Resenhas - As Correntes do Espaço

Andre350 14/04/2023

Em um futuro distante, os poderosos de Sark enriquecem à custa de Florina, um planeta vizinho cujos habitantes são subjugados e trabalham incessantemente para produzir o valioso kyrt, matéria-prima disputada por todos os planetas. Rebelar-se é impensável.

Rik é um homem sem memória e sem passado que trabalha em uma fábrica no planeta Florina. Ele não sabe por que se encontra ali, mas se sente perturbado por uma vaga lembrança que está determinado a decifrar: as correntes do espaço? uma população condenada pelo desastre?

O que ele não imagina é que não só o destino da Galáxia estará em jogo, mas também a sua vida.

Leticia 14/04/2023

Ótima história
Como sempre nos livros do asimov, muita politica, muita espionagem e traição. É tanta máquinação que no final é um alívio entender o que aconteceu. Achei o final meio deprimente

Wagner47 12/04/2023

Pax trantorica
Rik, um espaçoanalista sem memória que não sabe que é um espaçoanalista, de repente se lembra de algo muito importante: Florina está prestes a passar por uma terrível catástrofe e as correntes do espaço serão as responsáveis.

Rik não sabe sequer seu nome (que, já adianto, não é Rik). Ele perdeu sua memória ao ponto de não saber se comunicar, se alimentar ou até mesmo caminhar (literalmente um bebezão). É encontrado em Florina, o único planeta que possui a valiosa matéria-prima chamada kyrt e que seus habitantes são subjugados por Sark, um mundo governado por cinco grandes nobres.
Rik foi descoberto por Terens, um citadino de Florina (ou seja, um representante) e o deixa sob os cuidados de Lona, uma floriniana que está nitidamente apaixonada pelo espaçoanalista.
A única coisa que sabemos é que Rik perdeu sua memória por meio de uma sonda psíquica e, agora, ao lado de Lona e Terens, iniciamos uma aventura de muitos interesses.

Um ano antes, muita gente nota o desaparecimento de Rik após o recebimento de uma mensagem acerca da destruição de Florina. Mas por que querem tanto esconder esse fato da população e evitar sua evacuação? Seria mesmo apenas para manter a produção de kyrt e o enriquecimento de Sark? O que diabos Rik quer dizer com “as correntes do espaço”?

O ponto de partida do livro é Rik se lembrando desse iminente perigo, de sua profissão e nada mais. E se seus amigos estão preocupados com toda a situação, também há outros que colocarão Rik sob vigília (até mesmo Trantor, o centro do Império Galáctico).

Asimov, como sempre, sabe construir um mundo incrivelmente rico de uma forma incrivelmente fluida. A segregação entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa é algo tão nítido que parece mais desenhado do que escrito. Conhecemos mais sobre o comércio e política de uma forma bem natural à medida que a história se desenvolve.

E com toda essa preparação, Asimov cai em um erro que poderia ser evitado: facilidades no roteiro. Toda e qualquer decisão tomada pelos personagens levam ao clímax do livro. Parece algo óbvio de se acontecer, mas é como se não houvesse um pingo de dificuldade para que se chegasse a ele. São coincidências tão nítidas que até os personagens duvidam de que isso seja possível.

Um outro problema é a quantidade de núcleo e espaçamentos entre eles. A gente passa muito tempo sem ter notícias de Rik, por exemplo (e eu achava que ele era o protagonista). O livro começa com uma estrutura sem um padrão específico em relação a flashbacks. Uma hora temos uma pausa na história para contar algo mais sobre o passado ou somos levados para anos atrás por devaneio dos personagens (esse sim soa de forma mais orgânica).
E uma coisa que quero citar à parte e estou fazendo muito esforço para relevar devido à época de publicação: a forma como abordam um beijo à força e de como se utilizam disso é muito, mas muito incômodo (para não utilizar de palavras mais pesadas). Uma personagem com uma excelente percepção que foi destinada a essa finalidade é de virar os olhos.

Ironicamente, mesmo com as facilidades nas decisões, Rik não se lembra das coisas só quando é conveniente e com isso o mistério é sustentado na medida certa. As acusações no clímax são muito boas. Conhecemos os reais interesses, conspirações e o que pode causar a destruição de Florina, além de sacadas muito espertas. Por um momento tive novamente aquela impressão de que li tudo por nada, mas só ficou no sentimento mesmo.

O autor soube trazer algo tão grandioso em impacto para o Império Galáctico de uma forma tão concentrada que parece até ser um caso isolado. Também traz o sentimento de patriotismo e que não podem deixar seu planeta morrer sozinho.

marcelo.mva 31/03/2023

Primeiro livro, em ordem cronológica, da trilogia Império Galáctico, que serviu como base para a grande obra do Bom Doutor, A Fundação.
Para os fãs da boa ficção científica...

Chelsea.Archer 28/03/2023

Gostei muito!
O livro conta a história de Rik, uma espaçoanalista que teve sua memória apagada ao compartilhar que o planeta Florina estava em perigo de extinção.

Ao ser realocado sem memória no próprio planeta Florina, Rik aos poucos retoma sua vida com o apoio da amiga Valona, uma habitante modesta do planeta, que o protege de todas as formas que pode.

Aos poucos a memória de Rik vai retornando e com isso o perigo contra a sua vida retorna, colocando tanto Florina quantos os outros dois planetas interessados (Sark e Trantor) em uma corrida contra o tempo.

Depois da genialidade da Saga dos Robôs, a primeira leitura da trilogia do Império Galáctico fica meio apagadinha, porém a escrita do autor nos instiga e deixa curiosos para saber o desfecho.

imlauraregina 19/03/2023

Eu gostei bastante da história, mas eu senti que não me acrescentou em nada.
eu demorava um pouco p pegar p ler o que é totalmente compreensível já que eu nunca tinha lido nada de ficção científica e é totalmente fora da minha zona de conforto. Eu gostei da história, mas talvez eu tenha errado um pouco em ter começado com um livro dos anos 50, já que eu também tenho o péssimo hábito de não ler clássicos? eu entendia as coisas, mas o último plot foi grego p mim

Henrique Vaz Martins 11/03/2023

Super fácil leitura e entrega uma experiência única se você já leu eu robô e a saga dos robôs... Como livro independente ele é bom, mas nada demais. Sua genialidade está na conexão com tudo o universo

Bernardo155 27/02/2023

Eletrizante
Scifi é total fora da minha zona de conforto, mas essa era a ideia e adorei a história, não sei se todos focam tanto em alguns personagens como esse, mas foi o que mais me pegou, eu adorei o fato do Rick ter se esquecido de tudo e ver ele se lembrando com o tempo de tudo e os plots sao muito bons, mas a parte científica é política não me pega e falando seriamente, não entendi direito kkk
Mas tirando esses pontos é muito boa e não fica parado em nenhum momento

Isabelle Pegado 21/02/2023

As correntes do espaço, de Isaac Asimov
? Titulo: As correntes do espaço
?? Autor: Isaac Asimov
? Data: 1952
Nota: ?????

Publicado no ano de 1952 e primeiro volume da famosa série Império Galáctico, cuja inspiração fora o livro "Declínio e queda do Império Romano", do historiador inglês Edward Gibbon, "As correntes do espaço" nos apresenta um universo futurista em que a humanidade não mais pertence ao planeta Terra (então radioativo e pouco conhecido), mas expande-se por diversos planetas com culturas e características das mais distintas.

Nesse contexto somos levados ao planeta Florina que funciona como uma colônia pertencente ao planeta Sark e em cujo solo floresce um tipo específico de celulose chamado Kyrt, grandemente utilizado como matéria prima para confecção de roupas coloridas para a nobreza. O Kyrt possuía "mais versatilidade do que qualquer substância conhecida pelo homem" (pág.119), contudo seu uso em larga escala era proibido e apenas um planeta controlava sua confecção (Sark).

Asimov ilustra magistralmente, dessa forma, uma sociedade estratificada cujas camadas sociais se baseiam, exclusivamente, no nascimento e que não permite, em última instância, uma movimentação social. Um floriniano (nativo de Florina), ainda que ascendesse de cargo administrativo, sempre seria um nativo e, por isso, inferior a um Sarkita. Não poderia procriar sem perder seu cargo e, sob hipótese alguma, poderia haver miscigenação entre nativos e nobres, de forma que houvesse um controle genético da população beneficiando os Sarkitas com os supostos melhores genes.

Mas o universo, meus caros, vai muito além de dois planetas. Há uma outra potência que, aos poucos, está ascendendo em número de aliados e controle e, consequentemente, objetiva tomar posse do planeta colônia chamado Florina. A ele somos apresentados em meio a um grande mistério: um espaçoanalista descobre que Florina está prestes a ser destruída, mas ao buscar informar as autoridades é vítima de uma sonda psíquica, que apaga suas memórias e, posteriormente, o faz desaparecer. A sua existência, portanto, se torna a peça chave nesse jogo de poderes entre grandes potências e, desvendar o mistério do seu alerta, vai alterar quem fica no poder.

Raphael Trivelati 26/01/2023

Uma boa historia
O livro apresenta uma narrativa um pouco diferente das séries dos robos, no início parece um pouco confuso, porém a medida que a história se desenrola as partes começam a se conectar.
O autor como sempre usa de fatores científicos, de política e psicogia para desenhar o cenário de sua história.

Bruno.Santos 18/01/2023

Política Interestelar!
Os livros de Asimov, mas do que a ficção científica, tratam-se de mundos que não se prendem só a ciência, mas ela permeia tudo e todos de alguma forma. E a trama desse livro, simplesmente escancara a política Interestelar pre império galático e isso é uma maravilha de ler, o tamanho monumental de tudo que referencia o universo, simplesmente é de tirar o fôlego e no meio de tudo isso temos um personagem sem nome, sem lembranças. Lendo o livro e vendo as relações de poder entre os planetas, a estrutura social que regem essas relações e a forma como um planeta oprime e desumaniza isso em função do lucro puro e simples, como não sentir na pele essa crítica ao capitalismo? Ainda mais na época da sua escrita? Livraço do Asimov.

Caio 14/01/2023

O primeiro livro em ordem cronológica da sério império galático. Como sempre, amo tudo o que a asimov escreve. Sua escrita é bem fácil de ler e de entender os conceitos que ele descreve no livro. Gosto muito de como ele trata das questões políticas, jogos de poder e questão humanas como preconceitos de classes sociais.

m_mesquita 25/12/2022

A verdadeira trilogia original de Star Wars
Um excelente thriller. Aqui, a sempre esperada explicação sobre as intenções das pessoas, é mais racional e cai menos numa interpretação subjetiva e quase insustentável das ações. A verdade atrás da falsidade dos personagens, shakesperiano, dá lugar a interesses mais reconhecidamente políticos.
Com certeza todos os fãs de Star Wars são devedores da visão de Asimov de intrigas políticas e de um Império espacial sempre em conflito.

Rafael 01/12/2022

Achei o começo um pouco confuso, porém ao longo das páginas, a história vai melhorando. Muito interessante a questão politica que o Asimov traz. No fim das contas vale a pena. Mais um passo dado rumo à saga da Fundação.

@tigloko 06/11/2022

Foca na política Galáctica que é sucesso!
Livro divertido. Bem movimentado para o padrão Asimov. Vários pontos de vista, a todo momento trocando para ficar dinâmico. A política Galáctica sendo melhor abordada, com a já conhecida habilidade que o autor tem para envolver nas discussões as portas fechadas, as conspirações.

O Kyrt( uma espécie de celulose, só que mais versátil e rara) produzido em Florina tendo papel fundamental nessas partes, na disputa pelo controle da matéria prima entre Sark e Trantor. E não só na parte política mas também é abordado pelo lado social e econômico. Ouvi dizer que Fundação tem bastante disso, então estou com expectativas altas para essa saga.

Gostei que esse livro também tem a pegada policial na história, com o mistério de quem apagou a memória de Rik, importante espaçoanalista( uma espécie de astrofísico que analisa as "correntes do espaço" entre os planetas para evitar catástrofes? Foi o que consegui interpretar) que carrega a informação da destruição iminente de Florina.

Falando no Rik, ele é um instrumento para mover a história antes de qualquer coisa, ser o objetivo dos outros personagens. Acho que esse é um ponto negativo. Não pareceu que era o protagonista, bem apagado. Mas da para sentir uma simpatia por ele tentando se lembrar do passado.

Ainda bem que Poeira nas Estrelas foi um ponto fora da curva, voltamos ao normal ?

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SPOILER - SPOILER - SPOILER

E finalmente consegui enxergar conexões com as outras séries. No Poeira de Estrelas não parece conectado. Aqui fica mais claro, com o Planeta Trantor sendo mencionado e tendo importância na história( ainda não sei qual será o papel na Série Fundação mas é legal ver a semente plantada) e novamente a citação sobre o planeta Terra estar radioativo.