As veias abertas da América Latina

As veias abertas da América Latina Eduardo Galeano




Resenhas - As Veias Abertas da América Latina


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Lucas 13/01/2023

Absurdo
Quem não termina isso aqui como projeto de guerrilheiro tá completamente maluco
O imperialismo é destrinchado com uma montanha de evidências. Nos faz sofrer pelo que poderíamos ter sido, pelos irmãos que são triturados por essa máquina, e pelos que se foram lutando contra ela
Nossos mortos não descansam
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Gabriela 12/01/2023

É um livro que desperta um ódio absurdo, mas, estranhamente, também gera esperança e coragem.
Eduardo Galeano consegue trazer um conteúdo denso, não só pela grande quantidade de informações, mas, também, devido ao nível de crueldade dos fatos relatados, de uma forma didática e poética.
Leitura riquíssima para conhecermos a parte da nossa história que tentam apagar.
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Julia 08/01/2023

América Latina toda errada coitada
Espetacular, ele traz uma dor uma dor na escrita que se torna difícil ler mas vale muito! Toda a história por trás da exploração dos portugueses e da Europa no geral se torna exposta de uma forma real e direta
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caiocorrea_art 05/01/2023

Pra entender nosso país (e a América do Sul)
As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano.
Um livro que todo latino-americano deveria ler.
Forte, pesado, denso mas que expõe de maneira clara porque nós, latino-americanos somos até hoje um povo explorado, dependente e submisso dos Estados Unidos e Europa.
Nele, Galeano expõe de maneira bem didática como a forma de exploração e invasão das nossas terras foram estruturaras para manter o poder nas mãos dos invasores.
Explica como as decisões são tomadas, como as empresas maiores determinam o jogo a ser jogado e como o nosso futuro está caminhando para se tornar um novo passado, que de novidade só os aplicativos e a calendário.

Prepare o estômago.

Livre-se
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Artur 02/01/2023

Infelizmente atual
Eu não preciso adicionar nada do que já foi descrito por muito leitores daqui, porém a única coisa que me fez passar quase um ano e meio para terminar este livro foi sua construção, sendo a diagramação e o formato de bolso que tornou a minha jornada dificílima.
Recomendo este livro principalmente para vestibulandos, muito que está nele é um pouco óbvio para este pessoal, porém ele dá um aprofundamento muito bom.
Enfim leiam, é muito importante e seu conteúdo com linguagem fácil e sem mistério ajudou demais.
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Anna.Beatriz 29/12/2022

A construção do mundo banhado no sangue do Sul global
Assustador e triste como um livro escrito a mais de 50 anos atrás pode ser tão atual. Importantíssima leitura a todo povo latino, conhecer seu passado é entender seu presente e ter as ferramentas de articulação para construir seu futuro. Seguimos na luta.
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amandatfaria 27/12/2022

Soy muy latina
Sinceramente, que livrão do ? #$%!& ! Estou saindo dessa leitura completamente apaixonada pela história da américa latina e com raiva de todas injustiças e agressões que sofremos ao longo dos anos. Confesso que foi uma leitura um pouco difícil pois não estou acostumada com a narrativa geopolítica presente no livro, porém isso nao impede de entender o assunto e continuar com a leitura, por mais que seja meio densa é também muito instigante e voce nao consegue parar de ler, a escrita do Galeano é incrível e todos os elementos que comportam o livro me fizeram ficar verdadeiramente apaixonada, além do que as frases são colocadas de forma perfeitamente pensadas, foi certamente o livro que mais grifei. Essa leitura acendeu em mim um fogo ingênuo por justiça e revolução.

E porque na história dos homens cada ato de destruição encontra resposta, cedo ou tarde, num ato de criação.
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Fabio Shiva 18/12/2022

Uma horripilante e verdadeira história de vampirismo geopolítico
Que livro apavorante, medonho, nauseabundo! O horror contido nas páginas sangrentas de “As Veias Abertas da América Latina” beira o insuportável justamente porque suas histórias não foram inventadas. E as atrocidades aqui narradas tornam-se ainda mais horripilantes na narrativa inspirada e quase poética de Eduardo Galeano, que teve a revolucionária ideia de falar “de economia política no estilo de um romance de amor ou de piratas”. O livro é horripilante justamente por ter sido tão bem escrito.

Se você não tem tempo ou estômago para ler essa extensa resenha, que dirá as 300 e tantas páginas de “As Veias Abertas da América Latina”, apresento a seguir um resumo bem curtinho, pois desde os tempos da colonização até hoje, a história é sempre a mesma. Primeiro alguma riqueza natural da América Latina torna-se de especial interesse para o mercado mundial. Daí surgem empresas estrangeiras que tiram proveito desse recurso, devastando impiedosamente a natureza e explorando cruelmente a mão-de-obra local. Isso é feito com a conivência e cumplicidade de uma classe dominante na região, que enriquece rapidamente e passa um breve período de luxo e ostentação delirante, até que alguma nova riqueza natural vire a nova bola da vez e o ciclo de abundância se transforme em miséria e desolação.

Essa, em resumo, é a história que é contada de novo e de novo e de novo em “As Veias Abertas da América Latina”, livro que também pode ser sintetizado nessa máxima de Galeano:

“Quanto mais cobiçado pelo mercado mundial, maior é a desgraça que um produto traz consigo ao povo latino-americano que, com seu sacrifício, o cria.”

O autor começa a contar sua terrível história na época da descoberta das Américas e o subsequente genocídio indígena:

“Os índios das Américas somavam entre 70 e 90 milhões de pessoas, quando os conquistadores estrangeiros apareceram no horizonte; um século e meio depois tinham-se reduzido, no total, a apenas 3,5 milhões.”

Mas logo os destinos da América de Norte e da América Latina seguem rumos diferentes:

“As treze colônias do norte tiveram, pode-se bem dizer, a dita da desgraça. Sua experiência histórica mostrou a tremenda importância de não nascer importante. Porque no norte da América não tinha ouro nem prata, nem civilizações indígenas com densas concentrações de população já organizada para o trabalho, nem solos tropicais de fertilidade fabulosa na faixa costeira que os peregrinos ingleses colonizaram. (…) Estas circunstâncias explicam a ascensão e a consolidação dos Estados Unidos, como um sistema economicamente autônomo, que não drenava para fora a riqueza gerada em seu seio.”

Nessa parte da leitura, senti dolorosamente como “As Veias Abertas da América Latina” é um livro irmão do igualmente tenebroso “Enterrem Meu Coração Na Curva do Rio”, de Dee Brown (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/03/enterrem-meu-coracao-na-curva-do-rio.html).

Foi particularmente doloroso ler os trechos referentes à história mais recente do Brasil:

“Em 1952, o acordo militar assinado com os Estados Unidos proibiu o Brasil de vender as matérias-primas de valor estratégico - como o ferro – aos países socialistas. Esta foi uma das causas da trágica queda do presidente Getúlio Vargas, que desobedeceu esta imposição vendendo ferro à Polônia e Tchecoslováquia, em 1953 e 1954, a preços muito mais altos que os que pagavam os Estados Unidos.”

“No dia 21 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou uma resolução que anulava as ilegais autorizações dadas de favor à Hanna [Mining Company, multinacional de origem norte-americana] e restituía as jazidas de ferro de Minas Gerais à reserva nacional. Quatro dias depois, os ministros militares obrigaram Jânio Quadros a renunciar: ‘Forças terríveis se levantaram contra mim…’, dizia o texto da renúncia.”

A leitura gera indignação e asco principalmente quando Galeano desnuda as imundas motivações por detrás do golpe militar de 1964:

“A espada de Dâmocles da resolução de Quadros permanecia em suspenso sobre a cabeça da Hanna. Por fim, o golpe de estado explodiu, no último dia de março de 1964, em Minas Gerais, que casualmente era o cenário das jazidas de ferro em disputa. ‘Para a Hanna – escreveu a revista Fortune -, a revolta que derrubou Goulart na primavera passada chegou como um desses resgates de último minuto pelo Primeiro da Cavalaria’. Homens da Hanna passaram a ocupar a vice-presidência do Brasil e três dos ministérios.”

“Depois que se cansaram de lançar na fogueira ou no fundo da Baía de Guanabara os livros de autores tais como Dostoievski, Tolstoi ou Gorki, e após terem condenado ao exílio, à prisão ou à morte uma quantidade incontável de brasileiros, o recém-instalado regime militar de Castelo Branco pôs mãos à obra: entregou o ferro e todo o resto. A Hanna recebeu seu decreto no 24 de dezembro de 1964.”

Um motivo especial para a náusea é terminar de ler esse livro em dezembro de 2022, quando hordas de insanos “patriotas” imploram por um novo golpe militar que venha restituir a “honra” e a “moral” no Brasil. Seria motivo de riso histérico, não fosse pela crescente ânsia de vômito. E essa vem sendo a nossa tétrica história, ontem e hoje. Outro episódio lamentável foi a infeliz participação brasileira na Guerra do Paraguai:

“Os paraguaios sofrem a herança de uma guerra de extermínio que se incorporou à história da América Latina como seu capítulo mais infame. (…) A invasão foi financiada, do começo ao fim, pelo Banco de Londres, a casa Baring Brothers e banco Rothschild, em empréstimos com juroso leoninos que hipotecaram o destino dos países vencedores. (…) O comércio inglês não dissimulava sua inquietação, não só porque aquele último foco de resistência nacional no coração do continente era invulnerável, mas também, e sobretudo, pela força do exemplo que a experiência paraguaia irradiava perigosamente para os vizinhos. O país mais progressista da América Latina construía seu futuro sem inversões estrangeiras, sem empréstimos do banco inglês e sem as bençãos do livre comércio.”

“O Paraguai tinha, no começo da guerra, pouco menos população do que a Argentina. Só 250 mil paraguaios, menos da sexta parte, sobreviviam em 1870. Era o triunfo da civilização. Os vencedores, arruinados pelo altíssimo custo do crime, ficavam em mãos dos banqueiros ingleses que tinham financiado a aventura.”

Uma passagem que me comoveu especialmente foi essa denúncia feita pelo autor no longínquo ano de 1971, quando o livro foi publicado pela primeira vez:

“E os documentos oficiais vão mais longe: até se recomenda aberta e claramente a desnacionalização das empresas públicas.”

E pensar que de lá para cá o descalabro aumentou a ponto de a desnacionalização e a privatização das empresas públicas terem virado promessas de campanha! Hoje temos políticos se elegendo para assegurar que essas metas sejam cumpridas, com o voto e a gratidão do povo!

Que ninguém acuse o autor, contudo, de ingenuidade, pois lá atrás ele já fazia a ressalva:

“Entretanto, sempre que o Estado passa a ser o dono da principal riqueza de um país, é bom perguntar quem e o dono do Estado.”

Muito mais poderia ser dito sobre esse livro tão tristemente necessário, tão tragicamente atual. Mas me limito a compartilhar mais algumas pavorosas pérolas de horror colhidas pela pena genial e corajosa de Eduardo Galeano:

“A reforma agrária já não é um tema maldito: os políticos aprenderam que a melhor maneira de não fazê-la consiste em invocá-la continuamente.”

“Na América Latina é o normal: sempre entregam os recursos ao imperialismo em nome da falta de recursos.”

“Com o petróleo ocorre, como ocorre com o café ou com a carne, que os países ricos ganham muito mais por se darem ao trabalho de consumí-lo, do que os países pobres em produzí-lo.”

“A chantagem financeira e tecnológica se soma à concorrência desleal e livre do forte frente ao fraco. Como as filiais das grandes corporações multinacionais integram uma estrutura mundial, podem dar-se ao luxo de perder dinheiro durante um ano, ou dois, o tempo que for necessário. Baixam, pois, os preços, e se sentam, esperando a rendição do acossado. Os bancos colaboram no cerco: a empresa nacional não é tão solvente como parecia, se lhe negam víveres. Encurralada, a empresa não tarda em levantar a bandeira branca. O capitalista local se converte em sócio menor ou funcionário de seus vencedores. Ou conquista a mais ambicionada das sortes: cobra o resgate de seus bens em ações da casa-matriz estrangeira e termina seus dias vivendo nababescamente uma vida de rendas.”

“Esta eficiência na coordenação das operações em escala mundial, completamente à margem do ‘livre jogo das forças do mercado’, não se traduz, é claro, em preços mais baixos para os consumidores nacionais, mas sim em lucros maiores para os acionistas estrangeiros.”

“Dentro de cada país se reproduz o sistema internacional de domínio que cada país padece.”

“(…) sendo o Brasil um satélite dos Estados Unidos, dentro do Brasil o nordeste cumpre por sua vez a função de satélite da ‘metrópole interna’ radicada na zona sudeste.”

“A industrialização dependente aguça a concentração de renda, do ponto de vista regional e do ponto de vista social. A riqueza que gera não se irradia sobre o país inteiro nem sobre a sociedade inteira, mas consolida os desníveis existentes e inclusive os aprofunda.”

“Ainda que as estatísticas sorriam, as pessoas estão arruinadas. Em sistemas organizados ao contrário, quando a economia cresce, cresce com ela a injustiça social.”

“Bem dizia Anatole France que a lei, em sua majestosa igualdade, proíbe tanto o pobre quanto o rico de dormirem sob as pontes, mendigarem nas ruas e roubarem pão.”

“’Não deixam ver o que escrevo’, dizia Blas de Otero, ‘porque escrevo o que vejo’.”

“Os navios negreiros já não cruzam mais o oceano. Agora, os traficantes de escravos operam a partir do Ministério do Trabalho.”

“O sistema quer confundir-se com o país. O sistema é o país, diz a propaganda oficial que dia e noite bombardeia os cidadãos. O inimigo do sistema é um traidor da pátria.”

“Nestas terras, o que assistimos não é a infância selvagem do capitalismo, mas a sua cruenta decrepitude. O subdesenvolvimento não é uma etapa do desenvolvimento. É sua consequência.”

Bravo!!!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/12/uma-horripilante-e-verdadeira-historia.html



site: https://www.instagram.com/prosaepoesiadefabioshiva/
Justi 18/12/2022minha estante
Excelente


Fabio Shiva 19/12/2022minha estante
Salve!


Danilo435 13/04/2023minha estante
Man, Argentina era o país mais rico da America Latina quando tinha liberdade, só foi o socialismo lá crescer o estado querer controlar as riquezes e hoje está nessa miseria.
esse livro nao passa de um conto de narrativas sem nenhum embasamento.

só ler minha resenha desse livro, vc caiu em um bait




Kel.T 10/12/2022

As veias abertas da América Latina: resenha
Li esse livro por conta de um trabalho que meu professor de história passou, e achei ele super exaustivo... Costumo ler livros em 2 ou 3 dias, mas são livros de fantasia, então são livros "fáceis" de ler, mas esse livro, li em 65 dias. Nunca demorei tanto para ler, não por ser um livro antigo, mas por ser repetitivo, tornando-se cansativo.
O livro em si é realmente interessante, contando sobre a economia da América Latina de antigamente. Mas há vezes em que você começa a se perguntar se já leu aquela parte, e isso deixa o livro totalmente exaustivo.
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Vanessa.Coimbra 08/12/2022

Apesar de este livro ter sido escrito há alguns anos, ele infelizmente é muito atual. É uma leitura fluida e muito interessante para conhecer e entender mais da América Latina.
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moonys.books 05/12/2022

estou tentando me politizar mais através da leitura, esse livro aqui foi meio difícil de ler e tals mas foi muito interessante e me ajudou como repertório pra redação do enem :)
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Blackthorne 28/11/2022

Em "As Veias Abertas da america Latina", Eduardo Galeano narra a história da América Latina, desde os primeiros colonos até o tempo presente em que o autor está inserido (anos 70 do século XX).
Nesse livro, nos é contado a história que os vencedores contam, mas sem as omissões. O autor fez um trabalho de extrema importância, reunindo as histórias de massacre e as lutas na tentativa de resistência dos povos originários e dos povos traficados de África nessas terras aqui. De como o desenvolvimento da Europa e dos Estados Unidos só foi possível pelo sangue da América Latina e como até aquele momento, o sistema só era ainda o mesmo - só que com outro nome.
O trabalho de Galeano em As Veias Abertas é essencial pois ele faz com que abremos nossa mente para um lado da história que não constumamos ver. Século XXI e os estudos pos-coloniais são ainda recentes, mas esse livro dá um gosto de quero mais sobre a história da america mas do ponto de vista dos oprimidos.

Acho que seria muito massa se houver um texto que reanalise o livro, acrescentando discussões acera da atualidade da latam. E apesar de ser um livro denso, recomendo a leitura para todos.
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Myrela.Muller 09/11/2022

A América Latina segue sangrando
Galeão foi cirúrgico ao escrever essa obra atemporal, as veias abertas da América Latina seguem sangrando a história de um povo que sofreu e sofre demais.
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