Prince of Fools

Prince of Fools Mark Lawrence




Resenhas - Prince of Fools


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Fernando Lafaiete 25/07/2017

Price of Fools: Mais uma decepção de 2017!

Eu realmente queria começar esta resenha dizendo que amei este livro. Mas infelizmente por mais eu tentasse, isso não foi possível. Dessa vez Mark Lawrence me decepcionou bastante de maneira tão profunda que eu estou pensando seriamente em não continuar esta série.

Antes de tudo, vocês precisam entender algumas coisas sobre o autor e sua narrativa.

I - Mark Lawrence cria protagonistas que fogem dos esterótipos dos mocinhos normalmente apresentados a nós leitores. Na Trilogia dos espinhos, conhecemos Jorg Ancrath, um jovem de 13 anos de idade que é movido unicamente pelo seu desejo de vingança. Com pouquíssima idade ele já se torna líder de uma "gangue". O mesmo é bem sociopata e sanguinário. Ele mata tudo e todos sem pensar duas vezes e não se importa com o que irá acontecer com os que o cercam. Seu único objetivo é matar a pessoa responsável pelo assassinato de sua mãe e de seu irmão, as únicas pessoas que ele amava. Ele não dá a miníma se os seus capangas estupram mulheres das aldeias que eles saqueiam e se alguém do grupo dele discorda de algo que ele diz ou da maneira que ele age, ele rapidamente decapita o sujeito. Já em A guerra da Rainha Vermelha, conhecemos Jal, um príncipe mentiroso, traiçoeiro, manipulador, que pensa primeiramente nele e só vai pensar em outra pessoa em último caso. O importante é salvar sua pele e os outros que se danem. O engraçado é que eu pensei que ele seria muito mais egoísta do que de fato ele é. Mas até que ele é bem humano e diferente de Jorg, ele não é brutal. Ou seja, se você gosta de personagens super-humanos, altruístas, apaixonados, que tratam as mulheres com respeito e que lutam pelo seu povo, já os aviso mais uma vez, vocês não encontrarão esses tipos de protagonistas nos livros de Lawrence e isso pode ser bem incômodo. Eu confesso que Jorg me agrada bastante. Eu não gosto de personagens muito bonzinhos e devo admitir que no lugar de Jorg, muitas vezes eu teria tido as mesmas atitudes. Discordo de muita coisa do referido personagem, mas ele me agrada muito mais do que a maioria dos protagonistas que eu encontro em livros de fantasia. E tendo o mesmo como base de comparação, o Jal (o protagonista deste livro) é muito fraco e extremamente chato.

II - A escrita do autor é mediana e fica muito abaixo de outros escritores do gênero. Mas ainda assim, não acho que ele escreva mal. Ele criou um mundo bem interessante, apesar de nada inovador. Sua inspiração em As crônicas de gelo e fogo são visíveis e portanto não causa nenhum deslumbramento nos leitores mais ávidos de fantasia. O autor tem o péssimo costume (ou não) de narrar suas histórias em primeira pessoa. Na sua primeira trilogia isso não me incomodou, porque gosto do personagem central e porque a estrutura dos livros era muito mais dinâmica que neste livro. Muitas vezes temos alguns trechos sobre os outros personagens e em alguns volumes temos outras perspectivas. Sem contar que o objetivo de Jorg é bem claro desde o início. Já neste livro, o Jal é tão sem graça e seu objetivo é tão fraco que eu realmente não me importaria se ele morresse. Na estória seu destino é entrelaçado com o destino de Snorri, um nórdico que tem um único objetivo: voltar para sua terra e salvar sua família que foi sequestrada. O maior problema desse livro é que o coadjuvante é muito mais interessante que o protagonista. Por qual razão o Mark Lawrence não intercalou os capítulos nos apresentando a perspectiva dos dois personagens é algo que nunca irei entender.

III - Vocês precisam ler a trilogia dos espinhos antes de ler este livro?

A resposta para esta pergunta é "não". Este livro não é uma continuação e a estória apresentada aqui acontece ao mesmo tempo que está acontecendo a jornada de Jorg. São realizadas diversas citações ao personagem e seus feitos. Mas se você resolver ler este livro primeiro, não ficará perdido. Aliás, neste livro o autor tenta criar um mistério acerca de quem é e o qual o objetivo do rei morto. Mas pra quem já leu a primeira trilogia (como eu) já terá todas essas respostas, o que deixará a narrativa deste livro bem cansativa.

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Acredito também que para as leitoras este livro passará um ar de machismo. Afinal de contas, a presença de personagens femininas é praticamente nula e as que aparecem são vistas pelo protagonista apenas como objetos sexuais. Ele as enxerga apenas como algo passageiro para se saciar.

As cenas de ação são ruins e muitas vezes fiquei com a impressão que a narrativa era mais do que fraca. Só não direi que este livro é mal escrito, porque depois de ter conhecido a escrita de T. A. Barron, autor da série Merlin, não tenho como dizer que Lawrence escreve mal. Até porque acho seus outros livros bem escritos.

Também estava esperando uma maior expansão do universo já que este é o quarto livro em que a estória se passa no mesmo "reino". Mas o autor não apresenta nada de novo. O livro é maçante, repetitivo, tem um protagonista machista, fraco, sem objetivos sólidos e que é levado o tempo inteiro pelos objetivos de seu parceiro, o coadjuvante que tem mais característica de protagonista do que ele.

O final é previsível e foi uma solução preguiçosa encontrada pelo autor. O famoso Deus ex-machina dá as caras de maneira bem anti-climática que me fez apenas revirar os olhos e rir do desfecho que chega a ser um pouco mais que medíocre.

A parte fantasiosa do livro é horrível e como eu já disse, é apenas uma parcela do que já vi nos livros anteriores do autor.

Terminei a leitura depois de passar um tempo particularmente longo lendo. Este livro foi ruim ao ponto de me deixar de ressaca literária por um tempo. Só não irá receber uma nota menor que 2, porque Snorri é um personagem bem bacana que deveria ter sido o protagonista. Se ele não existisse, eu com certeza estaria dando 1.5.

Pra quem gostou deste livro, fico feliz por você. Ele é mais um que não funcionou pra mim e como não sou obrigado a nada, escrevo resenha negativa mesmo. Estórias preguiçosas como essa me irritam e eu me sinto na obrigação de alertar leitores mais exigentes como eu, ou que possuam gostos e opiniões parecidas com as minhas. Perder tempo com livros medianos ou ruins é algo que todo leitor deve ter o direito de evitar.

**Antes que digam que tenho a opção de abandonar livros, sinto dizer que ainda não cheguei neste nível. Quando me proponho a ler algo, vou até o final.

Pra quem tem esse livro na estante, mas uma vez repito o que sempre digo, espero que sua experiência seja muito melhor que a minha. Respeito quem gostou e espero que a minha opinião também seja respeitada. Eu terminei sendo sensato e já tirei este livro da minha lista de desejados. Lê-lo já foi uma tortura, tê-lo na minha estante me deixaria louco!
GH 25/07/2017minha estante
Um spoiler: livros da Dark Side costumam ser todos assim...


Rafa Ferrante 25/07/2017minha estante
Ainda bem que não preciso ler Prince para ler esse, apesar de não ficar muito animado. Tbm não consigo abandonar uma leitura no meio.


Esdras 25/07/2017minha estante
Tenso! RS.
Mas, confesso, adoro suas resenhas negativas.kkk.


Gisele @abducaoliteraria 25/07/2017minha estante
Não tenho a mínima vontade de ler os livros desse autor, porque sempre escuto as mesmas críticas, machismo, deus ex-machina e personagens mal desenvolvidos. Passo longe...


Fernando Lafaiete 25/07/2017minha estante
Primeiramente, obrigado pelos comentários e desculpa pelos milhares de erros que havia nesta resenha. Eu fui revisá-la e me assustei (rsrs). Enfim... responderei a todos na ordem que postaram. GH, já ouvi muita gente dizer o mesmo que você. Mas existem alguns livros da Darkside que são muito bons. A série ciclo das trevas é sensacional e o livro Golem e o gênio é genial e um dos melhores livros de fantasia que já li. Mas devo dizer que entendo o seu ponto de vista. A editora faz escolhas bem parecidas para colocar em seu catálogo. E Rafa, o máximo que poderá acontecer com você se resolver ler este livro primeiro, é ficar curioso sobre a jornada do Jorg e acabar achando a construção de mundo ruim. O desenvolvimento de tudo (mundo, fantasia e personagens) é melhor executado na trilogia dos espinhos. Esdras, que bom que você gosta das minhas resenhas negativas; elas andam incomodando fortemente algumas pessoas (rsrs). Que bom que você não é uma delas. E Gisele, os livros realmente possuem estas características. Como mulher, se você é uma leitora bem crítica, fuja do autor. As mulheres são bem mal vistas pelos personagens masculinos e na maioria das vezes são apenas objetos.


Cássia 25/07/2017minha estante
Comprei ele tem quase dois anos e sempre via resenhas negativas. Também não tenho costume de largar a leitura pela metade, sempre acho que o final pode valer a pena. Discordo do colega que disse que os livros da darkside costumam ser todos assim. A trilogia O Ciclo das Trevas, por exemplo, é muito boa (pelo menos pra mim).


Fernando Lafaiete 25/07/2017minha estante
Também gosto bastante da série Ciclo das Trevas. Espero que a editora lance logo os outros 4 livros. Eu já tive experiências muito ruins com livros da Darkside, mas também já tive experiências excelentes. Infelizmente este livro entrou no grupo de livros ruins.... fazer o quê, acontece! :(


Cássia 25/07/2017minha estante
O terceiro livro do Ciclo das Trevas saí no final de agosto :)


Fernando Lafaiete 25/07/2017minha estante
Estou desesperado por este lançamento Cássia. S2


Max Roger 25/07/2017minha estante
Ao pessoal que acha o Mark Lawrence machista, a nova série de livros do autor "Book of the Ancestor" tem como personagem principal uma mulher. O primeiro volume denominado de Red Sister foi lançado esse ano lá fora, talvez um dia a Darkside publique no Brasil.


Fernando Lafaiete 25/07/2017minha estante
Espero que ele desenvolva tal personagem de maneira respeitosa e agradável. Eu achei bacana a maneira que ele trata as personagens femininas na primeira trilogia. Mas neste livro eu não curti não.


Fernando Lafaiete 25/07/2017minha estante
*Obrigado pela informação Max. Acabei de dar uma olhada no novo livro do autor e acabei gostando muito da premissa. Apesar de ter me decepcionado com este livro, estou interessado em ler Red Sister. Me parece ser mais do mesmo, mas gosto de livros protagonizados por mulheres. :)


Max Roger 25/07/2017minha estante
De nada, Fernando :) Também fiquei interessado em ler, porém meu inglês não é lá grande coisa, então vou ter que esperar sair por aqui.


Isa Gama 19/04/2018minha estante
Valeu pela resenha! Me fez deistir de pegar esse livro na troca.


Fernando Lafaiete 15/09/2018minha estante
Que bom Isa... eu de fato não o indico! Achei realmente muito ruim. Uma leitura problemática do começo ao fim.




Vagner46 07/12/2015

Desbravando Prince of Fools
Não curti muito, achei a escrita bem mediana, nada que me atraísse muito, principalmente nos momentos (de dormir) que os personagens estavam viajando. Como a narrativa é em 1ª pessoa, a vontade de virar as páginas era mínima.

O protagonista é um cara que gosta de passar a perna nos outros e fez (e fará) isso a vida inteira. Exatamente o tipo de pessoa que eu odeio na vida real, ou seja, não tem como simpatizar com esse tipo de personagem, pelo menos no meu caso.

Talvez o seu companheiro, o viking Snorri, seja um dos poucos pontos positivas desse livro, principalmente quando detalhes do seu passado vão sendo revelados.

No mais, não achei grande coisa, algo digno de se recomendar por aí. Sem contar um deus ex machina violento no final, usado para explicar um dos acontecimentos do passado do Jalan. Não condiz com a atitude do personagem.

Talvez eu leia o 2º livro algum dia, mas está muito abaixo na lista de prioridades.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/
douglas 07/12/2015minha estante
Li em alguns lugares que é sobre a redenção de um covarde, então não acredito totalmente que ele sempre será deste jeito.
[SPOILER] É não achei um deus ex machina no final, se eu soubesse o que era um berserker provavelmente teria pensado nessa possibilidade.
Uma pena que você não curtiu, tomara que se surpreenda com o próximo volume, se lê-lo.


Kelli ( kell_msa) 07/12/2015minha estante
tava na minha lista de 'quero ler" esperava uma grandissima historia, mas pelo jeito não é...


Eder 07/12/2015minha estante
Você leu em inglês


Vagner46 08/12/2015minha estante
Não é tudo isso, Kelli, tem coisa bem melhor por aí. Na minha opinião, é claro.


Vagner46 08/12/2015minha estante
Eder, li uns 80% em inglês e o restante li em português mesmo.


Eder 08/12/2015minha estante
Todas as pessoas que eu conheço e que, de alguma maneira confio nos gostos, não indicam esse autor.


Kelli ( kell_msa) 08/12/2015minha estante
bem, levando em consideração que você colocou umas resenhas de uns livros que já havia lido e sua nota foi igual a que achei do livro, opinião sua vale ser levada a serio


Vagner46 09/12/2015minha estante
ashuhasuhasuhasuhas

Você quem manda! :P


Fernanda 09/12/2015minha estante
Nunca consegui juntar dez reais de vontade pra ler as obras do Mark Lawrence. Todo mundo com um gosto parecido com o meu fala que é de mediano para ruim... :P


Vagner46 09/12/2015minha estante
Eu acabei não curtindo muito, Fernanda, acho que os outros autores mais famosos por aí escrevem bem melhor que o Mark. Mas vai do gosto de cada um mesmo...


Rafael 13/12/2015minha estante
Eu gosto da escrita do Mark e o mundo em que ele criou no Broken Empire, mas o livro é bem "mais do mesmo", não é tão impactante como a trilogia inicial. Não é livro ruim, porém, um três é mais que justo.


Luana 30/06/2016minha estante
Abandonei o primeiro livro da trilogia do espinhos, nao me agradou. Minha duvida é, consigo ler esse sem ficar confusa com relacao a trilogia anterior????


Vagner46 29/08/2016minha estante
Consegue, Luana, segundo o que perguntei para os meus amigos que leram ambas as trilogias.




DeiaMolder 24/09/2021

Esse é meu segundo contato com esse autor, primeiro foi a Trilogia dos Espinhos, que me deu de presente Jorg Ancrath, um anti - herói violento e rancoro que ao longo da narrativa criou um amor forte em meu ?? ?

Agora temos Jalan Kendeth, outro príncipe, esperto e charmoso. ?
Jalan foi unido por um feitiço a Snorri Snogason, um nórdico de 2,15 mt de puro músculo e coração.

Vamos aos fatos.....

Príncipe e nórdico embarcam em uma viagem rumo ao norte gelado. Um em busca da cura da maldição, o outro para resgatar sua família. No caminho encontram homens mortos que caminham, natimortos que saem de suas covas, homens pinheiros ou pinheiros humanos ? que assombram a floresta. Onde uma Dama azul, uma Rainha Vermelha e um Rei Morto lutam uma guerra silenciosa, no meio disso tudo muita pancadaria, ossos quebrados e sangue. ( Tudo que gosto ?)

A narrativa é ágil e corre solta, dá-se muita risada dos pensamentos de Jalan, que só pensa naquilo ?
O legal é sentir o crescimento dos personagens, principalmente os "sem noção" como é Jalan. ?

"Dois heróis, um levado a esmo por seu pau, e outro ao norte por seu coração. Nenhum usando o cérebro em qualquer decisão importante. Não os julguemos com dureza, meus soldados, pois nada é realmente profundo, nada tem consequência."

Está valendo muito a leitura ?
Vamos ao segundo volume.
Siga-me os bons....???
Lilyan Sotnas 24/09/2021minha estante
Quero ler!


DeiaMolder 24/09/2021minha estante
Leia, é muito bom e divertido ?


Lilyan Sotnas 24/09/2021minha estante
Divertido? Sempre pensei que seria uma fantasia só com porrada e bomba! Kkk


DeiaMolder 24/09/2021minha estante
Tbm tem, mas os pensamentos do príncipe são ótimos ?


Maju 09/02/2022minha estante
Tem relação com a trilogia anterior?


DeiaMolder 09/02/2022minha estante
São concomitantes,mas independentes.


Kira© 07/10/2022minha estante
Eu quero muito ler agora, depois que vc falou sobre os pensamentos impróprios do Jalan, acho que vai me render muita risada. Já estou com saudades desse mundo extraordinário que o Mark criou ?.


DeiaMolder 13/10/2022minha estante
Eu dei muita risada com os pensamentos e comentários. Enquanto Jorg era sério jalan é leve




Patricia 09/04/2016

Ao terminamos a Trilogia dos Espinhos não nos resta outra coisa senão a ressaca literária. Mas eis que Mark Lawrence e a DarkSide nos dão a oportunidade de retornarmos para o Império Destruído para mais uma vez enfrentarmos o Rei Morto. Isso mesmo, esse livro não se passa nem antes, nem depois da trilogia anterior, ela ocorre ao mesmo tempo. Só que dessa vez ao invés de descobrirmos a estória do meu muito amado Jorg, nós conheceremos outros personagem, outro anti-herói. Troque o pequeno psicopata por um herói covarde, tentativas de vingança por tentativas de fuga.

O foco agora é a Marcha Vermelha. Como eu havia dito, a estória acontece paralelamente a do Jorg, o qual fiquei esperando ansiosamente que aparecesse (mas não vou revelar se apareceu ou não), no início desse livro o Rei Morto está começando a se revelar, e isso ocorre bem antes do Jorg descobrir a existência dele.

Jala (Jal) é neto da Rainha Vermelha, um dos muitos. Se você leu a trilogia, você deve ser lembrar dela, embora a mesma só tenha aparecido brevemente. Bem, Jal é um personagem assumidamente, e orgulhosamente, covarde. Ele não tem pretensões de ser um herói, tudo o que ele quer é viver na vida boa que sua posição proporciona. Mas mesmo sendo um covarde, e justamente por causa disso, por acidente ao tentar fugir de uma batalha, de alguma forma ele se torna um herói. Para ele está tudo ótimo, pois isso o ajuda a manter uma imagem, e também ajuda que não descubram o quão covarde ele realmente é. E além de covarde, Jal é um excelente mentiroso. Ele é tão bom mentiroso que consegue enganar até a si mesmo.

Mas mesmo sendo um príncipe, e um herói de guerra, Jal está passando por certas dificuldades. Ele tem problemas com apostas e por causa disso está sempre devendo dinheiro para um sujeito perigoso. Mas ele sabe como viver na corda bamba, sempre equilibrando sua dívida de forma a nunca morrer por causa dela. E justamente quando ele estava precisando pensar em uma forma de dar algum dinheiro para o tal sujeito, para prorrogar ainda mais o seu prazo, a Rainha Vermelha convoca um reunião com toda a família. Ela quer que todos ouçam o relato de Snorri, um viking escravizado que teve sua aldeia, no norte congelado, atacada e devastada pelos mortos vivos do Rei Morto. A Rainha deseja que seus filhos e netos se concentrem nessa crise, que busquem uma forma de prever e deter o Rei Morto.

Porém, obviamente, Jal não está nem aí para isso. Ele não consegue ver como isso pode ser um problema, um bando de corpos decrépitos se arrastando no distante norte. Ele tem preocupações maiores, mulheres e dinheiro. E é claro, apostas. E para piorar ainda mais a situação para ele, além de ter de aguentar o bla bla bla enquanto está de pé, ele ainda está sendo obrigado a ficar no mesmo cômodo que a Irmã Silenciosa, que mais ninguém, além dele, parece notar.

E é quando ele nota que Snorri não é simplesmente um viking, ele é um viking gigantesco, que daria um excelente lutador na arena e que ainda por cima parece ter notado a presença da Irmã. Então ele já cria um plano genial de usar Snorri para conseguir o dinheiro que precisa para pagar sua dívida, ou pelo menos ele acredita que conseguirá um bom dinheiro até o viking morrer. E é por isso que ele tem improvisar para conseguir o viking quando a Rainha dá a ordem para soltá-lo, e ele realmente consegue fazer com que Snorri seja levado até o local onde ocorrem as lutas. Mal sabia ele o que estaria por vir, o que essa sua armação iria desencadear.

Eu não quero contar muito mais o que acontece a partir daqui porque não quero estragar a graça de ninguém ao ler esse livro. Mas posso resumir que após conhecer Snorri a vida de Jal mudará completamente, ele se verá obrigado a partir em uma aventura, embora não seja um hobbit. E essa jornada dele o levará a enfrentar perigos terríveis, quando tudo o que ele mais gostaria é de correr na direção contrária. O Império é reapresentado para nós, conheceremos outras partes do mesmo universo, expandiremos nosso conhecimento sobre aquele mundo. Velhos e novos inimigos aparecerão, com desafios totalmente diferentes, sobre perigos que nem sabíamos existir na outra trilogia. Não faltarão lutas, magia, inimigos. Mais uma vez veremos o jogo sendo jogado das sombras, reis e rainhas (e príncipes) sendo movidos por aqueles que já viram o futuro e por aqueles que querem controlá-lo.

Se você não leu a Trilogia dos Espinhos, eu te aconselho a não ler esse livro antes. O universo foi apresentado na outra trilogia, então você ficará perdido por estar pegando o bonde andando, pois o autor não perde tempo entrando em detalhes já revelados anteriormente. Jorg se tornou um dos personagens que mais amo na literatura e embora Jal não tenha sido capaz de ocupar o lugar dele, ele sem dúvidas conquistou também o seu espaço. Como ele mesmo diz, o que os outros chamam de covardia, ele chama de sanidade. E é assim que ele é. Ele não tem ilusões de ser aquilo que não é, de fazer o impossível. E as frases dele são impagáveis, tudo que ele diz e pensa é digno de nota e muitas vezes, digno de uma risada.

E o companheiro de Jal nessa jornada será o viking Snorri, que só pensa em salvar sua família. Ambos estarão ligados e precisarão enfrentar os perigos que os aguarda lado a lado. Agora imaginem um viking, um guerreiro conhecido entre o seu povo por sua coragem e que não pensa duas vezes antes de entrar em uma briga tendo que viajar com o covarde do Jal, que literalmente só pensa em mulher e em fugir. E pobre ainda tendo de disfarçar que é covarde só para manter a banca.

Sobre a narrativa do livro, não há o que dizer além de afirmar mais uma vez que ela é perfeita. Se todos os livros que leio fossem tão bem escritos como os do Mark, eu conseguiria ler mais de 200 livros por ano. É quase uma magia o que acontece quando você está lendo. Então é claro que dei 5 estrelas e favoritei mais esse livro. O final, como vocês já devem imaginar, deixa aquela vontade desesperada de precisar ler o próximo livro logo em seguida. Sobre a edição do livro, uma palavra: DarkSide. A qualidade da Trilogia dos Espinhos se repete nesse livro. A única diferença é que nesse as letras da capa não são brilhantes.

Se você leu a Trilogia dos Espinhos, então não restam dúvidas de que precisa ler esse livro também. Se você ainda não leu a trilogia anterior, não perca tempo, leia e depois também leia esse livro. Esse é mais um excelente livro de fantasia que mal posso esperar pela continuação.

site: http://www.ciadoleitor.com/2016/02/resenha-guerra-da-rainha-vermelha-de.html
Pri Paiva 20/07/2016minha estante
Adorei a resenha! =)




Morgs 19/11/2016

O livro diferente
Esse livro me deixou bem surpresa com a história que foi contata. Ela começou com uma "pegada" e terminou com outra. A amizade improvável do príncipe com o Viking e ainda depois, com os outros vikings. A fidelidade dos dois e a prova que mesmo quando tudo parece uma droga, as coisas podem ficar um pouco melhor.
Bruna Araujo 21/02/2017minha estante
Para ler este livro é necessário conhecer a Trilogia dos Espinhos?




Anna 30/01/2021

Jornada de heroi
Que livro chato, demorei para terminar de ler. Ele não é mal escrito, longe disso, mas é uma longa jornada de herói... Sai com um objetivo (ou obrigado, depende do ponto de vista), vai na 1° parada, desafio, vence (ou foge), vai pra 2° parada, desafio, vence (ou foge)... Ad eternun
Quando eles finalmente chegaram no destino, o príncipe mudou bem pouco, eu não aguentava mais e só fiquei feliz porque acabou (não importa se cumpriu ou não o objetivo, acabou!!)
Chato pra caramba...
Esdras 01/04/2021minha estante
Uma curiosidade que tive aqui lendo sua resenha: Por que motivo você deu 4 estrelas para esse livro? Se você achou tão chato, não devia ter dado uma nota baixa?




Jeane Correia 17/05/2020

A Guerra da Rainha Vermelha é o primeiro livro da trilogia Prince of Fools. A narrativa apresenta como protagonista o Príncipe Jalan Kendenth, de Marcha Vermelha. Ele é um príncipe nada convencional, que não chegará em um cavalo para salvar princesa nenhuma, trata-se de um anti-herói.
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Jalan adora se meter em falcatruas para conseguir dinheiro. Ele é o décimo na linha de sucessão, e sua avó, a Rainha Vermelha, prefere a Princesa Serah a ele. Também é bastante mulherengo, apostador de brigas e acima de tudo muito covarde. “Sempre gostei de uma boa briga e uma bela dose de sangue, contanto que não seja eu a ser esmurrado nem o meu sangue a ser derramado”.
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O desfecho da história se dar a partir de uma convocação para a sala do trono da sua avó, a Rainha Vermelha, ela quer falar sobre o Rei Morto e seu exército de mortos vivos e natimortos. É nessa sala do trono que Jalan conhece o nórdico viking Snorri ver Snagason. Assim que coloca os olhos nele Jalan já quer usá-lo nas rinhas para obter dinheiro e pagar suas dívidas, pois Snorri é muito grande e forte.
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Uma mentirinha aqui outra ali... Jalan consegue que o nórdico lute para ele. As coisas não acontecem como esperado e os dois fogem. Contudo o destino deles estaria ligado para sempre, pois, por conta de um imprevisto com magia Jalan não pode viver sem Snorri. E assim começa uma grande aventura, com luz e trevas e com os dois adquirindo habilidades especiais.
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É um livro divertido e apesar de Jalan ser mentiroso, manipulador e trapaceiro, coisas que detesto na vida real, eu simpatizei com ele e acredito que se vocês lerem o livro vão entender. É um livro cheio de ação e que também fala de amizade.
Duda1569 09/03/2021minha estante
É TIPO UMA COLECA SE SS QUAIS OS OUTROS LIVROS?




Rafael 13/12/2015

O livro é bem menos do que podia ser
Quando eu soube que a Darkside iria lançar mais uma série de livros do Autor, eu me animei bastante. O mundo em que o Mark cria na trilogia dos espinhos é bem rico, e deveria sim ser mais explorado, muito além da saga de Jorg e seus irmãos. O resultado, no entanto, é decepcionante.

Não que o livro seja ruim, longe disso, é mais um daqueles livros que te faz querer terminar rápido só para saber o final, mas sempre vai vir acompanhado com a sensação de ser "mais do mesmo".

O livro começa lhe dando a esperança de que teria mais política na trama e que o protagonista seria muito mais ativo nela, já que ele é um grande covarde e mentiroso. Mas não, a coisa se torna totalmente irrelevante com o passar do livro, se tornando igual ao primeiro livro da trilogia anterior: Viagens intermináveis com poucas paradas, fugir de coisas mágicas e ser mais uma peça do tabuleiro do Broken Empire.

O que mais me preocupou nele foi o fato de que o livro foi tratado quase como uma continuação(Claro que não temporal) da trilogia anterior. Muita coisa nele foi feita apenas para abrir um sorriso na boca dos antigos fãs, sendo totalmente irrelevante para aqueles que o procuram como uma saga a parte. Inclusive, a revelação sobre o que é realmente o Broken Empire não é nem de perto mascarada, como no livro anterior, tirando toda a magia da obra.

Os acontecimentos do livro seguem bem uma linha que o Mark já seguia, sendo que você sabe como muitas coisas vão acontecer, e não é por serem acontecimentos mencionados na trilogia anterior, mas porque você já viu o Jorg fazer a mesma coisa. Tal qual o final, não foi surpreendente para ninguém, aquele tipo de coisa era bem comum para os antigos leitores do Mark.

Não é um livro ruim, mas parece um livro feito para ganhar dinheiro no vácuo do antigo.
comentários(0)comente



Jordana Martins(Jô) 08/01/2016

A Guerra da Rainha Vermelha - Prince of Fools
Assim somos apresentados ao novo personagem da cativante nova trilogia escrita por Mark Lawrence, o mesmo autor da aclamada e belíssima Trilogia dos Espinhos. A DarkSide Books mais uma vez nos presenteando com mais uma obra que envolve terror, aventura e humor sarcástico, é claro.

Nessa nova trilogia intitulada Prince of Fools tem como primeiro volume A Guerra da Rainha Vermelha e nesta obra somos apresentados ao galante, espirituoso, trapaceiro e completamente covarde Príncipe Jalan Kendenth de Marcha Vermelha. Um príncipe que adora se meter nas piores falcatruas para se conseguir dinheiro e claro, mulheres. Já no primeiro capítulo vemos Jal correndo para salvar sua vida (vamos ver muito isso no decorrer do livro). Alguns têm quedas por mulheres, Jal tem um tombo feio por elas. Totalmente hedonista (sempre com o prazer como objeto de vida).

“Sou um bom corredor normalmente, mas quando me borro de medo sou de outro nível.”

Mal ele chega todo maltrapilho no palácio já recebe uma convocação de sua vovó, a Rainha Vermelha, todos tem que se reunir na sala do trono, onde estão todos os descendentes da rainha. Todos os filhos e netos. Jal é o décimo na linha de sucessão, mas por não ser o favorito isso pode fazê-lo andar um pouco mais para trás na fila. Na sala do trono além da família e da corte também estão presentes alguns escravos, não que em Vermilion isso seja aceito.

“Vovó devia está caçando essas histórias a torto e a direito – Marcha Vermelha não tinha tradição de escravidão e eu sabia que ela não aprovava o tráfico.”

A velha rainha está à procura de alguém que possa falar sobre o Rei Morto e seu exercito de mortos vivos e natimortos. E assim conhecemos o futuro companheiro de aventuras de Jal, o nórdico Snorri ver Snagason (Snorri para os íntimos). Assim que Jal o vê já pensa em usá-lo nas rinhas para obter dinheiro para pagar suas dívidas, antes que seus credores o matem. Snorri está para ser liberto, e isso atrapalharia os planos do príncipe dos tolos. Com uma manobra aqui, uma mentira ali, Jal consegue seu homem para lutar nas gaiolas. O que é uma das partes bem interessantes. O Snorri é de meter medo por seu tamanho e força, mas tem um coração puro como de uma criança.

Nem tudo sai como o planejado, o nórdico foge e Jal, obviamente também. Como um príncipe, mesmo sendo um de quinta categoria Jalan tem seus “deveres” a cumprir na corte, desde a ir a batalhas (das quais ele prefere muito evitar) e eventos sociais (esses ele até gosta, menos as óperas). E é justamente numa dessas óperas que o destino de Jal muda completamente. Quando o pobre covarde se vê perseguido no teatro por um irmão ciumento (até porque pegar as três irmãs do mesmo cara é motivo pra querer matar o infeliz). Mais para o azar de Jalan, a conselheira de sua avó a Irmã Silenciosa, uma velha horrenda, decide colocar um feitiço no prédio que impede de quem está dentro de sair e de quem está fora de entrar. E Jal anseia e precisa sair antes que Alain DeVeer e seus capangas o peguem. Mais o feitiço da velha não quer que ele saia do prédio. Um feitiço que prende todos e em seguida queima tudo.

“O Rei Morto e essa Irmã Silenciosa, eles são mãos ocultas, que fazem um jogo com o Império, eles e mais outros, empurrando reis e lordes em seu tabuleiro.”

Não sem esforço Jal foge caindo num monte de dejetos (o que é bem cômico), mas não morre queimado. Mesmo assim depois de gritos extremamente afeminados ele corre do feitiço da velha, que insiste em persegui-lo. Porém ele dá de cara com o nórdico e a magia que deveria explodi-lo acaba se dividindo. Deixando Jal jurado pela luz e o nórdico jurado pelas trevas, cada um adquire uma espécie de consciência. Snorri tem a filha de Loki (deus da trapaça e mentira) Aslaug e Jal tem um anjo Baraqel (cheio de virtudes como um anjo deve ser).

“Então você recebeu uma beldade com a mente suja enquanto eu ganhei um devoto estraga-prazeres. Cadê a justiça aí?”

E a jornada desses dois tem inicio. Pois um não pode ficar longe do outro, pois a magia causa enfraquecimento. Snorri almeja ir ao norte para acabar com o homem que destruiu sua vila e levou seus filhos e esposa o Sven Quebra-Remo e isso não é nada vantajoso para Jal. Durante a jornada descobrimos mais sobre a história de Snorri e de Jal, que no fim pode até ter um coração, mas que sempre prefere se importar mais consigo mesmo que com os outros.

“Sou um mentiroso, trapaceiro e covarde, mas nunca, nunquinha, vou deixar um amigo na mão. A não ser é claro, que para isso seja preciso sinceridade, jogar limpo ou coragem.”

Quando Jal bate papo com seu anjo ele nunca fica feliz, pois Baraqel adora recriminar a obras de Jal. Surgindo enfim uma consciência às vezes bem pesada em Jal. O que o deixa completamente descontente, pois suas ações começam a mudar por conta dela. Sem que o mesmo as vezes nem perceba.

“Por nunca ter sido incomodado por uma consciência antes, eu estava longe de saber o que esperar dela. Então quando uma voz começou a sussurrar todos os dias, por um minuto ou dois, para eu ser um homem melhor, decidi que o choque dos acontecimentos recentes havia finalmente despertado a minha consciência. Ela tinha nome – Baraqel. Eu não gostava muito dele.”

Jal é um exímio mentiroso e acreditar nas suas mentiras é essencial como ele mesmo diz e para nós fica mais que provado que ele é realmente tão bom nisso, pois chegar ao ponto de ver somente o que a sua malcriada mente diz.

“Sou um bom mentiroso. Sou ótimo. E para ser ótimo mentiroso é preciso viver suas mentiras, acreditar nelas, de modo que,quando você repete muitas vezes para si mesmo,até o que está bem diante de seus olhos se dobrará à mentira.”

Por ser jurado pela luz Jal acaba desenvolvendo uma habilidade de cura, mas para seu azar ele não pode curar a si mesmo. Curar tem um preço à fraqueza. Ele é muito relutante em usá-la. O Demônio de Aral como também ficou conhecido Jal após lutar contra os Scorron é uma caixinha de surpresas. Como já dizia Sherek ele é como uma cebola “cheio de camadas”. Ambos em busca da chave que abre todas as portas e talvez até a da morte.

Além dos personagens novos e cativantes desta nova trilogia, temos também um reencontro com um velho conhecido. O jovem príncipe dos espinhos, o espinhoso Honório Jorg Ancrath, o primeiro vigarista pelo qual me apaixonei nas obras de Lawrence. Damos uma passada por Ancrath. Jal e Snorri dão de cara com os irmãos de estrada de Jorg e ainda se hóspeda no Castelo Alto. Jorg é realmente de dar medo e por isso Jalan não pensa duas vezes antes de sair do seu caminho. Não antes de tentar se engraçar com Katherine e Sareth (a puta Scorron como diria Jorg) e também uma passada no Circo do doutor Raiz-Mestre (“observem-me”). E outros segredos da trilogia dos espinhos são descritos também. O que vai me fazer ver com outros olhos um determinado personagem.

Foi um prazer inenarrável voltar aos reinos do Império quebrado, rever meus amados personagens, conhecer outros novos. Voltar ao universo onde homens mortos caminham, natimortos surgem das covas frescas e onde um povo dos pinheiros assombra florestas. Lawrence nos apresenta mais personagens maravilhosos com índoles duvidosas e ainda sim fáceis de amar. Com uma escrita magnífica que eu particularmente adoro em primeira pessoa. Com diálogos muito bem construídos e bem desempenhados.
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mila.t 12/03/2024

Tinha muitas expectativas em relação à história, e não foi nada como eu esperava. Me arrastei um pouco na leitura pela forma que o protagonista e narrador retrata mulheres e tem muitas lembranças sexuais, além de ele ser, propositadamente, desagradável. Entendo que foi a intenção do livro mas até me acostumar foi meio complicado de acompanhar o ponto de vista do Jalan e me pegava muito curiosa sobre o ponto de vista do Snorri. Gostei do mundo que o autor construiu e a fantasia, bem escrito demais.
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Gus 06/03/2016

Assim se apresenta Jalan Kendeth, príncipe do reino de Marcha Vermelha, situado no chamado Império Destruído. Para aqueles que conhecem a Trilogia dos Espinhos, composta por Prince of Thorns, King of Thorns e Emperor of Thorns, sabe do que estou falando. Para você que não conhece, o chamado Império Destruído é uma região que abrange dois continentes, que está a frente do nosso tempo, mas que voltou ao tempo medieval, por conta de uma grande explosão solar, que devastou nossas tecnologias. Há a existência de magia, de um tipo bem peculiar, que não é aquela que estamos acostumados a ver nesse tipo de gênero. A estória é narrada em primeira pessoa por Jal (apelido dado a ele por outros personagens). A narrativa se passa ao mesmo tempo de Prince of Thorns. Jal é o décimo na fila de sucessão ao trono de Marcha Vermelha, mas ele não dá a mínima para isso. Como você pode ver por sua apresentação inicial, ele se autodenomina um covarde, boêmio e mulherengo. Ele vive escapando de suas obrigações reais, vive metido em jogatinas e tem fama de ser um mal pagador. Depois de uma noitada, ao voltar ao palácio, todos os príncipes que são netos da Rainha Vermelha, a soberana do reino, são solicitados a sua presença. Ela conta que uma guerra terrível está por vir, não as guerras comuns que às vezes são travadas contra seus reinos vizinhos; mas uma guerra que afetará todo o Império Destruído. E o inimigo é diferente de tudo já visto, são forças vindas dos mortos, comandadas pelo Rei Morto. Para provar o que ela está dizendo, são trazidos alguns vikings, que vivem no norte extremo, no meio do gelo, que foram capturados. Eles confirmam que o Rei Morto está reunindo forças no norte, e traçando planos para dominação do Império. Para ler a resenha completa, acesse:

site: http://www.blogleituravirtual.com/2016/01/resenha-prince-of-fools-mark-lawrence.html
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Anne 01/05/2016

a guerra da rainha vermelha
meu primeiro livro deste autor.... estou gostando muito.... o personagem principal é bem "diferente".... até o momento......
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Carlos 12/10/2016

Mark Lawrence e seus protagonistas
O relato de Jalan Kendeth é como eu me sentiria dentro do Império Destruído. Baita livro.
Mark Lawerence sabe construir protagonistas marcantes!
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Paulo 11/06/2017

Este é o primeiro livro da segunda trilogia de Mark Lawrence. Apesar de situado no mesmo universo da Trilogia dos Espinhos, o tom dado a esta trilogia é claramente diferente. Ao lermos Prince of Fools vemos um amadurecimento do autor. Mas, discutiremos isso a seguir.

Preciso criticar a escolha da editora ao manter o título original em inglês. Caso eles tivesse optado pela tradução, em nada prejudicaria a obra. Já vi umas traduções de títulos bem toscas, mas optar por Príncipe dos Tolos não seria ruim. Espero que eles repensem isso ao publicarem The Liar's Key que ficaria muito bacana como A Chave do Mentiroso.

A história é contada em primeira pessoa por Jalan Kendeth, um dos inúmeros sucessores ao trono da Rainha Vermelha, a líder do território de Marcha Vermelha. Jalan é um narrador não-confiável. Primeiro por causa de sua personalidade. E em segundo lugar, por causa de um elemento específico da trama. Jalan é o típico nobre aproveitador e bon vivant. Vive do dinheiro e do prestígio da família e por estar muito longe na linha de sucessão não precisa se preocupar com os assuntos da corte. Ele gasta o seu tempo apostando em lutadores no submundo da cidade, seduzindo mulheres e fugindo de lutas. Ou seja, nosso protagonista é um covarde fanfarrão. Mais uma vez Lawrence foge um pouco ao padrão do protagonista heróico ou do anti-herói em busca de vingança.

Como eu comentei no meu grupo de leitura, achei o protagonista de Prince of Fools mais empático do que Jorg Ancrath, protagonista da Trilogia dos Espinhos. Me parece que o autor quis construir uma jornada do herói a partir de um modelo em conflito consigo mesmo. Jalan é um personagem bem humano e falho, tendo recaídas em momentos extremos. O enredo faz o personagem refletir sobre o que ele quer para si.

Snorri é fundamental para Jalan. A dinâmica entre os personagens funciona quase como uma simbiose. Ambos são beneficiados desta relação: Jalan sendo obrigado a amadurecer na estrada e Snorri tendo que se abrir para um desconhecido. O que começa como um estranho relacionamento se torna uma irmandade e uma cumplicidade ao final.

Alguns dos temas trabalhados são a coragem e a amizade. Lawrence questiona em muitos momentos o que faz de alguém um herói. Pelo que eu pude perceber o autor acredita que o herói é uma construção de momento: com todas as nossas qualidades e defeitos um herói é aquele que se encontra em abnegação. Ou seja, diante de um momento crítico, ele vai fazer aquilo que deve ser feito. A nascente amizade entre Jalan e Snorri é quase como uma relação entre mestre e aluno. A experiência de Snorri serve para ensinar a Jalan as duras lições da vida.

Eu achei a trama um pouco confusa. O tema da vingança de Snorri contra Quebra-Remo não me convenceu. Me pareceu até que ele repetiu o enredo de Prince of Thorns onde um personagem busca vingança contra aqueles que mataram membros de sua família. Existem uma série de sementes que podem gerar bons plots futuros, mas se analisarmos o livro em si, ele é bem fraco. Destaco apenas a evolução do autor na construção e desenvolvimento de personagens.

Os encontros entre os personagens anteriores foram normais. Muitos fãs na internet chamaram a atenção para o "épico" encontro entre Jalan e Jorg e tudo o que aconteceu foi uma troca de resmungos e chavões. Como eu não esperava ansiosamente por isso, não me incomodei. Chella funciona mais como alguém que contratou assassinos do que um inimigo real. Achei até desnecessário a menção dela. Poderia ter sido qualquer um a contratar os assassinos.

No geral o livro é bom. Não é um clássico da fantasia, mas diverte. Gostei mais deste protagonista do que o da trilogia anterior. E, principalmente: fiquei curioso pelo que vai acontecer a seguir.

site: www.ficcoeshumanas.com
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