Sonhos em tempo de guerra

Sonhos em tempo de guerra Ngugi wa Thiong'o




Resenhas - Sonhos em tempo de guerra


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ju pazzoti 28/08/2021

importante
Chimamanda Ngozi Adichie, escritora nigeriana, explica muito bem em sua palestra, "O perigo de uma história única", a importância de ouvir e ler além da história eurocêntrica contada na maioria dos livros. Dessa forma, "Sonhos em Tempo de Guerra" é uma maravilhosa representação disso e de como precisamos de diferentes vozes e narrativas.

"Todo evento tem mais de um lado. O que você está vendo e lendo é a versão colonial. Os combatentes da liberdade não têm jornal ou rádio para dar sua versão."

Neste livro autobiográfico, o autor narra através de suas memórias o papel do Quênia, por exemplo, durante a Segunda Guerra Mundial, como eram as relações no país (colônia britânica na época) entre os africanos, indianos, italianos e colonos, como que a cultura e a educação em seu país foi modificada pelos imperialistas ingleses, como as revoluções e os grupos anticoloniais resultaram na Revolta dos Mau Mau e consequente independência do país, tudo isso, (além de seus relatos pessoais), contado através de uma escrita cativante.

Particularmente, a leitura só ficou um pouco travada em certas partes por conta dos vários nomes, fatos e informações que o autor coloca. No mais, me emocionei (em especial com as últimas páginas) e aprendi muito com o livro.

"O mundo nunca vai saber o que e quanto de nós demos a essa guerra"

".. eles estavam lá para converter. Uma conversão bem-sucedida era medida a partir de quão rápida, profunda e completamente alguém se despojava de sua cultura e adotava novas práticas e valores."

"A comunidade colona branca queria mão de obra africana "habilidosa", e não mentes africanas cultas."

"Este trem é ainda mais especial. Ele carregará meus sonhos em tempos de guerra."
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Jana 27/08/2021

O livro é um relato profundo sobre a infância cheia de dificuldades, mas também de grandes sonhos, de Ngugi wa Thiong?o. Os relatos do autor são cheios de sinceridade e objetividade na escrita, o que não impede de serem relatos sensíveis e tocantes. O autor mostra a realidade do Quênia naquela época de guerra e colonialismo, fala sobre a política e o sistema educacional, mostra o choque de culturas, o preconceito, e descreve seus sentimentos e suas impressões como criança. A educação é o sonho de Ngugi, sonho que ultrapassa todas as dificuldades e que, até o final do livro, vemos que pode criar seu futuro.
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Rafa 26/08/2021

Esse é o seu melhor?
Sim, o autor, Nugi wa Thiong'o escreveu esse livro da melhor forma possível.
Todos os percalços enfrentados desde sua tenra infância, passando por dramas familiares e conflitos sociais, moldaram no autor uma mentalidade capaz de superar qualquer desafio.

NOTA: 9 / 10

Ngugi wa Thiong'o é um autor de rara técnica. Perceber isso é muito fácil, tendo lido as 50 primeiras páginas de seu livro, já é possível chegar a essa conclusão. No livro, "Sonhos em Tempo de Guerra", o autor narra sua trajetória de vida, em seus primeiros anos de infância em um Quênia conturbado, vivendo entre conflitos políticos e bélicos. Mesmo diante de enormes dificuldades, o pequeno menino descreve momentos de descobertas infantis, brincadeiras e ingenuidades, que somente a pureza das crianças nos permite proporcionar. Uma escrita muito sensível e informativa, situando o leitor com o contexto em que a história está inserida.

Ngugi jamais fora protagonista em todas suas fases de vida narradas no livro, entretanto sempre foi atento com o contexto e extremamente comprometido com os estudos. Armado de bondade e livre de quaisquer pensamentos danosos, Ngugi, de seu modo, venceu as batalhas e guerrilhas enfrentadas no Quênia, na década de 50.
Contrariando todos, o frágil e educado menino se fortaleceu diante das dificuldades e conseguiu seguir com seu sonho, mesmo em tempo de guerra. Um exemplo de como o estudo e a educação podem impactar no desenvolvimento social.
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Aline.Bernardi 25/08/2021

Inspirador
É um romance autobiográfico, muito bem escrito. O autor é sutil e profundo ao mesmo tempo. Temos o contexto bem presente: a luta do Quênia contra os colonizadores e a busca do direito à educação pelos nativos. A trajetória do narrador não foi nem um pouco fácil, mas ele nos inspira com a sua determinação pelos estudos, sempre incentivado pela sua mãe: "Isso é o melhor que você consegue fazer?". Além de diversas lições de vida pelas quais teve que passar a fim de vencer a miséria: "A melhor legitimação é a que vem de dentro."
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luizguilherme.puga 25/08/2021

Livro autobiográfico onde o autor narra sua história em forma de lembranças de uma infância sofrida passada no Quênia na época da colonização inglesa. O respeito por sua mãe e os sacrifícios para ter acesso a educação, tendo como pano de fundo os horrores de uma guerra e as humilhações sofridas por seu povo mediante domínio estrangeiro. Linguagem simples, objetiva e cativante.
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Robert125 25/08/2021

As memórias de Ngugi Wa Thiong'o sobre sua infância na Quênia colonial fizeram como que às leituras de obras africanas que fiz ao longo dos últimos meses adquirissem mais sentido, principalmente "As Alegrias da Maternidade" de Buchi Emecheta e o papel da população africana no combate aos Aliados na Segunda Guerra Mundial, que foram minimizados e praticamente apagados pela História eurocêntrica. É inegável a qualidade da escrita do autor, principalmente a forma como ele relaciona os acontecimentos que estavam em voga no país com sua vida pessoal, demonstrando que nenhum ser humano está completamente isolado na sociedade. Outra perspectiva positiva trazida por Thiong'o é a importância da educação como força motriz de uma sociedade colonizada, fazendo com que o leitor questione constantemente o papel desempenhado pela Inglaterra em seu processo de colonização, seja na Quênia ou em outros países do continente. Assim, fica difícil enxergar este desenvolvimento como algo positivo, visto que costumes étnicos foram banidos, políticas segregacionistas implementadas e violência disseminada. O neocolonialismo foi cruel e precisamos consumir materiais de pessoas que viveram na pele o regime ou até hoje sofrem com suas consequências. Obrigado, Ngugi. Obrigado, Jeferson Tenório. Obrigado, TAG.
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@quixotandocomadani 23/08/2021

Ngũgĩ nasceu em 1938, no Quênia, em uma família com 4 mães, um pai e 24 irmãos. A II Guerra Mundial e a luta pela independência do Quênia fazem parte das suas memórias. Os quenianos lutaram ao lado dos britânicos durante a II Guerra, quando a guerra acabou os homens voltaram para casa esperançosos por novas oportunidades de vida. Não foi o que aconteceu. O governo tinha planos de modernizar o país e para isso, terras e direitos da população foram tomados. (Qual o custo do desenvolvimento?). Diante disso, um movimento conhecido como Mau Mau começou a lutar pela expulsão dos brancos. O Quênia conquistou sua independência em 1963.

Indico esse livro para quem gosta de história, biografias e se interessa por outras culturas. O livro conta como era organizada sua vida familiar, detalhes das cerimônias religiosas, como eram os eventos esportivos que uniam as comunidades, pois eram feitas sem o apoio do governo, o que intensificava o sentimento de orgulho comunitário. Apresentações de música e dança estavam presentes em tudo. O autor se torna trovador itinerante por um período e explica algumas das canções.

Foi na infância que Ngũgĩ descobriu seu gosto por histórias, e quando aprendeu a ler ficou encantado porque não dependia mais de alguém que contasse as histórias a ele. Apesar de todas as dificuldades financeiras e geradas pelos acontecimentos históricos, ele conseguiu uma vaga em uma das melhores escolas do ensino médio.

Publicado em 2005, além de memórias é um relato sobre luta e determinação.
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Litchas 23/08/2021

Histórico, autobiográfico, fluente. No início não botei muita fé, mas o fim do livro me trouxe lagrimas nos olhos. Recomendo!
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Rafa 22/08/2021

Um grito decolonial
Já li alguns livros de autores africanos - confesso, poderia ter lido mais - e o que mais me chama a atenção na literatura africana num geral é o apego ao tradicional e aos mitos. Não como um demérito, mas sim como um traço social muito presente na literatura e que atravessa até mesmo a forma de pensar de um povo, com suas formas de enxergar o mundo.

Sonhos em tempo de guerra é uma combinação da visão autobiográfica de uma criança crescendo nesse meio atrelado às tradições junto com o atropelo colonialista europeu que atravessa as reviravoltas da vida do autor.

É a visão queniana do processo colonial, que estamos tão acostumados a conhecer pela perspectiva branca.

A escrita é forte e cativante, vale cada segundo!
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Kimberly30 21/08/2021

Quênia
É sempre impactante perceber o quanto a nossa visão dos países da África é uma visão dos países colonizadores. Impactante, principalmente se pensarmos que a nossa história não foi assim tão diferente, os nossos índios e imigrantes e tudo o que foi rechaçado em prol da cultura dominante é bastante similar.

O que mais me tocou na história do autor foi a busca pelo conhecimento. Alguns tem tudo nas mãos e não aproveitam, enquanto outros abrem mão de tudo que tem pela instrução que recebem. Pensar que essa realidade ainda está presente para muitos jovens e crianças é avassalador.
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Rodrigo 20/08/2021

Primeiro livro da trilogia biográfica de Ngugi Wa Thiongo. Uma obra que possibilita que conheçamos um pouco mais o Quênia e sua história recente. O livro pode ser melhor aproveitado por quem já conhece outras obras do autor.
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Carla 19/08/2021

Educação é importante
O livro conta a história da infância do escritor, no interior do Quenia, sob o domínio da Inglaterra, proximo a 2.ª Guerra Mundial.
Apesar de todas as dificuldades e da pobreza o autor perseguiu seu sonho que era de estudar.
A leitura é um pouco arrastada e difícil, até por conta dos nomes, mas afinal é emocionante por ser uma declaração de amor a mãe dele e de valorizar a educação, mensagem muito importante nos dias atuais.
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Segen 17/08/2021

Caleidoscópio queniano
Em suas lembranças de infância o autor queniano escreve uma carta de amor à sua mãe. A mistura de temas, incluindo política, história e estruturas sociais criam o cenário para a narrativa de suas experiências pessoais. E é justamente nesta parte que o livro sobressai. Em alguns momentos de detalhamento político o ritmo do livro engasga. Mas o autor consegue voltar para eixo central e nos entrega um final de arrebatar o coração!!!
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