Lina DC 26/04/2015Um romance fofo!A história se passa em uma cidade pequena chamada Chestertown, na província de Maryland. Narrada em primeira pessoa por Alexandra Marie Carter, a Alex, tudo começa no dia 20 de abril, seu 17º aniversário.
Alex encontra-se sozinha em casa, sem ao menos um bilhete de sua mãe parabenizando-a pela data tão especial. Mary é uma mulher que após seu divórcio há sete anos, tornou-se uma alcoólatra. Seus dias giram em torno de uma garrafa e a indiferença é o seu sobrenome.
"Isso me faz chorar ainda mais e me odeio por não parar. Mas não me odeio, apenas. Odeio Mary. Odeio não ter amigos. Odeio a líder de torcida da minha imaginação rindo da minha cara com os seus dentes perfeitos. Odeio meu pai por ter ido embora. Odeio aquela bicicleta rosa idiota e sem rodinhas. E, definitivamente, odeio aniversários". (p. 07)
Comemorando sozinha seu dia, Alex depara-se com a gentileza de um estranho, Jacob Harris ou Jake.
Jake não é o típico rapaz dos romances: alto, forte, tatuado e bad boy. Ele é gentil, tem um jeitinho meio geek e usa óculos que ressaltam seus lindos olhos. Muito inteligente e espirituoso, Jake consegue ultrapassar as barreiras que Alex ergueu tão arduamente.
Outra pessoa que ganha destaque na história é Anna, a única amiga de Alex. Elas trabalham juntas no posto de gasolina do Sr. Miller e irão, com o decorrer da história, estreitar os laços dessa amizade graças as dificuldade da vida.
Apesar de gostar muito do enredo, faltou um pouco de profundidade em relação aos outros personagens. Talvez fosse interessante ter algumas cenas familiares na casa de Jake e na de Alex e explicar com mais detalhes a situação de Lena, a irmã de Alex.
O romance não é sobre um casal que tem milhões de obstáculos para superar, e sim, de duas pessoas que estão aprendendo a confiar um no outro e a aceitar o amor. Como Alex nunca se sentiu querida, entregar-se aos sentimentos é algo difícil e assustador.
" - E se eu não estiver pronta para arriscar?
...
- Você não precisa de mais tentativas para arriscar, docinho. Basta apenas se dar a chance certa". (p. 157)
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora Charme arrasou. A escolha do papel (ele tem uma tonalidade cinza bem clarinha!), os detalhes do rodapé e dos finais dos capítulos acrescentam muito a obra. A revisão também foi muito bem feita. Encontrei um único errinho de digitação, na página 186. A capa é totalmente fofa e desperta imediatamente o interesse.
"Quando o amor acontece" é uma história de amor inocente, do tipo que faz um sorriso surgir no rosto durante a leitura. Não há malícias, apenas a descoberta de estranhos sentimentos que fazer o coração disparar, as mãos suarem e que transformam as pernas em gelatinas.
"- Você acredita em Deus?
...
- Sim, Mas não sei se Ele acredita em mim...
- Eu acredito - ele diz com um sorriso triste. - Acho que Ele coloca as pessoas certas na nossa vida. Na hora certa. E também as tira na hora certa, por mais que isso pareça ruim". (p. 85)
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