Preconceito Linguístico

Preconceito Linguístico Marcos Bagno




Resenhas - PRECONCEITO LINGUÍSTICO


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cahlendo 07/04/2024

O Preconceito Linguístico...
Essencial para quem se interessa por questões de ciências sociais, linguística e/ou educação. É importante ter coração aberto para ler; do início ao fim.

Aqui Marcos Bagno escancara o preconceito diante da forma de como o indivíduo fala como a máscara do preconceito social/sociocultural, utilizando diversas linhas de raciocínio com linguagem simples e argumentos completos, alfinetando sem remorso alguns autores no mundo de Estudos Literários, Língua Portuguesa e Jornalismo de vez em quando.

Uma das questões que me interessou, por exemplo, é de como ele demonstra que nosso sistema educacional de ensino de Língua Portuguesa é obsoleto, desnecessário, e precisa mudar. A proposta é um ensino menos preconceituoso (que não ridiculariza sotaques, vícios ou gírias), porém que reaproxima os alunos da norma-padrão sem intimidar. Bagno comprova demonstrando que muitos cidadãos aprendem o que é uma oração subordinada substantiva restritiva (sem nunca necessitarem dessa informação na vida prática adulta), mas mal sabem executar determinado tipo de texto argumentativo para convencer certo público, ou sofrem dificuldade de interpretação textual no dia a dia. Sugere que o ensino da Língua Portuguesa deveria propor técnicas de interpretação textual, ampliar o repertório linguístico e a competência comunicativa dos alunos. Além disso, prova que a escrita vive a serviço da fala, e não o oposto.
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Julia 26/03/2024

Linguística, política e (muito) sarcasmo
Nesse livro, Marcos Bagno consegue discutir sobre vários tópicos que cercam o cruel universo do preconceito linguístico no Brasil. Uma leitura leve, engrandecedora e que eu considero até divertida, devido ao alto teor de ironia e sarcasmo do autor. Além disso, é um livro muito politizado que aponta o dedo e dá nome aos autodominados "defensores da língua culta" . Um livro essencial a todo letrando.
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Cris609 20/02/2024

Longe de comparar-me ao preconceito aqui tratado, muito me interessou a temática do livro. Na minha casa saber o português exato era motivo de soberba e vaidade. Ai de quem fizesse uma concordância errada ou trocasse um pronome: era esculachado com muita euforia por parte daqueles que detinham a joia rara do conhecimento das letras. E eu estava no time das constantes humilhadas.

Marcos Bagno apareceu como um redentor na minha vida, mostrando o quanto a linguagem nada tem a ver com a norma-padrão e que o estudo da gramática só tem razão de ser quando ela não é vista como um fim em si mesmo. Não existe língua no mundo que seja uniforme e homogênea.

A ideia de que o português é muito difícil e de que seu uso é destinado apenas aos iluminados portadores de todas as regras só serve para manter o status de classes privilegiadas. A gramática não pode ser um instrumento de poder, controle social e exclusão cultural. A educação linguística contemporânea deve passar por leituras, releituras, escritas e reescritas para a inserção dos jovens na cultura letrada, que acontecerá de forma intuitiva.

Nas palavras do autor, ?a doutrina gramatical tradicional, cristalizada nos compêndios normativos, é a fonte de onde jorra, há mais de dois mil anos, o conjunto de mitos que configuram a ideologia do preconceito linguístico.? A língua é viva e, como tal, está em decomposição e recomposição permanente. Ensinar português é a tarefa de letramento constante. Ler e escrever ininterruptamente.

Existe um mito ingênuo de que a linguagem tem a finalidade de comunicar e transmitir ideias. Na verdade, ela é muitas vezes um poderoso instrumento de ocultação da verdade, de manipulação do outro, de controle, de intimidação, de opressão. Relegar a tarefa de comunicação apenas a uma parcela detentora dos códigos é a garantia da dominação dos excluídos.

Portanto, na tarefa de educar, é crucial dar a voz ao outro, reconhecendo o seu direito à palavra e encorajando-o a manifestar-se. Ensinar para o bem é acrescentar e não rebaixar a autoestima do indivíduo, assim como fizeram comigo. É preciso ventilar esse conceito para que mais vozes acanhadas ganhem visibilidade e um lugar ao mundo.
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Victória Silva 04/02/2024

Importantíssimo
Um retrato do preconceito sobre a língua que, em muitos casos, está impregnado em nós. Muitos ensinamentos e reflexões.
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Marcia 17/01/2024

?Como todo preconceito, o linguístico é a manifestação, de fato, de um preconceito social, porque o que está em jogo não é a língua que a pessoa fala, mas a própria pessoa como ser social.?

?Rejeitar a língua é rejeitar a própria pessoa e a comunidade de que ela faz parte.?
Livro: Preconceito Linguístico do escritor Marcos Bagno.
Há alguns anos que queria ler esse livro e gostei muito.
Esse livro aborda vários pontos importantes referentes a nossa língua, aos antigos preconceitos e reflexão sobre as diversas nuances.
O escritor , claro, defende o estudo porém defende o fato que nosso Brasil é muito grande e existe diferenças na linguagem de um lugar para outro.
Leitura rápida, fácil e muito importante. 
Valeu!
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Eliane406 01/01/2024

Os mitos da Língua Portuguesa
?Uma verdade incontestável é que o mundo evolui cronologicamente e com ele tudo que está à sua volta, assim como os seres humanos e seus modos de comunicação, a língua mais antiga que se tem relato é o Acádio que data do século 14 A.C., são milhares de anos de história e ainda assim em 2023 temos registro de pessoas que sofrem com preconceito linguístico, aquele pré concebido dentro dos padrões criados para agradar apenas um grupo.

Marcos Bagno desmitifica com poucos capítulos a raiz desse preconceito e como a discriminação deve ser combatida, principalmente por aqueles que estudam ou estudaram as ciências das linguagens (letras) e aplicam com afinco esses ensinamentos.

Os fenômenos da linguagem, as variações linguísticas, a cultura, as regionalidades, tudo faz parte de como o falante dessa língua interage e se comunica, não há padrão, pois a língua brasileira é multifacetada e com origens distintas, mostrando como é rica e encantadora. Marcos Bagno é contundente em sua maneira honesta de tomar partido em prol do conhecimento, com isso conquista entusiastas amorosos e odiadores incondicionai, esses últimos temem a ver suas ilusões destruídas.

?""Ensinar Português" tem que ser, antes de mais nada, ensinar a ler e a escrever. A tarefa da educação linguística é a tarefa do letramento constante e ininterrupto dos alunos."pág.170
(cáp. O que é ensinar português?)
Leitorconvicto 01/01/2024minha estante
Livro q abre visões




manu 27/05/2023

Ver a língua com um olhar mais inclusivo
Acho maravilhoso como esse livro vai sendo atualizado pelo autor, tal qual nossa língua ? e exatamente por conta disso acho a leitura maravilhosa, acessível, bem didática e introdutória para estudos mais profundos de linguística. Acabo recomendando pra qualquer um que tenha preconceitos internalizados (inclusive pra mim mesma quando cometo alguns rs)
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Isa Riva 28/04/2023

Decoreba
A escola pediu para a gente ler e, como era um seminário, tínhamos que decorar o máximo de informações e termos complexos que fosse possível. Por conta própria, nunca que eu leria esse livro, mas não era um bicho de sete cabeças como haviam me falado

????????
Cecí 28/04/2023minha estante
Tem livros bons na escola, pode não parecer ksks


Isa Riva 28/04/2023minha estante
Eu sei, eu sei. Já li Percy Jackson pela escola, Enola Holmes, Droga da Obediência. Todos livros incríveis


Cecí 28/04/2023minha estante
Muito bom ??




Danniki 11/03/2023

Você tem certeza que sabe o que é preconceito?
O livro foi publicado originalmente em 1999, porém ganhou nova atualização em 2015 e por isso quando você for comprar perceberá que há duas capas diferentes.

Eu estava lendo as resenhas antes de fazer a minha, e lamento profundamente que as pessoas afirmem que o autor expõe as pessoas de uma forma desnecessária, inclusive acusam que Marcos mistura a opinião pessoal com política. O motivo da minha lamentação é que as pessoas não entenderam o significado do livro!

Trecho retirado do nosso querido tio Google:
O preconceito é um julgamento formado antecipadamente, caracterizado principalmente por não ter lógica ou fundamento crítico. Geralmente, ele é expresso por meio de atitudes discriminatórias, para com outras pessoas, tendências de comportamento, crenças e sentimentos.

Agora que você já sabe qual o conceito da palavra preconceito, o autor apenas expõe as pessoas como o título exige. Mostrar as fontes são fundamentais como provas! Ainda lidamos com as ingenuidades das pessoas que afirmam tal informação sem apresentar ou aprofundar das fontes! É o que está acontecendo com a linguagem neutra, estou apenas acrescentando e olha que eu sou pessoa surda com fluência da Língua Brasileira de Sinais (Libras)!

O autor cita brevemente a Libras e eu fiquei muito feliz! Achei indignante como as editoras e jornais aprovaram conteúdos discriminatórios! Outro ponto que eu achei muito interessante é que há possibilidade que nas escolas, os métodos não sejam adequados para alunos e acabam destinando-os como Neurodivergentes. Por que eu achei interessante? Porque eu conseguia estudar, nunca tive hiperfoco e eu poderia ter TDAH, mas na realidade é por falta de interesse mesmo. Eu gostava muito das aulas de português e biologia, os professores eram dinâmicos e legais que me faziam lembrar com facilidade das matérias, por exemplo.

O autor defende que os métodos tradicionais das escolas precisam mudar, e que não adianta a gente copiar e decorar. A gente tem que ter uma dinâmica diferente e aprender o que realmente é útil no dia a dia. Um ponto que eu realmente tenho que concordar com Marcos, é que qual o sentido de fazer vestibular com perguntas de todas as disciplinas que não serão estudados para o curso, por exemplo, Direito. Eu sempre me fazia essa pergunta e até hoje mantenho a opinião firme, e vendo um linguista expor essa opinião profissional, já que a pessoa estuda o fenômeno da língua, me faz sentir que estou no caminho certo.

Preconceito não é bonito, então o autor apenas mostra a realidade e defende os brasileiros, mostrando várias provas tristes em relação à política. Os políticos que não tem estudo educacional, querem impasses na gente que de fato prejudica. Mas por que a política está sendo citada aqui? Porque tudo é política, só o fato de você estar vivo é uma questão política, pois você estuda e trabalha para se sustentar. Então o preço da sua vida é graça a política, assim como a fala, a conversação também envolve a política.

Outro ponto que achei interessante, é que o autor apoiou o fenômeno do @ e X no lugar da letra. Mas hoje sabemos que esses dois caracteres excluem os cegos (por favor, procure os cegos e conversem a respeito!), então tenho certeza de que os linguistas de hoje estão atualizados da informação e apoiam a linguagem neutra, que sim, ela inclui todos nós! É importante que tomemos cuidado da fala capacitista, lembrando que eu sou surda e uso essa linguagem para me atribuir do meu gênero neutro.

É importante que limpe a mente e leia o livro, e pesquisar as fontes confiáveis (Não de boca para boca, e muito menos daqueles que não tem lugar de fala!). Aliás, é muito triste que as pessoas tenham coragem de bater o peito contra os linguistas! A linguística estuda entender o fenômeno histórico e do momento atual, e quem somos nós para contradizer os especialistas da língua?!

Eu já admirava os linguistas e hoje admiro mais ainda! Planejo ler mais livros a respeito do fenômeno da nossa língua. Portanto super indico a leitura!

site: https://www.instagram.com/autore.danniki
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Rafael.Longo 06/01/2023

Necessário
?Preconceito Linguístico? se constitui, cada vez mais, como leitura necessária para professores e pesquisadores de língua. Nele, Bagno se debruça sobre as origens do preconceito linguístico e os efeitos desse, com exemplos práticos.
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Carolina Corrêa 27/10/2022

Bom, com reservas críticas
O livro é rico em informações históricas e um deleite para estudiosos ou apreciadores de gramática.
No entanto, o autor se perde quando passa a envolver política de forma tendenciosa, muito pessoal e até postulatória.
Ataques a autores com opiniões divergentes também não são admiráveis.
É um bom livro pelo conteúdo da língua portuguesa, mas deve ser lido com reservas e cuidado críticos.
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Anderson Menezes 21/10/2022

Para Todos
Eu amo a sociolinguística e esse livro é para todes, todas e todos e a quebra do preconceito coma forma do outro falar e aceitar que a língua está sempre em mutação.
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andré 07/10/2022

Acho que todos os que fazem Licenciatura em Português, linguistas e curiosos da língua devem ler este livro.
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samuca 24/07/2022

Sensacional
Uma escrita fácil de ser compreendida e esclarecedora sobre os preconceituosos acerca da forma de falar.
Tirei dúvidas, sai da leitura aprendendo muito.
Recomendo
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Luke 04/07/2022

Transformador
Me faltam palavras pra falar sobre todos os sentimentos que esse livro me causou. Pra resumir tamanho impacto, eu digo com certeza que existia uma versão minha antes dessa leitura e existe agora outra após ela. Bagno é gigante e não tem medo de fazer justiça à língua. Acredito que todos, sem exceção, estudantes/profissionais das ciências da linguagem ou não, deveriam ler essa obra que é principalmente política. Um dos melhores livros que já li sem sombra de dúvidas.
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