Vigiar e Punir

Vigiar e Punir Michel Foucault




Resenhas - Vigiar e Punir


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Vanessa Aragao 07/03/2024

Livro faz um verdadeiro raio x no sistema carcerário, os mecanismos do sistema judiciário são questionados a todo tempo, será que de fato os metódos ressocializam? Após a prisão esse individuo poderá ser reintegrado a sociedade? O sistema penal em si é efetivo? são tantos questionamentos, ainda mais em se tratando do nosso País onde diariamente são aprovadas leis mancas, onde sempre tem lacunas e um Código Penal arcaico. Leitura obrigatória não só para estudantes de direito mas para todos os que querem entender mais de penas e julgamentos.
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Gaby 12/09/2022

Bom
Por já ter ouvido algumas coisas sobre o autor e ter aprendido acerca do estruturalismo, já esperava algumas premissas como pano de fundo. É um livro bastante interessante pois revela muito acerca do nosso " Grande irmão ", o Estado, que sempre quer, de todas as formas, manipular e controlar nossas vidas. Ele parte bastante de perspectivas marxistas no livro, além de sempre ter aquele discurso que o homem é vítima do seu meio, sempre influenciado pelos outros, que é um erro gravíssimo que pode desembocar em uma falta de noção própria e de responsabilidade.
Apesar de tudo, este livro me surpreendeu positivamente acerca dessa linearidade da moldagem do Estado sobre os homens, assunto que muito me interessa.
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Vitória 02/12/2020

Um dos livros mais completos sobre o tema
Esse é o tipo de livro que você leva dias para terminar, pois o ideal é uma leitura lenta pra compreender todos os aspectos que o autor trabalha. Comecei a ler em um projeto de leitura e para a faculdade e me surpreendi com os vários temas que foram abordados. É uma grande linha cronológica de como a punição e os meios dela e para ela foram se desenvolvendo. Vale a pena insistir na leitura.
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Thiago Boesing 11/08/2018

sempre vigiado.
1 – SUPLÍCIOS
No começo do século XVII os suplícios vão se extinguido, passando a ser usado a privação dos direitos, pois o governo se enfraquecia com a tortura. Com isso as penas agem sobre a alma do criminoso, e a justiça deve julgar cada caso específico.
Os suplícios eram as torturas em praça pública, que variavam de acordo com a intensidade do crime, todo o processo do crime na justiça era secreto. Os interrogatórios eram usados para que o condenado confessasse o crime, mas o mesmo muitas vezes confessava o crime para ser morto logo. A tortura acontecia porque quando ocorria um crime estava atacando o poder do príncipe e com isso ele punia com a morte.
Os suplícios foram se acabando porque a população se revoltava com algumas injustiças e o governo temia revoltas.

2 – PUNIÇÃO
Com o desaparecimento dos suplícios, a lei continua punindo só que mais na alma do que no corpo. Os crimes do século XVIII eram mais sobre o patrimônio do que sobre a vida. Usar a punição com universalidade a todos. O direito de punir se tornou á defesa da sociedade. Calcular um pena não em função do crime mais de sua possível repetição.
O crime só é cometido porque traz vantagens, a pena é a desvantagem, e a solidão a arma para que ele reflita sobre seus atos. As leis devem ser públicas e facilmente compreendidas, a verdade do crime só poderá ser admitida uma vez que totalmente comprovada, e as penas devem ser individuais.
A lei deve diminuir o desejo que torna o crime atraente. A solidão repara o crime a dor não, a pena deve ser visível a toda a população. A prisão era cercada de abusos de poder, dai cria-se o trabalho, e a disciplina para a correção do condenado. Cria-se uma vigilância ininterrupta sobre os detentos.

3 - DISCIPLINA
A disciplina fabrica indivíduos uteis ao estado e destrói qualquer ideia de revolta. Para que de certo a arte da disciplina é preciso: separar por grupos os indivíduos (a fim de evitar brigas), romper a comunicação excessiva, criar quadros para distribuir os melhores dos piores. Todo o tempo é rigorosamente divido e o mesmo deve ser usado somente para o trabalho. O corpo disciplinado é a base de um gesto eficiente. Corpos treinados para serem uteis não racionais. Desde criança são moldadas para a disciplina. A obediência era pronta e cega. A disciplina é a tática do estado de se proteger de revoltas e manipular a população para o que deseja.
A disciplina precisa de uma observação constante e monitorada, a vigilância é dividida para não haver falhas. Cada falha, atraso representava um tipo de castigo, usado para não perder a disciplina. Porém as recompensas pelo trabalhos feitos devem ser maiores que as punições.
Cria-se o exame que consiste basicamente em dividir os melhores dos piores, onde continham todas as informações de cada um para um controle rigoroso e minucioso.
Com a criação do panoptismo, a arte de individualizar também cria um cadastro pessoal de cada um. O panoptismo funciona da seguinte maneira, uma construção em anel no centro, rodeada de uma construção circular divida em celas, e na torre central fica um vigia que cuida de todas as celas. No panoptismo vê se tudo sem nunca ser visto pelos outros, funciona como um laboratório do poder. O estado cria postos de saúde, postos de policias em cada região com o intuito além de ajudar, mas também de monitorar cada um. Essa vigilância custava muito pouco ao estado. Colocar a disciplina em pontos chaves como escola, exercito assim a disciplina nunca para de crescer e fortalecer o estado.

4 - PRISÃO
É uma aparelhagem geral para tornar os indivíduos dóceis, por meio de uma vigilância ininterrupta que se divide em: isolamento (evitar complôs e fazer refletir sobre o ato), trabalho assalariado (para docilizar o individuo e dar um futuro depois da prisão), pena (deve variar de acordo com o comportamento do individuo). A carroça onde transportavam os presos que antes era aberta e passava em meio a multidão, transforma-se em um transporte fechado e restrito aos olhos da população (afim de evitar revoltas contra os condenados).
Segundo alguns críticos a prisão: não diminuía a criminalidade, provocava a reincidência dos presos, torna mais fácil a organização de grupos de delinquentes, e faz cair em miséria a família do detento que provavelmente virara delinquente também.
Com tudo criam-se as sete normas universais da prisão: principio da correção, da classificação (maiores crimes, menores crimes), modulação das penas, trabalho como obrigação, educação, controle, instituições anexas (hospitais, escolas quando o detento deixa a prisão).
A lei é feita para alguns e se aplica a outros. Controlar as ilegalidades com disciplina desde as crianças para não virarem delinquentes, pois senão cria-se um ciclo vicioso (Policia-prisão-delinquência). Os jornais não mostravam os grandes crimes, somente as delinquências que eram sempre de classes baixas.
A mínima falta deve ser punida, a disciplina torna-se uma "disciplina" na escola, quando se vai para a prisão só está se continuando um processo por isso ocorre naturalmente (escolas-hospitais-prisão-asilos).


Crítica do livro
No século XVII as torturas eram físicas e feitas para mostrar o que aconteceria caso alguém desobedecesse às ordens do rei. Hoje ela se torna moral, e quem exerce primeiramente essa tortura é a escola que pelo simples fato de ter um certificado, molda conforme ela queira e transforma os indivíduos em trabalhadores. E cria-se um lazer para que esses “trabalhadores” não reivindiquem seus direitos, iniciando assim um ciclo vicioso de moldagem (escola-trabalho-diversão).
Somos adestrados desde pequenos a nos tornar todos “normais, iguais”, seja no transito escola, trabalho. Nosso tempo é roubado e moldado pelas normas, e quem não se adaptar terá seu lugar reservado no sistema prisional. Mesmo caso que acontecia em meados do século XVII, com a implantação das normas e do sistema prisional.
Quando acertamos ganhamos um prêmio, quando erramos somos punidos (somo igual à, por exemplo, um cachorro), e hoje não somos mais vigiados pessoalmente, mais por câmeras que não perdem nada e arquivam tudo para qualquer hora poderem nos incriminar.

Essa questão de prisão/punição é uma mera historia, pois todos os dias somos vigiados e temos normas a cumprimos (igual à cadeia). E a grande causa de tudo isso é crescermos sem consentimento de informações e assim somos facilmente dominados, portanto INFORMAÇÂO É PODER.
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Rhaíssa 12/01/2017

"É dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado” - Foucault, vigiar e punir.

O corpo se tornou alvo do poder, descobriu-se que ele podia ser moldado, rearranjado, treinado e submetido para se tornar ao mesmo tempo tão útil quanto sujeitado.

Mais uma peça na grande máquina de produção, e como qualquer produto de produção em massa, o corpo humano passa por vários estágios de confinamento até estar acabado, na sua versão moderna: família, escola, faculdade, escritório... Caso alguma coisa dê errado: hospital, igreja, hospício, cadeia.

A prisão é o último ponto, e elas estão aí. Coabitamos com suas estruturas massivas de observação e nos contentamos em jogar lá todos aqueles que não são capazes de conviver ou contribuir para a "Ordem e o Progresso" da sociedade. Essa separação supostamente surgiu para curar tais indivíduos e falha vergonhosamente, criando a figura do delinquente, logo a exclusão.

Celio 16/07/2019minha estante
Olá, Rhaíssa.
Podemos considerar a palavra corpo como sendo a coletividade humana?
Obrigado.
Célio Viana




Martony.Demes 02/05/2023

Livro histórico e fundamental para entendimento do nascimento e construção histórica das prisões e como acontece o controle da sociedade no âmbito policial, penal e de conscientização.

Eu seria muito presunçoso e audacioso querer fazer uma exímia resenha sobre o livro! Confesso que há muitas partes que não entendi bem ou que não me impactaram. Isso se deve por eu não ter formação na área social ou de direito. Contudo, valeu a pena a leitura e já sei que exigirá uma nova para percorrer os meandros que não ficaram claros para mim!

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oipikena 24/12/2018

Impecável, é um daqueles livros que a leitura deveria ser obrigatória em nosso ensino. O livro foi publicado há aproximadamente quarenta anos e - pra mim - se torna cada vez mais atual, ao meu ver Foucault sempre escreveu para o mundo e isso fez com que seus trabalhos atingissem todas as áreas possíveis.

A leitura pode ser cansativa para quem não está acostumado, pois o filósofo tem um estilo minucioso, mas ao mesmo tempo é sua marca. Ademais, estamos falando de poder e esses mínimos detalhes são essenciais para que possamos compreender um pouco como essa teia funciona.

Francisco 14/03/2019minha estante
Fiquei impressionado nos detalhes e condições primeiros presídios. Também com os objetivos para quais foram construídos, a dois séculos atrás na França, tem muita semelhança com os do Brasil hoje, pelo menos na teoria das políticas de ressocialização.




Eduarda 02/09/2020

Conteúdo interessantíssimo
Apesar do conteúdo extremamente importante, achei uma leitura um pouco arrastada, com uma linguagem e pontuação um pouco confusa, mas com certeza irei reler futuramente.
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Mariana.Paula 19/08/2020

Michel Foucault é meu pastor, e sua perspectiva teórica não me faltará.
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Manuela120 15/07/2023

O aparato jurídico não é cego, é burguês
"Onde desapareceu o corpo marcado, recortado, queimado, aniquilado do supliciado, apareceu o corpo do prisioneiro, acompanhado pela individualidade do 'deliquente', pela pequena alma do criminoso que o próprio aparelho do castigo fabricou como ponto de aplicação do poder de punir e como objeto do que ainda hoje se chama a ciência penintenciária. [...] A lei e a justiça não hesitam em proclamar sua necessária dimetria de classe. [...] Não há então natureza criminosa, mas jogos de força que, segundo a classe a que pertencem os indivíduos, os conduzirão ao poder ou à prisão: pobres, os magistrados de hoje sem dúvida povoariam os campos de trabalho forçados; e os forçados, se fossem bem-nascidos, 'tomariam assentos nos tribunais e distribuiriam justiça'. [...]"
Michael Foucaul em Vigiar e Punir
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Thi Acrisio 16/09/2023

Vigiar e Punir, Nascimento da Prisão.
Primeira acesso a obra do Michel Foucault, escritor muito elogiado por meu professores, principalmente de Penal, esse livro propõe a discussão sobre a historicidade da pena, sua evolução, as várias forma de disciplina proposta pelo estado e a Prisão, aqui meus amigos, é pura reflexão social, real, verdadeira e extremamente atual, a deixa do foucault no final, demonstra sua importância em matéria do Direito. Vai ser objeto de estudo e de várias releituras.
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Rodolfo | @_rodolfo92 23/05/2022

Achei uma leitura bem difícil e, em alguns momentos, bem enfadonha. Por isso acabei demorando bastante pra terminar. Porém, é inegável a sua importância. Em "Vigiar e Punir", Foucault traça uma linha histórica abordando as diversas formas de punição presentes em cada momento até o surgimento do conceito "prisão". A partir disso ele discorre sobre a problemática da privação da liberdade enquanto punição e do encarceramento como um todo.
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Igor 14/12/2021

Um clássico foucaultiano
Foucault nos apresenta um belo ensaio das suas pesquisas e pensamentos sobre o poder sobre os corpos, tema já abordado em outros livros do autor, ele direciona aqui para comentar sobre a prisão e como ela se tornou instrumento de poder e vigilância. Vários temas e apontamentos que merecem atenção para serem discutidos e pensar o modelo judiciárias penal.
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joseaugusto.lara 13/01/2023

Cabe a elite vigiar e punir os trabalhadores.
"Percorrei os locais onde se julga(...) um fato nos chama atender sempre; em toda parte vedes duas classes bem distintas de homens, dos quais uns se encontram sempre nos assentos dos acusadores e dos juízes, e os outros nos bancos dos réus e dos acusados" (FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1998. P.243)

Nessa genealogia da prisão Foucault retorna até o Antigo Regime traçando a história da punição de infratores com o suplício e o abandono dele para a adoção das prisões e a disciplina como forma de docilizar os corpos dos desajustados e trabalhadores durante o séc. XVIII.
Para ele a prisão fracassa em seu papel de ressocializar as pessoas e ,na verdade, com essa "falha" cumpre seu verdadeiro papel, isto é, a criação do delinquente. Ora a catalogação de todos os infratores contumazes em uma massa de delinquentes rebeldes e dóceis ao mesmo tempo. Isso permite a punição nas prisões e sua posterior vigilância quando em liberdade.

A delinquência, criada pelas prisões e pelo judiciário através dos códigos, tem por objetivo disciplinar a massa de pobres e trabalhadores mantendo-os dóceis para o mercado de trabalho. As leis são feitas pela elite para disciplinar as classes mais baixas.

Eis o objetivo de vigiar e punir, cada classe tem seu papel: aos trabalhadores cabem ser vigiados e punidos; à elite cabe vigiar e punir. Dessa forma, escola, prisão, fábrica e hospitais são bem parecidos tanto em arquitetura, quanto disciplina e objetivo, isto é, docilizar e normalizar. É a nossa sociedade disciplinar.
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Jorisdana 08/06/2021

O conteúdo é ótimo, a didática é ruim. Repete coisa demais e não conclui os pensamentos, fica uma coisa muito viajada.
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