Patty Santos - PS Livros 13/06/2015Nora Roberts em dose dupla, Perfeito!!!Ela sentiu o corpo inundado e saturado de prazer, mas a cabeça estava calma como um lago no verão. Viu-se aprisionada do lado de baixo, encantada consigo mesmo e com ele. Ouviu-lhe a respiração entrecortada. Era uma satisfação imensa saber que tinha sido a responsável por aquilo. Brincou com os cabelos dele, fechou os olhos e se deixou flutuar no silêncio. (parte 1)
Se você como eu é fã dos romances de Nora Roberts e não perde por nada as aventuras policiais futuristas escritas por seu pseudônimo J.D Robb, então você não pode deixar de ler Doce Relíquia Mortal. O mais recente lançamento da Editora Bertrand Brasil conseguiu unir o melhor dos dois universos dessa autora brilhante. É isso mesmo, em um só livro o leitor se deleitará com um romance de arrancar suspiros e derreter os corações mais resistentes, além de acompanhar a Tenente Eve Dallas, em uma caçada contra o tempo para desvendar mais um caso de assassinato em uma Nova York futurista, isso porque a segunda parte de Doce Relíquia Mortal se passa no ano de 2059.
Apesar da trama das duas histórias estarem interligadas, as histórias podem ser lidas de formas independentes. Você consegue entender a segunda história sem ter lido a primeira, é claro que você irá pegar alguns spoilers, mas fica a gosto do freguês. Caso você seja fã da série Mortal escrita por J.D Robb e esteja com saudades de seus personagens, a segunda parte do livro é ideal para aplacar um pouquinho essas saudades. Roarke está presente. Esse homem é sem dúvida meu eterno marido literário.
Na primeira parte de Doce Relíquia Mortal iremos conhecer Laine, ela é filha de um golpista, e desde muito pequena aprendeu com o pai a aplicar pequenos golpes na praça. Após a separação dos pais, Laine passa a viver longe do pai e decide ter uma vida honesta, após se formar Laine se muda para uma cidadezinha do interior e abre uma pequena loja de antiguidades. Ao assumir o nome do novo marido de sua mãe, e praticamente criar uma nova história para si, Laine acredita ter se livrado do passado.
O que Laine não imaginava era que o passado viesse bater literalmente em sua porta. Quando ela recebe a visita de um "estranho" em sua loja, que lhe deixa um cartão pedindo para que ela lhe procure, e se mostra triste quando ela não o reconhece. E pouco depois de deixar sua loja é atropelado e antes de morrer se identifica como um amigo próximo de seu pai, que Laine não vê há muito tempo, e lhe diz coisas sem sentido, a vida de Laine vira de ponta cabeça.
Laine sem perceber é envolvida em uma trama perigosa, diamantes foram roubados, nada mais nada menos que 28 milhões de dólares estão em jogo, quem matou o amigo de seu pai, agora está atrás de Laine, acredita que através dela chegará a Big Jack, e com isso conseguirá a outra parte dos diamantes. O golpe de mestre teria dado certo, se todos os envolvidos tivessem se dado por satisfeitos com sua parte. Os diamantes foram divididos em quatro partes iguais, e agora o ganancioso Alex Crew está querendo juntar todas às quatro partes, se matar é o preço a pagar para ter todos os diamantes para si, ele está mais do que disposto a pagar o preço.
É no meio desse turbilhão de acontecimentos que Laine conhece o enigmático, envolvente, atraente e lindo, Max o detetive particular que está investigando o roubo dos diamantes. No começo eu não conseguia acreditar muito no Max, quer dizer, eu acreditava, desacreditando, deu pra entender? Acho que não. É que eu fiquei com o pé atrás com ele. Eu tinha a impressão que de uma hora pra outra ele iria sumir, e deixar Laine. Ele era perfeito demais. Ele é aquele tipo de personagem que fala a coisa certa na hora certa, os homens da Nora Roberts tem o dom de me enlouquecer. Eita mulher pra ter uma imaginação sagaz. A primeira parte do livro arranca suspiros, risos, suspiros, suspiros, e te faz querer achar um Max na próxima esquina.
E quando você que já suspirou muito, Nora Roberts incorpora J.D Robb e te faz salivar, porque é isso que acontece quando Roarke entra em cena. A segunda parte do livro se passa em Nova York de 2059. Para quem já leu a série Mortal, já está habituado com o universo futurístico criado por J.D Robb. Para os que não conhecem a série, Eve Dallas é uma Tenente da Divisão de Homicídios e casada com Roarke, o cara é praticamente dono de metade do planeta Terra, e de algumas colônias espalhadas pelo universo. Sim, é isso mesmo que você leu, em 2059, não só o planeta Terra é habitado, como boa parte do universo. Nessa parte do livro Eve e Roarke irão ajudar a desvendar um assassinato que está diretamente ligado ao roubo dos diamantes que ocorreu há mais de 50 anos.
Quando um romance é lançado narrando a história do roubo dos diamantes e tendo como pano de fundo a história de amor entre Laine e Max, se torna sucesso, acende a cobiça de algumas pessoas, pois um quarto dos diamantes desaparecidos nunca foi encontrado. Hoje avaliado em uma pequena fortuna é mais que motivo para que mortes ocorram, cabe a nossa heroína, tenente Dallas, resolver mais este caso, e fazer com que os culpados paguem por seus crimes.
Eu amei o livro, como disse sou fã de Nora Roberts, e sou apaixonada pela série Mortal de J.D. Robb, adorei a junção das duas em um só livro. Pra quem ainda não teve a oportunidade de conhecer a escrita da Nora como J.D essa é uma ótima oportunidade. O livro é extenso, são mais de 500 páginas, mas em nenhum momento o livro se torna cansativo, as narrativas da Nora e da J.D são deliciosas. Mesmo sendo a mesma pessoa, você percebe a diferença entre as narrativas, é muito interessante. Eu já li muitos livros da Nora publicados pela Bertrand e todos eles eram em páginas brancas, esse foi impresso em páginas amarelas, eu adorei, muito mais confortável a leitura.
Adorei, adorei, adorei. Estava com saudades da série Mortal. Apesar de ter todos os livros na estante, eu ainda não li os três últimos, infelizmente. Estava precisando de uma dose de Roarke. Leitura mais que recomendada!!!
Roarke desejara muitas coisas em sua vida, mas nada de forma tão intensa como ela. Com Eve, quanto mais obtinha, mais ansiava, num ciclo infinito de amor, desejo e saudade. Podia suportar o que passara antes e aguentar qualquer coisa que viesse depois, desde que a tivesse a seu lado. (parte 2)
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