O gigante enterrado

O gigante enterrado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Gigante Enterrado


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Thiago.Milani 20/07/2020

Metáforas, metáforas e mais metáforas.
O autor usa... metáforas para trabalhar temas como morte e memórias, utilizando um contexto de realismo fantástico que vai de cavaleiros do rei Arthur até dragões, elfos e ogros.
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MORENA TROPICANA 03/08/2020

O livro tem uma narrativa densa, que me deixou cansada em muitos momentos. O começo foi bem intrigante e ao final a maioria dos pontos foram fechados, mas ainda acredito que pontos permanecem em aberto. A trama poderia conter muitos momentos mais marcantes se fossem elaborados de outra forma.
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Ana Bruno 24/08/2020

Sensível
Um livro delicado e profundo. Não pode ser lido com a intenção de ser uma fantasia. Apesar dos elementos fantásticos e do contexto e ambientação pós-arturiana, para mim é um livro muito mais introspectivo e psicológico do que um romance de aventura.
Para mim o livro fala de sentimentos, de relações. A névoa do esquecimento possui a benevolência do perdão... e me faz pensar: o tempo cura feridas ou apenas atenua sua dor? Podemos viver ancorados no passado sem nos darmos conta disso... Tanto com os aspectos e experiências felizes quanto com a dolorosas e profundas marcas. O seguir, o ir, o abrir mão, o extirpar, o extinguir, são nuances de nossa superação àquilo que passou. Esquecemos ou está dormente dentro de nós?
Gostei muito dessa leitura.
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Pedro 25/08/2020

Surpreendentemente bom e profundo
Um leitura que eu demorei a começar por conta das premissas do livro ser reflexivo e metafórico. Depois que comecei, apesar de estar lendo bem, demorei a pegar o ritmo que peguei quando, por exemplo, passei da primeira metade do livro.

O livro todo é muito bom mesmo, mas a segunda metade realmente dá um ritmo diferente, mais intenso e tenso? à história.

De qualquer maneira, você vai se apaixonar pelos personagens e por cada característica e diferença entre eles, e também, vai torcer pra que a história se desenrole como você espera.

Resumindo, é um livro cheio de significados e reflexões sobre o amor, as diferenças, guerras e a morte; e também sobre como as nossas memórias e vivencias tem um influência enorme em quem nós somos.

Vale muito a pena, e o final vai te deixar sem palavras.
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Fernanda 04/09/2020

Leitura diferente
Ritmo mais lento do que a literatura clássica ocidental. Mas com reflexões interessantes, apesar dos personagens não serem tão carismáticos.
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julianavicente 13/09/2020

Foi uma boa leitura, mas...
Inúmeros fatores podem estar ligados ao fato de eu não ter conseguido me prender a história.

1° - O hype. Desde que conheci o Ishiguro, minya expectativa com suas obras foi astronômicas. Eu sei que é errado, mas Um Artista do Mundo Flutuante" é espetacular, logo, justifico a recepção fria que tive com Um Gigante Enterrado.

2° - Talvez não seja o momento certo para a leitura. Por causa da pandemia ou mesmo da minha rotina, não consegui me sentir ligada aos personagens, Axl e Beatrice. Por mais que a busca deles pela memória e por resquícios dela seja genial, o mundo da época arthuriana não me ganhou.

3° - Sou fã número 1 do Bernard Cornwell e de ficção histórica, logo, os desencontros dos personagens com as características da época, a descrição da história e o próprio nome dos personagens me fizeram ver com olhos de desdém o desenrolar.

Veja bem, tudo que eu citei acima responde às minhas expectativas pessoais com o livro. No geral, Ishiguro é um mestre que escreve muito bem e creio que, talvez em um outro momento, quando eu reler essa obra, pode ser que me desça melhor.
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edu basílio 18/09/2020

o gigante kazuo

ishiguro tem apenas 8 livros publicados (7 romances e 1 de contos).
esta é sua obra mais recente até o presente (publicado em 2015), e o 4° de sua autoria que leio. se nos 3 outros -- "um artista do mundo flutuante", "os vestígios do dia" e "quando éramos órfãos" -- kazuo situa as vidas de seus densos protagonistas em cenários reais e cruciais da História do século XX, com narrações em primeira pessoa, em "o gigante enterrado" ele ousou pesado para se reinventar: não apenas é seu primeiro livro em terceira pessoa, como também é sua primeira incursão no gênero fantástico. e, sendo o mestre que é, não falhou em nos entregar um livro transbordante de reflexões e de beleza.

em uma época que talvez seja o início da alta idade média, no território que hoje é o reino unido, os habitantes de diversas aldeias estão mergulhados em uma "névoa do esquecimento", consequência do hálito da dragoa querig, que habita os recônditos de montanhas nos arredores. por isso, ninguém é capaz de se lembrar de nada além do que ocorreu poucas horas antes, e nem tampouco se importar com isso. em meio à saudade e a fragmentos parcos de memórias do filho que há muito deixou a aldeia, axl e beatrice, um casal já idoso, decide sair em busca desse filho. no caminho, além de enfrentar as intempéries da própria natureza, terão que se esquivar de ogros famintos e lidar com monges de intenções e hábitos (sem trocadilho) ambíguos. acabarão cruzando os caminhos de dois cavaleiros, também fascinantes personagens do romance: sir gawain, um velho descendente do rei arthur, e o jovem e aguerrido wistan. ambos afirmam ter a missão de encontrar e matar a dragoa cujo hálito espalha a névoa do aquecimento sobre os povos...

se em um primeiro momento esse 'plot' pode parecer estranho para quem conhece a obra pregressa de ishiguro, o brilhantismo do autor é reconhecível em menos de 20 ou 30 páginas. primeiro, porque seu cuidado e sua elegância nipo-britânica com as palavras são inconfundíveis já no começo. além disso, esse cenário fantasioso é apenas uma roupagem nova para as questões tão caras e de presença tão marcada em sua obra: até que ponto aquilo que lembramos é fiel ao passado ou moldado por nosso coração? como e por que as memórias definem quem nos tornamos e como agiremos? aqui essas questões abarcam terrenos ainda mais amplos: até que ponto a preservação a todo preço da memória coletiva é algo bom e desejável? quão forte deve ser um amor para que ele nada tenha a temer das memórias?

... sem acesso pleno a suas próprias lembranças -- toldadas pelo hálito de querig --, em meio ao silencioso fogo cruzado da desconfiança mútua entre gawain e wistan, e ainda sofrendo na pele as fragilidades típicas da velhice, nossos protagonistas axl e beatrice demonstrarão uma resiliência louvável, firmes em seu propósito de resgatar suas memórias, prosseguir se amando e reencontrar seu filho... enquanto a trama ruma para um desfecho que aperta forte o coração.

felizmente, o gigante kazuo não está enterrado: está bem vivo, ainda jovem, na casa dos 60. "o gigante enterrado" é uma linda obra, que honra a literatura como arte estética e como elemento motor para questionamentos sobre o impacto do passar do tempo sobre nós, bem como sobre o papel nosso de cada um no coletivo. eu soube há poucos dias que, em março de 2021, será publicado o próximo romance de ishiguro, intitulado "klara and the sun". trata-se da primeira publicação do autor após o merecido nobel com que foi laureado em 2017. torço para que a tradução no brasil não tarde!

e torço, sobretudo, para que esse gigante permaneça em atividade por décadas, nos oferecendo alento com a beleza de sua literatura -- com mais premência ainda, hoje, nesse mundo em que, de indivíduos ao nosso redor até instituições internacionais, parece ter virado hábito mostrar "vernizes cheios de luz" que são fachadas ilusórias para um acúmulo assustador de recalques, frustração, grosseria, incoerência e agressividade.

--
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Daniela Campos 06/12/2020

É uma leitura leve e que te prende, só o final que não me agradou muito. Achei cada página tão emocionante que imaginei dezenas de outras possibilidades para o desfecho, mas não vou dar spoiler... ainda assim , indico a leitura :)
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Pâm 08/12/2020

Eu gostaria de dizer que entendi o Nobel, mas não.
Talvez eu tenha criado muita expectativa com o Ishiguro por conta de ter ganhado o prêmio Nobel, mas até cerca de 80% deste livro eu ainda não tinha entendido necessariamente o hype.

Pontos que realmente acho positivos: é uma abordagem incomum para livros fantásticos, mesmo que haja muitas coisas acontecendo, o ritmo não é de "ação desenfreada", os passos são lentos, cada um dos acontecimentos é permeado por reflexões e memórias, e há muita delicadeza; as questões que o livro aborda são muito bonitas, memória, velhice, amor cotidiano, mágoa, esperança etc. Os 20% finais do livro me ganharam, por isso dei 4,5 estrelas, mas não sei se o suficiente pra render um Nobel ao autor, precisaria ler alguns outros livros dele para tirar a dúvida.

Quero ler mais Ishiguros para entender melhor as minúcias de sua escrita.
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Valerya insta @leslivres_ 10/12/2020

memórias....
Achei um livro encantador... maduro.
Através de um casal de idosos, o livro nos faz questionar a cerca de perdão, memórias, passagem do tempo e a impulsividade da juventude.
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Neto.Menezes 30/12/2020

Quando relembrar é preciso
Se em "Não me abandone jamais", Kazuo Ishiguro soube mesclar a ficção científica com o drama, em "O Gigante Enterrado" temos a fantasia nos tempos Arthurianos contata de uma forma muito poética onde as lembranças foram esquecidas por causa de uma névoa que se espalhava pela Inglaterra antiga!
A jornada de Beatrice e Axl em busca do filho, que é entrelaçada à de Wistan, Edwin e Gawain é acompanhada de ótimos diálogos com carga dramática na medida certa...
Enquanto vemos as personagens redescobrindo suas memórias à medida que a história avança e preenche certas lacunas, a forma como Ishiguro escreve levanta questões sobre o poder da memória, do tempo como senhor das coisas e da importância de conhecermos nossa história e aprendermos com nossos erros...
Em tempos como o que vivemos, questionamentos como esses são essenciais! Desta forma: 4 estrelas
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Ana Simão 31/12/2020

Princesa é a palavra
Na falta de memória, o sentimento passa a ser o guia do casal de idosos na busca pelo filho. Escrita delicada e sutil. Um livro de ritmo lento, permeado por reflexões. Reflexivo e metafórico, sobre perdão, memórias e passagem do tempo.
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Marcella 24/01/2021

Sobre memórias e o passado
Kazuo Ishiguro, em O Gigante Enterrado, faz uma análise sobre o passado e as memórias através de metáforas em um universo fantástico. A história não é apenas unidimensional: na primeira camada, acompanhamos a trajetória de Axl e Beatrice, que buscam visitar seu filho em outra aldeia, enquanto lutam para recordar as memórias de sua vida, perdidas graças à névoa gerada por um dragão que vive nas redondezas; em uma interpretação mais profunda, percebemos que cada personagem é um símbolo, e que a trajetória é o decorrer da própria vida. O final é bastante melancólico, dando um tom triste, porém muito bonito, à narrativa.
Dito isso, apesar de todos os acertos e pontos positivos, não foi uma história que me cativou. Esperava mais do desenrolar dos fatos, e li cada capítulo com a sensação de que "o ponto principal viria no próximo", mas não veio. Talvez eu tenha criado expectativas demais, mas não foi um livro que funcionou para mim. Indico ler despretensiosamente, para aproveitar melhor a experiência.
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