Pedro 16/10/2022
Quem sou em na fila do pão para avaliar Foucault?
De forma absurdamente resumida sobre o que eu entendi do texto, o autor faz uma análise histórica da França tendo como base o trinômio disciplina (poder de punir), vigilância e cárcere.
Não é uma leitura fácil, mas vale muito a pena!
Antes de mais nada, é importante ficar claro que o modelo de cárcere ideal descrito pelo autor não foi observado pelo nosso país, as penas para Foucault e para Benthan deverão ser cumpridas isoladamente, cada um na sua cela, de forma individual, ao menos inicialmente, sem que haja qualquer contato entre os apenados.
Sendo sincero, tinha coisas que eu não entendia perfeitamente então eu pulava e seguia o fluxo para entender o contexto. Mas eu consegui entender o porque de não mais inscrevermos as penas no corpo do apenado, porque da extinção dos suplícios públicos como espetáculo, da proibição da exibição do corpo do condenado, os conceitos de disciplina e sua aplicação nos mais diversos campos sociais, dentro muitas outras coisas.
Frase do Livro: “Nessas condições seria hipocrisia ou ingenuidade acreditar que a lei é feita para todo mundo em nome de todo mundo; que é mais prudente reconhecer que ela é feita para alguns e se aplica a outros; quem em princípio ela obriga todos os cidadãos, mas se dirige principalmente às classes mais numerosas e menos esclarecidas; que, ao contrário do que acontece com as leis políticas ou civis, sua aplicação não se refere a todos da mesma forma” – (Michel Foucault – 1975).