O caminho estreito para os confins do norte

O caminho estreito para os confins do norte Richard Flanagan




Resenhas - O Caminho Estreito Para os Confins do Norte


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André Vedder 09/09/2021

Para "reler a própria alma"
Sempre que ouvimos falar em alguma das grandes Guerras, automaticamente nos vêm à mente tudo de ruim que representa uma tragédia desse tipo. Mas são livros como este que nos levam ao âmago do estrago feito por uma guerra.
Em particular aqui, temos como pano de fundo a construção da Estrada de ferro de Thai-Bhurma, também conhecida como a Ferrovia da Morte, construída na Tailândia pelo Império do Japão, por escravos asiáticos e prisioneiros de guerra, que é onde entra os australianos e consequentemente nosso personagem principal da história.
O escritor usa uma narrativa não linear muito bem desenvolvida, e pra mim sua genialidade consiste no fato de aparte a situação vivida por esses trabalhadores forçados, e toda a crueldade envolvida, temos um antes e um pós guerra. E é aí que o autor foi diferenciado na minha opinião, pois construiu personagens humanos, sem criar o fácil clichê do "mocinho e vilão". Personagens esses que emocionam das mais variadas maneiras.
Richard Flanegan nos brinda com uma história muito além de um livro sobre a guerra, mas sim sobre seres humanos, ou em certos momentos, desumanos. No próprio livro tem uma frase que melhor o descreve: "Um bom livro, ele concluíra, nos deixa querendo relê-lo. Um grande livro nos compele a reler a própria alma." É isso.

"Um homem feliz não tem passado, enquanto um infeliz não tem outra coisa."

"Ele não acreditava em virtude. Virtude era a vaidade bem vestida e esperando aplausos."

"É nossa fé em ilusões que torna a vida possível."

"Talvez o inferno seja isso, concluiu Dorrigo, uma repetição eterna do mesmo fracasso."



"
Natália Carolina 09/09/2021minha estante
Adorei a resenha e fiquei com vontade de ler


André Vedder 10/09/2021minha estante
:-) que bom Natália!




Rafael 28/04/2018

Um retrato da condição humana na guerra
De início difícil e conturbado, com muitas indas e vindas na cronologia dos fatos que nos são contados, o livro pode, a princípio, fazer o leitor esmorecer, já que só depois das cem primeiras páginas é que ele alcança alguma coesão temporal. Na verdade, a mim pareceu que o autor tentou usar de um artifício literário que não domina, o que prejudica, em muito a leitura. Se tivesse se limitado a contar os fatos na ordem em que se deram, seu texto seria muito mais prazeroso e bem aproveitado. Não é fácil entender a história quando o autor mistura passado, presente e futuro de forma desordenada no decorrer do livro sem dominar, repita-se, a técnica adequada para fazê-lo. Contudo, o esforço vale a pena pelo retrato realista e cruel do episódio bélico que retrata. As vezes é possível sentir o cheiro forte e azedo de sangue e fezes exalado pelo campo de prisioneiros que compõe o enredo da história. Uma narrativa sensível e cuidadosa, que nos mostra, não só o lado dos prisioneiros, mas, também, dos algozes. E é aqui que o livro revela toda sua beleza. Ele consegue captar a condição humana dos envolvidos enquanto vivenciaram as agruras da guerra, o que é muito interessante. O caso de amor narrado concomitantemente a isso, para mim, não passa de coadjuvante, ainda que o autor tente revelar, no ponto, a mesma condição humana tão bem explorada quando trata da guerra. Embora a história familiar da personagem principal traga alguma reflexão e algumas surpresas, ela é infinitamente menor diante da grandeza e relevância daquilo que pertine à guerra. Enfim, é uma leitura interessante, embora enfadonha e que exige certa paciência do leitor. Brigue com o livro, mas não desista dele.
Natália Galiza 29/04/2018minha estante
Parei na metade
Lutando pra terminar :(




ElisaCazorla 27/04/2016

Eis o protagonista: a guerra
O que mais gostei aqui foi a narrativa fluída. Embora denso, não nos cansamos enquanto lemos este livro. O autor não segue os acontecimentos da vida dos personagens de forma cronológica, isso também é ponto positivo. Os personagens estão sempre pensando no passado e, quando imersos neste passado, relembram sua infância - o passado do passado. Cada capítulo pode ser de um personagem diferente e demora um pouco até entendermos onde eles se encontram, além de serem todos afetados pela guerra de alguma forma.
Penso que o autor quis colocar a guerra como personagem principal. O terrível da guerra. O retrato mais íntimo da guerra sem rodeios e sem ter qualquer pena do leitor. A parte mais longa do livro também é a mais dolorida, repleta de cheiros, excrementos, náuseas, violência horripilante, relato cru e pungente dos horrores da guerra. Mas, principalmente, como a guerra transforma, afeta e convive com suas vítimas de formas diferentes.
Lemos sobre como as diferentes maneiras de entender a guerra afetam cada um dos personagens. Eis a guerra! É a guerra que faz os monstros ou são os monstros que fazem a guerra? Quem são as verdadeiras vítimas e quem são os carrascos? Há, afinal, vítimas ou apenas carrascos?
Que livro denso! Não esperava nada disso. Fui surpreendida! Todo o livro é muito bom.
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Thiago 21/05/2016

Ótima leitura
Um livro ótimo. A narrativa muito boa. Os horrores da guerra são retratados de forma incrível. Os personagens são muito marcantes. Recomendo.
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Silvia.Leticia 05/06/2016

Sem linearidade
O início do livro é bastante confuso por conta de que em cada parágrafo é uma época. Não desista, pois a partir da página 70 passamos a nos habituar com a falta dr linearidade do autor. Cada capítulo representa um período da vida do Dorrigo, porém, isso não acontece no tempo cronológico, o que pode causar certa confusão.
Sinceramente, eu fiquei horrorizada em certos momentos da história, que é rica em descrição e nos faz presenciar esse cenário histórico que envolve tortura, morte, sofrimentos e arrependimentos.
A linguagem do autor é muito rica, portanto, não basta ler o livro, é preciso sentir realmente a história. Recomendo.
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Tais.Tcheis 08/06/2016

Linha da Morte na 2 guerra mundial
O livro é interessante e te faz refletir sobre o que é importante na vida, os traumas que as pessoas passam e como isso as afeta. A escrita do livro é diferente e pode ser confuso porque mistura presente com passado e personagens sem distinção. É interessante porque o pai do autor foi escrevo na Linha da Morte e o autor foi ao Japão e falou com guardas que trabalharam lá na época. Então ele conseguiu passar ambas visões.
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Joy 09/06/2016

Uma leitura densa, dolorida por vezes, mas mesmo assim fluida e fácil de acompanhar. Mais que um relato de guerra, um relato da vida, das perdas, da dor e de suas consequências. Um livro incrível e muito necessário.
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Cintia Fernandes 09/06/2016

Tentando agarrar a luz...
A primeira frase do livro “Por que no princípio das coisas sempre a luz”, trata de um assunto que o autor vai abordar constantemente, sempre que algo for relacionado com a Austrália, a infância e juventude do protagonista, “Luz”, mas para por aí, pois é um livro sobre a Guerra e tudo que dela resulta.

A humanidade sempre conviveu com, ou em guerras, pelos motivos mais diversos: luta por território, intolerância étnica ou religiosa, divergências políticas, etc. Um dos maiores e mais sangrentos conflitos de toda a história da humanidade ocorreu em decorrência da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Entre os principais motivos que levaram a explosão dessa grande guerra estavam as intenções expansionista de países como Alemanha, Itália e Japão.

O livro relata uma parte pouco conhecida, pelo menos eu não conhecia, da Segunda Guerra, a história dos prisioneiros de guerra australianos do Império Japonês, forçados a trabalhar na construção da “Ferrovia da Morte”. Prisioneiros de guerra são, ou deveriam ser, protegidos pelas leis estabelecidas nas convenções de Haia e de Genebra de quaisquer violências, indignidades ou experiências biológicas. Contudo, o Império Japonês nunca assinou nenhuma das Convenções de Genebra, o livro relata como esses prisioneiros tiveram que enfrentar a escravidão, a fome, torturas, humilhações e doenças como cólera e leishmaniose.

A história se desenrola em torno de Dorrigo Evans, ou “Amigão” (maneira como era chamado por seus comandados no campo de prisioneiros), um médico-cirurgião e oficial-comandante australiano. Somos transportados magistralmente tanto para “a linha”, como era chamada a construção da ferrovia e sua chuva torrencial, como para a Austrália contemporânea permeada pela luz solar.

Gostei muito do livro e da escrita poética de Richard Flanagan, ambos me encantaram, mas preciso confessar que muitas vezes não tinha vontade de retomar a leitura. Os relatos das crueldades, e principalmente, de como as diversas doenças matavam de forma lenta e brutal seres humanos famintos me chocaram, muitas vezes senti repulsa, outras tantas o sentimento era de incredulidade em ver até que ponto o ser humano é capaz de chegar.


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Tayene 22/06/2016

Uma rica tapeçaria
Comparado pelo The Guardian com uma rica tapeçaria, pode-se dizer que é exatamente o que O caminho estreito para os confins do Norte é. Um livro, que ao falar da II Guerra Mundial sob o ponto de vista de diversos personagens-atores à luz de uma inaudita história de amor, parece brincar com a memória do leitor, assim como faz com a dos personagens.

À priori, a leitura do livro pode ser difícil, pois fatos são narrados de forma não lineares, ora apresentando o protagonista no passado, ora passando para o presente, expondo fatos, para em seguida cruzá-los com outros e, aos poucos, ligar os pontos ou linhas à medida que o leitor avança na leitura. Ao chegar neste ponto, o difícil será largar o livro.

O romance de Richard Flanagan, embora tenha como protagonista Dorrigo Evans – um médico-cirurgião tasmaniano, oficial do Exército australiano e ex-prisioneiro de guerra forçado a trabalhar na construção da Ferrovia da Morte – se destaca justamente por não ser o herói ideal – título este que, talvez, caiba ao brilhante Darky (Frank) Gardiner.

Entre personagens prisioneiros de guerra, considerados menos que homens, guardas japoneses e todas as mulheres que cruzam o caminho de Evans, o autor transpõe o que se espera de um usual romance de guerra ao não se limitar ao tema dicotômico "bom versus mau", falando também sobre culpa, amor, responsabilidade, motivos, redenção, memória e, sobretudo, poesia. Segundo A. C. Grayling, filósofo britânico que participou da banca avaliadora do Booker Prize, a obra de Flanagan "é um livro sobre pessoas, suas experiências e relacionamentos.

A narrativa é atemporal e universal, mas o grande significado da história é não ter significado. Porque, embora O caminho estreito para os confins do Norte seja uma tapeçaria, representa com certeza uma tapeçaria inacabada, na qual alguns pontos ou linhas não se cruzam, assim como na vida real.
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suellem 24/06/2016

O caminho estreito para os confins do Norte
Esse foi um dos livros mais cru sobre guerra que eu já li. Apesar de gostar muito da história achei a narrativa, bastante densa e cansativa. E um romance muito nada a ver dentro da história.
O livro vai contar a história de Dorrigo Evans, um cirurgião que trabalha num campo de prisioneiros do Império japonês na construção da ferrovia da morte. O livro intercala entre passado, presente, futuro e os pensamentos do médico. E além do ponto de vista de Dorrigo temos alguns capítulos contados por personagens do livro.

Desde o começo não me adequei a escrita, mas mesmo assim fui até o fim e me decepcionei. Além dos relatos do campo de prisioneiros nada mais me agradou no livro.
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Fabio Martins 15/09/2016

O caminho estreito para os confins do Norte
O ser humano evoluiu em meio à guerra. Por mais que essa carnificina não faça sentido para a maioria das pessoas, ela sempre se fez presente – e às vezes necessária – no desenvolvimento das civilizações. Por meio das guerras, as sociedades foram moldadas até chegarem ao ponto que vemos hoje.

A Segunda Guerra Mundial é a mais recente e emblemática da nossa geração e a que tem o maior número de registros e informações disponíveis às pessoas. Por meio dos estudos, filmes, documentários e livros, recordamos as atrocidades cometidas pelos nazistas e as batalhas travadas na Europa.

Apesar disso, recebemos poucas informações sobre o que ocorreu do outro lado do mundo. O Japão era aliado da Alemanha e da Itália e protagonizou batalhas terríveis nos países vizinhos – até se render após bombas atômicas americanas destruírem Hiroshima e Nagasaki. Em O caminho estreito para os confins do Norte, o escritor australiano Richard Flanagan mostra ao Ocidente esse lado menos conhecido da Segunda Guerra.

O pai de Richard, Arch, serviu a Austrália na guerra (que fazia parte dos Aliados) e foi capturado por soldados japoneses. Ele e seus companheiros foram obrigados a trabalhar em condições desumanas na famosa “Ferrovia da Morte”, que visava ligar o Sião (atual Tailândia) à Birmânia (atual Mianmar). Richard cresceu ouvindo as histórias do pai deste período sombrio e se inspirou a criar um romance sobre o tema.

Não foi fácil. O escritor se aprofundou nas pesquisas e entrevistou muita gente, inclusive os guardas japoneses que eram odiados por seu pai. Ao dizer a ele que eram senhores gentis, Arch imediatamente apagou qualquer lembrança da guerra e nunca mais tocou no assunto. No dia que Richard entregou a versão final à editora, seu pai faleceu, aos 98 anos.

A obra conta a história do cirurgião tasmaniano Dorrigo Evans, capturado junto ao seu batalhão pelo exército japonês e obrigado a construir a “Ferrovia da Morte”. Lá, ele convive com a brutalidade da guerra e as condições terríveis impostas aos prisioneiros. A vivência diária com doenças, sujeira, jornadas de trabalho estafantes, pouca comida e, claro, mortes, faz com que os sobreviventes sejam considerados verdadeiros heróis. E é assim que ele é tratado ao fim da guerra, já idoso e atormentado por suas lembranças do passado.

Lembranças que voltam também aos episódios ocorridos em sua vida um pouco antes da guerra. Em meio à agitação de um confronto iminente, ele – já casado – tem um romance arrebatador com Amy, a esposa de seu tio.

O livro transita nesses três períodos da vida de Dorrigo, fazendo com que um leitor desatento possa ter dificuldades em compreender em qual época está, mas nada que prejudique a leitura de uma forma geral. Pelo contrário, Flanagan é um excelente contador de histórias e sabe conduzir bem a narrativa em seus diferentes tempos.

Um fator que chama a atenção no livro é a forma que ele apresenta os soldados japoneses. Sua intenção de humanizá-los ao invés de apresentá-los apenas como carrascos mostrou-se eficaz. Os soldados, por exemplo, apreciam poesia, algo que soa estranho comparado às atitudes que tomam nos campos de trabalho. O título do livro, inclusive, é uma citação de um poema de Bashô, escrito em 1694.

O caminho estreito para os confins do Norte é uma obra forte, com um enredo interessante e personagens mais humanos, reais (sem mocinhos ou bandidos). Não é por acaso que ganhou o Man Booker Prize 2014, um dos maiores prêmios literários do mundo.

site: lisobreisso.wordpress.com
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Laís 23/11/2016

O caminho estreito para os confins do norte se passa em três tempos: passado, presente e futuro de seu protagonista, Dorrigo Evans.

Prisioneiro de guerra, Dorrigo, durante a Segunda Guerra Mundial, atua como médico na construção da Ferrovia da Morte - um empreendimento gigantesco e julgado impossível na época. Ele enfrenta uma luta diária com seus superiores em relação à (péssimas) condições em que os trabalhadores são submetidos, assim como uma luta diária consigo mesmo, já que muitas vezes cabe a ele decidir aquele que vai e aquele que fica, ou, em outras palavras, o que tem mais chances de não morrer.

Nesse vai e vem a qual somos jogados no livro, Dorrigo conhece Amy. O primeiro contato já despertou um sentimento: se era encanto, mistério, amor ou desejo, nem mesmo os dois sabiam. Quando se reencontram, fica evidente que a confusão de sentimentos é maior do que inicialmente julgavam, assim como a paixão, que lhes parecem ser ainda mais avassaladora. Amy então passa a ser um verdadeiro sonho de Dorrigo: algo que ele anseia ter, não somente pelo seu amor, mas pelo descanso que isso lhe representa perante a enfermidade que é a vida na Ferrovia.

É difícil resenhar um livro que tenha despertado tantos sentimentos ambíguos e ainda mais difícil um livro em que o principal não se encontra no protagonista, mas sim no contexto. O sentimento de angustia em relação à Segunda Guerra está sempre presente na expressão das pessoas quando o assunto é abordado, mas, nesse livro, embora não explicito, fica o questionamento para o leitor: aqueles que agiam sem dó, sem misericórdia, quase como ceifadores, agiam sob quais princípios? Os próprios não tinham suas convicções, suas crenças?

Eu, como leiga na cultura oriental, pouco posso falar sobre como eles agem em respeito e honra, mas passei uns bons dias refletindo sobre isso durante a leitura. De certa forma nos mostra outra perspectiva, aonde nem mesmo o “amigão”, é completamente bom – porque me parece que, quando o assunto é guerra, não há santo algum, apenas as pessoas vivendo suas próprias lutas para a sobrevivência de mais um dia.

Por fim, muitas coisas relatadas no livro são verdadeiras, embora muitas sejam ficcionais. O pai do autor foi um prisioneiro de guerra durante a construção da Ferrovia, o que me parece trazer uma carga ainda mais intensa para o seu conteúdo.
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Jessica.Barbareto 23/12/2016

As dores da guerra.
Um misto de sentimentos tomou conta de mim durante a leitura.

Em certos momentos eu tinha ódio, em outros nojo, em outros me questionei sobre até que ponto nós, seres humanos, podemos chegar.

Densa e doída, a estória é narrada de forma a mesclar o passado, o presente e o futuro entre os capítulos, e penso que isso ajudou a tornar a leitura mais fluida.

Confesso que sofri muito durante a leitura e em certos momentos cheguei a ficar com receio de continuar, pois as dores e tristezas da guerra me tocaram profundamente.

Pra mim, esse é um dos livros que nos leva a questionar os "por quês" da vida e sua leitura vale muito a pena.
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