Nossa Cultura... ou o Que Restou Dela

Nossa Cultura... ou o Que Restou Dela Theodore Dalrymple




Resenhas - Nossa Cultura...


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Biblioteca Álvaro Guerra 05/04/2018

Quem são os formadores de opinião de hoje? Qual a relação entre a cultura pop e o estilo de vida dos jovens da periferia? Como a academia, o cinema, o jornalismo e a televisão têm influenciado os rumos de nossa sociedade? Theodore Dalrymple, com a lucidez que marca sua escrita, mostra como os “formadores de opinião” nem sempre estão certos do destino a que conduzem as massas.

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788580331639
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Claudio 09/11/2017

Nossa Cultura
Este livro é uma compilação de 26 ensaios sobre a degradação dos valores, escrito por Theodore Dalrymple, mesmo autor de a vida na sarjeta. Dalrymple na verdade é um pseudônimo de Anthony Daniel, médico psiquiatra nascido em Londres no ano de 1949.

Os ensaios, resultados de suas pesquisas e observações do cotidiano, estão divididos em dois blocos ou capítulos, no qual o primeiro “Artes e Letras” aborda justamente a questão cultural do ocidente moderno, principalmente dentro do contexto inglês no qual o autor se encontra. Versa sobre a frivolidade do mal, a banalização da moral e as distopias que povoaram o cenário artístico na segunda metade do século XX.

“Sociedade e Política” fazem parte da segunda metade do livro. Mostra como o politicamente correto se disseminou na sociedade principalmente nas áreas da educação e nos meios de comunicação, trata da banalização da infância, do erotismo infantil precoce, a relativização da violência e o avanço do fundamentalismo em solo europeu, principalmente o islâmico.

Opinião sobre o livro

O autor escreveu a maioria dos ensaios no início do século XXI. Anteviu com singularidade e precisão o estado em que a arte e a cultura se encontrariam anos mais tarde, de gosto duvidoso, sem parâmetros mensuráveis ou aceitáveis pois não se contemplam alguns limites do bom senso comum no modernismo atual.

O ensaio sobre a “Imaginação Distópica” é um dos melhores do livro. Demonstra como a cultura artística promoveu um futuro sombrio e pessimista, aonde a tecnologia e o avanço científico não conseguiram produzir uma sociedade melhor e com mais liberdade, pelo contrário, nos apresentam um presságio apocalíptico, totalitário, no qual o ser humano é escravo de si mesmo.

Versa também sobre os sistemas políticos que deixaram seqüelas como o comunismo e o marxismo cultural que contamina a agenda midiática. Põe o dedo na ferida ao dissertar sobre os modelos econômicos que não conseguiram atenuar as mazelas sociais, as faltas de oportunidades e de inclusão social dos marginalizados, principalmente no contexto francês dos subúrbios de Paris mas que podem ser aplicados em qualquer sociedade em desenvolvimento. È contra o assistencialismo do Estado, entende que o indivíduo deve procurar se desenvolver e crescer por conta própria. Ao Estado caberia apenas dar a oportunidade para que isso se concretize sem se tornar paternalista. Alega que um Estado Social cobrará em breve um custo muito elevado de seus cidadãos para manter as políticas públicas assistencialistas, o que concordo com o autor.

Em “Sexo e Mais Sexo” demonstra como as relações estão objetificadas, denuncia a erotização infantil precoce das crianças e adolescentes e a fragmentação dos relacionamentos amorosos e as interações sociais.

O livro foi escrito e organizado de uma maneira linear. Começa falando de artes e cultura, sua degradação e relativização e por conseqüência sua influência na sociedade e na política. Diria que proposital. Explico!

A lógica é que uma sociedade culturalmente diversa e fragmentada, dissimulada, reflete-se em uma sociedade alienada, moralmente falida e pouco objetiva, suscetível a qualquer mudança que surja, sem ao menos questionar se isso será benéfico ou não. Razão pela qual o livro termina com assuntos envolvendo o fundamentalismo, principalmente o islâmico, sua expansão para o ocidente, sua imposição religiosa, seus usos e costumes sendo impostos em uma Europa que se tornou fraca ou conveniente com o atual crescimento da religião do profeta em suas entranhas. O alerta do autor é para que o Ocidente fortaleça sua cultura, sua liberdade e suas crenças a fim de tornar uma sociedade mais homogênea frente aos desafios deste novo século.

site: https://livrosfilmeseseriados.wordpress.com/
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Marche 15/04/2017

Autoridade
Para falar com autoridade, você precisa ter vivenciado, não lido somente, não apenas ter ouvido falar, mas viver. Theodore Dalrymple ou Anthony Daniels, como preferir, fala com vivência, com fortes ensaios, sobre uma sociedade que não enxerga a lama que está criando e pisando ao mesmo tempo, cada vez mais profunda e aprisionante.

Mas por sorte isto é "só" na Europa e África.

Ele descreve algo que a Biblia já nos alertava, a mãe, pai, avó e avô de todos os livros. "No mundo jaz o maligno"...O amor de muitos se esfriaria..."

Mas há esperança, e a Páscoa nos lembra disso, há esperança!
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Katharina 19/06/2016

Sociedade, arte, cultura, literatura e outros temas da atualidade abordados através de um paralelo ímpar com as obras de cânones da literatura universal como Shakespeare, Alfred Kinsey, Virginia Woolf e outros pensadores que influenciaram a cultura ocidental.
Anthony Daniels, que escreve sob o pseudônimo de Theodore Dalrymple, é um psiquiatra e ensaísta inglês que deixou o conforto da classe média britânica para trabalhar em presídios, asilos, manicômios e hospitais da Inglaterra e de países pobres ao redor do mundo. Seu objetivo é ajudar pessoas de diferentes níveis sociais a lidar com problemas familiares e sociais, cujas origens encontram-se nos próprios sistemas de governo e nos agentes intelectuais que os defendem e embasam sob o manto da “cultura do diferente”. É o que o autor chama de "inversão de valores", as quais estão remodelando as sociedades modernas e, muitas vezes, dão origem a males como violência doméstica, estupro, abuso sexual, licenciosidade, sexo sem compromisso, vício em entorpecentes e a banalização da violência. Uma coletânea de 26 ensaios fenomenais, imprescindíveis para os que buscam entender as complexas e desafiadoras transformações pelas quais passa o mundo moderno.
Livraço!!!!!!
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Ana Saka 26/01/2016

Muito bom. Recomendo.
Livro excelente. Muito bem escrito, é dividido em duas partes - 'Artes e letras', e 'Sociedade e Política'. Seus ensaios analisam as mudanças (rumo à degradação) que ocorreram nas artes, no pensamento, atitudes e no cotidiano do povo britânico e europeu com a introdução das ideias progressistas e do politicamente correto, que trouxe a reboque o multiculturalismo, o paternalismo, a total complacência com a desordem, o feio, vulgar, depravado. Impossível ler os ensaios da segunda parte do livro (que datam mais de dez, quinze anos de publicados) e não lembrar dos massacres de Paris em janeiro e novembro de 2015, ou dos estupros em massa na Alemanha na passagem do ano.
Apesar da atualidade dos ensaios da segunda parte, adorei a primeira parte do livro, que me apresentou a autores em quem não tinha tido interesse até então, como Ivan Turgueniev (num texto muito bom em que é contrastado com Karl Marx) e Stefan Zweig. Fã de Shakespeare, Dalrymple dedica dois ensaios ao dramaturgo - o segundo ensaio termina com uma historieta acontecida na Coréia do Norte que eu pessoalmente nunca vou esquecer. Os ensaios de Dalrymple, mais do que alertar para o que se transformou a sociedade ocidental, nos lembra o tempo todo o valor de tudo o que estamos perdendo: a alta cultura, a beleza, a ordem, a civilidade, a coragem, a dignidade.
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Fidel 05/08/2015

A PERDA DE NOSSOS VALORES, A PERDA DE NOSSAS REFERÊNCIAS
NOSSA CULTURA... OU O QUE RESTOU DELA: Theodore Dalrymple alerta-nos neste livro a situação em que se encontra a sociedade britânica com a degeneração moral dos seus indivíduos.

Ao lançar este olhar para a cultura britânica ele revela de forma preocupante o que está acontecendo com toda as culturas do mundo, sobretudo a cultura europeia e norte-americana.

É uma alerta assustador sobre as inversões de valores, sobre a natureza humana e sobre a desconstrução daquilo que os melhores espíritos foram capazes de criar para a humanidade. Esses valores estão sendo depredados, desmontados, esfacelados, face o surgimento de um "novo mundo" que parece querer destruir passado como meio de criar um futuro glorioso para a humanidade, mas cheio de incertezas. Não há mais limites. Tudo é permitido. O futuro é aqui e agora, e o passado é uma mancha que deve ser esquecida... a todo custo. O mesmo olhar para o Brasil é assustador.

site: http://fideldicasdelivros.blogspot.com.br/
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Rafael 21/06/2015

Os intelectuais fomentam a barbárie civilizacional
Os bárbaros estão tomando espaço, mas não são pessoas comuns (o povo), e sim os intelectuais que disseminam a degradação dos valores ocidentais. Idéias teóricas vão ganhando corpo na sociedade e, assim, o resultado é um tremendo desastre econômico, político e cultural.

A começar pelo estado de bem-estar social, que o autor, por ser médico e ter trabalhado com as camadas populares, conhece muito bem. Um estado que sustenta indivíduos improdutivos, criminosos, parasitando a sociedade. Portanto é um estado que legitima condutas antissociais com o dinheiro do contribuinte.

O campo das “artes” é outra área que a barbárie intelectual relativizou. O pensamento de esquerda legitima que não existem critérios estéticos. Desse modo, qualquer coisa pode ser arte. Já quem não concordar com a retórica deles, é chamado de burguês, elitista. Esse é o jogo do pensamento “progressita”.

Um termo muito utilizado pelos bárbaros é a “desconstrução”. Querem desconstruir a família tradicional, a responsabilidade individual, as artes. Necessitam a todo custo podar a tradição ocidental da qual eles próprios são frutos: as bases ética e morais. Portanto, se não há um norte moral, tudo é válido.

Julgar as políticas públicas pelas emoções é um fator de fácil aceitação por boa parte da população. Com isso as políticas populistas que parecem beneficiar os menos desfavorecidos, resultam sempre em índices maiores de pobreza material e espiritual.

Assim certo “meio” de “intelectuais” que poderiam estar contribuindo para o desenvolvimento da sociedade, não estão cumprindo o seu papel. Estão destruindo de forma lenta e gradual as bases da civilização, através da cultura. O perigo é eminente, e precisamos a priori compreender a causa, para depois tentar resgatar o que fora perdido.
Debora696 25/07/2015minha estante
Endosso o que você escreveu e faço um adendo: essa crise de valores é algo arquitetado há pelo menos três séculos. Com a crise, qualquer mudança que queiram implementar tem espaço, porque as pessoas estão tão confusas e desesperadas por "soluções" que aceitam qualquer coisa.


Dan 18/10/2017minha estante
Resenha muito boa!!! Eu não tenho essa capacidade de síntese.Parabéns!


Ana 21/01/2018minha estante
Amei tua resenha. Sem mais.




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