Priscila Grah 12/07/2018
Muito edificante
Este livro contém uma série de cartas de dois cristãos de séculos e países diferentes, -- Irmão Lawrence, nascido em 1611 na França, e Frank Laubach, nascido em 1884, nos Estados Unidos. Esta obra é um relato de suas experiências na prática da presença de Deus, e é um dos livros cristãos mais lidos de todos os tempos, sendo publicado há mais de 300 anos!
Este livro não apresenta um conjunto de regras pré-estabelecidas a fim de experimentarmos a presença de Deus. Na verdade, trata-se do testemunho pessoal desses dois homens de Deus que provaram ser possível viver constantemente com a consciência da presença de Cristo, nos mais variados momentos do dia.
Considero as cartas desses dois cristãos bastante realistas, onde não apenas registraram seus êxitos da comunhão com Cristo, mas também sobre as dificuldades em manter a mente e o espírito focados em Deus. É interessante também notar no caso de Frank Laubach, por exemplo, como as experiências com a constante presença de Deus transformaram sua vida, trazendo uma alegria sempre presente, uma aversão real ao pecado e a tudo que não estivesse de acordo com a vontade de Deus, um sentimento de amor profundo a Deus e às pessoas, onde elas pareciam até mesmo serem atraídas à sua presença, resultado de sua amizade íntima com Deus (págs. 26, 33-35, 41).
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Aprecio muito um trecho específico do livro, onde Frank declara que nem sempre dizia algo para Deus ou escrevia uma oração; em certos momentos, ele somente parava, ouvia a Deus, e permanecia na presença dEle: ?Às vezes, você quer falar com seu filho e, em outras, quer abraça-lo forte sem dizer uma palavra. Deus age desta forma conosco. Ele ainda quer abraça-nos em silêncio.? (Pág. 52).
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A essência do livro são as experiências e relatos pessoais desses dois homens que, em toda a sua simplicidade viviam para Jesus. E apesar de, como disse anteriormente, não apresentarem um conjunto de regras para se alcançar o objetivo de uma maior comunhão com Deus, enfatizam alguns preços a serem pagos por aqueles que anseiam praticar a presença de Deus, entrando num nível mais profundo de comunhão com Deus, como: força de vontade, perseverança, entrega perfeita, e fazer parte de um grupo (Pág. 63). E o resultado dessa constante entrega e consagração a Ele, segundo o livro, é uma ?amizade familiar com Jesus.? Nosso amigo invisível torna-se mais querido, mais próximo e mais maravilhoso a cada dia até que, por fim, O conhecemos como ?Jesus, o amante de nossa alma?, não apenas em canções, mas em uma deliciosa experiência.? (Pág. 64).
Certamente recomendo a leitura dessa obra àqueles que desejam ser encorajados e inspirados à intimidade no relacionamento com Deus, e encerro essa resenha com uma simples mas, profunda frase desse livro, que trata da essência da vida cristã, o amor: ?Não devemos nos cansar de fazer pequenas coisas por amor a Deus, pois Ele não considera a grandeza da obra, mas o amor com que ela é realizada.? (Pág. 85).
Resenha: Priscila Grah