Tempo Espanhol

Tempo Espanhol Murilo Mendes




Resenhas - Tempo Espanhol


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Ronaldo Thomé 07/08/2023

Bela obra do poeta nacional Murilo Mendes, escrita nos anos 50, porém com vocabulário bem simples e acessível. Aqui, Murilo nos entrega um trabalho que não chega a ser tão denso e surrealista quanto sua fama sugere; porém, possui sim sua densidade e momentos bem interessantes, por não dizer emocionantes.

Basicamente, o livro reúne Siciliana e Tempo Espanhol, que são duas obras do poeta publicadas naquela década. O tema dos poemas, em geral, é a dissertação e a análise dos locais, pontos turísticos que visitou e pessoas que conheceu nos países citados: Itália (no caso, Sicília) e Espanha. Tempo Espanhol acaba sendo bem mais longo que Siciliana, e (na minha opinião) suas poesias se destacam.

O que se nota aqui é o olhar do viajante, o observador, aquele que vem de fora, mesmo que não se sinta perdido ou solitário. Em muitos momentos, o poeta parece fazer uma legítima homenagem, embora com muitos momentos críticos. Em especial nessa obra, o último poema, o maravilhoso "O Cristo Subterrâneo" (meu favorito). Vale muito a pena!

Indicado para: quem quer uma obra atemporal, que mostra a sensibilidade de um viajante.
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Li Caldas 22/06/2017

Siciliana + Tempo espanhol
Siciliana + Tempo Espanhol são dois livros, ambos de 1959, em uma única edição. Marcam um espaço europeu na obra de Murilo Mendes. Poemas belíssimos, de uma leitura muito prazerosa, que nos remetem às regiões homenageadas, aos seus pontos turísticos, paisagens, assim como poemas homenageando personalidades como Gaudí, García Lorca, Miró, Picasso e Miguel de Cervantes, dentre outros.

Edição muito bem feita, uma pena que a Cosac Naify fechou as portas.
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Adriana Scarpin 09/10/2016

Como bem dizem seus títulos ambos os livros presentes nessa edição são homenagens à Sicília e Espanha, a grande virtude aqui além das belas homenagens cartográficas e culturais é a laicização da poesia muriliana, que deixa de lado seus arroubos religiosos comumente encontrado em sua poesia para se ater a algo mais terreno.
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