Suor

Suor Jorge Amado




Resenhas - Suor


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leiturasdabiaprado 30/03/2023

Pra mim é impossível não amar Jorge Amado!
Estou me propondo a ler um livro de sua obra por mês, seguindo a ordem cronológica! Comecei esse projeto em janeiro e hoje terminei Suor, seu terceiro livro, publicado em 1934 quando JA tinha apenas 22 anos!
Suor tem como grande protagonista um cortiço, localizado no número 68 da ladeira do Pelourinho, coração de Salvador!
O livro relata a vida e as histórias dos seus moradores, é o retrato nu e cru da pobreza, do descaso do governo, da crise, do desemprego e da fome!
Tem cenas de revirar o estômago, como o detalhamento da ferida de um morador de rua... e tem cenas de cortar o coração como a morte de uma tuberculosa que não teve acesso à tratamento nenhum...
Mas, assim como já tinha mostrado em Cacau, aqui em Suor, JA continua com a sua literatura política, comunista, trazendo elementos de consciência de classe e fomentando a importância da união e data do povo para as suas conquistas!
O livro é um clássico que merece ser lido, mas muito mais do que por ser um clássico mas sim por colocar o dedo na ferida e expor a miséria, a precarização do trabalho e a vida com toda uma sorte de privações!
Leia e agradeça por todos os seus privilégios, mas, principalmente tome consciência de que essa ainda é uma realidade e que nós temos obrigação social e moral de lutarmos por todos, por direitos básicos para todos!
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Manu 17/03/2023

Mais uma obra em que a consciência de classe impera.
Vi muitas semelhanças com O Cortiço de Aluísio Azevedo, já que a história se dá em um cortiço também.
É mais uma leitura de Jorge Amado que não me prendeu, mas traz propostas interessantes como um olhar sobre o descaso do Estado diante as pessoas economicamente e socialmente desfavorecidas. Além disso, aborda a conscientização de classe surgindo em algumas delas.
É a terceira obra em ordem cronológica de Amado em que apresentam as perspectivas socialistas que ele nutria na época.
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Lucas.Sampaio 03/02/2023

Um romance fragmentado e proletário
Esse é um romace proletário, uma proposta que o Jorge já havia lançado desde seu romance anterior, Cacau.

Aqui parece que ele consegue por isso em perspectiva e executar de melhor forma.
Esse romance tem capítulos curtos, ainda mais fragmentado que o anterior, em que somos apresentados a personagens e situações específicas que servem para montar o mural que é Prédio 68.

É um livro trágico, muito triste, em que temos operários, vagabundos, prostitutas, todos trabalhadores, que sofrem no julgo da polícia, dos patrões e sofrem todo tipo de abuso possível.

Dos primeiros romances do Jorge, esse é um dos meus favoritos, certamente.
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Pacaterra 29/01/2023

O Cortiço de Jorge Amado
"A escada era a única coisa que ligava os inquilinos... hoje há outra, a solidariedade que nós despertamos..."

Terceiro romance de Jorge Amado, publicado no mês em que completou 22 anos, em 1934, "Suor" conta a história de moradores que vivem num cortiço, localizado no Pelourinho.

O romance tem como base o tempo em que Jorge Amado morou no Pelourinho, e se fundamenta na sua atividade militante, como membro da União da Juventude Comunista, órgão oficial do PCB.

No posfácio desta edição, Luiz Rossi conclui dizendo que as "páginas inflamadas" e as "chamadas à insurreição proletária" se tornaram "amareladas como cartas antigas" quando lemos fora do contexto político em que o romance foi escrito. No entanto, afirma que "Suor não desbotou" já que os "pesadelos sociais" ainda estão presentes na nossa sociedade.

Não poderia discordar mais. Se a miséria, a exploração e o contexto social degradante em que vivem as personagens ainda estão presentes, também os chamados à solidariedade de classe e ao levante dos explorados se mantêm atualíssimos.

A literatura-militante de Jorge Amado continuará sendo atual enquanto sobreviver a sociedade de classes no Brasil.
Renan 30/01/2023minha estante
Jorge Amado é atemporal e suas obras são sempre muito pertinentes as questões e necessidades de nosso país e povo.




Kaprãn 30/11/2022

Jorge Amado era um gênio, a maneira que ele escreve Suor nos deixa angustiado, assim como morar no cortiço da rua do Pelourinho.
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Lucas Fagundes 26/09/2022

#3
E eu decidi, um por um, ler os mais de 35 livros de Jorge Amado, meu baiano e autor preferido, em ordem de publicação. Muitos deles serão relidos; outros, como esse, foram e serão lidos pela primeira vez.

Suor, publicado em 1934, é o terceiro livro de Jorge e possui uma crítica social muito parecida com seu antecessor, Cacau (já resenhado aqui, 6 posts anteriores), e com alguns de seus sucessores, como Jubiabá e Capitães da Areia.

O cenário desse livro volta a ser Salvador, mais especificamente, o Pelourinho. O livro se passa em um cortiço, localizado na Ladeira do Pelourinho, número 68. Para os que moram ou visitam Salvador, tal localidade é real e se encontra entre o Largo Terreiro de Jesus e Largo do Pelourinho (fotos em sequência). O sobrado localiza-se na mesma ladeira onde se encontra a lateral do prédio histórico da Faculdade de Medicina da Bahia e a sua biblioteca (fotos, também em sequência). Hoje, o local que já foi morada de Jorge, em 1928, foi todo requalificado e abriga uma loja de obras de arte no seu térreo e ainda funciona como moradia nos seus andares superiores.

No livro, desde seu início, somos apresentados a uma multidão de personagens. Dentre os personagens, a maioria de moradores do 68, sejam operários, soldados, ladrões, mascates, prostitutas, costureiras, carregadores, nenhum tem uma história bem desenvolvida isoladamente. O autor utiliza do artifício de pequenas narrativas para se criar uma multidão, ligadas entre si pela classe e pela miséria a que estão inseridas.

No livro (e no cortiço) somos apresentados a doentes sem possibilidade de assistência médica, a crianças que crescem desnutridas, a homens e mulheres que vendem seus corpos, pois ele é tudo que possuem, a trabalhadores em condições análogas à escravidão e a mendigos que, literalmente, dividem seus cobertores (molhados de urina) com ratos. Daí, a história se desenvolve até ficarmos atônitos, mas não surpresos, com tamanha pobreza.

Algo bem importante de se ressaltar aqui é que, como dito na resenha de Cacau, Jorge Amado tinha se filiado ao Partido Comunista do Brasil em 1932.

Assim, tanto Cacau, quanto Suor vão servir como romances políticos e doutrinários. Em Suor, já no fim do livro, acontece uma greve dos trabalhadores dos bondes, que pleiteavam aumento dos salários.
A greve acabou cursando com um fim trágico e a prisão dos grevistas. Alguns deles que moravam no 68 e vários outros em outros cortiços da Ladeira do Pelourinho.
Então é para essa cena que eu acredito que
Jorge Amado escreveu esse livro. O que acontece é que a maioria dos moradores do 68, e da Ladeira do Pelourinho unem-se para protestar contra essas prisões, unem-se como uma classe proletária. Assim, deixam de lado suas diferenças e singularidades, que se emaranhavam pelas paredes do cortiço, e se tornam uma força única. Uma força proletária.
Tal livro é tão influenciado pelos ideais comunistas que, uma de suas últimas frases, gritadas em meio ao protesto, é integralmente retirada do Manifesto Comunista, de Marx e Engels: "Proletários de todas as nações" uni-
vos.
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Rodrigo 19/07/2022

O 68 e suas histórias
Um sobrado, seus moradores e muitas histórias. O 68 é capaz de trazer à tona muitas intempéries da sociedade baiana que ainda está vigente até hoje, infelizmente. Jorge Amado consegue nos hipnotizar e transportar para dentro da obra.
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Paula1882 09/07/2022

É um livro muito interessante em que o personagem principal não é uma pessoa e sim o local onde várias pessoas moravam no Pelourinho. Em alguns momentos é difícil ler e imaginar toda a situação de insalubridade em que viviam, principalmente quando lembramos que muita coisa não mudou mesmo tantos anos depois. Apesar disso, em alguns momentos me sentia perdida e entediada com tantos personagens sendo citados.
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Mila 18/06/2022

Verdade que impacta
Mais uma vez Jorge Amado nos surpreende mostrando todo sofrimento do povo pobre da Bahia.
Com uma pegada totalmente socialista, Jorge nos coloca no lugar dos moradores do número 68 da ladeira do Pelourinho. Nos faz sangrar, chorar e sentir na pele a fome, doença, falta de saneamento adequado e esquecimento.
Jorge Amado se tornou um dos meus escritores favoritos, portanto sigo lendo seus livros, porém nunca esquecerei Suor.
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Clara Vellozo 29/05/2022

vem do calor, vem do trabalho, vem do amor
Suor que vem do calor, que vem do trabalho, que vem do amor. Suor de tanto subir as ladeiras de Salvador. Suor que alguns não suportam e outros que não se importam. Suor da panela no fogo. Suor que é orgulho para alguns e asco para outros. Suor encrostado dos anos de escravidão. Suor frio de medo do dia seguinte sem ter o que comer. O suor que invade o prédio 68 do Pelourinho, o suor da cachaça consumida para amenizar o peso do mundo. Jorge e seus personagens tão especiais!
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Ludmila 16/03/2022

Muito bom! Confesso que dos livros do Jorge Amado que eu já li, esse foi o que eu menos gostei. Dá clarente pra perceber que a escrita é diferente dos demais (foi um dos primeiros livros dele), mas a história é MUITO envolvente, parece que estamos vivendo no mesmo lugar dos personagens.
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Clara.Duarte 09/02/2022

suor - jorge amado
o primo de "o cortiço" nos conta a história de um cortiço no pelourinho.
a leitura prende e é o livro provavalmente mais político (de forma escancarada) do jorge amado.
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Kecia.Viana 27/01/2022

Tire as vedas dos olhos e veja a sociedade
Não tem ninguém como Jorge Amado para retratar dores, sofrimentos e verdades de uma sociedade hipócrita.

SUOR, pra mim, se aproxima da perfeição de Capitães da Areia.

Ricos fazendo riqueza com o SUOR de pessoas miseráveis.
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Rachel 13/11/2021

Mais uma história de Jorge sobre aqueles que mais interessam e movem uma sociedade: o povo. Cada personagem com sua personalidade fortificada nas palavras do autor, destacando que no meio da pobreza, a solidariedade da multidão prevalece contra a ganância dos poderosos. Recomendo.
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