minixmirian 16/08/2016Fantasia com magos, necromantes, fantasmas, luta contra o bem e o mal, romance e suas doses de clichê. Ânglia, 1558.
Elizabeth Grey é uma caçadora de bruxos. Cresceu e treinou ao lado de Caleb, seu parceiro, melhor amigo, o mais próximo do que tem de uma família. Ao lado dele, eles localizam e capturam os praticantes de magia. Feitiços, espíritos ajudantes, poções, ervas: tudo é ilegal. Houve um tempo em que tais coisas eram toleradas, até mesmo incentivadas. A magia era considerada útil - antigamente. Então veio a peste. Provocada e espalhada pela magia, e milhares de pessoas e famílias foram destruídas. Por esse motivo, o temido Inquisidor Blackwell - que milagrosamente sobreviveu à peste - decretou que caçadores de bruxas deveriam existir, para tentar controlar a situação, impedir que magos não prejudiquem e comprometam a vida de civis, novamente.
Elizabeth é uma das melhores pupilas de Blackwell, junto com Caleb. Sempre seguiu e cumpriu as leis à risca, até ser acusada injustamente por praticar magia. E assim como manda a Décima Terceira Tabuleta - decretada pelo Inquisidor e aceita pelo Rei - ela é condenada à
morte na fogueira, sem chances de ser perdoada. Jogada nos calabouços, para aguardar sua sentença de morte, ela espera em vão pelo prometido retorno de Caleb, que jura fazer o possível para lhe resgatar e fazer com que Blackwell volte atrás e veja que aquilo foi um erro. "Mas Blackwell nunca está errado." Doente e quase à beira da morte, ela pensa que nem irá sobreviver para receber sua punição, mas surpreendentemente ela recebe ajuda da pessoa que ela menos esperava,
Nicholas Perevil - o mago mais temido e caçado de toda a Ânglia.
Nicholas é mago e líder dos Reformistas. É assim que aqueles que apoiam a magia se intitulam. Nem todos os Reformistas são magos, mas todos buscam o mesmo objetivo: reformar as leis antimagia, abolir a Décima Terceira Tabuleta, acabar com as mortes na fogueira. Se tornou um dos magos mais poderosos e um dos mais procurados da Ânglia. Ele resgata Elizabeth, em troca de um favor. Uma missão à cumprir, em prol de sua liberdade.
Sem opções, ela se une aos Reformistas, à tudo que ela sempre odiou e combateu. No entanto, ao conviver com a equipe de seguidores de Nicholas, ela tem suas crenças totalmente abaladas. Dividida entre entregar os magos para os Perseguidores - como os reformistas chamam quem se opõe à magia - e conquistar sua absorvição com Blackwell, ou prosseguir com os bruxos e continuar sendo caçada por traição e conspiração. Sua lealdade é colocada em prova, e consequentemente ela pagará um preço por suas escolhas.
A Caçadora de Bruxos, é um Young Adult de fantasia, que possui aquela fórmula típica de YA. E quem sou eu pra reclamar, pelo contrário, adorei (há quem discorde e não goste)! A protagonista, aparenta ser uma garotinha fofa e inocente, mas que perdeu essa inocência muito tempo atrás, ela forte, corajosa, mas que possui seus momentos de fraqueza e indecisão. A equipe de magos de Nicholas, me conquistou totalmente. Entre eles,
George, Fifer e John vão estar presente o tempo inteiro, acompanhando Elizabeth e mostrando pra ela, os benefícios que a magia pode trazer em diversas ocasiões. Além de serem engraçados, e se mostrarem que podem ser amigos, apesar das diferenças.
Eu recomendo esse livro fortemente, para todos os que curtem fantasia YA, com romance (tem romance sim, e é muito fofo) e bastante cenas de ação. É aquela história que tem suas
pitadas de clichê SIM: a luta contra o bem e o mal; aqueles que você me menos espera se tornam seus aliados, e os que você pensava em poder contar sempre, lhe viram as costas. Mas a escrita da
Virginia Boecker, me fez devorar a leitura, ela finalizou o livro bem, deixando aquele gancho pra sequência, mas já com a ideia clara do que estar por vir, sem muitos rodeios ou muitos mistérios. Gostei da fantasia, de ter magos, necromantes, fantasmas, videntes entre outros. Do modo prático e simples (sem muitas invenções) que ela introduziu a história das caçadas às bruxas com mortes públicas na fogueira. E como ela trabalhou o romance (quase triângulo) e a amizade entre os personagens. Foi uma leitura gostosinha, rápida, e como eu não estava com as expectativas lá no alto, não me decepcionei, pelo contrário, li sem parar.
"Nicholas diz que a magia não é inerentemente boa e nem má; o que define é o que as pessoas fazem dela. Demorei muito tempo para entender isso. Quando entendi, percebi que não é a magia que nos separa deles, ou separa você de mim. É a falta de compreensão." - Fifer para Elizabeth.
The Witch Hunter é uma duologia (estou adorando essas autoras apostando em duologias), e possui dois POV's (contos) entre os dois livros. A editora manteve a capa original, ponto pra Galera Record, que continuem assim.
The Healer (The Witch Hunter 0.5)
The Chase (The Witch Hunter #1.5)
The King Slayer (The Witch Hunter #2)
site:
https://paradisebooksbr.blogspot.com/