Histórias de Fantasmas

Histórias de Fantasmas Charles Dickens




Resenhas - Histórias de fantasmas


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Aline Teodosio @leituras.da.aline 12/08/2017

Esse foi meu primeiro contato com Dickens e posso dizer que não decepcionou. Dickens é um autor de escrita impecável, cult, elaborada e elegante. Os contos são muito bem construídos e as narrativas fluem de forma agradável e natural.

Não esperem, porém, por histórias sangrentas, com violência e vísceras. Não! As Histórias fantasmagóricas de Dickens são sutis, mas suscitam aquele arrepiozinho na espinha. Lembram daquelas histórias que muitas vezes ouvimos de pessoas mais velhas, e que de noite, olhávamos embaixo da cama para nos certificarmos de que nada havia mesmo por lá? Pois é. Histórias de fantasmas são contos nesse estilo, mas claro, com a maestria de um autor consagrado.

Destaque para 'O sinaleiro', 'A história dos duendes que sequestraram um coveiro' e 'A noiva do enforcado'. Destaque também para 'Uma criança que sonhou com uma estrela', que não é propriamente assustadora, mas é, digamos, "fofa".
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Patrick 19/05/2017

A prosa é gostosa
... mas essas Histórias de Fantasmas estão mais pra Histórias de Gambá; uma perseguição de carruagens narrada como metáfora sexual é novidade pra mim, Dickens era um malandrão.
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Gláucia 20/04/2017

Histórias de Fantasmas - Charles Dickens
O título e a capa assustam mais; talvez Dickens seja incapaz de conseguir assustar alguém. Já emocionar... ah nisso ele é bom. Me fez chorar num livro de contos de fantasmas com o singelo "Uma Criança Sonhou Com Uma Estrela". E me fez rir muito em "O Barão de Grogzwig".
"O Sinaleiro" é bem conhecido e achei um conto perturbador.
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Iva 10/08/2016

Contos deliciosos
Não espere contos de terror, vampiros, lobisomens, demônios. Não, são contos como os que meus avós contavam à beira do fogo, na tradição inglesa, escritos de maneira deliciosa, levemente irônica, e também certa ingenuidade, não com o intuito de gerar medo, mas como uma boa conversa onde amigos contam histórias que felizmente nunca aconteceram com o narrador, mas com o tio da prima do vizinho...O primo da tia do avô do padrinho, etc. Está na categoria de Daniel Defoe, Le Fanu, e outros do gênero.
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Inlectus 25/10/2014

Bom.
Terror clássico com toques subliminares.
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Gêh 28/02/2013

Achei um livro muito bom! O mais interessante desta obra é que o autor utiliza-se notavelmente de histórias populares de sua época em uma linguagem de fácil compreensão.
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Mara Vanessa Torres 07/04/2012

Os fantasmas de Dickens
No último dia 7 de fevereiro, o Reino Unido prestou uma grande homenagem ao bicentenário de Charles Dickens, considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Mundialmente conhecido pelas histórias espetaculares e personagens cativantes, Dickens inspirou a criação de um parque temático em Kent, à leste de Londres, onde sua vida e obra podem ser conhecidas com mais proximidade.

Com obras que circulam dos problemas familiares às condições desumanas de miséria da época, o escritor britânico retratou o melhor e o pior da capital que exalava modernidade e, ao mesmo tempo, flertava diretamente com a pobreza, a exploração do trabalho infantil e o esquecimento das relações fincadas no amor e solidariedade. Dickens deu vida à personagens imortais como Oliver Twist, David Copperfield, Philip Pirrip (Grandes Esperanças) e o odioso (depois convertido) Ebenezer Scrooge.

Meu primeiro contato com Charles Dickens ocorreu quando li Retratos Londrinos, um reflexo de humor sério (por mais paradoxo que isso possa parecer) da Londres do século XIX. Alguns anos depois, decidi me aventurar em outras obras até parar na compilação de contos organizada pela editora L&PM. "Histórias de Fantasmas" (L&PM, pág.192) inclui treze contos com o melhor dos fenômenos sobrenaturais e fantasmagóricos na visão de Dickens, que demonstrava ter um grande interesse nesse tipo de conteúdo. Terror, suspense, atmosfera espectral e inúmeras lições de vida estão reunidos em histórias como "Manuscrito de Um Louco" (A Madman's Manuscript), onde um homem esconde sua insanidade atrás da fortuna e da falta de observação da sociedade. A vida social parece estar mais interessada em acreditar no que visualiza na superfície, amparando à sua própria conveniência) e "O Barão de Grogzwig" (The Baron of Grogzwig), narrativa que traz o desespero de um nobre ao ser 'encarcerado' em uma vida doméstica, longe de seu séquito de caçadores e amigos e assistindo, a cada novo ano, ao nascimento de um(a) filho(a) e diluição da fortuna. Em algumas partes do conto, parece que Dickens toma o personagem do barão para si, procurando sempre uma saída para o que, em uma análise precipitada, parece impossível. Particularmente, é um dos meus contos preferidos e o enredo acompanha um final surpreendente.

A maldade humana também se faz presente em histórias como "Uma Confissão Encontrada no Cárcere à Época do Rei Carlos II" (A Confession Found in a Prision in the Time of Charles the Second) e "A Noiva do Enforcado" (The Hanged Man's Bride), com a descrição de assassinatos e torturas terríveis, envolvendo a figura infantil e feminina. Mas como nem só de desgraças vive a humanidade, Dickens presenteia o leitor com o comovente "Uma Criança Sonhou Com Uma Estrela" (A Child's Dream of a Star), conto que aborda a morte na perspectiva de um garotinho e da saudade que ele tinha da irmãzinha. Ao final da narrativa, eu estava com os olhos inundados.

Outro conto que merece destaque por sua ironia fina e difusão de suspense é "O Julgamento por Assassinato" (The Trial for Murder), com assertivas que nunca irei esquecer: "Entre nós havia um conselheiro paroquial - o idiota mais completo que já vi - que via na mais comum das evidências as mais disparatadas objeções e que estava ladeado por dois paroquianos parasitas e débeis; todos os três listados como jurados de um distrito tão esvaziado pela febre que eles mesmos deveriam estar sendo julgados por quinhentos assassinatos". Uma caricatura que vai além das portas dos tribunais e circula pelas ruas, igrejas, casas, escolas.

Charles Dickens me remete ao grande escritor brasileiro Machado de Assis, tal é sua capacidade de observação e distinção da realidade social, com ironia fina e bom humor. O programa Globo News: Espaço Aberto - Literatura fez uma reportagem especial pelas comemorações dos 200 anos de Dickens, fato que também foi lembrado pelo buscador (e quase acionista majoritário dos serviços na rede) Google.

A coletânea "Histórias de Fantasmas" vale cada sensação, permitindo conhecer de perto o lado mais sobrenatural de Dickens. Contando com diferentes tradutores, é mais uma alternativa para desvendar o trabalho do grande escritor e contista inglês, que conta com mais de 30 livros e quase todos já traduzidos em português. Muito mais do que fantasmas, Dickens faz emergir esperanças e remorsos humanos.
Priscila 08/07/2018minha estante
Adorei sua resenha! Estou terminando de ler o livro e gostei de suas observações sobre as histórias e sobre o autor. Me incentivou,ainda mais, a ler os livros de Charles Dickens.




Bruno 26/01/2012

Não era bem o que esperava
Bem decepcionado com o livro, mas talvez por minha própria culpa. Acho que, quando alguém lê esse título, imagina que vá encontrar algo com um mínimo de suspense, o que não foi o caso. São só histórias de aparições ou fatos curiosos relacionados a pessoas mortas, mas não vai muito longe disso. Se bem que, quando um conto num livro com esse título começa com "Essa não é uma história de fantasmas", algo está errado, não é mesmo?

Destaque positivo para dois contos: "Uma criança sonhou com uma estrela", que trata de como um garoto lida com a morte de entes queridos através dos anos; e "A noiva do enforcado", essa a mais próxima do que eu esperava do livro, com algum suspense, ainda que de leve. O conto que fecha o livro, "Visita para o Sr. Testante", também vale ser lido. É rápido e, se não assustador, é ao menos cômico (e curioso).
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Pandora 18/06/2010

Essa e outras resenhas em www.trocaletras.wordpress.com

Charles Dickens é conhecido pela sua história “Um conto de Natal”, que deu origem à animação “Os fantasmas de Scrooge” (muito bom, recomendo).
Dickens escreveu muitos contos sobre fantasmas e sobre fantasmas natalinos.
Esse livro é constituído por 13 contos de fantasmas.
O livro começa muito bem, com o conto “O sinaleiro”, que me deixou animada a continuar lendo. É um conto bastante forte, surpreendente! Prossegue com “Manuscrito de um louco”, igualmente empolgante.
Algumas histórias de Dickens costumam ter uma moral, e o conto “O barão de Grogzwig” segue essa linha. Na sequência, o conto “Uma confissão encontrada no cárcere à época do rei Carlos II” também empolga, com sua escrita densa, assombrosa.
Os contos de Dickens não são apelativos e não se baseiam na presença do fantasma para assustar, e sim em atos que culminam com a aparição. Te deixa tenso e curioso para saber o que levou à aquela cena.
O conto “Uma criança sonhou com uma estrela” foge bastante do estilo dos demais, mas eu gostei. E “A noiva do enforcado” é muito interessante, um suspense bem legal.
Como todo livro de contos, existem os contos bons e os ruins. Mas posso afirmar que os bons, são MUITO bons!
Recomendo!

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