Vigiar e Punir

Vigiar e Punir Michel Foucault




Resenhas - Vigiar e Punir


137 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Marcio.Miller 07/02/2023

Leitura densa, difícil, hermética.
Foucault se repete MUITO. Expõe a mesma ideia em vários parágrafos diferentes. Curiosamente, li um artigo onde o(a) autor(a) disse que Foucault usa uma linguagem "acessível" nesse livro. Risos.
Como me interesso pelo tema, reconheço a importância da obra para o ramo das ciências humanas. Simplesmente, mudou a forma como a sociedade ocidental pensa.
É uma leitura essencial.
comentários(0)comente



Maria :) 25/08/2023

TCC
Finalmente terminei de ler, e posso dizer que Foucault nao erra nunca gente. Ele é difícil de ler? sim. Enrola pra caramba as vezes? com certeza. Mas é uma leitura que abre a mente pra muitas coisas.
comentários(0)comente



Mayane.Brenda 23/07/2023

Interessante
Muito boa a leitura a respeito do nascimento da prisão, entender seu objetivo, passa a ver o sistema penitenciário de outra maneira, gostei
comentários(0)comente



Teste de leitura 24/12/2021

Gente do céu que suplício ler o final desse livro hahaha
Vigir e punir é uma obra recomendadíssima, visto que Foucault debruça com intensidade a respeito de diversas coisas muito legais de se ler. A respeito das prisões, meios de correção, dos suplício, da disciplina dos homens e por aí vai, o cara é fera.

No entanto a leitura é muito densa, e um livro datado e como todo livro clássico tem o peso da linguagem, que não chega a ser tão rebuscada mas que não tem a mesma leveza dos livros de direito contemporâneos ou dos livros de ficção, o que enseja uma leitura mais arrastada.

Tive problemas em onde colocar tanto post-it de tanto momento interessante que queria preservar.

Por fim, e não menos importante, sobre a edição.

Li essa edição da Editora Vozes 2020
Não gostei da diagramação, achei muito reduzida, gostei da qualidade das imagens ainda que reunidas todas em um ponto estranho do texto, e a gramatura da folha é boa fiz anotações a lapiz e apaguei algumas que desisti de fazer kkkkkk
comentários(0)comente



Fidel 22/12/2018

VIGIAR E PUNIR
Vigiar e Punir, uma das mais importantes obras de Michel Focault, é um estudo sobre o nascimento da prisão. Há duas vertentes embutidas neste projeto: uma criminal, em que o individuo faz parte de um sistema de justiça punitiva do qual é vítima. A outra, dominante: o indivíduo se encontra em uma sociedade em que todos os olhares estão direcionados para ele, vigiando-o, punindo-o e trazendo-o para um comportamento disciplinar, elaborado para lhe retirar a liberdade, torná-lo escravos do sistema global e perverso. Neste sentido, Focault sustenta que o objetivo deste sistema é doutrinar o indivíduo, separado-o em espaços controlados e tornando-o obediente ao sistema.

“Em suma, a arte de punir, no regime do poder disciplinar, não visa nem a expiação nem mesmo exatamente a repressão. Põe em funcionamento cinco operações bem distintas: relacionar os atos, os desempenhos, os comportamentos singulares a um conjunto, que é o mesmo tempo campo de comparação, espaço de diferenciação e princípio de uma regra a seguir.”

Focault aponta a escola, entre outros segmentos de controle, como ambiente disciplinador em que prepara os alunos para adequação a sociedade de vigilância e punição.O instrumento da dominação. É nas escolas que o indivíduo é preparado para obedecer, não reagir, aceitar e não contestar. Inicia-se nas escolas o processo da doutrinação do indivíduo.

“Basta então colocar um vigia na torre central em cada cela trancar um louco, um doente, um condenado, um operário ou um escolar… Induzir no detento um estado consciente permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder… De modo que não é necessário recorrer à força para obrigar o condenado ao bom comportamento, o louco à calma, o operário ao trabalho, a escolar à aplicação.”

Na vertente criminal, Focault critica o sistema prisional e sustenta que este deriva deste processo de dominação. As análises de Focault ao modelo prisional estabelecido revelam que ao vigiar e punir o Estado desumaniza e subverte a relação existente entre o crime e o criminoso. Adverte que este sistema é sustentado por uma estratégia pautada no contrato social (Rousseau) em que o indivíduo criminoso tende a responder sozinho pelo crime, embora o tenha cometido. Assim, todos o condenam e este arca sozinho entregue a sua sorte.

“Quer dizer que se, aparentemente, a nova legislação criminal se caracteriza por uma suavização das penas, uma codificação mais nítida, uma considerável diminuição do arbitrário, um consenso mais bem estabelecido a respeito do poder de punir (na falta de uma partilha mais real de seu exercício), ela é apoiada basicamente por uma profunda alteração na economia tradicional das ilegalidades e uma rigorosa coerção para manter seu novo ajustamento.”

“No nível dos princípios, essa nova estratégia é facilmente formulada na teoria geral do contrato. Supõe-se que o cidadão tenha aceitado de uma vez por todas, com as leis da sociedade, também aquela que poderá puni-lo. O criminoso aparece então como um ser juridicamente paradoxal.”

“Efetivamente a infração lança o indivíduo contra todo corpo social; a sociedade tem o direito de se levantar em peso contra ele, para puni-lo. Luta desigual: de um só lado todas as forças, todo o poder, todos os direitos. E tem mesmo que ser assim, pois aí está representada a defesa de cada um. Constitui-se assim um formidável direito de punir, pois o infrator se torna o inimigo comum.”

Desta forma, Focault propõe uma reestruturação no sistema penal, visto que na sua visão o “monstro vomitado” pela natureza é o próprio criminoso (o bom selvagem) moldado pela economia do poder de punir.

“Entre o princípio contratual que rejeita o criminoso para fora da sociedade e a imagem do monstro “vomitado” pela natureza, onde encontrar um limite, senão na natureza humana que se manifesta, não no rigor da lei, não na ferocidade do delinqüente, mas na sensibilidade do homem razoável que faz a lei e não comete crimes.”

Há certo perigo que ronda este fantástico trabalho de Foucault. Este, quando de uma leitura atenta, faz parecer que o criminoso é uma vítima do sistema. Desta forma pode induzir o leitor focado em pontos específico da obra, a errônea conclusão que o criminoso não é responsável pelos seus crimes. Entretanto, a globalidade da obra, nos remete além desta questão, ainda que não ignore a possibilidade do vitimismo, lança a luz sobre um problema com os sistemas prisionais em todo o mundo. Esta é uma questão que Focault não esgota em sua obra, mas abre lacunas para reflexões.

site: www.leiologopenso.com.br
comentários(0)comente



MareAna 11/05/2023

Vigiar e punir gostoso demais!!
Só consigo pensar no meme do Xandão???.




























































.
comentários(0)comente



Emmanuelle.Ferreira 09/03/2023

Apesar de difícil, foucault é essencial
No início da leitura tive bastante dificuldade para interpretar o que ele estava querendo dizer, mas aos poucos fui pegando as ideias centrais.

achei a leitura bem complicadinha, mas nada que seja impossível. não podemos negar a importância de tudo que o Foucault nos trouxe nesse livro, principalmente sobre as especificidades das formas de vigilância e disciplina na história moderna.

recomendo demais esse livro. essencial porque vai muito além das prisões apenas, os mecanismos abordados sobre as formas de vigilância e disciplina se encaixam para muitas áreas além de estar dentro de uma prisão. esse livro destacou ideias que já estavam na minha cabeça sobre a nossa liberdade e sobre a realidade da nossa liberdade, de fato, o conceito de ?liberdade? na era da tecnologia precisa ser realizado.
comentários(0)comente



RAFA 09/04/2011

Chocante desde a primeira página,onde é descrito a cena de uma pena de morte!Castigos físicos,cadaveres dilacerados,um horror...quase não continuo a leitura.Um livro muito interessante onde mostra a evolução das leis e descreve a arquitetura das prisões.
Eu recomendo!!!
comentários(0)comente



Pedro 16/10/2022

Quem sou em na fila do pão para avaliar Foucault?
De forma absurdamente resumida sobre o que eu entendi do texto, o autor faz uma análise histórica da França tendo como base o trinômio disciplina (poder de punir), vigilância e cárcere.
Não é uma leitura fácil, mas vale muito a pena!
Antes de mais nada, é importante ficar claro que o modelo de cárcere ideal descrito pelo autor não foi observado pelo nosso país, as penas para Foucault e para Benthan deverão ser cumpridas isoladamente, cada um na sua cela, de forma individual, ao menos inicialmente, sem que haja qualquer contato entre os apenados.
Sendo sincero, tinha coisas que eu não entendia perfeitamente então eu pulava e seguia o fluxo para entender o contexto. Mas eu consegui entender o porque de não mais inscrevermos as penas no corpo do apenado, porque da extinção dos suplícios públicos como espetáculo, da proibição da exibição do corpo do condenado, os conceitos de disciplina e sua aplicação nos mais diversos campos sociais, dentro muitas outras coisas.
Frase do Livro: “Nessas condições seria hipocrisia ou ingenuidade acreditar que a lei é feita para todo mundo em nome de todo mundo; que é mais prudente reconhecer que ela é feita para alguns e se aplica a outros; quem em princípio ela obriga todos os cidadãos, mas se dirige principalmente às classes mais numerosas e menos esclarecidas; que, ao contrário do que acontece com as leis políticas ou civis, sua aplicação não se refere a todos da mesma forma” – (Michel Foucault – 1975).
comentários(0)comente



Anna 14/05/2024

Estruturas e Camadas.
Como boa estudante de direito, tive que ler (leitura obrigatória) mas como penal é minha matéria favorita, então relevo.

Confesso que eu não pude deixar de ter um ponto de vista antropológico e sociológico (creio que seria impossível não ter), possuindo camadas, mesmo sendo um livro antigo, falando abertamente sobre a violência dentro dos sistemas penitenciários, possuindo também uma linguagem indireta como se possuísse uma mensagem em seu conteúdo, repetindo palavras como ?Poder? e Disciplina?.
comentários(0)comente



Hudson 22/09/2013

Focault e sua Filosofia

Não é um livro muito simples de se ler, talvez pela complexidade de informações que devem ser passadas é um livro de rigor acadêmico mas não acadêmico ao mesmo tempo, pois a sua leitura não deve ser restrita a questão acadêmica, sendo muito rico em suas referências e pesquisa também pode ser considerado como uma aula a parte de como se construir uma pesquisa para um material sério, e relevante.


A multiplicidade de pontos enfocados, mas que vão afunilando perto do final faz com que se possa ter um sentido maior ao livro, é uma leitura que recomendo que seja feita sem muita pressa para poder tirar o melhor proveito possível de todas as informações arraigadas.

A linguagem não é complexa entretanto é preciso cuidado pelo dimensionamento que ela pode atingir não se trata simplesmente de contar a história da violência nas prisões trata-se de uma busca pelo ideal filosófico do porquê de tudo.

De pontos impactantes, é destacado a própria introdução que cita a trajetória do homem que é acusado de parricídio, Robert Damiens, e também o início do capitulo sobre o panótipo em que é relatada como funciona um vilarejo na época da peste, sendo esses pontos chaves que podem levar o leitor a pensar isoladamente e conseguir um bom entendimento sobre o que livro quer passar.


Focault talvez implicitamente, revisita a noção do justo e do poder é justo punir será que a punição enseja o aprendizado ou é um meio de controle que pode subverter ajudando a criar mais controle punitivo.


Por que essas relações ocorrem dentro de instituições sociais que de certa forma muitas vezes eram tidas como o norte de uma sociedade que busca combater a desigualdade, um milhar de questões são levantadas em cada capitulo, fazendo assim de um dos livros mais interessantes e desafiadores de se ler e também prazeroso ao mesmo tempo.


Focault, é especialmente dedicado a questão jurídica, pois além disso também debate levemente a questão da verdade real jurídica embora abordando de forma rápida aqui que será mais detalhada em outra obra "A verdade e as formas jurídicas" que também tem muitos trechos do vigiar e punir.

E um livro de questões e reflexões e talvez de poucas ou nenhuma resposta, mas que vale a leitura por isso, questionar é inconformar-se é ir além.

Ao invés de repetirmos tudo, todo um sistema que muitas vezes é criado e fadado a falhar, precisamos repensar, até mesmo nos repensar e repensar aquilo que aceitamos não só pelas relações de poder, mas por sermos seres pensantes.

Esse livro é um reflexo disso de que não pensamos para construir nossas estruturas sociais e que pelas nossas noções e relações do poder do certo e do errado isso continua a se perpetuar.


comentários(0)comente



CrisVieira~ 29/12/2017

Nota: 4,5.
comentários(0)comente



Rodrigo 14/03/2018

Sistema carcerário
O autor traz uma reflexão profunda sobre sistemas de punição e disciplina. Começando pelos suplícios no SÉC. XVII, passando pela cidade punitiva (dos reformadores) no SÉC. XVIII até o surgimento e a consolidação do sistema prisional nos dias atuais. Discorre também sobre os mecanismos de disciplina impostos nas instituições da sociedade (escolas, hospitais, prisões) e, tendo o "normal" como parâmetro, como toda essa sociedade disciplinada forma a delinquência (produto e instrumento privilegiado desse mecanismo). A obra reflete a realidade francesa dos séculos XVIII e XIX principalmente, mas podemos aproveitar muitas das reflexões para a nossa sociedade atual, principalmente na parte referente à sociedade panóptipa (indivíduo como objeto de informação nunca como sujeito da comunicação).
comentários(0)comente



Márcio 18/07/2019

Necessário
Para quem cursa direito uma leitura obrigatória
comentários(0)comente



137 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10