Fael 25/04/2023
Um longo vigiar e punir
Foucault em seu clássico ?Vigiar e Punir? perpassa pelo longo caminho que as punições tiveram mais especificamente na França. Começando pelos suplícios, onde a punição era destinada a um suposto inimigo do soberano e espetacularizada, as punições vão se modificando através do movimento do corpo social e do poder estabelecido.
O poder de punir, aos poucos, vai se tornando natural e legitimado, mas ao mesmo, a prisão, um dos aparelhos de punição e, principalmente, disciplina, se torna um dos principais formadores dos chamados ?delinquentes?.
É a partir dessa premissa que o autor questiona o chamado ?fracasso? das prisões, afirmando que tais pedidas oriundas desse aparelho disciplinar está ligado a questões políticas e de classe. Além disso, Foucault aponta também o grande avanço de dispositivos de normalização, que através de mecanismos punitivos, fazem ocorrer a transgressão em torno dos aparelhos de produção e não aplicar uma ?lei central?.