Nancy 12/07/2023
Meia estrela pela tentativa
Eu nunca mais pego um livro que seja hypado no tiktok para ler. Juro.
Eu não sou católica e nunca fui. Nem batizada eu sou (eu até brinco que eu sou paganzinha, ai soma isso ao fato de que sou espírita), então eu nunca tive esse apreço todo com a Igreja Católica, do tipo que, para mim, é um lugar comum. Mas nada disso me impediu de me sentir >muito< desconfortável lendo esse livro.
A escrita é péssima e os diálogos conseguem ser vergonhosos. Tinha hora que eu me sentia vendo um daqueles pornôs caseiros e de baixa qualidade (não que eu já tenha visto, mas eu acredito que seria exatamente assim). Constantemente eu ficava "não, vocês não vão fazer isso, porque qualquer ser humano com o MÍNIMO de decência e respeito não faria isso" e os personagens principais iam e faziam. As "ações" do hot em si nem me incomodavam, mas sim o diálogo que existia no meio. Eu juro, sempre que o Tyler chamava a Poppy de "cordeirinho" eu tinha vontade de morrer de tanta vergonha.
Os personagens são pessoas horríveis e que não me cativaram nem um pouco, de forma que eu não conseguia torcer para nenhum deles. Ambos os personagens podem ser resumidos com apenas dois extremos:
a) Tyler: um padre que fica constantemente entre "quero ser um homem de Deus" e "estou com tesão" (inclusive, um dos momentos que eu mais ficava com vergonha era quando o Tyler tinha a capacidade de misturar esses dois lados e ficava fazendo referências à Deus durante a "hora H");
b) Poppy: a garota de família rica, bem educada, que fez muitos trabalhos de caridade quando era mais nova, mas é safada e quer homens que a tratem como submissa - ou seja, a mulher que é "perfeita" no olho público, mas alguém completamente diferente na cama.
Por várias vezes, eu relia alguns trechos do livro e ficava me perguntando como a história passou por um trabalho com agente literário e com a editora e ainda teve tanta cena vergonhosa.