Uma Pequena Casa de Chá em Cabul

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul Deborah Rodriguez




Resenhas - Uma pequena casa de chá em Cabul


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Tatiana.Nagano 10/04/2020

Perfeito
Em todas as suas formas esse livro é maravilhoso. Fala de mulheres fortes que sobrevivem em uma realidade tão distante da nossa. Realmente sofri por ter terminado o livro, gostaria q tivesse durado mais tempo.
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Van_woods 14/02/2020

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Divertido. Porém não foge do clichê.
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Jaine Franco 06/02/2020

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Eu sempre gostei de ler livros ambientados no Oriente médio, saber mais sobre as pessoas e a cultura dessa região sempre foi algo que me atraia para essas histórias.
E essa é a razão para eu ter lido #UmaPequenaCasaDeChaEmCabul

Aqui a autora conseguiu pegar temáticas importante e difíceis e colocar numa história cheia de clichês e coincidências que no final vai fazer com que todos fiquem felizes para sempre. Algo que ao final da leitura ao refletir sobre ela me incomoda um pouco.

Massss eu tenho que ser justa e dizer que durante toda a leitura eu amei esses personagens, fiquei envolvida pelo aconchego que essa casa de chá proporciona, e torci muito para que tudo desse certo.

Enfim, acompanhar a história de amizade dessas mulheres, e vê-las uma ajudando a outra foi lindo! E é devido a isto, e apesar das ressalvas que eu favoritei!

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. Trechos
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. "Sabemos que a burca tem a ver com o medo de um homem, não a malícia de uma mulher."

"Precisamos fazer as coisas que achamos que não conseguimos."

"A vida acontece" era seu lema. você se adapta ou está perdida.

"As crenças era precisamente o que mantinha as mulheres aprisionadas - ou atrás das grades ou por trás das burcas - rezava baixinho."

"O Afeganistão é difícil, e não é só difícil para vocês estrangeiros. Vocês podem partir, conseguir um emprego, ir ao médico, ir a faculdade, comprar o que quiserem. Nós estamos sempre presos aqui."

"Como diz a canção no Afeganistão, o amor é para todas as outras pessoas. Aqui é uma troca de cavalos. Você tem o que eu preciso? Então tenho algo para você."

"A vida é finita. Como uma vela, ela queima; e, um dia, a chama enfraquece. Mas não nos desesperemos, pois somos mais que uma lembrança apagando na escuridão. Com nossas vidas nós damos vidas."

"Você irá descobrir aquela coisa que a deixa sem medo de morrer. Aquela coisa importante que torna sua vida valorosa."
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Bernal 18/06/2019

Intensidades!
Simplesmente amei a história. Os personagens se envolvem de uma forma intensa em busca dos mesmos objetivos. A autora conseguiu transmitir os conflitos internos entre tradicão e amor, medo e coragem, incertezas e desejos. Recomendo, sobretudo, para quem se interessa pela temática do feminismo.
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Ticiane 14/05/2019

Já li muitos livros sobre o Afeganistão, é uma das minhas paixões!!! Mas esse livro não conseguiu me emocionar, demorei muito para terminar de ler.
O Afeganistão é muito rico para uma história tão pobre, tudo muito superficial para um país tão intenso, cheio de cultura e tradições!
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Nanda Lisbôa 11/01/2016

RESENHA: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul
Resenha no Blog da Nanda Lisbôa: http://nandalisboablog.blogspot.com.br/2016/01/titulo-umapequena-casa-de-cha-em-cabul.html

Título: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul
Ano: 2015
Editora: Quinta Essência - LeYa
Páginas: 304
Faixa de preço: R$ 22,80 - R$ 31,92

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul conta a história da protagonista Sunny, norte-americana que migrou para o Afeganistão e abriu o seu próprio negócio por lá (a casa de chá). Ao longo da história, o enredo da protagonista se cruza com o de outras quatro importantes mulheres: Yazmina, Halajan, Isabel e Candace. Yazmina é uma jovem que foi roubada de seu vilarejo e acaba indo parar no Ministério da Mulher, onde Sunny a encontra e a leva para morar consigo e trabalhar na pequena casa de chá. Mas Yazmina tem um segredo, que irá crescer com o tempo, ela está grávida e apenas Sunny sabe disso. Halajan é uma senhora que mora no mesmo vilarejo que Sunny e possui uma história de amor antiga com um alfaiate da cidade. Porém essa história não pode ser vivida por conta de Ahmet, filho de Halajan e seguidor tradicional das leis do Alcorão. Isabel é jornalista da BBC Londres, foi para Cabul atrás de uma reportagem sobre os planos de governo para pulverizar os campos de papoula (flor da qual é produzida o ópio). Já Candace foi para Cabul viver com o homem que amava e lá irá trabalhar para ele participando de diversas reuniões que visam angariar fundos para a escola que ele está fundando. Cada uma dessas diferentes mulheres, com diferentes histórias de vida, irão mostrar ao leitor a força de ser mulher em um país completamente machista e excludente.

Trecho da orelha do livro:

"Depois de passar por maus bocados e fazer algumas escolhas ruins, Sunny finalmente encontrou um lugar para chamar de lar. Um lugar que, por acaso, fica no meio de uma das maiores zonas de guerra do mundo. No coração do Afeganistão, Sunny abriu uma casa de chá, onde atende homens e mulheres, expatriados, funcionários da ONU ou mercenários. Todos em busca de um momento de paz em uma região onde a tensão é opressora e um ataque pode acontecer a qualquer momento. Essa pequena casa de chá em Cabul torna-se o cenário para o encontro de cinco mulheres que, mesmo tão diferentes entre si, compartilham segredos e tornam-se amigas com uma relação extraordinária. Deborah Rodrigues descreve com delicadeza e profundidade o dia a dia em Cabul neste romance repleto de personagens cativantes."

Uma das peculiaridades deste livro é a utilização de palavras em dari, uma das línguas oficiais do Afeganistão. O uso dessas palavras instiga o leitor a procurar a tradução (apesar do significado ser muitas vezes apreendido pelo contexto) e desperta o interesse pela cultura afegã. Uma Pequena Casa de Chá em Cabul é um livro que rompe preconceitos, o preconceito contra a mulher e, principalmente, o preconceito contra o Afeganistão, um país que é popularmente conhecido pelo terrorismo, mas que tem cultura própria e muitas pessoas de bem. Acredito que mostrar esse lado humano do país é um dos maiores ganhos deste livro.

A autora, Deborah Rodrigues, é cabeleireira e palestrante motivacional. Assim como Sunny, ela também é americana e viveu em Cabul tendo o seu próprio negócio (em seu caso, os seus próprios negócios), a Cabul Coffee House e o Oasis Salon. Atualmente vive no México e fundou a Oasis Rescue, uma ONG que visa ensinar o ofício de cabeleireira às mulheres em regiões de desastre e pós-conflito. É autora também do best-seller O Salão de Beleza de Cabul: O Mundo Secreto das Mulheres Afegãs. Para saber mais sobre a autora, leia Americana que fundou escola debeleza no Afeganistão narra experiência em livro.

Você encontra Uma Pequena Casa de Chá em Cabul por um preço mais em conta nos seguintes sites

Amazon
Livraria da Folha
Fnac

site: http://nandalisboablog.blogspot.com.br
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Kari 14/01/2019

Cabul-sempre un enigma
Sou fascinada pela temática Oriente Médio, principalmente quando se trata de Afeganistão.
Esse é o segundo livro do qual tenho conhecimento de Deborah Rodriguez, uma verdadeira contadora de histórias.
Conta a estória de Sunny, americana que mira em Cabul muitos anos e possui a casa de chá e conflitos amorosos internos, mas nunca deixando transparecer.
Juntamente com Halajan e demais funcionários da casa, acolhe Yazmina.
Paralelamente, Sunny conhece pessoas que vem trabalhar no Afeganistão e se impressionam como as mulheres são tratadas na sociedade, lida com pessoas perigosas e ver renascer a vida debaixo do seu teto.
Uma estória envolvente, que te faz pertencer e participar do núcleo, ficando, ao final do livro, órfã dos personagens.
Nota 0-5: 4
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Elisabete Bastos @betebooks 13/08/2018

Os ingredientes certos e na medida correta
O livro traz o rastro da cultura muçulmana, o Afeganistão, as lutas intermináveis, a falta de voz da mulher, a mulher invisível, de propriedade do homem. O suplício do Talibã na vida das pessoas, mas, sobretudo, da falta total de direitos da mulher.
Portanto, narrativas sobre este tema temos muitos de ficção ou não, por exemplo, Eu sou Malala, A costureira de Dashau, o Livreiro de Cabul...
Ficção: Sob o Céu de Cabul e este de uma casa de Chá no meio de lugar inóspito, perigoso, de bombas...
Neste estabelecimento: 5 mulheres se conheceram e darão o toque diferente pela visão feminina em um lugar sem voz para mulheres.
Isto reside em uma narrativa envolvente, que faz o leitor agarra-se em cada página inebriado e querendo mais...
Um romance envolvente.
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CrisVieira~ 31/01/2018

Cabul é seu povo!
Eu tenho montes de livros sobre Cabul no Afeganistão, mas nunca me empenhei, de verdade, em ler um deles porque a única coisa em que penso é no sofrimento dos afegãos, invadidos e despojados de suas vidas a cada vez que alguém decide "salvá-los do inimigo". Que, na verdade, nem sempre é do povo do país, mas sim do invasor ou criado pelo mesmo.
Mas me arrisquei com este livro e me encantei em olhar aquele povo sofrido como também belo e rico de histórias.
O livro conta a história de cinco mulheres que tem os caminhos cruzados pelo destino. Fala de seus sofrimentos, lutas e anseios e mostra, ainda que pouco o quanto mulheres são o mesmo que nada em um mundo machista.
O final é justo; e seria melhor se o fosse para cada mulher real que lá se encontra cada Jamila encarcerada, torturada e maltratada que espera por justiça e liberdade de ser quem é.
É um livro que dói mas que mostra o quanto o povo afegão vive e segue sob a esperança.
Oxalá, ELAS e eles a obtenham um dia.


Nota: 5/5

site: https://muitoagriquasedoce.blogspot.com.br/2018/01/janeiro-em-livros.html
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Nicole De 28/01/2016

A força e doçura do chá
Sunny é uma americana que vive em Cabul há alguns anos e possui uma pequena casa de chá na cidade. Com o aumento da violência na região, ela precisa de um plano genial urgente, para atrair mais clientes e salvar seu negócio.
Yasmina é uma jovem viúva que foi levada de seu vilarejo ao norte do Afeganistão como pagamento de uma dívida do tio e abandonada em Cabul após descobrirem que ela estava grávida. Seu destino cruza ao de Sunny no Ministério das Mulheres, onde a jovem foi procurar ajuda, e agora ela é a mais nova atendente da casa de chá.
Isabel é uma jornalista inglesa atormentada pelo passado, que veio ao Afeganistão para investigar sobre guerrilha, corrupção, radicais islâmicos e toda a podridão que cerca um país atolado em guerras.
Candance é uma americana sulista que largou o marido milionário pelo misterioso amante afegão, um homem rico, bonito e sedutor, mas que guarda inúmeros segredos que ela desconhece.
E por último, mas não menos importante é Halajan, a “mãe”, dona da casa onde está à casa de chá, Halajan é uma viúva com muitos segredos e vontades, que despreza as tradições ao mesmo tempo em que se vê obrigada a segui-las. Mãe de Ahmet, ela e o filho trabalham com Sunny.
Uma pequena casa de chá em Cabul conta a história dessas cinco mulheres e como a vida delas se entrelaça em situações diversas. Suas lutas, amores, sofrimentos, anseios e desejos. Ele retrata de forma mágica questões como guerra, morte, violência, fome, drogas e terrorismo.
Faz-nos refletir sobre a realidade omitida pelos jornais, sobre as dificuldades de um país invadido por estrangeiros e abandonado ao mesmo tempo, tudo isso de forma tão sutil que em nenhum momento nos sentimos ofendidos ou invadidos, como ocorre com algumas outras leituras.
Deborah Rodriguez me conquistou desde a capa (que é linda!), sua citação de Eleonor Roosevelt na epígrafe tornou-se uma das minhas prediletas de toda a vida e sua escrita leve me fez sonhar com as montanhas do interior, o frio da neve, as cores do mercado e também o barulho das bombas.
Nunca fiquei com tanta vontade de conhecer um país em guerra como ela me fez querer conhecer o Afeganistão. Simplesmente amei!


site: http://www.amoreselivros.com.br/2016/01/uma-pequena-casa-de-cha-em-cabul.html?showComment=1454004580420#uds-search-results
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Bruna 10/04/2016

Uma pequena casa de Chá em Cabul: um dos melhores livros lançados em 2015
Desde dezembro devo aqui uma resenha sobre um livro que li que me chamou muito a atenção: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul, de Deborah Rodriguez. O motivo simples, acho que expliquei por aqui, foi o fato da história ter me envolvido de tal forma que escrever qualquer coisa naquele momento seria ruim. A obra sem dúvida é uma das melhores lançadas em 2015 e merece muito a atenção.

Quem me conhece sabe que não sou dada a romances no qual o mocinho está sempre ali, a mocinha é delicada e os dois lutam contra tudo e todos. E talvez esse seja o principal fato de eu ter gostado da história contada por Deborah em 304 páginas, editada no Brasil pela LeYa.

Uma pequena casa de Chá em Cabul conta a história de cinco mulheres que tentam sobreviver numa Cabul que ruma ao retrocesso, que aos poucos tem se transformada em mais machista e fanática religiosa, no qual matar em nome de Deus é permitido. A narrativa não se passa no atual Afeganistão, mas nas décadas passadas.

O centro da história é a casa de chá, da norte-americana Sunny, sendo que é lá que Isabel, a jovem viúva afegã, que está grávida, encontra abrigo, após ser roubada de seu vilarejo e abandonada nas ruas da violenta Cabul, e futuramente é local que também abrigará a irmã caçula dela. Na casa também é o local onde a velha Halajan consegue ainda viver o pouco de liberdade que lhe resta e relembra os momentos do Afeganistão na década de 1970, no mesmo momento que batalha para o filho não se tornar um reacionário e vive um amor, que foge de todas as regras. Nesta casa, a jornalista inglesa Isabel encontra coragem para mostrar a realidade das mulheres e crianças afegãs, assim como Candace encontra um objetivo de vida.

Cinco mulheres, uma diferente da outra, com ambições e ritmos diferentes. Paixões diferentes não vivem sozinhas, personagens secundários aparecem, são fixos e são extremamente importantes para manter a narrativa viva, assim como os debates sociais que fazem parte da rotina da casa de chá.

Uma ótima história, fácil de ler e envolvente. Isso se dá graças a qualidade escrita apresentada pela história, que com maestria soube ligar de forma sutil cada personagem, para que cada um tivesse a sua própria vida e ao mesmo tempo a compartilhasse com todos. Além da ligação correta dos tempos, deixando claro, quando era lembrança, quando era sonho e quando era momento presente.

Não posso também deixar de falar que a tradução é de supra importância, já que se mal feita atrapalha a compreensão da obra e a deixa desinteressante. Neste caso, a tradutora e artista plástica, Alice Klesck, está mais uma vez de parabéns pelo excelente trabalho, sendo ela uma das responsáveis pelo sucesso da obra.

Enfim, Uma pequena casa de chá em Cabul é uma leitura recomendável para quem quiser conhecer algo novo, mas acima de tudo quer se despir de preconceitos e conhecer mais o Afeganistão.

site: http://cabecabaixo.blogspot.com.br/2016/04/uma-pequena-casa-de-cha-em-cabul-um-dos.html
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Nana 23/04/2016

Um passeio no Afeganistão
O livro é de ficção, mas por ser baseado na experiência da autora, que é americana e viveu por alguns anos em Cabul, parece tudo muito real e nos mostra um pouco da cultura afegã pelos olhos de uma estrangeira. Embora seja retratado no livro toda a crueldade contra as mulheres, os bombardeios, o sofrimento e o medo que as pessoas vivem diariamente, ainda assim, a autora consegue nos transmitir uma leveza na amizade e no amor vivido pelos funcionários e amigos na casa de chá.
Os personagens são todos muito fortes . No começo, cada um tem sua história de vida separado e aos poucos vão se entrelaçando e a leitura fica deliciosa. Sunny, Jack, Yasmina, Candace, Halajan, Isabel e tantos outros que fizeram deste livro uma história de amor e amizade linda! Adorei e recomendo para quem gosta de conhecer novas culturas!
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Eliane Maria 21/04/2017

O que eu achei do romance.
Amo ler romances ambientados em países mulçumanos, pois a cultura é totalmente diferente, e eu gosto de vivenciar através das histórias, todas as problemáticas, principalmente das mulheres desses lugares. Uma Pequena Casa de Chá em Cabul, vai contar a história de 5 mulheres que teram suas vidas entrelaçadas por obra e graça do destino.
Uma das protagonistas é a Sunny, uma mulher forte, orgulhosa, mas ao mesmo tempo muito solidária com os que estão a sua volta. Ela é a proprietária da casa de chá bem no centro do Afeganistão, que na época em que o livro é ambientado, esse passa por conflitos. O Talibã quer tomar o poder.
Essa pequena casa de chá, vai ser o elo de ligação entre todos os personagens. Ela também será o refúgio para alguns homens, mulheres, expatriados, funcionários da ONU e mercenários. Todos eles estão procurando concretizar os seus ideais nesse pais, mas de imediato, querem encontrar refrigério e “tranquilidade” nos aposentos na casa de chá. Pois a tensão está em toda parte na cidade, a qualquer momento um homem bomba pode explodir .
Sunny, faz o melhor que pode para manter o seu estabelecimento nesse nível de tranquilidade, mesmo no meio do fogo cruzado.
Yasmina, seria uma segunda personagem, jovem e viúva e grávida, que foi negociada, para pagamento de dívida de seu tio. Ela deixa em sua cidade, sua irmã Layla, que futuramente poderá ser negociada também.
Candance, uma turista americana, que troca seu marido pelo amante mulçumano Wakil.
Isabel, uma jornalista a caça de um furo de reportagem, e esse furo mudará o curso de sua vida.
Halajam, viúva e mãe mulçumana já idosa, que tem um temperamento que não agrada a sociedade machista.
Muitos segredos, aventuras, suspenses, lições de vida, podemos retirar dessa trama muito bem elaborada por Deborah Rodriguez.
A autora trata de diferentes questões, que são muito problemáticas nesse país, mas a principal é a forma como as mulheres são vistas pela sociedade . Sem voz e nem vez, simplesmente como objetos do mundo masculino.
Mas que no final, se descobre que o Islã é um país de muito amor pelo seu Deus. Apesar de fechados, as pessoas se esforçam em serem íntegras e respeitarem os seus semelhantes. Os ensinamentos de Mohamad, não tem nada haver com o que o Talibã mostra para o mundo. Esse grupo extremista não representa todos os mulçumanos. E eu fiquei feliz em ter descoberto isso.
É o primeiro romance dela que leio, e amei viajar para Cabul. Pois foi exatamente isso que eu fiz, enquanto estava lendo. A narrativa dessa autora é perfeita, senti como se eu estivesse incorporada na personalidade de cada mulher.
Estou com saudade de alguns personagens... rsrsrrs
De outros nem tanto, mas aí só lendo para descobrir quem são que estão do lado do Talibã.
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Dani 08/01/2017

Uma Pequena Casa De Chá Em Cabul, Deborah Rodriguez
Uma Pequena Casa De Chá Em Cabul se passa no Afeganistão e traz três personagens principais. Sunny é a proprietária da casa de chá em Cabul, um lugar perigoso mas que ela chama de lar. Ela se mudou para o Afeganistão há bastante tempo, com seu namorado Tommy, e encontrou ali, ao lado das pessoa de culturas diferentes, um lar.

"Ela tentava viver sua vida fingindo que era independente e forte, quando era apenas uma mulher passando a vida a esperar."

Yasmina, uma jovem viúva, grávida de seu marido morto, que foi obrigada a deixar sua família por causa das dívidas de seu tio. Depois de sofrer uma violência após ter seu segredo descoberto, ela acaba sendo acolhida na casa de chá de Sunny, para trabalhar e viver ali.

"Os olhos de um homem traíam seu coração."

Halajan já tem certa idade e dois filhos adultos, mas conserva em si o coração rebelde de quem viu o país mudar tantas vezes em sua vida. Ela é viúva e nunca esqueceu seu verdadeiro amor, um homem que conhece desde nova e quem hoje, também viúvo, lhe manda cartas sempre, nunca lhe deixando esquecer a paixão que os dois sentem.

"Ele trouxe propósito à sua vida. E ela estava, talvez pela primeira vez, empolgada por estar viva."

Candace largou o marido pelo homem afegão que conheceu, mesmo sabendo que ele demonstra mais interesse no que ela pode fazer por ele, financeiramente, que seu relacionamento em si.

"— (...) Eu não entendo. Se eu tivesse que escolher entre você e todo o dinheiro do...
— E a aventura...
— Você é uma aventura — sussurrou ele."

E Isabel é uma jornalista competente e sensível, que está ali para escrever sobre as redes de tráfico de do país, mas encontrando muito mais. Ela guarda um grande segredo que sempre a assombra.

"Ás vezes, as coisas não planejadas são as que fazem a mágica."

Há ainda outros personagens, relacionados a estes principais, e todos acabam se conectando por causa da casa de chá. Gosto muito de livros com muitos personagens, quando são assim bem construídos, e logo me vi cativada pelas histórias de cada um, que têm tanto para contar.
Quando comecei a leitura me perguntei porquê Sunny mantinha a casa de chá, mesmo a tantas dificuldades o tempo todo. O Afeganistão é realmente perigoso, o livro mostra isso, com todos seus problemas sociais, e pensar que alguém deixaria seu país tão cheio de liberdades como o EUA para ter de começar do zero sempre que uma bomba explode parece difícil de entender.

"O que faz uma pessoa ficar num lugar tão ameaçador, quando está sozinha? - ela podia ter feito essa pergunta ara si mesma, ou para Isabel, Jack, Candace."

Mas então, no decorrer da leitura, fui vendo que Uma Pequena Casa De Chá Em Cabul se trata, entre tantas coisas, de amizade. Sunny estava feliz ali, tendo em Cabul o que ela nunca teve em seu país natal; uma família, mesmo que não de sangue.

"E, essa noite, sua mente explodiu ao perceber que, como diz o clichê, a vida muda num instante, e logo quando você acha que sabe o que vem a seguir, algo pode acontecer para mudar tudo drasticamente. A exata razão para viver e continuar vivendo."

É um bom livro, traz muito sobre essa cultura tão diferente da nossa, e também choca exatamente por isso. Uma sociedade como essa, tão presa a um pensamento tão diferente, chega a ser triste e revoltante. Eu só posso ficar grata por ter nascido no ocidente, por mais que isso seja meio egoísta de se pensar.

"Chorou por si mesma, pois, em sua liberdade, ela também estava atrás das grades (...)"

E foi engraçado, de certa forma, como a autora criticou a sociedade afegã mas não a condenou, usando os vários personagens para expor argumentos de todos os lados. No fim, ninguém está certo e ninguém está errado. Foi interessante isso.

"Ninguém é tudo que parece. Muito menos ela."

Os acontecimentos finais do livro não foram bem o que eu esperava da leitura, eu pensei que haveria mais drama e cenas mais impactantes para o desfecho. E há bastante romance, o que eu não almejava no momento.

"Preces ás vezes são atendidas quando menos se espera."

Entretanto, de forma geral gostei da leitura e traz realmente boas reflexões, principalmente sobre se fazer o que se acha certo sempre, não o que sua sociedade, por exemplo, pensa.

site: https://danielabyrinth.blogspot.com.br/2017/01/uma-pequena-casa-de-cha-em-cabul.html
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