Resenhas - A Jornada do Assassino

isadora.borsato 30/05/2021

Fitz finalmente sobe ao navio e inicia a jornada na busca de Fogogelo, juntamente com o Príncipe e seus mais leais companheiros.
As ilhas externas são exatamente o que todo mundo esperava, um lugar frio, feio e fedorento a peixe em conserva. Já sinto saudades de casa e das paredes familiares de Torre do Cervo.
Como era de se esperar, Fitz, na minha opinião por um descuido ingênuo, visto ele ser o assassino do rei, acaba se machucando de uma forma muito profunda que o deixa atordoado e que talvez nunca se recupere.
Agora Tomé está isolado do mundo e precisa se adaptar a essa nova realidade e eu junto com ele, pois fiquei muito triste com o acontecido.
A melhor parte é que, depois de muita neve e comida ruim, finalmente chegaram onde queriam chegar, e me pergunto:
O que o destino reserva para Fogogelo? O príncipe conseguirá cumprir sua promessa?
O bobo irá mudar o rumo da história?
E Fitz, qual será o lado que escolherá, do Príncipe ou da Fera?
Só espero que o jantar não seja papa de peixe de novo.

Liedsonrm 27/06/2021

Quem está por trás de tudo? A Elliana realmente só quer a prova de amor do Dutiful, ou isso é uma artimanha para tirar o príncipe da segurança do seu reino?

Emerson 03/05/2024

O final de uma metade não é um final
Assim como Os Dilemas do Assassino, esse livro é na verdade a primeira parte de um livro maior, que foi dividido artificialmente pela editora portuguesa. Neste caso, o livro em questão é aquele que fecha essa trilogia. No geral esse aqui pareceu bem mais uniforme e coeso que Os Dilemas do Assassino, porém o seu "final" é completamente abrupto e despropositado. Sério, trasparece de modo claro que ele foi cortado abruptamente de modo artificial. Em se relevando isso, é mais um livro muito interessante dessa saga. Vamos aos meus destaques. Spoilers a seguir:

-Foi muito bom ver o Respeitador jogar na cara do Fitz a irresponsabildade dele em relação a Urtiga. O papinho dele pós descoberta do Talento dela nunca me convenceu. Ao mesmo tempo, desejei que o Fitz tivesse exposto melhor as circunstâncias de sua decisão. Deixar Urtiga fora das influências da Corte não era uma decisão inerentemente ruim em sua génese e isso era algo que Kettricken e os demais sabiamente viram que deviam a ele. Ai a crítica de Respeitador foi injusta. Tambem é bom ver que essa questão finalmente está avançando. Alias, minha impressão é que Fitz se enganou quando pensou que Urtiga descobriu seu segredo ao saber que ela falou que o pai dela ia matar um dragão
-Mais uma cena que me emocionou muito foi Urtiga salvando Obtuso de seu pesadelo. Tudo ali é lindo. Destaque para Fitz percebendo que ela não precisou pensar em mentir à Obtuso quando isso pareceu a solução mais fácil.
-Por falar nele, um dos pontos altos do livro foi retratar a dificuldade que é cuidar alguem na condição de Obtuso, ao mesmo tempo em que denuncia a monstruosidade que é o preconceito e maus tratos que muitos tem com pessoas assim.
-Teio agora rivaliza com Kettricken pelo titulo de personagem mais admirável. Ele já se destacou muito no livro anterior e agora só cresce em meu conceito.
-Fico feliz que a questão de Sidel tenha voltado a tona e sido jogada na cara do Bobo. Era algo que precisava ser jogada na cara dele mesmo. Porem o modo como Cortes fez isso foi desagradável. Ele tem bastante culpa no cartório para sair jogando acusações do modo como fez.
-Romance adolescente muitas vezes é uma coisa esquisita de se ler em historias de fantasia medieval. Principalmente quando as insinuações sexuais são mais destacadas. Fora que esse romance aqui escalou bem rápido.
-Maravilhoso o fato do Bobo conseguir chegar a ilha voando naquele dragão com a mulher nas costas.
-Não acreditei que Fitz perdeu para sempre o seu Talento, mas isso foi uma dificuldade para eles que eu não esperava