Marjory.Vargas 27/08/2023O livro conta a história de Malala, uma garota que defendeu a educação e por isso levou um tiro à queima-roupa na cabeça (cortesia do Talibã) em pleno ônibus escolar, na frente de outras crianças, enquanto voltava para casa.
Hoje, Malala vive na Inglaterra, e seu sonho é voltar para o Swat, o vale onde nasceu e cresceu. No livro, ela conta sua trajetória, nos apresenta a cultura do seu povo, e mostra as dúvidas e incertezas que vão surgindo em sua mente conforme ela vai crescendo e tentando entender o mundo.
Malala vivia em um país onde as mulheres não tem vez, não tem voz. Sua função é cuidar da casa, dos filhos, do marido. Grande parte da população feminina é analfabeta. Malala se considerava abençoada, pois, apesar da mãe não saber escrever, seu pai falava mais de um idioma (inclusive inglês) e sempre tratou a filha de maneira igual aos filhos. Aliás, o pai de Malala é uma figura muito importante para ela. É muito lindo de ver a relação dos dois. Pelas palavras dela, pode-se perceber o carinho que existe entre eles.
O livro vai muito além da história da menina que foi baleada pelo Talibã. Fala de medos e de lutas que nós nem conseguimos imaginar como possam ser. Além disso, a luta dela ainda não terminou, pois a educação ainda é um tabu no Paquistão, principalmente para as meninas.
No entanto, ao longo do livro há muitos termos na língua nativa, e toda hora eu tinha que parar a leitura para pesquisar o significado, ou traduzir a palavra, o que travou bastante a leitura.
“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo’’.