A Filha do Reverendo

A Filha do Reverendo George Orwell




Resenhas - A Filha do Reverendo


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Renan.Fonseca 03/12/2022

Dorothy: Deixei de ter fé, se é o que você quer dizer. Mas a grande questão é que perdi minhas crenças e nã o tenho nada para substituí-las.
Sr. Warburton: Mas, por deus!Para que diabos você quer pôr alguma coisa no lugar delas? Ou se sente mais feliz andando por ai com medo diante das penas do inferno?"
Dorothy: Mas não percebeu quando, do dia pra noite, o mundo ficou diferente e vazio?
Sr. Warburton: VAZIO??? Essa ideia me parece extremamente escandolosa. Não está vazio, pelo contrário, está cheio demais. Estamos aqui hoje e amanhã desapareceremos sem ter tido tempos de desfrutarmos de tudo à nossa volta!
Dorothy: Mas como podemos desfrutar de algo que ficou vazio de sentido?
Sr. Warburton: Mas porque você quer que tudo tenha sentido? Quando como meu almoço, não o faço por glória a deus, mas sim porque gosto de comer. O mundo está cheio de distrações e prazeres: livros, pinturas, viagens, amigos, vinhos. Nunca encobtrei um sentido em tudo isso e nem quero. Po que não aceitar a vida tal como nos é oferecida??

Texto adaptado do livro...

Além desse trecho maravilhoso sobre desilusão da fé, ele ainda aborda a precarização da educação, a dura realidade dos moradores de rua e dos apanhadores de lúpulo e entre muitos outros temas! Se você curte Orwell recomendo muito esse livro!!
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Bolconte 10/01/2022

Amadurecimento
Orwell explora a vida de Dorothy no 8 e 80 da pobreza dos anos 30 da Inglaterra, desde uma vida simples que dá pra ir levando até o extremo da vida passando pela fome e a falta de um teto.

Assim como outros livros de Orwell, o foco é a crítica ao capitalismo e suas "vantagens" para quem é pobre de fato. O que mais prende na leitura são todos os perrengues que Dorothy passa e saber o quão atuais são tais dificuldades que os pobre enfrentam, pondo em segundo plano toda a trama do desaparecimento. Não preciso destacar a escrita minusciosa de Orwell que muita vezes entediam o leitor.

De fato nada melhor resume o livro senão o "retrato da realidade eterna da miséria".

E é importante destacar o quão de destaque Orwell dá para o cristianismo na construção dos personagens - que é bastante necessário -, sendo ele um ateu.
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Livia 26/04/2022

A filha do reverendo
A história é muito boa e carregada de críticas, mas fica um pouco cansativa em algumas partes, tive que fazer um pouco de esforço pra não abandonar a leitura.
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Henri 18/08/2021

O filho deserdado de George Orwell é maravilhoso ?
Vale dizer que esse livro foi ?deserdado? por George Orwell ? por isso o título dá resenha, ele não gostava desse trabalho e com toda certeza, não ficaria muito feliz por eu estar fazendo uma resenha tão grande em um site com milhões de pessoas. Me desculpe, Orwell, mas seus trabalhos são bons demais para não serem comentados. 

Ó querida Dorothy, que mal me fizeste!

A Dorothy (personagem principal) é espetacular, você vai olhar para ela com um pouquinho de receio no começo da história, porém ela vai te conquistar durante o livro, será maravilhoso ter a companhia dela, e nos momentos onde não estiver a companhia da filha do reverendo, se sentirá sozinho no livro.

Mas obviamente se tratando de George Orwell (para quem não sabe, ele é o autor dos livros ?1984? e ?A revolução dos bichos?) o livro não é apenas um romance bobo *cof cof*. O texto traz reflexões sobre o capitalismo, a religião, as hipocrisias, o sistema de ensino de sua época e o sentido de nossa existência ? sim, esse livro trata da questão existencial. 

Eu adoraria tratar de todos os aspectos do livro, mas aí a resenha ficaria ainda maior, e tenho certeza que você não quer passar uma tarde lendo uma resenha. Então irei abordar a melhor parte do livro, que é como a vida de Dorothy é manipulada.

Nossa querida Dorothy, como toda filha de reverendo, tem uma existência baseada no cristianismo, e essa é a sua zona de conforto, não suporta ter tudo o que acredita questionado, ela só quer manter-se em um estado de inércia mental e moral. Essa moral apática que a protagonista tem em certo ponto do livro, me levou a questionar: Quantos de nós somos como ela? Eu sou assim? Quantas crianças criadas por socialistas, pastores, ferreiros, católicos, policiais, professores, empresários e todo tipo de gente vai manter por toda a vida uma fachada de hipocrisias, apenas por ser ?cômodo? se manter com as ideias já preestabelecidas? 

Não tenho as respostas das perguntas acimas, mas devo dizer que, o ritmo pessimista de Orwell te deixa atônito com tais pensamentos entrando em sua mente (principalmente na parte final do livro, que é a melhor), é uma experiência muito particular acompanhar o texto com tantas reflexões entrando em sua mente a cada palavra. E devo dizer, que de tais reflexões, pude perceber no fim das contas que, eu mantenho várias fachadas falsas, "prego" coisas que não acredito por medo de dizer o que realmente penso, afinal, é mais fácil continuar como estou. Então a conclusão é que sou apenas uma Dorothy. E você, é uma Dorothy também? Leia o livro e descubra, entretanto você deve conseguir suportar o ritmo lento que ele tem, talvez isso espante alguns ? por ser o principal ponto negativo desse livro, mas não desista, as reflexões propostas por George Orwell valem ser lidas. 
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Luisa575 10/03/2023

"Dorothy pôs-se a meditar sobre a natureza da vida. Saímos do ventre materno, vivemos sessenta ou setenta anos, e então morremos e apodrecemos. E cada pormenor da vida ? se não existe uma finalidade última que a redima ? está impregnado de uma tristeza e de uma desolação dificilmente descritíveis, mas que podemos sentir como uma dor física no coração. Se realmente tudo termina na sepultura, a vida é algo monstruoso e horrível. E é inútil tentar negá-lo. Pensemos na vida tal como na realidade ela é, pensemos nos detalhes da vida; e pensemos então que ela carece de significado, que não tem outro objetivo, outra finalidade, senão o túmulo. Certamente, apenas os loucos, ou os que iludem a si mesmos, ou aqueles cuja vida é excepcionalmente afortunada podem enfrentar semelhante ideia sem vacilar?"

Livro bom, mas não ótimo, tem umas coisas bem fodas e umas lições de moral que te fazem pensar. Incrível, eu esperava absolutamente nada e o George Orwell me entregou tudo (mais uma vez).
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Felipe 22/02/2024

Muito, muito ruim
Impressiona a ruindade da obra considerando-se que é o mesmo autor de 1984 e Revolução do bichos.
Nos escritos ele dizia que não queria que essa obra viesse a ser publicada... agora entendi o porque...
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Jana 11/07/2021

Me deixou na bad...
Livro bem pessimista (realista?). Não espere uma história leve ou feliz. Vou até procurar algo mais alegrinho pra ler agora.
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Alexandra 18/03/2022

Lento, mas com excelente crítica
O próprio Orwell nao queria a publicação dessa obra, talvez porque faltava diamantá-la, e ele tinha razão, a narrativa é bem lenta e com excesso de detalhes, mas com uma crítica incrível à época
Dorothy nos mostra o retrato da mulher na época, vista em bom berço depois escurraçada por uma fofoca
Dorothy nos mostra como era o mundo das ruas na Londres dos anos 30, a luta contra a prostituição, o acolhimento dos pedintes e o abuso de autoridade em busca de alimento
Além disso podemos fazer um paralelo em como abrimos os olhos, ou pensamos que abrimos, quando conhecemos o mundo "real"
A crítica é excelente, vale a pena a ""luta"" contra a leitura para absorver a profundidade dessa obra
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Soufi 03/03/2022

A filha do reverendo é um livro que faz com que possamos reflete sobre o poder da influência religioso.Esse livro mostra a hipocrisia de muitas igrejas, preconceito religioso, desigualdade social e principalmente a protagonista sofre todo tido de preconceito e discriminação.Pude reflete que os tempos passam mas os preconceitos ainda estão enraizados na sociedade.
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Daniele522 05/10/2021

A filha do Reverendo
História interessante, um pouco cansativa em algumas partes, entretanto a historia faz um panorama da vida dos moradores de rua em Londres no inicio do século XX.
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Tiffany 18/08/2021

Não vale a pena
Apesar de ter uma crítica muito importante a respeito da ignorância, da manipulação e do papel dos religiosos em relação às minorias, o livro é muito devagar, não tem uma escrita fluida e personagens chatos e ingênuos.
É um livro que eu nao leria novamente e não creio que foi um tempo bem gasto.
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Sue 11/05/2022

Qual o sentido disso tudo?
George Orwell merece ser lido sempre. Este livro não é diferente. Está não é uma realidade utópica ou distópica, como ele é mestre em criar, é só a realidade mesmo dos anos 30 na Inglaterra, mas parece distopia. Como o bem estar de uma pessoa pode ser ignorado porque o comportamento dela não é o que se esperava? E não é o que se esperava mesmo? Somos capazes de ignorar o nosso pré-conceito, as nossas certezas do que é certo ou errado para ouvir o outro? Nós damos essa chance? O ser humano pode ser cruel, pior do que isso, indiferente ao sofrimento do outro. Viver em sociedade melhorou um pouco desde então, mas e o ser humano, melhorou?
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