A mulher de trinta anos

A mulher de trinta anos Honoré de Balzac




Resenhas - A mulher de trinta anos


147 encontrados | exibindo 106 a 121
1 | 2 | 3 | 4 | 8 | 9 | 10


Gláucia 30/11/2015

A Mulher de Trinta Anos - Honoré de Balzac
Publicado em 1832, esse é sem dúvida o mais emblemático título do autor. E um dos piores que já li.
Não gosto de contraindicar livros mas esse só deveria ser lido por quem já leu boas obras do autor, caso contrário corre o risco de nunca mais querer ler mais nada dele, o que é uma pena, já que se trata de um autor excelente.
O livro é cheio de falhas e é até difícil saber por onde começar. Na introdução, Rónai nos conta que as seis partes que formam o romance foram originalmente publicados separadamente em forma de contos e que só por insistência dos editores Balzac o transformou num romance único. Isso fica evidente pois cada parte parece ser outra história, sem continuidade com a anterior, tendo em comum apenas a protagonista ser a mesma, Julia d'Aiglemont, uma mulher que não conseguiu se realizar no casamento nem na maternidade.
Não encontramos unidade psicológica nem mesmo nos personagens, retratados com personalidades diferentes em cada parte sem que haja nenhuma explicação para isso.
O título do livro, que fez sua fama, poderia ser qualquer outro, Julia tem 30 anos em apenas 1 das 6 partes do livro. Em apenas um trecho o autor desenvolve a tese da mulher de 30 anos, para ele a idade em a mulher encontra o ápice no amor.
Em uma das partes há uma mudança da narrativa, Balzac narra um crime em primeira pessoa que ele presenciou por trás de uma árvore. Totalmente sem noção
Temos de um tudo nesse livro, é um verdadeiro samba do criolo doido: amante escondido no guarda-roupa, tom melodramático de novela mexicana e até mesmo uma aventura de piratas!
O que há de positivo, não apenas nesse mas em outros livros, foi o fato do autor ter colocado no centro do romance protagonistas femininas de 30, 40 e até 50 anos, e isso não era comum na época. As mocinhas costumavam ser sempre novinhas, na casa de seus 16 a 20 anos.
Em uma palavra: caótico.
Marta Skoober 30/11/2015minha estante
Adorei a resenha!


Marta Skoober 30/11/2015minha estante
Agora parece que está chovendo 1 por aí, não?
Tomara que suas futuras leituras sejam mais prazerosas.


Gláucia 30/11/2015minha estante
Você leu esse, Marta? Que horror, esse livro fala totalmente contra a genialidade do autor!


Gláucia 01/12/2015minha estante
Você leu esse Marta?


Marta Skoober 01/12/2015minha estante
Foi um dos primeiros que li, naquela coleção da Abril.
Quando terminei lembro que pensei: era só isso? Mas, eu já tinha aqui Pons e Goriot, e um dia mesmo sem muita fé resolvi lê-los e fiquei encantada. Goriot é muito bom, um dos melhores, mas tenho uma predileção por Pons.


Marcia Cogitare 12/12/2015minha estante
Ainda bem que vc avisou sobre este livro. Mais um que não terá minha atenção


Luana Sousa 31/03/2018minha estante
Infelizmente foi meu primeiro contato com o autor, mas a sua resenha resumiu tudo que senti e sendo assim ainda darei outra chance ao Balzac.




Raffafust 23/04/2015

Resenhar um clássico, como? A linguagem de " A Mulher de Trinta anos" não é a que estamos acostumados a ver nos livros atuais, pudera, escrito por Honoré de Balzac no século 18 a obra é tida como um marco da literatura mundial, veio desse livro o termo " as balzaquianas" para mencionar mulheres acima de 30 anos.
Como acontece com os textos de Jane Austen, o livro de Balzac considera a protagonista uma senhora que se casa tardiamente, muitos o consideram um romance psicológico onde a Júlia - a tal de 30 anos - se apaixona por quem sua família não aprova e acaba se casando com ele, o coronel Vitor é tudo que amamos em livros do gênero : rico, bonitão, corajoso. Mas como sabemos nem tudo dão flores em um casamento e ela descobre no dia a dia que seu marido não é flor que se cheire. Vitor é um homem que só pensa em si, maltrata os empregados e nem se importa com os sentimentos de sua esposa.
Júlia passa então a ser uma mulher infeliz que sente saudades da época que era solteira e que seu pai a tratava como uma rainha. A vida da mocinha não anda fácil quando ela recebe a notícia de que seu amado pai faleceu. O marido então a leva para casa de uma tia que é nesse local que ela vai se encantar com um jovem inglês.
Nos tempos atuais os mais jovens estranharão o sentimento de impotência da protagonista , apesar de ser infeliz ela não e permite tempo algum pensar em abandonar o marido, divórcio era algo inconcebível na época.
Júlia não tem nenhum envolvimento com o jovem, ao voltar da viagem passa a sentir se indisposta e descobre estar grávida, tal qual nos dias de hoje, a filha trará uma nova esperança para mãe que se sente feliz a ver o rostinho dela : Helena é linda .
Não entendo como nunca vi um filme desse clássico. Júlia as vezes é tão atual que nem parece uma personagem tão antiga. Ao se prender a fidelidade do casamento - mesmo que seu marido não a faça - não se permite amar Arthur ( o tal jovem inglês) que ela terá um encontro no futuro e descobrirá que ele é médico.
Apesar de ser um livro de poucas páginas ele nos envolve e muitos fatos acontecem em tempos que no início do livro explicam que não foi exatamente o tempo cronológico correto.
Júlia em sua história se apaixona duas vezes, se casa, tem mais 3 filhos ( sim, fora Helena ela ainda tem Gustavo, Moina e Abel! ), fica em depressão... é muita coisa para uma personagem só.
O fator tragédia corre solto pelas páginas ainda mais quando seus filhos não sabem de verdade de quem são filhos, Júlia não permite que saibam que a mãe se envolveu com outro homem e isso acarretará em um final não muito bacana para Moina. Em tempos onde as pessoas não viviam 80 anos como hoje , os personagens de Balzac se despedem cedo de suas cenas e deixam espaço para uma saudade no leitor que tem tudo para ter esse livro na estante como um de seus preferidos! Só acho que Nelson Rodrigues devia ser fã de Balzac!
comentários(0)comente



Mi 28/02/2015

Simplesmente não é o meu tipo
Oi! Sei que certos livros/ autores são mandatórios para quem quer, de alguma maneira, poder discutir sobre literatura. Pois bem, chego à conclusão de que as grandes obras podem ou não ser grandes aos olhos de todos, e não me importam as críticas! Balzac tem um tipo de escrita sem envolvimento com o leitor, somente com ele mesmo. O livro não me inspirou. Mas confesso que passei a entender o significado do termo "balzaquianas", amplamente utilizado.
comentários(0)comente



Braguinha 08/09/2014

A mulher balzaquiana
Um livro sobre esta esfinge chamada a mulher de 30 anos. Nem tão jovem a ponto de fazer o que quiser, nem tão velha a ponto de ser reprimida em suas atitudes. Um bom livro.
Ariana.Cunha 23/10/2017minha estante
undefined




Renata Molina 28/08/2014

Pronto, retomei a leitura deste livro. Pela expectativa que eu tive quando comecei a ler até que me surpreendeu, achei uma história interessante e que até te prende mas requer paciência da parte do leitor. Por outro lado, também achei que ficaram algumas lacunas na história e também o título não tem muito a ver com a mesma.
comentários(0)comente



Ismael 20/06/2014

Real, delicado e tocante!
Meu interesse na obra de Balzac começou por influência de amigos e professores e, curiosamente, pelo fato de o Ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal ter declarado publicamente ser seu autor favorito, não sendo raro citá-lo em alguns julgamentos.

Ao conversar com leitores mais habituados, fui orientado a começar por essa obra "A mulher de trinta anos", pois seria uma boa introdução. Adquiri uma edição muito bem cuidada e bonita da Editora Nova Cultural, com 160 páginas.

Antes de começar a leitura do livro eu li aqui algumas resenhas e dessa forma parti já preparado para a leitura da obra, principalmente pelo fato de sempre sustentarem ser um livro meio difícil de absorver por não ser disposto de forma cronológica os contos e as mudanças nas personalidades dos personagens. Com esses "pré-conceitos" eu comecei a leitura.

Confesso que o livro e o autor superaram minhas expectativas! A delicadeza na descrição das personalidades e, principalmente dos sentimentos, talvez tornaram o autor o que ele representa para a literatura universal.

Quem ler essa obra precisa ter em mente que o autor descreve de modo detalhado a sociedade francesa do seu tempo, de forma bastante pormenorizada e mesmo cômica em certos aspectos. Não espere o leitor muitas aventuras mirabolantes e enredo dinâmico, dado que a obra tem como autor nada menos do que o fundador da escola Realista!

Mas o principal ponto que quero levantar em face das outras resenhas é o seguinte: pelo menos a edição que eu li (da Nova Cultural) há uma clara e perfeita ordem cronológica entre todas as partes do livro, do início ao fim. Não senti essa desordem apontada pela maioria. O que deve ser ressaltado é que se trata de um livro denso, que descreve a alma e os sentimentos dos personagens e que exige uma leitura mais contida, e não dinâmica. Talvez o livro possa ser resumido sinteticamente nessa passagem:

"O coração também tem a sua memória. Há mulheres incapazes de se lembrar dos mais graves acontecimentos, e que se recordarão durante toda a sua vida de fatos que dizem respeito aos seus sentimentos"

Um livro humano, que esmiúça a alma feminina (da donzela e da mulher), os dramas familiares, os costumes sociais, a política, enfim, realmente a melhor introdução para a obra do grande Honoré de Balzac.
Iaiá 11/02/2015minha estante
Vc sabe dizer quantos anos Helena tinha quando fugiu?




Renata Molina 04/06/2014

Por ser um autor tão famoso quanto Balzac esperava mais, talvez eu tenha colocado muita expectativa neste livro e acabei me decepcionando. Tentei ler, mas não deu,não me prendeu a atenção também achei bem enfadonho, pode ter sido o formato do livro também, porque não? Enfim, só sei que não me agradou muito. Quem sabe daqui um tempo eu tente novamente...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Caroline Gurgel 12/02/2014

Uma escrita de fazer salivar...
A Mulher de Trinta Anos, um dos cerca de 90 romances que compõe a grandiosa A Comédia Humana de Balzac, apesar de ser sua história mais famosa, não é considerada a melhor. Não saberia opinar, visto que é meu primeiro Balzac, e talvez não tivesse audácia para tanto, mas gostei muito do que li e fiquei entusiasmada para ler mais de sua obra.

A escrita foi o que mais me encantou, muito mais do que a história em si, que se perde um pouco por falta de continuidade entre os capítulos e por personagens que aparecem e desaparecem sem muitas explicações. Na verdade, essa imprecisão deve-se ao fato de esses capítulos terem sido lançados originalmente como contos ou episódios separados, apesar de compartilharem a mesma protagonista, Júlia. Só depois, ao reunir suas histórias para a criação de A Comédia Humana, Balzac une (e retoca) as 6 partes que compõe A Mulher de Trinta Anos. Li que era comum ele deixar estórias incompletas, para serem reparadas depois, enquanto escrevia outra e outra e outra. Excentricidades de gênio, claro.

O autor é aclamado por ter feito um retrato da sociedade parisiense pós-napoleônica muito além do que seus contemporâneos conseguiam enxergar. Sua análise do comportamento feminino é considerada ainda atual, e lendo suas percepções sobre a menina, a mulher, a esposa e a mãe Júlia facilmente entendemos porque. Guardadas as devidas diferenças de época e costumes, sim, muito do que lemos é exatamente o que sente uma mulher. Minha única ressalva (e talvez decepção) é que a mulher escolhida é a desiludida. E não somos todas desiludidas, certo? Não no século XXI.

"O coração tem uma memória que é só dele. Uma mulher incapaz de recordar os acontecimentos mais graves irá lembrar-se por toda vida das coisas que importam a seus sentimentos."

Apesar das imprecisões cronológicas já citadas, a escrita é tão fascinante que os fatos em si ficam em segundo (ou terceiro) plano. Balzac é tão detalhista que facilmente nos transportamos para aqueles cenários e visualizamos cada personagem, e parece até que conseguimos enxergar dentro de cada um deles. A adjetivação excessiva pode desagradar aos mais minimalistas, mas não a mim. Para mim foi um deleite.

Por mais que o título dê a entender que se trata apenas da mulher na faixa do 30, o que temos aqui é toda a vida de Júlia, desde a adolescência. Conhecemos a Júlia jovem, querendo casar-se com Vitor d'Aiglemont. Mesmo alertada pelo pai de que essa não seria uma boa escolha, Júlia se casa e logo percebe seu erro. A partir daí vamos conhecendo mais da Júlia desiludida, do seu comportamento, suas tristezas e frustrações (e novas paixões?). Balzac passa a exaltar a mulher madura, comparando-a e diferenciando-a da jovem.

"...uma jovem tem ilusões demais, é inexperiente demais e o sexo é cúmplice demais de seu amor, para que um rapaz possa sentir-se lisonjeado; ao passo que uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios a serem feitos. Enquanto uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas às do amor, a outra obedece a um sentimento consciencioso. Uma cede, a outra escolhe. Essa escolha já não é uma imensa lisonja? Armada de um saber obtido quase sempre ao preço de infelicidades, a mulher experiente, ao que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar. [...] Uma jovem só será amante se estiver muito corrompida [...]; ao passo que uma mulher tem mil maneiras de conservar ao mesmo tempo seu poder e dignidade. Uma, demasiado submissa, oferece-nos as tristes seguranças do repouso; a outra perde muito para não exigir do amor suas incontáveis metamorfoses. Uma desonra-se sozinha, a outra destrói em seu proveito uma família inteira. [...] mas a mulher possui incontáveis atrativos e oculta-se sob mil véus; enfim, ela acalenta todas as vaidades, enquanto a noviça só acalenta uma. Aliás, na mulher de trinta anos agitam-se indecisões, temores, dúvidas e tempestades que jamais ocorrem no amor de uma jovem. Ao chegar a essa idade, a mulher pede a um homem jovem para restituir-lhe a estima que lhe deu; [...] enquanto a jovem apenas sabe gemer. Enfim, a mulher de trinta anos pode fazer-se jovem, representar todos os papéis, ser pudica, e inclusive tornar-se mais bela com uma infelicidade."

Mesmo com toda a inconsistência no enredo e apesar de alguns piratas que surgem no final (o que foi aquilo?), a leitura desse livro é obrigatória para qualquer mulher. Para os homens, eu não saberia recomendar, pois não sei se têm dentro deles o que, indiscutivelmente, Balzac tinha: uma alma feminina.

"Antes de mais nada, seu instinto tão delicadamente feminino dizia-lhe que é muito mais belo obedecer a um homem de talento do que conduzir um tolo, e que uma jovem esposa, obrigada a pensar e agir como homem, não é nem mulher nem homem, abdica todos os encantos de seu sexo ao perder suas fraquezas, e não adquire nenhum dos privilégios que nossas leis reservaram aos mais fortes."

"Quando anunciaram à marquesa a chegada do sr. de Vandenesse, ela perturbou-se; e ele sentiu-se quase envergonhado, apesar da segurança que, nos diplomatas, é uma espécie de hábito. Mas a marquesa logo adotou aquele ar afetuoso sob o qual as mulheres protegem-se contra as interpretações da vaidade. Essa atitude exclui qualquer segunda intenção e controla, por assim dizer, o sentimento temperando-o nas formas de polidez. [...] Somente aos trinta anos uma mulher pode conhecer os recursos de tal situação, nela sabendo rir, gracejar, enternecer-se sem comprometer-se. Possui então o tato necessário para fazer vibrar num homem todas as cordas sensíveis, e para estudar os sons que obtém. Seu silêncio é tão perigoso como sua fala."

"Para o desespero das mulheres, sua apresentação era impecável, e todas invejaram-lhe o corte do vestido, a forma de um corpete cujo efeito foi atribuído ao gênio de uma costureira desconhecida, pois as mulheres preferem acreditar na ciência dos vestidos do que na graça e na perfeição daquelas que sabem usá-los."
Tami 11/02/2015minha estante
Vc sabe dizer quantos anos Helena tinha quando fugiu?


Caroline Gurgel 03/04/2015minha estante
Tami, não me lembro de jeito nenhum dessa informação :/




regifreitas 30/07/2013

Balzac novamente. E agora uma das suas obras mais comentadas (e talvez menos lidas?), tanto que “balzaquiana” tornou-se adjetivo que caracteriza a mulher dessa faixa dos 30 anos, imortalizada na personagem principal Julie. O romance me parece muito mais uma crítica à instituição do casamento do que à emancipação feminina propriamente dita, apresentando, neste sentido, uma visão bastante conservadora da mulher e de seu papel social no período. O próprio autor deixa nas entrelinhas que o casamento seria “um mal necessário” à mulher. O livro tem falhas: personagens que aparecem de repente e também repentinamente desaparecem (como o filho Gustave); a cronologia dos fatos também me pareceu bastante confusa; a adjetivação exagerada, que no meu entendimento prejudica bastante a leitura; e, principalmente, um capítulo (Os dois encontros), que destoa completamente do restante da obra, em ritmo e em conteúdo. Mas Balzac é um clássico e essa é uma das obras iniciais do autor, então, há o desconto merecido em relação às suas falhas.
comentários(0)comente



Bruna 05/07/2013

A mulher de trinta anos- Honoré de Balzac
Julie é uma mulher que não ouvindo os conselhos do pai, se casa precipitadamente com Victor, um oficial do exército de Napoleão, tornado-se uma pessoa triste e infeliz, seu marido não lhe dá atenção, não corresponde suas expectativas,ela arrepende de seu casamento, é traída e acaba o traindo também, com jovem chamado Arthur, que ao tentar se esconder do marido de Julie que chega no quarto em uma noite em sua casa, morre congelado no peitoril da janela.O marido subestima tanto Julie achando que ela não teria coragem de traí-lo, e diz que Arthur morreu defendendo a honra e moral de alguma mulher casada,sem saber que essa mulher era a dele.
Ela tem filhos, e aos trinta conhece Carlos, que expõe a proposta do autor, falando como é uma mulher balzaquiana e o que ela pode oferecer ao amor, eles tornam-se amantes no nariz do marido sem que ele perceba.
Tem a história da filha, da morte da mesma e outros fatos, mas o que chama atenção é o quanto ela era infeliz no casamento, e o mantinha para justificar a sociedade, por imposição de princípios .Achei ela chatinha, aquelas mulherzinhas que não tem o que pensar e fica procurando problemas, ociosa e cheia de ideias pequenas.
Chay3 30/08/2013minha estante
Concordo contigo, pior é o livro dar a entender que só uma mulher de 30 anos é inteligente, madura e independente, para mim é o pior livro do Balzac.




Bells 14/06/2013

...
Uma história de tirar o fôlego, a personagem muito sofreu por suas escolhas precipitadas e por agir pelo emocional e não pela razão. recomendo a todos!
comentários(0)comente



Rosana Pegoraro 02/03/2013

Mulher Balzaquiana
Um romance escrito no início das mudanças sociais provocadas pela Revolução Francesa fez Balzac virar um adjetivo, mesmo que involuntariamente: balzaquiana ou mulher balzaquiana, que significa MULHER DE TRINTA ANOS.



Na época Balzac quis retratar a diferença entre um homem jovem de 30 anos com uma mulher velha de 30 anos. O que não deixa de ser verdade na França deste período uma vez que as francesas viviam até 40 anos. No Brasil, na mesma época as mulheres viviam até 29 anos! A partir de sua obra, as heroínas de romances passaram a ter mais de vinte anos ou seja, as mulheres mais velhas começaram a ter direito ao amor (pelo menos nos livros)!



Se analisarmos os últimos 210 anos da mulher no mundo (idade de Balzac se estivesse vivo) veremos que a mulher mudou para melhor: vivemos mais (a média mundial é de setenta e cinco anos), temos mais saúde, melhor aparência. Não precisamos mais pegar água no rio, com lata na cabeça para os afazeres domésticos, ou mesmo lavar roupa nas pedras do mesmo rio. Temos água encanada, máquina de lavar roupas, lavadora de louças, sabão de boa qualidade. Temos vida “boa”, se analisarmos apenas este aspecto. Não precisamos mais ficar expostas horas ao sol em trabalhos braçais ou caminhando longas distâncias. Hoje o sol é lazer, preferencialmente com muito filtro solar.



Escolhemos nossos maridos e decidimos se queremos filhos. Não ficamos mais para “titias” se não casarmos, virgindade é algo pessoal e não obrigação. Votamos e somos votadas.



No romance, Balzac destacava algumas “qualidades” da mulher de trinta:

-sabe rir das situações embaraçosas;

-não cede, escolhe;

-experiente, dá mais do que ela mesma;

-a jovem desonra-se sozinha, enquanto a mulher de trinta nunca perde a honra.



Embora eu acredite que os nossos predicativos atuais são importantes para a época atual, é interessante reler a história e ver o que foi deixado para trás e o que ainda carregamos.



Balzac foi o primeiro a tecer críticas severas ao matrimônio: "casada, ela deixa de se pertencer, é a rainha e a escrava do lar”.

Não existem mais mulheres "velhas", balzaquianas ou não. Existem mulheres com a sua beleza, sua história, na sua idade, seja ela qual for. Já fomos libertadas do estigma da idade, não só no físico, mas principalmente em nosso psicológico!



Garanto que se hoje Balzac se deparasse com uma mulher de trinta atual ficaria encantado (depois de refeito do susto) pois hoje com trinta é quando a mulher começa a florescer, de fato!

Rosana Pegoraro

http://www.ruadireita.com/literatura/info/balzaquianas/
Clarissa 08/04/2013minha estante
Eu não achei que ele colocou a mulher de 30 dessa forma... Ele retrata como uma velha mais aos 36


Iaiá 11/02/2015minha estante
Vc sabe dizer quantos anos Helena tinha quando fugiu? E quantos anos a julia tinha quando morreu?




Raquel Lima 01/03/2013

Balzaquianas...
Não é por acaso que o sobrenome do autor, virou sinônimo de mulheres de 30 anos. As mulheres que chegaram ou passaram por esta fase, sentem-se em confronto com o mundo, um desejo de mudança, das coisas ter um sentido é quase imprescíndiel. O autor consegue com a protagonista mostrar esta insatisfação presente nesta fase da vida. Valeu pelo conhecimento da obra e do autor, ainda não tinha lido nada dele.
comentários(0)comente



147 encontrados | exibindo 106 a 121
1 | 2 | 3 | 4 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR