Terra das Mulheres

Terra das Mulheres Charlotte Perkins Gilman




Resenhas - Herland


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Lais544 19/06/2020

Mudou minha vida
Vai ser complexo falar sobre esse livro e talvez fique mais comprido do que eu gostaria que fosse, porém, esse não é um livro simples.


"Terra das Mulheres" é um livro escrito em 1915. Então, desde o início nos é avisado que o livro não suprirá nossas expectativas atuais em relação ao feminismo e na representação das mulheres. E realmente não supri, apesar disso, conseguimos enxergar muito nitidamente os primórdios do feminismo e as primeiras batalhas travadas por nossas feministas ancestrais. Surge daí um sentimento de respeito pela escritora e um desejo de entender a realidade em que a escritora viveu para nos apresentar a Terra das mulheres, do modo em que ela nos apresenta. 


Sim, é uma terra praticamente perfeita em quesitos de conflitos zero, pobreza zero, fome zero, poluição zero e educação cem (um dos meus pontos favoritos deste livro é como as mulheres enxergam a educação como ponto ESSENCIAL para um mundo justo). Conforme dito anteriormente, a terra possue suas falhas por se tratar de algo escrito em um século muito distinto do nosso.


Entretanto, confesso que o que mais me prendeu neste livro foram os três homens principais da trama. Fiquei embasbacada sobre como a escritora desenhou estes personagens e me surpreendi (mas já deveria esperar) com a semelhança ABSURDA que eles têm com os nossos homens atuais. 


O que me faz pensar que a nossa luta feminista ainda está longe de atingir um patamar ideal e que não estamos nem perto de estar satisfeitas com o que já conquistamos.


Essa escritora expôs pensamentos e atos masculinos já detestáveis por ela em 1915 que estão enraizados e naturalizados em cada homem que conhecemos hoje em dia...


Fugindo um pouco da luta feminista, fica muito claro durante a leitura que o "sucesso" dessa terra é a forma como elas priorizam a educação, o desenvolvimento pessoal e a inteligência empática.


Minha conclusão sobre essa leitura? 

Ela me deixou chocada e me pôs uma reflexão muito nítida e repetitiva na cabeça: Nós sabemos que o feminismo já fez seu papel e já mudou muito a nossa realidade, porém me fez perceber o quanto estamos longe de mudar o pensamento masculino depreciativo sobre as mulheres. Chegou a hora de nós feministas (todos devemos ser feministas) mudarmos o homem e seu pensamento, focarmos em educação e empatia, para chegarmos algum dia, em um mundo mais justo pra todos!
PedroHarpy 19/06/2020minha estante
Amei a resenha


Camila 19/06/2020minha estante
Ameiii
Fiquei tri curiosa agr


Lais544 19/06/2020minha estante
Ba gente, se joguem... É uma leitura bem reflexiva!


David 19/06/2020minha estante
??????????


Lessa 19/06/2020minha estante
ótima resenha!


Lais544 19/06/2020minha estante
Obrigada Lessa! É uma história que vale a pena!


Maria.Oliveira 19/06/2020minha estante
Um dos meus favoritos!


Lais544 19/06/2020minha estante
Entendo totalmente, Maria!


Samara274 08/01/2021minha estante
resenha maravilhosa, fui super influenciada para começar esse livro


Erica 23/01/2023minha estante
Resumiu muito bem o livro! (E o sentimento)




Dani do Book Galaxy 24/02/2020

Uma utopia feminista, mas não tão feminista assim
Antes de começar a ler este livro, eu já havia visto várias críticas (negativas) sobre ele. Muitas pessoas, principalmente mulheres, se decepcionaram consideravelmente com este livro, que promete ser um marco feminista mas acaba por perpetuar algumas ideias retrógradas do século passado.

Obviamente, isso acontece porque o livro foi escrito em 1915. Seria algo completamente bizarro e surpreendente se a Charlotte Gilman aparecesse nessa época com ideias feministas cem por cento alinhadas com as considerações atuais que temos sobre a luta das mulheres, sobretudo com todos os esclarecimentos que temos hoje e a autora, 100 anos atrás, obviamente não tinha.

Dito isso, achei que o livro em si começou interessante, mas a partir da metade, começou a ficar chato em sua narrativa. A autora escreve bem em minha opinião - diálogos bem construídos, e personagens interessantes. Narrado por um homem (um homem norte americano, heterossexual e vivendo na década 10, ou seja: a personificação de todas as ideias machistas perpetuadas no século XX e além), o livro segue um fluxo narrativo um pouco parado, construído sobretudo através de descrições e diálogos também descritivos.

O mais interessante dessas personagens machistas é que, durante o livro todo, nós os vemos serem questionados pelas personagens femininas que, com a simples lógica, vêm a provar como a sociedade machista é desprezível e sem sentido.

Além do fluxo narrativo ser um tanto parado, entendo porque o tema deste livro causa tanta revolta, sobretudo às leitoras feministas modernas. As ideias de Charlotte Gilman sobre uma sociedade utópica composta apenas por mulheres são bastante limitadas.
Acredito que a autora não conseguiu se desprender das tradições concebidas durante tanto tempo e, apesar de ela ter tentado se desvincular delas, não foi muito além. Dessa forma, a tão perfeita "Terra das Mulheres" é baseada na procriação e na Maternidade, sendo esse aspecto da vida da mulher tratado até como religião.

Vale pontuar que, além de colocar na mesa assuntos como maternidade e feminilidade, o livro também questiona a religião cristã e também a tradição do casamento.

Entendo que, analisando a obra junto a outros livros mais modernos que abordam o mesmo tema, "Terra das Mulheres" pode parecer retrógrado e maçante, mas não deixo de observar como ele levanta questões interessantes para debatermos hoje no âmbito do feminismo moderno.

Foi uma leitura arrastada, mas não de todo ruim. E, como todo livro que se propõe a questionar algo e a provocar discussões (mesmo que isso nem sempre ocorra da maneira mais acertada), é válido e interessante de ser lido.
Heloiupy 24/02/2020minha estante
Ótima resenha, disse muita coisa sem dar spoiler... Uhuuuu... não li o livro ainda, quem sabe um dia...


Bia 25/02/2020minha estante
Estou quase na metade e sinto que o livro é exatamente tudo isso que você falou. Uma ótima resenha!
Só me deixa um pouco com pé atrás de pensar que depois da metade fica maçante porque estou achando isso desde o começo :/


Dani do Book Galaxy 25/02/2020minha estante
Oi Helo! hahaha se prepara para passar um pouquinho de nervoso com esse livro, achei meio chatolino num geral!
E oi Bia! Obrigada! Pois é, eu ainda "engatei" na leitura no início porque estava interessadíssima em saber como era esse mundo só de mulheres, mas depois a autora fica numa de dar um milhão de explicações e a coisa realmente fica chata mesmo!
Mas acho que lendo de pouquinho em pouquinho dá para engolir hahahah


books7 11/04/2020minha estante
Acabei de terminar esse livro tô extremamente decepciona e sinto exatamente o q vc escreveu em relação a história


Lais.Soares 18/05/2020minha estante
Tô num grupo de leitura cujo livro do mês é esse. Ansiosa!




TArsilla.Lemos 18/07/2021

Uma terra em que a maternidade é suprema!
Terra das mulheres é um livro bom, com uma temática envolvente, mas com uma visão um pouco retrógrada sobre a mulher, porém compreensível, visto que o livro teve sua primeira edição em 1915.
Gostei do livro, porém não me envolvi muito com os personagens, mesmo assim fico feliz em tê-lo lido.
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Vanessa Lima 30/12/2020

Terra de mulheres.
Uma distopia que vale muito a pena ser lida, uma das minhas leituras preferidas do ano - e se já gostava da autora, passei a gostar ainda mais. Sua escrita é de provocar: sensações, sentimentos e pensamentos - reavaliar condutas.
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cinthyaarruda 20/06/2021

Extraordinária reflexão
Terra das mulheres conta a história de três homens que encontraram um país onde só vivia mulheres.
Com o pensamento machista e de colonizador os três tentam chegar a terra das mulheres com o objetivo de conhecer o país e comunicar o descobrimento ao mundo, mas para chegar a isso eles queriam causar intriga entre as habitantes pois como seria uma pais de mulheres sem brigas? Teria construções? Elas seriam dominantes nas ciências?
O livro trás diversas reflexões sobre o que achamos "certo" no nosso mundo e como as coisas aconteciam na terra das mulheres.
Sabe aquele livro pra reler todo ano? Então é esse, certamente você terá novas reflexões a cada vez que ler.
A leitura é bem fluida e rápida (pelo menos pra mim), te incita ranço em um dos personagens masculinos mas também te faz refletir como ocorreu os descobrimentos de países e como o machismo está enraizado na sociedade.
Daniele 20/06/2021minha estante
O começo me lembrou a história da ilha de chiperton (história real), onde ficaram um grupo de pessoas perdidas na ilha, depois que todos os homens morreram tentando ir atrás de um barco, o único homem que sobreviveu, com uma arma, subjugou o grupo de mulheres restantes. Assustador!
Esse livro deve ser bom


Daniele 20/06/2021minha estante
Clipperton*


cinthyaarruda 20/06/2021minha estante
Oi Dani, não conheço essa história mas já vou procurar


Daniele 20/06/2021minha estante
O pirula tem um vídeo ótimo contando a treta toda kkkkkkkk




Dubieux 30/03/2021

Terra das Mulheres
"A tradicão de homens como guardiões e protetores havia desaparecido. Essas virgens resolutas não temiam homem algum e, portanto, não precisavam de proteção.?

Amei esse livro ??????
Recomendo muito!
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Gaabs7 11/06/2021

Equilibbrado
Apesar de muitos acharem esse livro um grito de guerra do feminismo, achei equilibrado em relação ao final do livro. Na história você encontra o intoletante machista, e esse sim é punido e com razão. Há também aqueles que entendem o lado das mulheres e as mulheres que estão ali vivendo aquela civilização antiga com tantas regras, entendendo o nosso mundo e o lado e pensamento masculino. Não vi revolução alguma, pelo contrário, o livro aborda o equilibrio entre o sexo masculino e feminino.
letícia - @leticiacarddoso 11/06/2021minha estante
Eu achava que a narrativa era feita pelas mulheres, isso me desagradou bastante! :/




Lucikelly.Oliveira 05/09/2021

Novela distopica
O livro descreve uma sociedade unicamente formada por mulheres que vivem livres de domínio e conflitos.
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juliarfs 22/09/2021

amei tanto!!
não sei nem o que dizer ainda, então vou só colocar um trecho ? um dos 50 que marquei.

''Aquelas mulheres não precisavam nem de proteção nem de serviços. Viviam em paz absoluta, poderosas e plenas; éramos convidados e prisioneiros, absolutamente dependentes''
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Wanessa_Gabriela 01/08/2021

Ideias bacanas, utópicas e maravilhosas
Mas, um enredo fraco. O livro vale demais pela dinâmica apresentada. Não conseguia parar de pensar que foi escrito em 1915. Por mais que critiquem, ela teve pensamentos bem modernos.
thays 01/08/2021minha estante
eu fiquei chocada quando percebi que esse livro foi escrito há tanto tempo e ainda assim é atual.


Wanessa_Gabriela 02/08/2021minha estante
Verdade, Thays!! Eu também fiquei assim. Incrível como as coisas mudam pra não mudarem nadinha, né?!




Lulu 26/05/2021

Sarcasmo?
Se eu tiver que escolher uma palavra que defina esse livro seria: INTELIGÊNCIA
Tem ótimos trechos, com sacadas incríveis sobre religião, maternidade, amor, desenvolvimento... com um leve toque de ironia e sarcasmo que eu amo!!
Esse livro me deixou muito pensativa e me deu um alívio de ?ok, eu não sou a única a pensar assim?.
Único ponto negativo foi o final, muito morno, um livro maravilhoso desse merecia O Final. But, ainda recomendo muito :)
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giostavahr 16/06/2021

uma boa ideia com ressalvas
acredito que se eu não tivesse lido o prefácio teria uma ideia muito diferente em relação a esse livro. a história da exploração em si a aventura não é muito empolgante chega a ser tedioso. se você está procurando um livro feminista que vai mudar sua vida esse livro definitivamente não é o que vc procura. um feminismo extremamente branco. a idealização da maternidade não rolou pra mim pois atualmente isto não é algo relevante. a ideia de irmandade me cativou bastante, porém como disse o livro não tem diversidade alguma então é uma irmandade seletiva. a questão da virgindade e delas pensarem que o sexo é algo impuro, que só verve pra reprodução é extremamente idiota.
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Sens0 06/01/2022

Muito interessante
Eu acho que o mais importante antes de começar esse livro é entender o contexto histórico de como funcionava a sociedade, principalmente as mulheres, na época que ele se passa (1915), como diz no prefácio, esse não é um livro que enlaça com as ideias feministas vistas nos dias atuais. Mas para mim, ainda sim, trouxe diversos pontos que infelizmente nos afetam até hoje.

Não achei a leitura chata ou pesada, na verdade achei fluida, queria entender mais de como funcionava essa utopia então devorei ele em 1 dia praticamente.

O fato do narrada principal ser um homem, com dois amigos homens com pensamentos distantes na verdade é indispensável, os pensamentos deles causam um desconforto crítico que faz muito sentido da história.

Esse livro crítica muitos pontos de como a mulher era e ainda tenta se libertar de ser vista na sociedade, achei a narrativa toda interessante e bem construída, e os debates com o personagem principal são ótimos.

O fato delas viverem em favor da maternidade não me incomodou, era uma escolha comum, afinal alguém precisava criar as herdeiras, quem não quisesse apenas se direcionava a algo que a interessasse.

Fiquei na verdade com vontade de descobrir mais, que tivesse uma breve continuação.
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Uma Sonserina em Narnia 11/03/2021

Poxa vida!
Esse livro é um tanto difícil de resenhar sem fazer um outro livro, mas vou tentar me ater a alguns parágrafos.
Em uma terra onde apenas mulheres vivem sem contato com o sexo oposto (homens), uma sociedade foi desenvolvida e mantida em relativa paz e serenidade por séculos, até que um grupo com 3 homens entram nesta terra e passam a conviver com essas mulheres.
Entre trocas e histórias os homens que acreditam em sua supremacia de gênero, de sociedade (a americana) e ciência lutam em diferentes graus para aceitar o que seus olhos e ouvidos presenciam e que sua racionalidade se esforça para entender.
Além das relações de gênero a autora também se utiliza das relações econômicas e sociais em um níveis bem desconfortáveis e ao mesmo tempo sutis.
Nada foi forçadamente introduzido no livro, não são levantadas questões apenas pelo simples fato delas serem apresentadas, e isso torna a leitura muito tranquila e bem agradável.
Obviamente pelos anos que se seguiram desde que Charlotte escreveu seu livro, muitas questões apareceram trazendo para a história algumas reflexões não intencionais.
O livro é muito bem escrito e com poucas paginas faz com que o leitor imagine como seria caso a sociedade conseguisse sanar alguns de seus problemas estruturais.


site: Instagram @umasonserinaemnarnia
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