O gigante enterrado

O gigante enterrado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Gigante Enterrado


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Anderson 02/01/2019

Pense numa perda de tempo foi essa leitura. Que livro chato , personagens chato, história horrível. Nunca li nada desse autor, mas me decepcionei com esse primeiro contato.
Weslei Barbosa 02/01/2019minha estante
Quero ler!


Anderson 02/01/2019minha estante
Weslei, leia , assim você terá uma opinião formada. Mas se prepare pra uma história arrastada.


Weslei Barbosa 02/01/2019minha estante
Nossa sério?


Weslei Barbosa 02/01/2019minha estante
Vc deu nota 1???


Anderson 02/01/2019minha estante
Sim, achei ruim demais.


Weslei Barbosa 02/01/2019minha estante
Vishhhh desanimei já então kkkkk


Anderson 03/01/2019minha estante
Mas isso é minha oponiao, brother! Você tem quer pra poder formar a sua.


Bell Moraes 17/04/2019minha estante
Desanima não, Weslei. Dá uma lida.




Monique 10/09/2018

O final desse livro foi realmente recompensador. Não foi um livro fácil de ler. E pelo que vi nas críticas, era a intenção. Um começo arrastado, nebuloso me deixava cansada e perdida. Mas conversar com pessoas sobre o livro e ler críticas fez ler e entender o potencial desse livro ser um clássico da vida moderna. Perceber e interpretar as passagens requer uma segunda leitura. Foi uma experiência bem diferente é reconfortante entender a vida a partir de mágica. Brincar com o real com metáforas. Viver o fictício e reinterpreta-lo na nossa realidade. Recomendo ler críticas do livro para pessoas como eu, que tiverem dificuldade de entender algumas passagens do livro, apesar de cada passagem dar margem a interpretar margens entre o fantástico e a vida cotidiana.
Bya 11/09/2018minha estante
Yeeeey,ainda bem que no final valeu a pena!! O bonito desse livro é realmente isso dos trechos serem abertos a interpretações diversas e muito bonitos e simbólicos! Apesar dos momentos arrastados e difíceis de entender,a gente consegue criar empatia pelos personagens e viver um pouco das emoções deles,sempre tentando entender suas atitudes e tal!! O que mais me marcou dessa leitura é o valor das memórias e do "estar junto" no sentido mais literal,por ser o que veia emoções que geram verdade,ainda que se duvide de todo o resto!


Bya 11/09/2018minha estante
*gera emoções


Bya 11/09/2018minha estante
*cria emoções


Bya 11/09/2018minha estante
Yeeeey,ainda bem que no final valeu a pena!! O curioso desse livro é realmente isso dos trechos serem abertos a interpretações diversas e muito bonitos e simbólicos! Apesar dos momentos arrastados e difíceis de entender,a gente consegue criar empatia pelos personagens e viver um pouco das emoções deles,sempre tentando entender suas atitudes e tal!! O que mais me marcou dessa leitura é o valor das memórias e do "estar junto" no sentido mais literal,por ser o que cria emoções que geram verdade,ainda que se duvide de todo o resto! :D


Monique 12/09/2018minha estante
Eu só entendi sobre as memórias lendo a crítica e é realmente sensacional. Adorei esse símbolo memórias perdidas/esquecidas no tempo e escolha de quais memórias você quer levar consigo. Mas ainda tenho umas dúvidas pra entender. Depois precisamos discutir!


Neto Marcel 13/09/2018minha estante
Mano, preciso ler esse livro, fiquei muito empolgado com a discussão aqui (amo/sou realismo mágico), a coisas das memórias e talz, mesmo sem entender muito do que estão falando hahahaha




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O gigante enterrado, Kazuo Ishiguro - Nota 9/10
Não costumo ler literatura fantástica, mas às vezes acabo escolhendo alguns livros de gêneros diferentes para sair da minha zona de conforto. Foi em uma dessas escolhas que comecei a ler O gigante enterrado e posso afirmar que fui muito surpreendido de forma positiva. Narrando a trajetória de um casal de idosos em busca de seu filho, em uma terra mágica e amaldiçoada por uma névoa do esquecimento, o autor aborda de uma forma muito profunda questões envolvendo a importância da memória e a força do amor. Recomendo a leitura, mesmo para quem não está acostumado com o gênero fantástico. A escrita é muito fluída e poética.

site: https://www.instagram.com/book.ster
Jacque Spotto 03/03/2020minha estante
Ouço muitas pessoas falando desse livro, estou já tentada a lê-lo.


DeLCB 05/03/2020minha estante
Foi o primeiro do Kazuo Ishiguro que eu li! Depois li Não me abandone jamais, uma distopia bem triste, que me comoveu bastante. O próximo será Os vestígios do dia. Já assisti o filme, então suspeito que vou gostar.


Camila H 31/05/2020minha estante
Comecei a ler mas não fluiu a leitura à época... Gostei da sua resenha, vou tentar novamente!




Raony 25/12/2017

Sim, sim, eu sou seduzido pelas capas. Tinha baixado esse faz tempo no kindle. Sabia nem que que era. Nunca tinha ouvido falar do cara. Baixei exclusivamente pela capa e pelo sobrenome do autor que prometiam alguma coisa fora dos padrões. Dai ele ficou lá nas estantes do kindle, que não junta poeira, nem traças, mas é igual as estantes de verdade mesmo no quesito "livros parados esperando sua chance de serem lidos que para a maioria nunca vai chegar". Mas daí o Ishiguro ganhou o Nobel. Opa. Tem algo aí. "Não sou só uma capinha bonita."

Foi meu Natal. É daqueles que prende sabe. Dai só larguei umas poucas horas pras festividades,comilanças e confraternizações familiares, mas logo voltava. É fantástico. No sentido de muito bom e no sentido de lidar com a fantasia. Ogros, fadas, bruxas, dragões, o rei Arthur e o mago Merlin. Só não tem um gigante. Quer dizer tem, mas não é um gigante.
Eu diria que o ódio é o gigante do título. "Ai, fantasia, coisa de criança". Não. E definitivamente não esse. É magistralmente bem-escrito. Mesmo. Não só pela capacidade de te prender, mas pelos momentos UAU que são tantos. Não para de te surpreender. Acho que é isso. Só UAU mesmo.
Humberto.Yassuo 27/12/2017minha estante
Viva o Nobel, que fez o nipo britânico sair da estante dia "livros parados". :P

Legal, mestre, esse aí tá minha fila para ser lido.


Raony 30/12/2017minha estante
Será que vai ser lido ou está junto com a maioria? haha


Humberto.Yassuo 31/12/2017minha estante
Hahaha... Vai ser lido, sim!




Laurent 21/07/2015

Memórias...
"O Gigante Enterrado" é um livro melancólico com um tom de escrita que mais parece um sonho ganhando vida: Tem luta de espada, dragões, criaturas mágicas e monstros a serem mortos, mas tudo isso é explorado pela superfície. No coração dessa história temos Axl e Beatrice, um casal de idosos que se amam acima de todas as coisas e precisam recordar seu passado mas com medo das lembranças ruins que podem vir juntas no pacote, nos lembrando que as recordações são preciosas e perigosas ao mesmo tempo. Como disse o Barqueiro (metáfora para a morte que gentilmente cruza uma pessoa pelo rio da vida): Como você poderia medir um sentimento por alguém se não tem lembranças sobre ele? Até onde as recordações do passado podem interferir no amor do presente?
O saldo da leitura nos mostra que não importa quao profundamente amamos, sempre estaremos falíveis e humanos e que pra cada casal que envelhece juntos, um deles sempre terá que cruzar a água e seguir adiante.
Beth 10/09/2015minha estante
Muito boa a resenha! Foi o que senti lendo esse romance de cavalaria.


Gabi 24/12/2017minha estante
Moço, que resenha maravilhosa! Fiquei em dúvida quanto ao barqueiro, sobre o que ele significava em todo aquele enredo, ver a sua resenha me abriu muito a mente e fez várias partes da história esclarecerem, obrigada.


Aracéli 03/01/2020minha estante
Comovida com sua resenha! Encantada com o livro!




Fabiano 25/09/2016

Uma fantasia real.
Este livro me introduziu à escrita de Kazuo Ishiguro. Confesso que fiquei entusiasmado com o escritor e já me tornei fã.

O Gigante Enterrado é um livro de fantasia e que tem como personagens principais um casal de idosos, Axl e Beatrice. Pode parecer inusitado, mas esse livro não seria a mesma coisa sem esses personagens.

No livro, vale ressaltar, a fantasia é apenas simbólica para tratar de questões mais profundas e delicadas. Não espere ler a obra com altas expectativa de aventuras. O livro apresenta uma ou duas aventuras, mas o principal atrativo desta obra é a sua poesia, seu sentimento.

O que é melhor, esquecer um passado repleto de lembranças sejam elas boas ou más, ou viver uma vida à procura de um sentido? Entre essas e muitas outras questões, são tratadas na obra. E cada tema é um objetivo que guia os personagens, o qual em seus encontros e desencontros, desafios que encontram em sua jornada se torna um meio para tratar de questões muito além das retratas. Mais uma vez confesso, que é primoroso como o autor trata as questões, como amor, perdão, perda, etc.

A leitura é fluída, muito leve e fácil. É comum refletir sobre algumas questões que se desenvolvem à medida que a leitura avança. É uma obra simples e ao mesmo tempo complexa que desperta no leitor um misto de sentimentos. O final da obra, bem, deixarei a decisão com você caro leitor.
Fabíola 06/10/2016minha estante
Acabei de ler e estou apaixonada pelo escritor!


Fabiano 07/10/2016minha estante
Olá! O que achou da obra? Muito bem escrita e fluída né?!


Fabíola 07/10/2016minha estante
Sim eu amei. Fiquei com a sensação de terminar a leitura, mas ela permarmenecer em mim. Excelente! Já programei outras leituras desse escritor.




Higor 30/08/2018

'Lendo Nobel': sobre o verdadeiro amor
O lançamento mais recente de Kazuo Ishiguro, ‘O gigante enterrado’, veio em boa hora: quebrou o jejum de 10 anos do autor, que não publicara nada nesse meio tempo, além de tê-lo galardoado com o Nobel de Literatura – o que aparentemente serviu para confirmar ou consolidar sua eficiência para tal título. Logo, a expectativa em lê-lo era grande.

O autor, que não se fixa a um único gênero, desta vez presenteia os leitores que acompanham sua carreira com uma fantasia medieval, em que um casal de idosos, Axl e Beatrice, para vencer uma terrível nevoa que assombra a todos, fazendo-os se esquecer das coisas, terão de encarar dragões, fadas, demônios, cavaleiros e samurais. Parece uma grande aventura, um livro repleto de ação em que o leitor mal vai ter tempo de respirar. Não é.

A grande surpresa é encontrar um livro mais simbólico que ágil. O autor se prende mais a contar os percalços dos idosos em se deslocar de sua aldeia, sejam eles físicos ou sentimentais, e cada etapa da viagem, com a presença de um novo personagem ou situação, em que nos outros livros do gênero certamente teria ação e sangue derramado, profecias sendo entoadas e/ou cumpridas, o que temos é, basicamente, o amor sendo testado, provado.

‘Qual a força do verdadeiro amor?’ parece ser a pergunta central do livro. Nunca o clássico versículo bíblico de Coríntios 13.7, usado a exaustão em casamentos e declarações de amor, funcionou tão bem como nesse livro, embora aqui a mitologia não seja diretamente ligada ao cristianismo. O versículo fala que o amor “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, e o autor parece muito interessado em testar a força dessas palavras.

O resultado é um livro emocionante, mas que, sinceramente, tem seus níveis grandes (talvez até demais) de prolixidade e cansaço. Definitivamente, não é o melhor livro para se conhecer o autor, tanto que é o com crítica mais controversa. O típico livro que se ama ou se odeia. Eu, particularmente, li as 100 primeiras páginas em dois dias, extasiado, apaixonado, mas aas outras 150 em quatro meses, cansado, achando tudo muito enfadonho, e as últimas 100, emocionado, em uma madrugada chorosa.

Em suma, ‘O gigante enterrado’ é um história que vai deixar o leitor reflexivo, não importa se tenha gostado ou não do livro. Decepcionante para quem procura algo como as aventuras de Westeros ou da Terra Média, é uma ótima pedida para quem já se emocionou e espera algo como ‘Não me abandone jamais’, mesmo que algo menor e até remoto.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
Rafael 30/08/2018minha estante
Qual é o seu livro preferido dele?


Higor 30/08/2018minha estante
'Não me abandone jamais', sem dúvidas.


Jorge 19/10/2018minha estante
Das fantasias que eu li, só perde para História Sem Fim. Muito bom.




Bruna Domênico 27/03/2018

O Gigante Enterrado
Ao contrário do que o título e a sinopse sugerem, o livro não é bem sobre uma viagem em tempos medievais. Apesar da presença de alguns personagens fantasiosos (ogros, fadas, dragões) o gigante enterrado é a memória da população de um vilarejo amaldiçoado pela névoa de uma dragoa. 3/4 da leitura te arrastam para a ?grande batalha? entre o guerreiro e a dragoa, que é resolvida em 2 páginas. A mensagem final é: quais as consequências de recuperar sua memória perdida - ela trará lembranças boas ou ruins?
O livro, de maneira geral, não prende atenção do leitor e tem um final bem sem sal nem açúcar.
Débora 28/03/2018minha estante
Nossa, a ideia é muito boa até! Pena que a execução deixa a desejar.


Paula 23/05/2018minha estante
Que interessantes são as percepções! Fiquei bastante intrigada com suas últimas frases, porque li esse livro em pouco mais de 24h, pela forma como me prendeu! E achei o final de cortar o coração... rsrs?
Vi que lemos várias livros em comum Bruna, te adicionei para pegar dicas de leitura.
Obrigada pela resenha!


07/01/2019minha estante
Eu também não gostei. Estava curiosa com o autor, gostei da sinopse, tava com altas expectativas, mas não foi, definitivamente, o que eu esperava. Achei a escrita e os personagens totalmente maçantes.




Dalton 03/05/2019

Enfadonho para não sentimentais
Certamente chamar o livro de fantasia é uma liberdade poética. Fora por dois ou três momentos pontuais e potencialmente alegóricos o livro é basicamente uma discussão indireta sobre o amor na terceira idade (e durante a vida) e como memórias podem ser preciosas e ao mesmo tempo um veneno se não houver um crivo crítico bem forte ao analisá-las. Certamente o livro trará e instigará reflexões interessantes em pessoas com histórias de amor não resolvidas, dramas e mágoas passadas com parceiros e parceiras, além de pessoas altamente sentimentais. Eu entendo tudo isso ...e tbm que não sou este público. Não tenho problemas amorosos não resolvidos, grandes mágoas ou arrependimentos, memórias de traição a mim ou causadas a parceiras, enfim, o conjunto de barbarismos de responsabilidade ou bom senso que muitas pessoas colecionam no passar dos anos sob a desculpa de "seguir o coração". Assim, o livro acabou sendo enfadonho. Ironicamente, por não ter sofrido o suficiente na minha vida sentimental (ou não ter feito outros sofrerem) não tive como me identificar ou me sentir "vingado" pela desgraça alheia (como ocorre a muitos que, não entendo o motivo, se regozijam com o sofrimento de outros como se isso pudesse aplacar o próprio sentimento ou culpas).

Em suma, após 400 páginas não tenho mais duvidas que prefiro as discussões espirituais da fantasia de Tolkien às sentimentais-dramáticas de Kazuo Ishiguro.
Roger 10/07/2019minha estante
Siiiiiiim... enfadonho e extremamente pretensioso afffffffff ?


Roger 10/07/2019minha estante
Sim... enfadonho e extremamente pretensioso affffff ?


Roger 10/07/2019minha estante
Sim... enfadonho e extremamente pretensioso afffffffff ?




Mila F. @delivroemlivro_ 01/07/2015

Fantasia reflexiva, muito bom!
O Gigante Enterrado (2015, The Buried Giant) é um livro de Kazuo Ishiguro, que há 10 anos sem escrever presenteia, novamente, seus leitores com mais uma obra. Ishiguro é nasceu no Japão, mas erradicou-se na Inglaterra. Trata-se de um escritor com romances premiados e já adaptados cinematograficamente, escreveu o livro Não Me Abandone Jamais, Noturnos, Quando Éramos Órfãos e Os Resíduos do Dia.
Logo no começo da obra começamos a acompanhar um casal de idosos Axl e Beatrice que saem do lugar onde moram para ir a procura de seu filho, já que estão há anos sem se encontrarem. Portanto, a narrativa fala sobre essa viagem do casal, os percalços, as aventuras e descobertas.
É interessante ressaltar que a história se passa em uma terra marcada por guerras e há algo místico onde os personagens não conseguem se lembrar quem são e nem de seus passados com exatidão. No princípio do livro pensei que isso se dava porque o casal era idoso, com o desenrolar da narrativa percebi que havia um mistério, uma névoa (como os personagens chamam) de esquecimento que se alastrou por todas as pessoas, com o prosseguimento da narrativa, vão surgindo outros personagens que acompanham o casal de idosos nessa jornada, que acaba mudando completamente de rumo.
Nesse ínterim, surgem o guerreiro Wistan, o menino aprendiz Edwin, e o cavaleiro de Artur, Sir Gawain. Todos os personagens juntos debatem sobre diversas temáticas e conceitos que nos fazem questionar e recordar um pouco da nossa própria vida. Ficamos a par que a névoa do esquecimento é fruto do bafo da dragoa, que deve ser morta para que todos possam recordar de seu passado.
Na medida em que essa viagem torna-se uma aventura e ao mesmo tempo algo além do que Axl e Beatrice imaginaram ao sair da comunidade em que moravam, vamos percebendo descobrindo fatos sobre a vida de cada um dos personagens que de certa forma estão todos ligados, mas que por conta da névoa, jamais poderiam saber, tais detalhes vão se delineando em sonhos, pequenas recordações, coisas que aparentemente os próprios personagens têm dúvida se o que lembram é/foi real ou não.
Esse é um ponto genial do livro, porque o leitor se coloca sob a névoa do esquecimento também, ou seja, não somos apenas leitores passivos, nós acabamos participando dessa narrativa, estamos sob o efeito da névoa, não recordamos o nosso passado, que é o passado da humanidade, porque nem toda a história possível seria capaz de nos fazer lembrar todas as vitórias, guerras, perdas e dores pelas quais a humanidade já passou.
Sem dúvida, O Gigante Enterrado, é um desses livros que nos fazem refletir sobre nossa própria história, sobre tudo aquilo que esquecemos e já não somos mais capazes de lembrar. Durante toda a leitura me deparei com temas absurdamente fantásticos e passíveis de um estudo mais aprofundado, de uma pesquisa e análise literária, sem dúvida, se eu tivesse algum artigo para fazer sobre algum livro, eu escolheria esse.
Não vou dizer que a leitura é fácil, leve, fluida, os livros de Ishiguro, pelo menos o que já tinha lido anteriormente (Não Me Abandone Jamais) não é uma leitura fácil e bonitinha, é uma narrativa lenta, lenta como uma viagem a pé, para fazer o leitor pensar e assimilar o que está lendo. Kazuo Ishiguro tem uma narrativa madura, um estilo próprio, um jeito lento de contar estórias e uma forma peculiar de misturar realidade, ficção e elementos fantásticos/absurdos.
O leitor tem que se entregar a essa leitura para poder tentar recuperar sua essência, não é apenas uma leitura para entreter e passar o tempo, é um livro para inquietar. Apesar de eu ter gostado muito, sei e reconheço que o livro pode não agradar a todo tipo de leitor, acredito que é uma leitura madura, complexa e metafórica que merece ser observada, sobretudo, as entrelinhas, o não-dito.
Para concluir, quero ressaltar o próprio título do livro O Gigante Enterrado, daria um bom estudo sobre o que é o gigante enterrado e o porquê desse título tão metafórico, Fabuloso desde a escolha do título ao seu desenvolvimento.
Minha experiência anterior com o escritor, fez-me apreciar bem mais esse livro do que o anterior, porque antes eu não sabia que estilo de narrativa esperar e agora, bem mais preparada e mais madura literalmente e literariamente, inclinei-me a apreciação da obra e gostei, não obstante, creio que em alguns momentosa narrativa se tornou brevemente maçante, mas o escritor soube contornar esse detalhe, com partes bastante eletrizantes e misteriosas. No fim da leitura fiquei com saudade, confesso que fiquei afeiçoada aos personagens – sobretudo ao casal de idosos – e chegar ao fim, com aquele Fim, me deixou saudosista.


site: www.delivroemlivro.com.br
Joyce 24/07/2015minha estante
Você escreve muito bem! Adorei a resenha!


Luciana 29/07/2015minha estante
Ótima colocação de que a leitura é lenta como uma viajem a pé. É para apreciarmos a paisagem com bastante atenção.




Aline Teodosio @leituras.da.aline 14/08/2018

Beatrice e Axl são um casal de idosos, que vivem em uma determinada aldeia na qual todos os habitantes perderam suas memórias. Eles então começam a sentir-se incomodados com este fato e saem em uma saga em busca de encontrar o filho há muito tempo longe deles e de, quem sabe, resgatar um pouco desse passado esquecido.

A história é uma fantasia com dragão, fadas, ogros, cavaleiros e guerreiros. E neste universo fantástico o autor discorre sobre o amor, mágoas, perdão, morte. A escrita de Ishiguro é encantadora e rica em detalhes. E talvez esse ponto traga um pouco de incômodo a alguns leitores. As cenas são minuciosamente descritas, os parágrafos são longos e a narrativa, por vezes, torna-se um tanto quanto prolixa.

Durante a saga dos idosos, seus caminhos se cruzam com outros personagens secundários, mas que se tornaram tão (ou mais importantes) que os protagonistas da história. Entendo que esse entrelaçamento fez-se importante para o desfecho da história, mas na minha humilde opinião, o autor alongou-se demais nisso.

Irritante também foi a forma com que o marido se referia à esposa. Em TODA conversação era princesa pra cá, princesa pra lá. Esse tratamento teen deu um ar bobo aos diálogos e me fez vomitar muito ?argh? durante a leitura.

Kazuo, ganhou em 2017 um nobel de literatura, por isso o meu interesse maior por conhecer uma obra sua. Essa foi uma leitura interessante e até envolvente, mas nada de extraordinário.
Flávia 14/08/2018minha estante
frodo, é vc meu filho?


Aline Teodosio @leituras.da.aline 14/08/2018minha estante
Kkkkkkkkkkkkkk por aí.




TataFlor 22/11/2016

Difícil concluir essa leitura...
Há livros que caem como uma luva e se encaixam perfeitamente no momento em que estamos vivendo, outros nos levam de maneira maravilhosa para um novo momento...com esse livro não me ocorreu nenhuma das duas situações...
O livro foi de difícil leitura, me contive para não ser o primeiro livro abandonado por mim. Os capítulos são grandes, os acontecimentos são um pouco demorado, talvez seja um livro para ser lido com menor pretensão, pelo simples prazer da leitura...não um livro com expectativas na história...o livro não é ruim, mas não faz muito o meu gosto a maneira como as coisas acontecem são bem cansativas, e o final não é muito conclusivo, fica mais entrelinhas do que um final claramente concluído....pelo menos o final chega mais próximo de uma conclusão do que os finais dos livros do Murakami...acho que isso é comum nos autores japoneses
Aryane Marques 07/12/2016minha estante
Concordo com tudo o q vc disse, confesso que comecei a ler este livro com expectativas maiores em relação a história é sim o final foi bem estranho, mas tudo bem n foi uma leitura ruim :) ótima resenha aliás


TataFlor 03/01/2017minha estante
Somos duas então que criamos expectativas demais...eu acho rs...
Obrigada pela força Aryane ;)




Wilton Black 05/05/2016

O Agridoce Bafo do Dragão
Ainda tenho as últimas palavras de “O Gigante Enterrado” flutuando na minha memória quando começo a escrever esta resenha. Permeia também uma sensação de encantamento, nostalgia e a certeza de ter terminado um daqueles livros que demoram em partir, que nos deixam órfão.

Em uma terra amaldiçoada por uma misteriosa névoa que causa um esquecimento coletivo, um casal de idosos, guiado pela intuição e por um desejo incompreendido de buscar o filho perdido, parte em uma jornada por uma terra assolada por recentes guerras e ameaçada por uma dragoa.

A narrativa caminha aos passos de Axl e Beatrice, o casal protagonista, e a história flui com lirismo e incríveis descrições de uma Grã-Bretanha que respira ares de paz, ao mesmo tempo, convive em um ambiente de iminente caos. A todo momento somos levados a refletir sobre o poder da memória e a influência que ela nos causa. A jornada dos protagonistas é guiada por lembranças que vão surgindo durante o percurso. Lembranças de guerras passadas, memórias do filho que se foi, recordações de antigos conflitos pessoais. Axl e Beatrice fortalecem um amor que, mesmo no esquecimento, continuou vivo, nos fazendo questionar qual o poder da memória na nossa vida?

Outros personagens surgem no caminho do casal. O jovem Wistan e o garoto Edwin dão um tom de maior ação ao enredo e recriam a imagem de guerreiro, com suas batalhas de espadas e o jeito de herói. Já Gawain e seu fiel cavalo Horácio são tipicamente “quixotianos” e, ao mesmo tempo, transbordam um humor e apatia nata de um fiel escudeiro do Rei Arthur. O dragão - que neste caso é uma dragoa - é a motivação do aparecimento dos guerreiros e das desavenças entre saxões e bretões.
É no agridoce bafo de Querig que àquele mundo fantástico se mantêm vivo e os conflitos enterrados. É no sono do dragão que a aparente paz dorme sob cautela e sob túmulos de gigantes.

É com este cerne que a história se desenvolve; na busca pelo filho e pelas lembranças, Axl e Beatrice enfrentam fadas, monges, cavaleiros. Passam por lugares lúgubres, aldeias, montanhas, lagos e a cada novo passo a personalidade de ambos desabrocha, revelando que as memórias também podem reavivar desavenças e antigos remorsos.

Confira a resenha completa em:

site: http://wiltonblackpoemas.blogspot.cl/2016/05/o-agridoce-bafo-do-dragao.html
Helder 05/02/2017minha estante
Sua resenha é muito melhor que o livro. Vi tudo isso por lá, mas tudo extremamente superficial. Infelizmente não encontrei este encantamento.


Wilton Black 11/03/2017minha estante
Eu acredito que muitas vezes os livros devam ser lidos na época correta. Talvez não fosse o momento certo para você lê-lo ou, talvez, eu o li no momento ideal. Um abraço.




May 21/01/2018

Aquele tipo de livro que parece um parto: você acha que vai ter um bebê lindo e saltitante, mas acaba por expelindo apenas uma pedra do seu rim.
Roger 01/08/2018minha estante
Melhor definição ahahaaaa Peguei ranço desse escritor... como pode gente ter amado e dado 5 estrelas neh? Leitura cansativa afffffff


Roger 01/08/2018minha estante
* tanta gente ter amado...




Kleber.Luiz 17/02/2017

demora pra empolgar
não entendi o final
Andreev 05/04/2017minha estante
Era a hora dela não a dele


Kleber.Luiz 13/04/2017minha estante
há obrigado amigo




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