Mayara.Martins 06/01/2024
Falam para não julgar um livro pela capa, mas esse eu julguei e me dei bem, haha.
Sendo sincera, não está entre meus livros favoritados, mas definitivamente é um livro 5 estrelas para mim. Eu gostei bastante da escrita da autora, ela detalha bastante os ambientes e os personagens, o que ajuda muito a imaginar tudo. Talvez algumas pessoas achem o livro meio paradão. Acontece bastante coisa, mas o intervalo entre esses acontecimentos é meio longo. Porém, para mim foi ótimo. É possível que eu esteja enganada, mas achei a escrita um pouco parecida com a de "O jardim secreto", um livro 5 estrelas e favoritado. Além disso, eu simplesmente amei a premissa dessa estória, o fato de a autora misturar duas culturas diferentes foi sensacional. Se você quiser saber do que se trata beeem mais ou menos, só pra ver se é do seu interesse, mas sem entregar muita coisa, é o seguinte: a estória se passa mais ou menos em 1830 e varia entre dois pontos de vista, o de uma gólem chamada Chava e o de um gênio chamado Ahmad. Quanto a golém, em um certo dia, um homem pediu a um rabi desviado para criar uma esposa para ele, ou seja, uma gólem, o que foi bem inovador, já que pela natureza dos gólens, eles normalmente eram usados apenas para proteger seus mestres, tendo uma enorme força física e sentindo todos os medos e desejos dos mestres, de forma a cumprir tais desejos antes mesmo que os mestres tivessem que falar qualquer coisa. Entretanto, esse homem queria uma esposa que fosse curiosa e inteligente, então essa seria a primeira gólem já criada com um certo ponto de livre arbítrio. Depois de criada, o homem viajou com ela para os EUA, com ela dentro de uma caixa, desacordada. Pois, o rabi havia avisado que ela não deveria ser acordada dentro do navio, já que poderia causar muitos problemas. Mas, entretanto, todavia, o homem a despertou dentro do navio e, para a surpresa de quem não leu a sinopse do livro, o homem logo morreu, deixando uma gólem recém criada, sem qualquer conhecimento do mundo e, ainda por cima, sentindo os desejos e medos de todos a sua volta (já que ela não estava mais ligada a um mestre), sozinha. Agora sobre o gênio, o livro conta que ele, um ser feito de fogo, de alguma forma (que eu obviamente não vou contar, porque perderia a graça), foi preso em uma garrafa, a qual foi passada de gerações em gerações até cair nas mãos de uma mulher que também foi para os EUA. Lá, ela pede a um ferreiro? Acho que é um ferreiro, chamado Arbeely (um dos meus personagens favoritos), que ele arrume essa garrafa, que já estava muito gasta e amassada. Buuut, quando Arbeely tenta arrumar a garrafa...BUMM, kkkkk, saiu um gênio peladão, imagina o susto que esse homem levou. O gênio não lembra de como foi parar naquela garrafa e, assim como a gólem, não tem conhecimento nenhum sobre os humanos. Desse modo, Arbeely decide cuidar do gênio para que ele não acabe arrumando encrenca (olha que neném que o Arbeely é, muito fofinhooo). Então, a partir daí começamos a seguir a estória de como tanto a gólem quanto o gênio tentam sobreviver entre os humanos e entender suas estranhas ideologias. Um livro um tanto quanto filosófico. Não concordei com vários pensamentos deles, especialmente com os do gênio, maaas, ainda assim foi muito interessante e engraçado ver os pontos de vista dessas criaturas.