomendo a leitura. Fiquei apaixonada e já estou relendo...


Luana.Signorelli 01/02/2015minha estante
Dotado de um toque de sensibilidade, e valendo-se da velha dialética entre o antigo e o moderno, é um livro superdivertido de se ler, envolvente, e que traz temas atuais como o medo do amor, a descrença no relacionamento e a desconfiança que se sente perante o sexo oposto, além de retomar o clássico do romantismo inglês Orgulho e Preconceito, da Jane Austen. Temendo a relação amorosa, os românticos tendem a criar um ideal feminino. Porém, Elizabeth Benevides - a protagonista do livro - não é uma mera personagem típica, idealizada, mas sim uma mulher moderna, com todas as suas contradições, a qual consegue nos provar que ainda se vale a pena lutar pelo amor, e para isso inclusive se contrapor às convenções sociais. Além do mais, o livro ainda adota uma estética que mescla vários estilos, como e-mails e mensagens de texto, sem com isso perder a sua literariedade, muito menos o seu valor. Como Mestranda em Literatura pela Universidade de Brasília, eu MAIS do que recomendo este livro, e acredito veementemente que ele pode se tratar de um marco na literatura contemporânea.




Tamires 17/04/2017

Primeiras Impressões, de Laís Rodrigues
Primeiras Impressões é um romance escrito por Laís Rodrigues e que recentemente foi relançado pela Pedrazul Editora, inaugurando o selo Revelações. Aqui, temos uma apaixonante versão moderna do clássico de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, nos cenários paradisíacos de Búzios-RJ e também em alguns lugares dos Estados Unidos.

Como fã de Jane Austen, não paro de me surpreender com a infinidade de versões e adaptações de seus livros, o que torna possível sempre ter algo novo para ler, dentro deste universo de poucos livros que a autora nos deixou. Contudo, mais interessante que descobrir um livro ou autora nova que consiga transparecer a essência de Austen, é surpreender-me com a releitura de uma releitura. E foi assim com o livro de Laís Rodrigues.

A primeira vez que li Primeiras Impressões, edição da Kiron Editora, lembro-me de ter ficado impressionada com a rapidez com que finalizei a história. Tratava-se de um enredo, embora previamente conhecido, instigante e, em certas partes, surpreendente. Na época, eu ainda tentava fugir de versões de livros de Jane Austen, pois havia tido uma grande decepção com o livro Cinquenta tons de Mr. Darcy, e Primeiras Impressões foi um dos livros que me ajudaram a perceber que sim, existem boas versões dos livros de Jane Austen.

Com o anúncio de uma nova edição que seria lançada pela Pedrazul Editora, voltei a lembrar da história e tive curiosidade de comparar as duas edições. Sabendo da qualidade editorial da Pedrazul, tinha certeza de que Primeiras Impressões, que já era bom, poderia ficar ainda melhor.

Até certo ponto a história lembra bastante Orgulho e Preconceito: Charles Bing chega a Búzios e causa alvoroço no lugar, especialmente entre os membros da família Benevides, haja vista que a matriarca, Janaína, logo tem o desejo de ver uma de suas filhas casada com o americano (rico). Junto a Charles, também conhecem o Brasil Caroline Bing e Frederick Darcy. Charles e a tímida Jane Benevides logo se envolvem em um romance, irremediavelmente apaixonados que ficam um pelo outro quase instantaneamente. Caroline, embora esnobada por Frederick, não perde uma chance de tentar chamar-lhe atenção. Já Frederick, muito a contragosto, impressiona-se com uma brasileira que não tem papas na língua, Liz Benevides. Liz antipatiza de cara com Frederick, mas até mesmo ela percebe o poder de seus olhos azuis enigmáticos... Some mais uma jovem Benevides rebelde e um outro americano lindo mas que pode não ser exatamente sincero e temos um resumo do início de Primeiras Impressões. Sim, porque tem muito mais nas páginas do livro de Laís Rodrigues. Pode parecer enredo da Quadrilha de Drumond, mas é a formula de um romance que há mais de duzentos anos conquista o coração de leitores mundo afora.

“Não sonhava com o príncipe encantado, pois acreditava que eles somente existiam em romances de Austen, das irmãs Brontë ou de Gaskell. Não havia um John Thornton no mundo real. Ele apenas vagava nos sonhos de jovens ingênuas.” (p. 9)

Laís consegue, além de transportar a história de Orgulho e Preconceito para a nossa época, fazê-lo de uma forma simples e natural. Mais que preconceito de classes, pois a família Benevides é bem estabelecida, embora não tão ricos quanto os Bing ou menos ainda, que os Darcy, a autora fala sobre o preconceito cultural entre os americanos do norte e os brasileiros, em que somos taxados de terceiro mundo, subdesenvolvidos etc. Desta forma, o enredo não ficou forçado e como as irmãs Liz e Jane Benevides estudaram e começam a fazer carreira nos Estados Unidos, a aproximação com os americanos no habitat deles também é bastante natural.

Já tenho (ou li) a edição antiga. Compensa ler (ou comprar) esta?

Recebi algumas mensagens com essa pergunta e já imaginava previamente, como disse acima, fazer um comparativo entre as edições. Posso dizer, verdadeiramente, que, se você leu a edição anterior e gostou da história, vale sim a pena ler essa edição da Pedrazul. Muito além do trabalho de capa, que está tão linda quando a edição anterior, a Pedrazul fez um ótimo trabalho com a edição e a revisão do livro. O texto, que já era bom, ficou mais agradável de ler. Sem contar que, comprando e lendo esta nova edição nós leitores estamos fazendo a engrenagem da literatura nacional girar o que ajuda e muito a editora e a escritora. Mais que ler brasileiros, precisamos ler brasileiros vivos e em atividade!

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-primeiras-impressoes-de-lais-rodrigues/
Katia.Scott 28/10/2020minha estante
Tamires, vou ler pois vi sua indicação no seu blog. ;-)




GeL 18/01/2016

Primeiras Impressões
Primeiras Impressões é uma adaptação nacional e moderna do famoso clássico Orgulho e Preconceito. Bom, eu sou fã de Jane Austen, de O&P e claro, do Mr. Darcy. Então foi uma grata surpresa quando a LRDO entrou em contato conosco nos contando sobre seu livro. - Barbara

Quando a Laís nos procurou e falou sobre seu livro, eu fiquei empolgada por ser uma autora nacional que eu ainda não conhecia, mas confesso que fiquei apreensiva por ser uma adaptação de Orgulho & Preconceito, um clássico que está entre os meus favoritos. - Raquel

Fiquei encantada quando a autora Laís Rodrigues entrou em contato com as Gels e nos apresentou sua visão de um clássico envolvendo dois dos casais mais queridos da literatura. Fiquei bastante curiosa porque estava entrando em terreno desconhecido, uma nova experiência literária.
A principio achei que lendo esse livro eu iria visualizar os atores Keira Knightley e Matthew Macfadyen assim como os demais atores da adaptação de Orgulho e Preconceito de 2005, por mais que seja inspirado, a Laís conseguiu me desligar deles, tornando esses personagens únicos. - Michelli

Começada a leitura, me vi envolvida pela história de um jeito surpreendente. O que me fez gostar do livro foi o fato de conseguir me desligar da história original. O que a Laís fez foi genial, sério. Mesmo com o clássico como pano de fundo, ela conseguiu criar algo novo e que torna o clássico melhor ainda. - Raquel


“É um conhecimento universal que o homem, por mais apaixonado que esteja, não fica com uma mulher se sua família o desagrada.”


Vamos então conhecer a família Benevides. Janaína e Antônio donos das pousadas BenLoCo sucesso na região. - Michelli

Adorei o fato de ter um pezinho no Brasil, contando sobre as nossas maravilhas. Os personagens são os mesmos, tirando uma das irmãs de Elizabeth e Jane, Kitty (confesso que ela não faz muita falta. - Raquel

Logo que a família foi apresentada senti falta da companheira de Lídia, Kittie mas depois nem me lembrei mais dela, foi um corte perdoado rs. - Michelli

No primeiro capítulo nós conhecemos o americano Charles Bing e seu peculiar grupo que acaba de chegar a Búzios – Rio de Janeiro, com a pretensão de abrir um negócio. - Barbara

Charles é um simpático americano, deslumbrado com as belezas brasileiras. - Michelli

Ele está acompanhado de sua irmã Caroline e seu melhor amigo Frederick Darcy... - Barbara

... que não se deixou enfeitiçar pelo país tropical ou assim quer que pensem, cauteloso e reservado acha que precisa ficar de olho no amigo que considera um pouco ingênuo. - Michelli

É no cenário da paradisíaca cidade de Búzios que eles conhecem os Benevides, família dona de pousadas na região com 4 filhas, duas delas – Jane e Liz - radicadas nos EUA que vieram passar as férias com a família no Brasil. - Barbara

O caminho desses personagens se cruzam devido a uma festa de fim de ano na pousada da família Benevides, Janaína manda convite para os americanos cheia de segundas intenções. A matriarca da família parecia saber o que estava fazendo pois acaba que um dos homens realmente se interessa por uma de suas filhas. A partir daí há uma convivência quase forçada de outros dois personagens que apesar das primeiras impressões não podem negar a atração.

As filhas mais velhas Jane e Liz retornam dos States junto com a amiga Charlotte, cujo os pais são sócios dos Benevides, para passar as férias na pousada da família. As três estão com o futuro profissional bem encaminhado, mas quando se trata de futuro amoroso, Janaína, acha que precisam de um empurrãozinho. Bonitas e inteligentes tinham lá suas diferenças se tratando de homens. Liz é mais pé no chão enquanto Jane é sonhadora e acredita que há em algum lugar a tampa pra sua panela kkk já Charlotte acredita no casamento por conveniência. Todas as três tem características bem interessantes para essa versão moderna sem se distanciar tanto da persona como conhecemos. - Michelli


“A cena era inimaginável para Liz: estava sendo confortada por Frederick Darcy.
E gostava da sensação.”




E o que dizer sobre Frederick Darcy? Me apaixonei ardentemente por ele. Embora sua profissão e seu sotaque não fossem os mesmos, seu gênio e orgulho permaneceram, assim como seu charme e todas as outras coisas que amamos no Sr. Darcy original.

Elizabeth bem, ela continua com o mesmo gênio, mas agora melhor ainda. Imagine a Lizzie no século XXI, com uma carreira e um futuro brilhante pela frente, como só as mulheres deste século conseguem. Sim, ‪#‎girlpower‬!

A forma como ela transportou os personagens para o mundo moderno, mas manteve as características originais que nos fez ficar apaixonadas pela obra de Jane Austen, fez com que o livro fosse surpreendente. - Raquel

A trama principal permanece a mesma, mas alguns detalhes são adicionados e enriquecem muito a leitura. Um destaque para as profissões dos personagens, ótimas escolhas que casaram perfeitamente, a tensão entre Lizzie e Fred também é muito boa, eu torcia por eles e ao mesmo tempo achava engraçado o modo com se evitavam e desejavam estar perto ao mesmo tempo... ah um amor! - Barbara

No primeiro capitulo depois dos micos da Lídia, me peguei bem curiosa pra saber o desfecho dessa personagem que acabei simpatizando, algo que eu não esperava. Bing um dono de restaurante, Darcy um político e quem seria o Wickman? Não vou contar rs, adorei o que a autora criou e a mudança de sentimentos por cada personagem que despertou em mim nessa releitura. - Michelli


“A decepção não é fruto somente da surpresa, mas também de expectativas não correspondidas. Acredito que este seja o verdadeiro problema do universo feminino: criamos os heróis, os príncipes, os deuses, e nos esquecemos de que todos os homens têm defeitos. Esta é uma regra absoluta. Então, se nossa esperança é a de que o nosso pretendente seja perfeito, vamos nos decepcionar cem por cento das vezes, pois uma coisa é certa: ele nunca será.”


Não há muito o que falar da história em si, pois segue o original, mas as reviravoltas e os detalhes novos valem a pena ser descobertos pela leitura. Tipo, como os sonhos da Lizzie com o Darcy, sim, esse foi um detalhe que eu aprovei! ahahha - Raquel

Bom, não vou entrar em muitos detalhes a partir de agora, mas se você já leu Orgulho e Preconceito já sabe como algumas coisas vão se desenrolar... E devo confessar que amei muitas das mudanças necessárias que foram feitas para atualizar esse clássico. O livro tem um tom sensual ‪#‎sexysemservulgar‬ que eu achei a cara do Brasil, os personagens não são pudicos e nem tem todas aquelas reservas tão necessárias para o século XIX. - Barbara

Quando peguei o livro fiquei analisando a capa pois achei ela bem diferente, ao terminar de ler e dar de cara com a capa novamente foi que a ficha caiu kkkkkkk sim eu costumo ser meio lerda para algumas coisas e acho o máximo quando a capa tem a ver com algo da história. Ponto pra autora! - Michelli


“Ela era seu tudo”




Enfim, uma ótima adaptação, salvo alguns errinhos bobos que a revisão deixou passar. E a capa é linda, além de ter tudo a ver com a história (que só percebi quando minhas amigas falaram e aí deu um estalo!). Super recomendo!! Foi tão bom que eu tive que reler o clássico e assistir a adaptação para as telinhas. - Raquel



Minhas críticas vão apenas para a revisão que deixou passar alguns erros ‘bobos’, porém irritantes, que poderiam ser solucionados com uma maior atenção à obra. Desejo muito sucesso a Laís e indico Primeiras Impressões pois é bem certo que você vai gostar bastante! Eu adorei! - Barbara

Não vou dar muitos detalhes, a maioria das pessoas conhece essa historia, e o interessante é se deixar surpreender com os rumos inesperados e as surpresas envolvendo esses personagens tão queridos. Me apaixonei novamente por um Darcy, me diverti com uma Lídia que curte tequila como eu kkkk, Liz é aquela que todas gostaríamos de ter como amiga e a doce Jane encanta a todos. E o que vocês acham de um romance inspirado em Orgulho e Preconceito com toque de tempero latino? Eu li, conferi e adorei!!! Tenho certeza que quem curte o romance de Jane Austen assim como quem nunca leu vai se deliciar com essa história que trás personagens tão marcantes com uma roupagem moderna que começa em Búzios e percorre, Boston, NY e Washington. - Michelli

site: http://livrosentregarotas.blogspot.com.br/2015/05/resenha-91-primeiras-impressoes-sorteio.html
Books Friends & News 09/09/2017minha estante
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Fernanda 02/02/2015

Resenha: Primeiras impressões
CONFIRA A RESENHA NO SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/02/resenha-primeiras-impressoes-lrdo.html
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Lai 06/02/2015

Crítica Literária de Luana Signorelli
Dotado de um toque de sensibilidade, e valendo-se da velha dialética entre o antigo e o moderno, Primeiras Impressões de LRDO é um livro superdivertido de se ler, envolvente, e traz temas atuais como o medo do amor, a descrença no relacionamento e a desconfiança que se sente perante o sexo oposto, além de retomar o clássico do romantismo inglês Orgulho e Preconceito, da Jane Austen. Temendo a relação amorosa, os românticos tendem a criar um ideal feminino. Porém, Elizabeth Benevides – a protagonista do livro – não é uma mera personagem típica, idealizada, mas sim uma mulher moderna, com todas as suas contradições, a qual consegue nos provar que ainda se vale a pena lutar pelo amor, e para isso inclusive se contrapor às convenções sociais. Outros assuntos também são abordados, como a visão do empreendedorismo atual, pois Elizabeth quer abrir um negócio na área da Editoração.
Primeiras Impressões é uma paródia (segundo a teoria literária de Hênio Tavares) do clássico Orgulho e Preconceito, e uma alusão clara ao primeiro nome ao qual o livro de Jane Austen estava designado. O novo nome – do original Pride and Prejudice – ainda brinca com o termo prejudice, cuja raiz etimológica pode significar tanto preconceito quanto prejuízo, no sentido de se julgar algo sem se conhecer. É nisso que se pauta o primeiro trocadilho.
Quando se fala sobre o Romantismo inglês, os primeiros ícones a serem citados são Byron, Shelley e Keats, mas as mulheres muito bem o representaram também, como é o caso das irmãs Brontë (com destaque para o clássico Jane Eyre, de Charlotte Brontë) e a própria Jane Austen. Tanto Austen quanto LRDO foram mulheres que souberam aproveitar a oportunidade para propor o discurso da igualdade de gênero em um texto e contexto de mudanças, tentando implantar a liberdade não pela imposição, mas pelo bom humor.

Já no interior dos romances, o procedimento de seleção e afinação não só se efetiva por meio da tentativa de igualar determinado personagem a outro, conseguindo assim o encontro e a resolução de uma paixão que se achava contrariada, como também atua através da construção de uma geografia que lhe seja adequada e lhe dê significação (CARRIZO, 2001, p. 49).

O movimento romântico está muito presente no livro de LRDO, sendo útil aqui retomar algumas de suas características. Primeiro, o nacionalismo – não mais inglês, mas o brasileiro – ao celebrar a pátria por meio da cultura, de nossos valores, nossa culinária (o que é chamado pela crítica de olhar etnográfico), dado um contexto pós-industrial. No entanto, a inovação de LRDO diz respeito também à desterritorialização do sujeito moderno, destinado a quebrar fronteiras e viver na instabilidade, entre uma nação e outra, remetendo-se à ressignificação tão cara à literatura contemporânea, e que já no Romantismo começava, devido ao sentimento de expansionismo.

Com isto já é possível indicar os elementos que integram a renovação literária designada genericamente por Romantismo – nome adequado e insubstituível, que não deve porém levar a uma identificação integral com os movimentos europeus, de que constitui uma ramificação cheia de peculiaridades. Tendo-se originado de uma convergência de fatos locais e sugestões externas, é ao mesmo tempo nacional e universal (CÂNDIDO, 1984, p. 15).

O Romantismo enquanto movimento presenciou uma grande mudança política, que também pode ser percebido em Primeiras Impressões, uma vez que o Darcy é político. Segundo o texto Imagens do instável, do livro As utopias românticas de Thomé Saliba, a gênese do imaginário romântico se deu pela quebra de continuidade da história europeia, marcada pelas Revoluções Francesa, Inglesa e Industrial. Segundo Massaud Moisés, “a Inglaterra é o primeiro país a se revoltar contra o despotismo artístico e intelectual que a França então exerceu” (MOISÉS, 1994, p. 13).
Sendo o Romantismo a representação das aspirações e os anseios da burguesia, cada país o expressa diferentemente, sendo importante a distinção sobre o nacionalismo explicada mais acima. Trata-se de um período no qual os países buscam a sua afirmação e a sua identidade. A Inglaterra se destacou porque ela já tinha a sua língua unificada e um sistema literário. Foi também na Inglaterra que se deu a Revolução Inglesa, com duas fases (a Puritana e a Gloriosa), cujos objetivos era a ascensão da burguesia. Logrando êxito, ela instaurou a Monarquia Parlamentar, modelo de governo presente lá até hoje. Também na Inglaterra ocorreu a Revolução Industrial, que propunha a consolidação de um novo modelo de produção, pautado na acumulação de capitais, até atingir a fase máxima do desenvolvimento tecnológico.
Primeira Impressões também é rico pois realiza esta ponte cultural e histórica. Além do mais, o livro ainda adota uma estética que mescla vários estilos, como e-mails e mensagens de texto, sem com isso perder a sua literariedade, muito menos o seu valor. A própria “impressão”, no seu sentido literal, faz parte do método literário, dando à determinada leitura tonalidade, sensação, uma percepção antes não percebida, ou seja, tentativas de compreender e julgar o outro, ou pré-julgar. O juízo tem a ver com a literariedade do texto.
Em 29 de janeiro de 1813, Orgulho e Preconceito era publicado pela primeira vez, há 202 anos. Primeiras Impressões honra este marco da literatura universal, de forma que ele oferece uma linguagem verdadeiramente nova, contrapondo-se ao conservadorismo, tanto linguístico quanto social. A obra de arte é uma realidade autônoma e o bom livro faz a boa crítica. Às primeiras impressões, é um livro cujo público consumidor é o feminino, mas que pode encantar a ambos os gêneros. Como Mestranda em Literatura pela Universidade de Brasília, eu MAIS do que recomendo este livro, e acredito veementemente que ele pode se tratar de um marco na literatura contemporânea.

Luana Signorelli – 01/02/2015
Referências bibliográficas (respectivamente)
(1) TAVARES, Hênio. Teoria literária. 12. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 2002.
(2) CARRIZO, Silvina. Histórias de amor, geografias de encontro. In: CARRIZO, Silvina. Fronteiras da imaginação: os românticos brasileiros, mestiçagem e nação. Rio de Janeiro: Editora da UFF, 2001.
(3) CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira. Belo Horizonte: Itatiaia, 1984. Vol. 2.
(4) SALIBA, Thomé. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.
(5) MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa em perspectiva. São Paulo: Atlas, 1994.

LUANA SIGNORELLI é Mestranda (bolsista) em Literatura pela Universidade de Brasília. Atualmente, ela trabalha como revisora, crítica literária, professora e monitora de redação e tutora da Universidade Aberta.


site: https://www.facebook.com/lrdoprimeirasimpressoes
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Leninha Sempre Romântica 11/02/2015

Nada mais previsível do que iniciar a leitura da adaptação de um livro já sabendo passo a passo o que irá acontecer, ou pelo menos imaginar ser conhecedor dos fatos impregnados na narrativa. E é por isso que digo com conhecimento de causa que Primeiras Impressões — uma adaptação do livro Orgulho e preconceito de Jane Austen — foi mais, bem mais que uma grata surpresa.

Quando recebi o convite da autora LRDO para ler sua adaptação e resenhar no blog eu imaginava que leria um clássico modernizado, algo bem fiel ao livro da Jane e tal, mas nada me preparou para ver Mr. Darcy de sunga numa lancha e fazendo sauna ou mesmo salvando dados no seu celular, e também ver uma Lizzie forte, empreendedora, dinâmica sem perder a doçura dessa protagonista tão querida no meio literário.

Temos aqui uma adaptação primorosa com o mesmo humor, a mesma pegada — na verdade minto, essa adaptação tem mais pegada —, os mesmos personagens com novas roupagens, novos hábitos e sempre com um “que” de surpresa a cada página virada.

LRDO foi feliz em narrar a mesma história, mas com seu toque pessoal, seu jeito delicado de fazer algo antigo ser renovado. E para o leitor que nunca leu Orgulho e Preconceito com certeza vai querer ler para comparar e vai se impressionar com tamanha semelhança, porém com tantas diferenças.

O livro envolve de tal maneira que é quase impossível não imaginar um Mr. Darcy impoluto com seu celular de última geração circulando entre os plenários da vida eleitoreiros ou ver Lizzie entre livros e mais livros. Outros personagens também encantam pela semelhança de caráter como Lídia e sua frivolidade, Wickham e seu caráter duvidoso, Jane e seu medo de expor os sentimentos, Charles e sua indecisão e, claro, como não citar a austera Senadora Catherine e seu nariz empinado. Tudo escrito nos tempos atuais e o que isso acarreta.

Apesar de alguns errinhos de revisão — nada que atrapalhe o bom entendimento da trama —, a história flui divinamente, encanta por sua singeleza e, claro, pela simplicidade e humildade da autora em deixar sua personalidade doce impregnar em cada página. Palmas para ela!

Vou terminando por aqui, indico para os amantes de uma boa leitura, que apreciam um texto leve, modesto em sua criatividade e que faz jus ao original. Agradeço à Laís pela oportunidade de conhecer sua escrita e rendo meus aplausos pelo belo trabalho.

site: http://www.sempreromantica.com.br/2015/02/primeiras-impressoes-lais-r-de-oliveira.html
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Blog Amo Livros 13/02/2015

[Resenha] Primeiras Impressões - LRDO
Olá pessoal!

Hoje eu trouxe pra vocês a resenha do livro Primeiras Impressões, livro da nossa autora parceira Lais Rodrigues. Primeiras Impressões é um retrato moderno de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, e como uma boa estória moderna todos os personagens foram adaptados para um contexto atual, porém mantendo vários aspectos originais das personagens de Austen. Bem, que tal vocês conferirem nossa resenha?

Fiquei super interessada quando a Lais entrou em contato comigo e contou do que se tratava seu livro, meu primeiro instinto foi topar a parceria, quando o livro chegou eu não perdi tempo e parei a leitura de um outro livro para começar a lê-lo e quão grata não foi a surpresa! Lais Rodrigues conseguiu criar um novo contexto histórico muito bem descrito e trabalhado em Primeiras Impressões e posso dizer que tive uma ótima "primeira impressão" do livro - desculpem pelo trocadilho ^^ - que já começou lindo pela capa que é uma obra de arte.

Neste livro Lizzie, recém formada em Literatura, volta ao Brasil depois de uma estadia em Boston, cidade norte-americana onde morou como sua irmã Jane e sua melhor amiga Charlotte por 4 anos enquanto estavam na faculdade. Elas sempre passam as ferias em Búzios, onde os pais delas eram sócios donos de rede de pousadas. Quem também está no Brasil é Charlie Bing e Frederick Darcy, os dois estão olhando a região onde Charlie pretende abrir um restaurante. Não pensem que eu esqueci de citar a irmã de Bing, Caroline Bing que também os acompanha na visita ao país.

A decepção não é fruto somente da surpresa, mas também de expectativas não correspondidas. P. 132

Assim como em Orgulho e Preconceito os personagens centrais da estória se conhecem em uma festa, nesse caso em particular uma festa de fim de ano promovida pela, fútil e sempre interesseira mãe de Lizzie, Janaina Benevides. A mãe de Lizzie era e nesta versão continua sendo para mim um dos personagens mais insuportáveis que já vi, a fixação da mulher por casamento e futilidades é muito irritante, por outro lado o pai de Lizzie é um amor de pessoa que não tinha que está casado com uma mulher tão louca. Lizzie é a segunda de 4 irmãs - Jane, Lizzie, Maria e Lídia -, cada uma com suas peculiaridades, Jane é a tímida que as vezes confia demais nas pessoas, Lizzie é a confiante que cuida de si mesma, Maria é a introvertida que pouco se manifesta e Lídia é a sagaz que está sempre ativa, a última, justamente por seu jeito sempre alerta, será motivo de muita confusão.


A Lais foi super fofa e autografou o livro com dedicatória e tudo mais =D


Primeiras impressões trás o romance de Lizzie e Frederick para uma nova perspectiva, com momentos semelhantes aos retratados em Orgulho e Preconceito - já que se trata de uma adaptação -, mas também com muitos acontecimentos novos. As primeiras impressões realmente falaram mais alto nesse livro, que tem muito de seu tema central voltado para isso, o livro aborda temas como casamento e suas diversas motivações - principalmente a questão de muitas mulheres se sentirem pressionadas a casar -, confiança, diferenças sociais, negligenciamento dos pais diante de algumas ações dos filhos entre outros temas. O casal principal é uma panela fervente de emoções contraditórias, o que nos mantém atentos a estória, enquanto Frederick é um cara cheio de métricas, conservador e "calculista", digamos assim, Lizzie é o oposto, sempre disposta a fazer amizade as vezes é impulsiva e teimosa, essa mistura dos dois no motiva a ler o livro até o fim ^^.

Ele falava sem largá-la, como se ainda temesse que ela pudesse escapar. Como se tivesse medo de que Liz pudesse virar pó. Como se não acreditasse que ela estava em seus braços. P. 297

O que em minha opinião um pouco ficou a desejar foi a revisão do livro* que não ficou tão boa e acabou deixando passar coisa como palavras incompletas, nomes de personagens errados e algumas outras pequenas coisas que no fim não atrapalham no entendimento da estórias, mas que podem ser claramente notadas pelo leitor. Quanto a diagramação, adorei a ilustração da capa que concedeu ao livro um ar de clássico. Por fim, sim eu recomendo a leitura do livro. ^^

Agradeço a autora pela parceria e pela oportunidade de conhecer sua obra. ^^ ♥

* A Lais Rodrigues entrou em contato com o Amo Livros e nos garantiu que os erros serão corrigidos para a próxima impressão do livro e que a versão e-book já se encontra corrigida.

site: http://amolivrosdeverdade.blogspot.com.br/2015/02/resenha-primeiras-impressoes-lais.html#.VN5HdWewIZg
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mara sop 22/02/2015

Nem sempre as primeiras impressões são as corretas
Lizzy Benevides é uma jovem brasileira que estuda nos Estados Unidos e veio passar férias com sua familia em Buzios, aonde ela e a irmã Jane conhecem dois amigos que mudarão suas vidas para sempre. Charles Bing e Frederick Darcy são o oposto um do outro, e no começo Liz antipatiza com Darcy sem perceber que ele está completamente fascinado por ela. E para piorar a situação, nada está a favor de Darcy, já que além de timido e reservado passando a impressão de arrogante e antipático, ele é caluniado por seu ex amigo, David Wickham, para a mulher que o está enfeitiçando sem saber. Após voltar aos Estados Unidos, Liz e Darcy se reencontram em diversas situações, e mesmo jurando odiá-lo pelo resto da vida, ela também se sente atraída por ele sem entender bem o porque.

Uma adaptação moderna de Orgulho e Preconceito com uma pitada de tempero brasileiro. Super recomendo aos fãs de Jane Austen!

site: Orgulho e Preconceito, Jane Austen, Fanfic, Darcy, Elizabeth Bennet
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Vanessa Meiser 08/03/2015

Definitivamente está mais do que provado que "as aparências enganam" e que "a primeira impressão NEM SEMPRE é a que fica"!!! Estas duas frases tão clichês poderiam facilmente definir este livro tão fofo mas, seria um pecado defini-lo assim tão simplesmente, é necessário apontar todas suas qualidades que, podem apostar, são inúmeras.

"Primeiras Impressões" é uma moderna adaptação muito gracinha do renomado clássico Orgulho e Preconceito da também renomada Jane Austen, mas claro que todo mundo conhece não é mesmo, hiuahiua. Aqui temos como protagonista Lizzie Benevides, uma jovem brasileira que estuda nos Estados Unidos onde mora com Jane, sua irmã mais velha e com a melhor amiga Charlotte, as três estão de férias e de volta ao Brasil, mais precisamente em Búzios onde os Benevides comandam a pequena porém conceituada rede de pousadas da família.

Assim que chegam à Pousada, numa festa promovida pela mãe Lizzie e Jane, elas conhecem Charles Bing e Frederick Darcy, dois grandes amigos que vieram ao Brasil acompanhados por Caroline Bing, irmã de Charles. Os três compraram uma ilha particular pois, pretendem estudar a possibilidade de montarem um negócio no país. Charles e Frederick são dois conhecidos playboys que vivem rodeados de mulheres bonitas e se vangloriam de nunca terem perdido a cabeça por nenhuma delas, já Caroline, não esconde a paixão platônica e não correspondida que sente pelo amigo do irmão.

Charles é bem mais acessível e carismático que seu amigo que, mostra-se extremamente arrogante e prepotente. As duas irmãs não ficam indiferentes à beleza da dupla mas, a princípio não lhe dão muita importância porém, Jane à medida que vai convivendo com Charles, percebe-se apaixonada pelo mesmo, assim como ele por ela. Já Lizzie, não simpatiza nada com Frederick e, conforme vai ouvindo histórias sobre ele, mais convicta fica de que o rapaz é só um rostinho bonito, mas que no fundo vale pouca coisa.

Janaína Benevides é a mãe das meninas e, está muito empenhada em casar suas filhas com ótimos partidos, não importa que eles são, o importante é que tenham dinheiro e posição social. Não é uma pessoa de todo ruim, apenas ambiciosa e um tanto fútil, mas amorosa com a família. Assim que ela descobre que Frederick vem de uma família tradicional e está envolvido com política, automaticamente decide que ele é o melhor partido para sua amada mas problemática filha Lizzie, mal sabe ela que nem Lizzie e nem Frederick simpatizaram um com o outro e que eles nem sonham em tal possibilidade, quer dizer, Lizzie nem 'cogita cogitar' a ideia, já Frederick fica assustado quando percebe estar alimentando algum sentimento pela petulante e teimosa menina.

Primeiras Impressões traz a famosa história sob nova perspectiva, com fatos que lembram muito a trama original mas, que são aqui contados por uma visão totalmente modernizada e dotada de novos acontecimentos que só veem acrescentar à trama.


site: http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
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Samara MaiMa 24/03/2015

Design
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Indo um pouco na contramão de muitos livros autopublicados, Primeiras Impressões tem um projeto gráfico agradável e correto. Na primeira vez que vi a capa não entendi o que ela tinha a ver com a história, nem deste livro nem do original de Jane Austen. Mas mais para frente na história, Liz descreve uma cena muito parecida com a pintura da imagem, e aí sim vi sentido. Só que, assim... não acho que é uma capa apelativa para o leitor. Não sei se chamaria minha atenção nas estantes da livraria. Eu muito provavelmente teria que ler a sinopse para ver se me conquistava, porque à primeira vista não ia rolar.

A lombada é simples, com uma chapada do mesmo tom de azul predominante da capa, e a imagem reaparece rebaixada na quarta-capa. A sinopse da forma como foi escrita não necessariamente me chama a atenção. Para mim esse texto caberia melhor no final de uma sinopse mais robusta, nas orelhas, e não como as informações que tem a "obrigação" de terminar de me vender o livro. Falando nas orelhas, achei meio estranho as informações da autora estarem na orelha esquerda, que tradicionalmente é onde se utiliza como área de sinopse da história. No fim, a orelha direita ficou vazia e a "primeira impressão" é que faltou conteúdo para as áreas textuais.

O miolo é bem correto, mas sem muita criatividade. Existe aquela "necessidade" estranha de colocar várias fontes diferentes ao longo do projeto, aparecendo uma família na abertura de capítulos numeradas, outra para o miolo, e outra na capa. Em compensação o miolo tem uma boa mancha, ocupando adequadamente a página com margens relativamente equilibradas. Achei bom juntar as informações que normalmente constam no cabeçalho com as páginas no rodapé, liberando o topo e deixando o texto mais arejado, mas não vi motivo para escrever o número do capítulo ao invés do nome da autora e o título do livro. Como o livro não tem nome para os capítulo, não vi muita necessidade de um sumário formal.

Eu particularmente gosto quando o projeto gráfico usa as marcações de diálogos "americanas" com aspas ao invés de travessão, como foi feito aqui. Quando o livro não tem uma revisão muito boa sempre sobram travessões nos meios dos diálogos, criando dúvida quando é realmente uma fala do personagem ou quando é comentário do narrador entre as falas. =/

História
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Vamos a um momento de confissão: nunca li Jane Austen. Nem ela, nem vários dos considerados autores CLÁAAAAHRSSICOS. Charlotte Brontë, Charles Dickens, Dumas, Tolstói, ... Então, o que eu conheço de Orgulho e Preconceito vem basicamente do filme de 2005, com a Keira Knightley, e tenho a impressão que ele é bem enxuto em relação ao livro original.

Então, quando a Laís me enviou a oportunidade de ler sua modernização de um dos texto mais famosos de Jane Austen não pude recusar. E foi uma experiência muito agradável conhecer os personagens em um ambiente mais contemporâneo aos dias atuais.

A família Bennet virou Benevides, em sua versão brasileira. Em Búzios eles são donos de algumas das pousadas mais famosas da região. As duas filhas mais velhas estão retornando dos EUA depois de um período de estudos, para passar as festas de ano novo com seus pais e irmãs mais novas.

As primeiras páginas são para apresentar cada um dos membros da família Benevides: a mãe Janaína, fútil e escandalosa; Sr. Benevides é o pai que atura todas as mulheres, cada uma com suas loucuras; Jane, a mais velha, é doce e tímida; Liz tem espírito forte e é independente; Maria é o bichinho do mato, antissocial que só quer ficar no mundinho dos livros e no seu próprio quarto (me identifico); e a caçula, Lídia, que é uma porralokona, muito parecida com a mãe e de quem eu não gostei nem um pouco. Ela inclusive é o motivo de um dos conflitos mais horríveis do livro, entre Liz e Fred. Hunf!

Vindos dos EUA os irmãos Charles e Caroline Bing, e seu melhor amigo Frederick Darcy, estão em Búzios para estudar o ambiente onde o Bing pretende abrir uma franquia de seu restaurante. Por ser uma família influente, os Benevides convidam os três estrangeiros para a festa de fim de ano. E é lá que começam todos os encontros e desencontros dos personagens ao longo do livro.

Primeiras Impressões, assim como sua fonte de inspiração Orgulho e Preconceito, é uma história que gira em torno de mal entendidos, preconceitos, um pouco de instalove e aquele tipo de romance que começa com “eu te odeio” e que vira “eu te amo”. O instalove e a falta de diálogo entre Charles/Jane e Liz/Fred me incomodam um pouco. Mas eu curto o desenvolvimento do relacionamento de Liz e Fred. Por mais que Liz seja uma personagem extremamente insegura e influenciável, ela muda de opinião muito facilmente sem realmente confirmar as informações, consegui achar a jovem interessante. O livro flui bem e a história é boa, mas tive uns probleminhas aqui ou ali ao longo da leitura.

Quando comecei Primeiras Impressões tive um baque bem forte. O estilo da autora é muito formal. Para um livro que pretende ser uma releitura moderna de Austen eu achei que "a voz" do narrador não estava funcionando e a linguagem foi um dificultador durante os primeiros capítulos. A impressão que eu tinha era que os personagens e a narração combinavam mais com uma história dos anos 1920 do que com os 2010. Em dado momento acho que meu cérebro parou de lutar contra a leitura e diminuiu o senso crítico. Daí em diante eu consegui absorver melhor a história e curtir mais a leitura. Mas até acontecer essa virada mental, sofri um pouco com o que pareceu uma inconsistência de estilo com a proposta da história.

Não entendi muito bem qual foi a necessidade de colocar os personagens tão geografica e culturamente apartados. Fazer com que a família Benevides fosse brasileira e que os outros personagens viessem de um outro país me incomodou um pouco. Também me incomodou o fato de as personagens serem enviadas para fora do país para terem uma “educação apropriada”. Todo mundo sabe que educação não é o forte aqui no Brasil, mas né… Não sei qual é a vivência da autora, mas eu preferiria que ou ela assumisse que todos os seus personagens eram brasileiros ou americanos. Essa mistura não foi tão legal, principalmente porque não existe muito a “quebra” de momentos onde os personagens “falam” em português ou em inglês. Para mim era português o tempo todo e isso não fazia sentido uma vez que três personagens nem falam nossa língua.

Como já comentei não conheço a história original da Jane Austen, por isso não sei se lá os Bennets são de um país diferente de Darcy e dos Bingley. Então não sei se a autora estava mantendo e respeitando a mesma estrutura geográfica para os personagens.

Apesar de ter gostado do relacionamento de Liz e Fred demorei para entender a virada dos sentimentos dos dois, e de certa forma ela pareceu ter acontecido de forma um tanto abrupta. Hoje te odeio, amanhã gosto de você. Daqui há um mês… veremos. Ainda sobre o relacionamento dos dois, uma coisa me deixou intrigada. A autora constrói sua história dando um certo peso na informação de que Liz ainda é uma jovem virgem. Acontece que durante o envolvimento da moça com Fred, em várias situações eles ficam juntos, com insinuações de tchanãnã. Só que, por mais despreocupada e desinteressada que Liz possa ter sido descrita, a primeira vez de uma mulher não deveria ser alardeada e não “resolvida” ao longo da história. Se a autora não iria desenvolver esse plot no relacionamento de Liz e Fred, não havia necessidade em dar tanto valor para a informação no começo da história.

Queria ter ouvido a voz de Darcy ao longo da história, que ele tivesse seus próprios momentos de PoV. Como Liz é dada a mudar de opinião muito fácil, dependendo de quem está lhe passando as informações (ao invés de ir confirmar com quem realmente importa), você fica um pouco preso somente à sua visão das coisas. Acho que se houvesse a voz masculina de Fred em alguns momentos da história, ela teria ficado mais rica e ainda mais interessante.

Se esta é a primeira obra de LRDO merece um grande aplauso pela qualidade. Por mais que eu tenha tido um início mais travadinho, a autora conseguiu me envolver e me conquistar até a última página. Me deixou intrigada com algumas decisões para a história e isso às vezes é muito difícil para um primeiro livro de autor estreante.

Coisas boas que vieram pós-leitura de Primeiras Impressões. 1) Ter a oportunidade de trocar minhas percepções e dúvidas direto com a autora. Laís foi super receptiva e completamente aberta às minhas questões. Trocamos vários emails conversando sobre o desenvolvimento da história e dos personagens. Algumas coisas que escrevi aqui na resenha debati com a autora, dando um novo caminho para reflexão e novas possibilidades de versões para a história. ^.^

2) Definitivamente, preciso ler Orgulho e Preconceito/Pride and Prejudice, e pretendo fazer isso na língua original. Sei lá, eu gosto muito de ler os livros que já foram lançados por aqui em português, mas Jane Austen é um CLÁAAAAHRSICO e acho que merece ser lido na língua em que foi pensado e escrito.

Para os fãs da autora britânica, em 2012 foi lançada uma webserie no youtube com a mesma proposta que a Laís teve para Primeira Impressões, de modernizar e aproximar das pessoas “de hoje” a história de Lizzie e Darcy. Se vocês não conhecem, vale acompanhar os 100 episódios no youtube!

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Gostou da resenha? Então visite meu blog e leia todas que já escrevi. ^.^v

site: www.parafraseandolivros.com.br
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Ana P. Maia 06/04/2015

Primeiras Impressões pelo The Queen's Castle
Saudações nobres,
Essa resenha encontra-se na íntegra no blog, e contém além dos comentários sobre a obra de Lady Laís, um especial sobe Orgulho e Preconceito

É a segunda releitura de Orgulho e Preconceito que leio em pouco tempo. E o mais interessante é notar as diferenças que os autores foram capazes de estabelecer e ainda assim deixar os personagens muito fiéis à obra original.

Ler "Primeiras Impressões" trouxe de volta os mesmos sentimentos em relação à Lizzie e Darcy. O relacionamento dos dois é complexo, mais pelas personalidades/responsabilidades/preconceito dos dois.

Nessa visão da Lady Lais, Charles Bing é dono de uma rede de restaurantes bem sucedida e deseja abrir um filial no Brasil. Que melhor lugar para se decidir do que numa ilha particular em Búzios? Charles é um tanto avoado e crente nos comentários daqueles que o cercam, basicamente um inocente...
Darcy acompanha-o para se assegurar de que o amigo não fará nenhuma das loucuras das quais está acostumado, ou mesmo se aventurar num romance que não dará em nada, além de desilusões. Devo destacar que pude imaginar bem o bronzeado de escritório que Darcy possuía. Falando em Darcy: “Oh Darcy...” há algum modo de não nos apaixonarmos por tal personagem? Seja um cavalheiro, um hispter ou um político renomado, ele sempre achará uma brecha em nossos corações. Na versão de Lady Lais, consegui até mesmo achá-lo menos arrogante, mais desesperado e mais apaixonado. E por último, na bagagem temos a doce Caroline, numa versão tão antipática quanto em qualquer uma que venha a existir.

Girando o panorama para as Benevides, nos vemos metidos no ramo/negócio hoteleiro. As pousadas da família estão cada vez mais famosas e lucrativas, renda essa que proporciona uma educação impecável às meninas, com direito a intercâmbio e faculdades no exterior.
A escolha da profissão de Jane foi uma surpresa: confesso que imaginar Jane como advogada é um tanto complexo, não consigo ver a personagem como advogada de acusação, somente de defesa, nos casos que acredita piamente no seu cliente. Por outro lado, Lizzie está no lugar certo! Ela deve ser uma escritora, é o que esperamos e almejamos que ela seja. A visão de uma Lizzie com corpo escultural e pele dourada também me surpreendeu, esperava a pele pálida de uma rata de biblioteca.

Um dos pontos mais interessantes, como já citado, foi ver parte da narrativa se desenvolver no Brasil, enquanto lia, ri enquanto falavam da temperatura da água em Búzios, perdoe-me cariocas, nunca achei a água daí numa temperatura que me fizesse arriscar sair da areia...

Notei também, que assim como em "O Diário Secreto de Lizzie Bennet" a personagem Kitty foi deixada de lado. Como ela é basicamente uma cópia da Lídia, não se nota esse pormenor.

Quanto ao enredo, não há críticas. A história segue seu rumo, sem grandes divagações e nos mostra os perigos de "primeiras impressões" e de pré-julgamentos. Lizzie, sobretudo, é quem mais erra nesse ponto, se enganando por mais de uma vez e sendo certamente injusta em uma delas.

A participação maior de Georgiana dá um toque especial aos Darcy, deixando entrever o outro Frederick. Aquele que gostamos de imaginar e que raramente se deixa ver nas páginas do livro.

E o que seria de Orgulho e Preconceito sem o grande escândalo? A meu ver o final de Wickham, deixou algo a desejar - não por inabilidade da autora - mas por desejar vê-lo sofrer... Confesso que também gostaria de torturar um pouco Lídia e Janaína por sua incapacidade de educar uma das filhas.

A relação dos pais das Benevides, aqui é menos aparente do que na obra de Jane Austen, as meninas se viram melhor sozinhas, como uma amostra de que os tempos são outros e que as jovens levam uma vida mais afastada da casa paterna.

Concluo respondendo a uma das perguntas feitas à Lady Laís em sua entrevista: Por que ler Primeiras Impressões? Porque é um excelente romance por si próprio, sem precisar se valer de sua inspiração. E para os fãs de Jane, é um alento, um carinho e uma demonstração imensa de admiração!

site: http://booksandcrowns.blogspot.com.br/2015/04/primeiras-impressoes.html#more
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Claudia 06/03/2023

Essa se tornou minha adaptação preferida dos livros da Jane Austen. A Lis é uma pessoa maravilhosa, decidida e forte, e o Frederick (para mim uma junção de Darcy e nosso Capitão de Persuasão) faz jus a um herói da Austen.
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Erika Costa 26/05/2015

[RESENHA] Primeiras Impressões - LRDO
Olá People!!!! Como vocês estão? Eu estou bem :3
Hoje trago a resenha do livro Primeiras Impressões, cedido pela nossa autora parceira Laís Rodrigues. Assim que li os dois primeiros capitulos do livro, disponibilizado no Wattpad, já amei. A história chamou bastante a minha atenção, pois ele é baseado no livro Orgulho e preconceito - Jane Austen, porém ele se passa entre o cenário brasileiro e americano.

Vamos lá saber o que achei do livro XD


A trama consiste na família Benevides. Nele somos apresentados à Janaína e Antônio Benevides, eles são pais das meninas: Liz (Lizzie), Jane, Lídia e Maria.

Janaína é uma mulher muito vaidosa e quer ver uma de suas filhas casada com um bom partido. Antônio, ao contrario de sua mulher, é calmo e quer apenas que as filhas sejam felizes. Liz possui uma beleza e elegância natural, porém não sabe usá-la muito bem. Jane, a mais velha das irmãs, é extremamente bela. Lídia, a mais nova, é a favorita da mãe por se parecer com ela, é divertida, engraçada e a única que tinha a paciência de acompanhar Janaína no salão e nas compras. Bem, Lídia já foi expulsa de varias escolas e nesta última expulsão, ela foi flagrada no banheiro com um colega de classe, que segundo a diretoria, eles estavam praticando atos libidinosos.

Continue lendo no Blog > http://maisumpracolecao.blogspot.com.br/2015/02/resenha-primeiras-impressoes-lrdo.html

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Beta Oliveira 07/06/2015

Com uma inspiração tão perfeita, "Orgulho & Preconceito" de Jane Austen, gostei de como a autora adaptou e modernizou algumas situações criando encontros e desencontros entre as Benevides, os Darcy e os Bing na ponte aérea Brasil-Estados Unidos.

Confira o texto completo no Literatura de Mulherzinha

site: http://livroaguacomacucar.blogspot.com.br/2015/06/cap-1038-primeiras-impressoes-lrdo.html
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