Ordem

Ordem Hugh Howey




Resenhas - Ordem


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Luan 16/06/2015

Ser obrigado a ficar vivo, enquanto quem amamos está morto: este é o início dos silos, esta é a Ordem
Enquanto eu lia Silo, primeiro volume da trilogia, achava que lia uma mistura de distopia com história pós-apocalíptica. Ao concluir a leitura de Ordem, o segundo volume da trilogia, tive a certeza de que a história é uma combinação dos dois gêneros. Mas mais que isso. É uma construção desta nova sociedade, que sofreu mudanças por conta de um caos no passado.

E se em Silo, conhecemos a vida e a sociedade no silo 18, e que ele não está só, em Ordem, acompanhamos como se deu o surgimento destes empreendimentos que ficam abaixo da terra, abrigando milhares de pessoas, que sequer imaginam terem companhias vivendo em outras "casas" parecidas com estas. Quem leu a amostra de Ordem no fim de Silo já imaginava o que viria pela frente. Já sabia se tratar de uma edição destinada a explicar como e porquê os silos se formaram. Quem deu origem a eles.

E é exatamente isso que encontramos ao dar sequência a leitura desta trilogia. Em Ordem, conhecemos o senador Thurmann e o deputado Donald, personagens centrais da história, que se passa em 2049. É através deles que tudo aquilo que conhecemos no primeiro livro se inicia. Não dá pra contar muito além disso da história, se não que o senador buscou as habilidades de Donald para a construção dos Silos, mas sem dar muitas explicações - nem a ele nem a nós, leitores. A sinopse é praticamente esta, tudo o além estragará a experiência de leitura e isso torna difícil a tarefa de resenhar Ordem.

Novamente, Hugh Howey nos presenteia com um escrito de quando qualidade. O livro é realmente muito bom e muito bem construído. Realmente fiquei impressionado conforme eu lia com tamanho cuidado com os detalhes. Como a história se passa em paralelo e não ao mesmo tempo em que Silo, poderia haver uma série de invenções por parte de Howey apenas para impressionar ou dar sequência à história. Mas não, posso estar sendo óbvio ou equivocado, porém, parece que tudo já estava programado na cabeça dele, posto no papel e depois escrito, porque, vocês perceberão, muitas coisas vão se completas conforme as páginas avançam. O livro não ficou devendo em nada à Silo - tampouco a outras grandes obras de mais renome.

Ou seja, tudo isso se resume em: a escrita do autor continua sendo incrível. Um dos melhores textos que li nos últimos anos. Ele mantém o nível que apresentou em Silo - e quem já leu minha resenha do primeiro livro, sabe o quanto elogiei a escrita dele. Pra mim, quando a escrita é boa, já há meio caminho andado pra eu gostar do livro, mesmo que a história ão seja tão boa. Em Ordem, Hugh confirmou as duas coisas: confirmou a habilidade com as palavras e o poder de criar história. Desta forma, só tenho a dizer que a leitura flui muito bem. Ela é fácil. Mesmo que haja uma carga pesado em grande parte dos acontecimentos. É isso que eu digo: o dom de Hugh torna a experiência muito mais prazerosa.

A história é, sem dúvida, bastante surpreendente. Não dá pra saber ao certo por onde ele vai no conduzir, não é um livro muito óbvio, não. Começamos a ler no ano de 2049 e vamos terminar em 2345, ano em que Juliette, de Silo, descobre a verdade sobre os demais silos. E nesse meio tempo, muitos acontecimentos e revelações dão um tom de adrenalina ao livro. Mas há muitas dúvidas oferecidas também. Não é um livro que vai esclarecer todos os pontos soltos ao longos das páginas. A gente vai saber como é viver dentro destes silos deste o início até o momento em que eles já estão estabelecidos. E é por isso que abri a resenha falando em construção distópica e pós-apocalíptica. A gente vai ver a destruição de um mundo e a crianção de um novo.

E, na boa, cara, você se surpreenderá com muita coisa - por exemplo, o que posso dizer, é que o deputado Donald e o senador Thurmann estarão presentes em grande parte do volume. Como? Não conto. Já os personagens principais são carismáticos e muito bem construídos, como no primeiro volume. No entanto, são muitos. São muuuuuitos personagens. A cada capítulo podem surgir pessoas novas e te deixar um pouco atrapalhado. Como a história avança por séculos, é natural que o autor recorra a mais personagens para conseguir manter a história fluindo - e ele consegue. Todos os tipos inseridos ao longo da história são importantes para o desenvolvimento dela. E cabe aqui ressaltar que só lá no fim de Ordem é que veremos alguns personagens do primeiro livro - que é quando as duas narrativas se unem. Do contrário, são todos personagens novos.

Mas é aí que está o ponto chato. Tantos personagens às vezes deixam a história confusa, mas não chega a se perdem. Mas chega a uma altura da leitura que você não tem mais certeza de que personagem é aquele ou quem foi aquele narrado anteriormente, em determinado cenário. Esse amontoado de tipos acabou deixando a leitura um pouco confusa, de fato. Mas como já disse, são todos importantes e na soma geral, esse problema do livro acaba ficando em segundo plano.

Sobre a diagramação, não há do que reclamar. Muito bem feita - como grande parte dos trabalhos da Intrínseca. A capa é muito bonita, de bastante bom gosto, e, apesar da cor diferente, se assemelha bastante à primeira pela construção dela e pela textura. Nas parte interna, páginas amarelas, letras de bom tamanho e detalhes entre capítulos - no início de cada capítulo, uma localização para não nos perdemos na leitura.

Enfim, quase só tenho elogios a mais este grande trabalho de Howey. E fico cada vez mais ansioso para ler a esperada conclusão da trilogia - que dado o bom desenvolvimento, deve ser épica. Ele nos brindou com mais um bom livro, que revelou algumas informações e criou outros mistérios. Me confirmei como um fã da história e espero por novas leituras do autor.
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De Cara Nas Letras 06/05/2015

Ordem - Hugh Howey
No segundo volume da "Trilogia Silo", Ordem, conhecemos Donald, o mais novo deputado eleito do estado da Geórgia (no ano de 2049). Deixando para trás sua formação de arquiteto e com muita vontade de revolucionar o legislativo norte-americano, Donald encontra-se ansioso e inspirado para exercer sua nova profissão. Isso até o momento em que o Senador Thurman o chama para uma reunião secreta e o pede para que ele coordene a construção de um prédio subterrâneo, em formato cilíndrico. Inicialmente, alega ser uma construção de segurança para os trabalhadores que exercerão atividades remuneradas ali próximo, em uma instituição que lidará com combustível nuclear.

Esse "prédio" deveria ser capaz de garantir a existência de, no mínimo, dez mil pessoas por um período indeterminado, para o caso de, por algum motivo, haver uma catástrofe na superfície. Sendo assim, fazendas hidropônicas são inseridas na arquitetura da construção, bem como andares de suprimentos, da tecnologia, da parte mecânica, dos apartamentos... e, então, está feito. Não somente um Silo é construído, mas cinquenta deles, um para cada estado dos Estados Unidos. É nesse clima de construção e segundas intenções que Hugh Howey nos mostra a transformação radical da sociedade que conhecemos. Nos mostra como o mundo acabou.

O livro, dividido em três partes de épocas distintas, traz ao leitor cerca de trezentos anos de história. Hugh Howey consegue nos explicar claramente a estratégia utilizada para "aprisionar" as pessoas nos silos, nos mostrando tudo o que ocorreu. Para não estragar a leitura que, porventura, vocês venham a fazer, não explicarei o motivo do enclausuramento, mas afirmo que o autor conseguiu ser original e que molda sua "teoria" através dos conhecimentos da nanotecnologia, campo de estudo da manipulação de materiais numa escala atômica ou molecular.

Entretanto, um dos pontos negativos do enredo é justamente o grande prazo de tempo que ele aborda. O número gritante de personagens me fez ficar algumas vezes perdido. A mudança entre os capítulos também me deixou um pouco perturbado, já que é comum a mudança de ano de um personagem para outro. Entretanto, de forma geral, tudo se liga em algum ponto, dando ao enredo consistência e fluidez.

Assim como Silo, Ordem é um livro de tirar o fôlego. Nele, há milhões de reviravoltas e a todo o momento nos é mostrado algo novo. Mal temos tempo de assimilar um fato ocorrido e o autor já nos surpreende com algo. Infelizmente demorei mais do que esperava para concluir a leitura do meu exemplar (por causa da universidade), mas assim que cheguei na última página já desejei, instantaneamente, o próximo volume. O livro nos conta também um pouco mais sobre a história do personagem Solo (quem leu o primeiro volume deve se lembrar dele). Nos é narrado tudo o que aconteceu no Silo 17, desde seu primeiro sinal de colapso até a sua queda e como Solo sobreviveu a tudo isso. Outra coisa que me instigou foi o aparecimento (embora que tardio) de Juliette, ligando assim os dois volumes da trilogia.

Sinceramente, estou super ansioso para finalizar a leitura da série. Hugh Howey, como eu já esperava, surpreendeu positivamente, apesar das pequenas ressalvas que fiz acima. Se você, assim como minha pessoa, não resiste a uma boa distopia, sugiro que pare o que está fazendo e adquira já seu exemplar. Se já o tem, coloque-o na fila de leitura o mais rápido possível. Conheça um pouco mais sobre o fantástico mundo conspiratório de Ordem e seus reflexos no Silo.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
Silvia 18/05/2015minha estante
Estou lendo e amando




Sergio 05/05/2015

Postado originalmente no blog De Cara Nas Letras
No segundo volume da "Trilogia Silo", Ordem, conhecemos Donald, o mais novo deputado eleito do estado da Geórgia (no ano de 2049). Deixando para trás sua formação de arquiteto e com muita vontade de revolucionar o legislativo norte-americano, Donald encontra-se ansioso e inspirado para exercer sua nova profissão. Isso até o momento em que o Senador Thurman o chama para uma reunião secreta e o pede para que ele coordene a construção de um prédio subterrâneo, em formato cilíndrico. Inicialmente, alega ser uma construção de segurança para os trabalhadores que exercerão atividades remuneradas ali próximo, em uma instituição que lidará com combustível nuclear.

Esse "prédio" deveria ser capaz de garantir a existência de, no mínimo, dez mil pessoas por um período indeterminado, para o caso de, por algum motivo, haver uma catástrofe na superfície. Sendo assim, fazendas hidropônicas são inseridas na arquitetura da construção, bem como andares de suprimentos, da tecnologia, da parte mecânica, dos apartamentos... e, então, está feito. Não somente um Silo é construído, mas cinquenta deles, um para cada estado dos Estados Unidos. É nesse clima de construção e segundas intenções que Hugh Howey nos mostra a transformação radical da sociedade que conhecemos. Nos mostra como o mundo acabou.

O livro, dividido em três partes de épocas distintas, traz ao leitor cerca de trezentos anos de história. Hugh Howey consegue nos explicar claramente a estratégia utilizada para "aprisionar" as pessoas nos silos, nos mostrando tudo o que ocorreu. Para não estragar a leitura que, porventura, vocês venham a fazer, não explicarei o motivo do enclausuramento, mas afirmo que o autor conseguiu ser original e que molda sua "teoria" através dos conhecimentos da nanotecnologia, campo de estudo da manipulação de materiais numa escala atômica ou molecular.

Entretanto, um dos pontos negativos do enredo é justamente o grande prazo de tempo que ele aborda. O número gritante de personagens me fez ficar algumas vezes perdido. A mudança entre os capítulos também me deixou um pouco perturbado, já que é comum a mudança de ano de um personagem para outro. Entretanto, de forma geral, tudo se liga em algum ponto, dando ao enredo consistência e fluidez.

Assim como Silo, Ordem é um livro de tirar o fôlego. Nele, há milhões de reviravoltas e a todo o momento nos é mostrado algo novo. Mal temos tempo de assimilar um fato ocorrido e o autor já nos surpreende com algo. Infelizmente demorei mais do que esperava para concluir a leitura do meu exemplar (por causa da universidade), mas assim que cheguei na última página já desejei, instantaneamente, o próximo volume. O livro nos conta também um pouco mais sobre a história do personagem Solo (quem leu o primeiro volume deve se lembrar dele). Nos é narrado tudo o que aconteceu no Silo 17, desde seu primeiro sinal de colapso até a sua queda e como Solo sobreviveu a tudo isso. Outra coisa que me instigou foi o aparecimento (embora que tardio) de Juliette, ligando assim os dois volumes da trilogia.

Sinceramente, estou super ansioso para finalizar a leitura da série. Hugh Howey, como eu já esperava, surpreendeu positivamente, apesar das pequenas ressalvas que fiz acima. Se você, assim como minha pessoa, não resiste a uma boa distopia, sugiro que pare o que está fazendo e adquira já seu exemplar. Se já o tem, coloque-o na fila de leitura o mais rápido possível. Conheça um pouco mais sobre o fantástico mundo conspiratório de Ordem e seus reflexos no Silo.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Rosana 14/04/2015

Magnífico
Sabe aqueles livros que voce termina e tem um sensação gostosa esse tive essa sensação mais ainda fiquei extasiada com ele uma sequência fascinante de Silo onde o passado e o presente no livro estão ligados, sem atropelos, voce volta ao início de tudo descobrindo o que ocasinou tudo, a Ordem é a justificativa sem contar que a cada pagina a história fica mais surpreendente, simplesmente amei essa sequsequência e aguardar o último livro da série.
Silvia 18/05/2015minha estante
Nossa o livro é ótimo mesmo eu venha o terceiro livro




MiCandeloro 17/03/2015

Genial, como tudo o que o Hugh escreve!
ALERTA! Esta resenha pode conter spoilers do primeiro livro, Silo. Leiam por sua conta e risco!

Ano de 2049, Washington, D.C.:

Donald Keene havia sido eleito recentemente a deputado estadual da Geórgia. Preferiu deixar para trás a sua carreira como arquiteto e pensava que poderia fazer a diferença no Capitólio, realizando feitos que seus antecessores não tinham conseguido. Quando o senador Thurman o chamou para uma reunião secreta, Donald ficou extasiado. Era a sua grande chance de participar de um projeto que podia alavancar a sua candidatura. Ele só não imaginava que para fazer parte, teria que utilizar seus conhecimentos arquitetônicos. O senador requisitou que Donald desenvolvesse um prédio cilíndrico, de cerca de cem andares e que pudesse servir como um abrigo de emergência em caso de uma catástrofe. O grande detalhe é que ele teria que ser subterrâneo. Mas as surpresas pareciam não ter fim. Donald seria obrigado a trabalhar com Anna, com quem teve um envolvimento amoroso no passado e de quem sua esposa não podia nem ouvir falar o nome.

Mas para quê exatamente aquela construção seria usada? Parecia que quanto mais Donald buscava por informações, mais mentiras eram contadas, misturadas com as verdades e deixando-o ainda mais sem rumo, sendo manipulado por aqueles que detinham o poder. No que será que Donald havia se metido?

Ano de 2110, Silo 1:

Troy foi acordado do seu congelamento para trabalhar em seu primeiro de muitos turnos no silo 1. Ele estava assustado, já que havia sido promovido de última hora e recebeu a incumbência de supervisionar todos os cinquenta silos. Não estava preparado para isso. Por mais que tivesse lido a Ordem inúmeras vezes e decorado seu texto, tremia só de pensar em passar por um Sistema de Intervenção. Troy sentia-se vazio por dentro. Sentia uma dor profunda no peito, mas não conseguia se lembrar por quê. A cada vez que uma memória se aproximava, evaporava antes de conseguir decifrá-la. O que será que estava acontecendo com ele?

Troy terá que lutar contra seus próprios fantasmas enquanto mantém a Ordem e preserva o Legado.

"(...) algumas coisas ficam melhores no passado. Que é o lugar a que pertencem."

Ano de 2212, Silo 1:

Mission Jones estava prestes a completar dezessete anos. Uma data que o assombrava desde o nascimento, responsável pelo sentimento de culpa e pesar que sentia pela morte de alguém tão importante na sua vida. Na tentativa de fugir desses sentimentos, decidiu sair de casa. Abandonou o pai e as fazendas, onde foi criado, e decidiu se tornar portador. Mission sentia que o fim estava próximo. De andar em andar, de entrega em entrega, ele percebia a revolta e a animosidade entre os cidadãos do silo. Paredes estavam pichadas, pessoas andavam armadas e motins estavam sendo formados. Entretanto, o sinal mais alarmante que pairava no ar era o desejo de independência. Imaginem que os níveis da mecânica e do refeitório estavam começando a plantar as suas próprias comidas?!

Era como se todo mundo estivesse tentando chegar a um ponto em que não fossem precisar mais uns dos outros. E como exatamente isso iria ajudar todos eles a conviver? Numa era em que cultura em formação supervalorizava a individualidade, em que as crianças queriam se afastar de suas famílias, em que gerações vivendo com níveis de distância reafirmavam sua independência, chegaria a hora em que ninguém mais contaria com o outro e todos se tornariam dispensáveis. Como sobreviver a isso?

Ano de 2312, Silo 17:

Jimmy Parker estava na aula quando sua mãe invadiu a sala às pressas, com uma expressão raivosa no rosto, e o arrancou do recinto, exigindo que ele corresse em direção a TI junto com ela. Jimmy não sabia o que estava acontecendo, não se lembrava de estar encrencado, e não entendia por que todos estavam tão desesperados, fugindo dos níveis inferiores. Ele e a mãe estavam fazendo esforços homéricos para andar contra a maré de gente que acotovelava, sufocava e pisoteava quem se metesse na sua frente. Eles foram separados, e a mãe gritou para que ele encontrasse o pai nos servidores. Quando chegou na TI, foi feito de refém por um dos guardas, que tentou usá-lo como moeda de troca para entrar no refúgio, mas o pai de Jimmy foi mais rápido e salvou o filho. Russ o arrastou até a porta de metal que levava para os servidores, e instruiu o filho a não sair dali e nem abrir a porta para ninguém. Prometeu voltar junto da esposa, mas não foi bem sucedido.

Agora cabia a Jimmy resistir bravamente naquele abrigo que continha mantimentos para sobreviver por anos. Será que ele conseguiria enfrentar a solidão, ou por um ato de desespero, acabaria por abrir as portas que seriam responsáveis pelo seu fim?

Ano de 2345, Silo 1:

Donald Keene foi acordado do seu congelamento profundo para deter uma crise. Um levante estava prestes a começar no silo dezoito, um silo que eles não podiam perder. Parecia que a xerife, que tinha sido enviada para a limpeza, não só havia se recusado a cumprir o ritual como sumiu de vista dos monitores, caminhando para além das colinas onde todos os limpadores morriam. Os moradores do silo dezoito estavam revoltados. A limpeza costumava acalmá-los, mas uma limpeza mal sucedida abria margem para muitas perguntas, e o pensamento era algo perigoso que devia ser detido. A ignorância era a bênção.

Donald finalmente conseguiu ter acesso a todas as informações que sempre quis, e em meio à crise que precisa deter e ao desafio que lhe foi imposto pela limpadora desobediente, terá que, de uma vez por todas, determinar o futuro da humanidade. Os seres humanos merecem uma segunda chance?

"A descoberta foi que homens maus surgiam de sistemas maus, e que todo homem tinha o potencial de ser corrompido. E era por isso que alguns sistemas deviam ser extintos."

***

Ordem é o segundo volume da trilogia Silo, a distopia de ficção científica pós-apocalíptica mais perfeita que já li na vida. Hugh Howey é o cara! Sua escrita é simplesmente magistral, inteligente, crítica e nos prende do início ao fim. Hugh tem o dom de criar histórias plausíveis e ao mesmo tempo surreais, que nos chocam e nos fazem pensar, e nos alertam para o futuro da humanidade.

Nesta obra, narrada em terceira pessoa, o autor segue a mesma receita de sucesso: capítulos curtos e intercalados, tanto entre os personagens, quanto entre o passado e o presente, terminando com um baita cliffhanger que te impele a ler mais e mais.

Vocês podem ter percebido que fiz um resumo gigante, e muitos devem se perguntar se foi realmente necessário. Na minha opinião, foi, pelo fato de que Ordem não contém apenas um personagem principal. Todos estes que foram citados acima são fundamentais para a trama, possuindo não só uma história paralela que irá envolvê-los, como sendo cruciais para o desenvolvimento do destino de cada um, já que todos estão, de alguma forma, conectados.

Em Ordem finalmente temos o vislumbre do que aconteceu antes da humanidade ser confinada em silos. Descobrimos sobre a criação desse projeto, o momento em que culminou no fim do mundo e os planos que os poderosos tinham para o futuro.

Por mais que eu tenha adorado descobrir todos esses detalhes, ao mesmo tempo me senti meio sufocada com tanta informação aleatória que me foi fornecida. Isso porque tive uma grande dificuldade de me situar nos diferentes períodos do texto e juntar as peças do quebra-cabeça que nos eram entregues aos pedaços, de maneira estanque.

Ademais, achei que o autor acabou por enrolar demais em algumas partes, tornando-se repetitivo e frisando coisas que já tínhamos captado, enquanto deixou outras revelações fundamentais para muito mais tarde, criando uma expectativa exacerbada em mim.

Terminei de ler Ordem frustrada, por ter muito mais dúvidas do que respostas, e por não ter entendido muitos dos segredos que ele veio a nos contar, mas ao mesmo tempo extasiada, por ler uma obra tão genial quanto essa, a ponto de me fazer sonhar e viajar com diversos acontecimentos da história.

Mas nada disso de fato me incomodou. Eu relevei, eu relevei completamente porque Hugh é Hugh, e não tenho como botar defeito em nada do que ele escreve. Quando somos fãs, não nos atentamos para pormenores que, muitas vezes, referem-se a um estilo de escrita particular, mas sim para a genialidade do todo.

Ordem me intrigou, por muitas das suas teorias políticas e sociais levantadas, me emocionou, com todo o drama vivido por cada personagem, em especial por Jimmy, me horrorizou, pela violência e pela decadência intrínseca à humanidade, e me fez crer que, apesar de tudo de errado que existe na Terra, ainda há esperanças para nós.

Se vocês estão em busca de um livro recheado de ação, drama, suspense e muitas intrigas, não pensem duas vezes e entreguem-se à Ordem. Só lembrem-se, tenham muito cuidado com o lugar em que vocês irão cavar todas as informações de que necessitam até descobrirem o que os poderosos realmente fizeram. A verdade pode ser dura, a ponto de matá-los ;)

site: http://www.recantodami.com/
Beth 06/04/2015minha estante
Depois de ler "Ordem", voltei para "Silo" e o reli da metade em diante. Estou esperando "Legado". Vale a pena.


Luciana 16/04/2015minha estante
Oi Beth,
Eu fui lendo alternadamente Ordem e Silo (procurava os capítulos que me interessava). Achei que foi produtivo kkkk, é legal ver os dois lados. Principalmente quando Donald conversa com Lukas. Agora não vejo a hora de Legado.


Thais 15/09/2015minha estante
Faltam 200 páginas para terminar Silo. já to anciosa para ler Ordem :D


heitor 17/01/2019minha estante
Obgdo! Vou começar LEGADO agr e realmente precisava de um resumo kkkkkkkkkk é mta coisa




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